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Noite. Na amplidão da Rodoviária Novo Rio viajantes aguardavam e movimentavam-se descoordenados. Quando entrei no ônibus, alguém ouvia Homem-Aranha — do Jorge Vercillo — pelo celular com o som aberto, aquilo me pareceu um mau agouro. Convidado por um amigo professor, eu estava indo à montanhosa Teresópolis para dar um tipo de palestra sobre leitura e escrita em um renomado colégio da região, um seminário.
O trajeto foi tranquilo, excetuando-se pela criatura que obrigou o ônibus inteiro a escutar repetidas músicas do Vercillo. Percebi que a canção “Que nem maré” devia ser a preferida, pois foi reprisada umas 5 vezes durante a viagem.
Quase duas horas depois, ancoramos na rodoviária de Teresópolis. Eu teria que dormir na cidade para comparecer cedo à escola no dia seguinte.
Finalmente, cheguei ao Hotel Intercity, que se localiza em uma área bucólica e serena da cidade, na rua Rui Barbosa, um nome que me pareceu auspicioso. Desabei na cama e adormeci sem intervalos.
Quando acordei, abri a janela do quarto e vi um sol emoldurado por um céu azul capaz de estragar velório.
Cumpri o compromisso. Sabendo que sou um velho degenerado, o meu amigo me chamou para dizer que tinha marcado um encontro para mim com sua profissional preferida. Mostrou-me as fotos e o anúncio. É um presente meu, vai lá — ele sentenciou. Libertinos são generosos.
Gostei das fotos e do estilo da moça. O encontro estava marcado para as sete horas da noite, o que me obrigaria a permanecer mais um dia em Teresópolis. Os quinze graus de temperatura não me motivavam muito a sair do hotel, mas não poderia fazer desfeita ao meu camarada.
— Dá para ir a pé do hotel até lá. É tranquilo. Vai olhando o Google Maps.
A palavra “tranquilo” definitivamente é mal utilizada na serra. Acionei o Google Maps e fui caminhando como um Indiana Jones em busca da arca perdida. Tudo parecia certo, nenhum gambá me fez tocaia. No final da rota fiquei confuso, mas terminei por avistar a rua. Rua? Não, não era uma rua, era uma colina.
Sinceramente, hesitei em começar a escalar a montanha. Nenhuma boceta vale um pulmão. Infelizmente, o instinto de um libertino sempre supera o bom senso. Subi. Precisava chegar em uma casa de portão branco, segundo as referências que me foram oferecidas, mas o portão branco nunca chegava. Imaginei alcançar o portão de São Pedro, mas nunca o portão branco. Houve um momento em que delirei, olhei para trás e vi os meus pulmões correndo, tentando me alcançar. Eu já estava à beira de um colapso quando avistei o portão branco. Meus olhos marejaram, me emocionei.
Toco a campainha, bato palma, grito o nome e nada. Se depois daquela escalada ninguém me recebesse é porque Agronopólos, o protetor dos libertinos da terceira idade, me lançou à desgraça. Como último recurso, telefonei para a menina.
— Oi — ela me atendeu.
— Estou aqui na porta, agendado para as 19h.
— Ahh! Esqueci de você. Só um minuto.
Esqueceram de mim após eu ter escalado um cover do Everest. Era o que faltava. Aguardei. Logo o portão branco foi liberado. A porta da casa se abre, entrei e vi diante de mim uma divindade. Carol é muito mais exuberante pessoalmente. É linda. Ela me abraça, me beija e me conduz a uma das incontáveis suítes da casa.
Cama de casal, meia luz. No teto, um projetor de imagens exibia planetas e estrelas. Carol tira a roupa e exibe sem pudores o seu corpo absolutamente perfeito e sarado. Uma poesia.
Peço que ela se deite e me lanço sobre o seu corpo com todo o meu peso. Beijo sua boca e ela me beija de volta com língua, saliva e lábios enroscados. Lambo seu pescoço, seus seios, sua barriga, sua vagina, cada pedaço daquela mulher é uma sublimação. O tempo inteiro, ela geme baixinho, sussurra palavras ininteligíveis, mostra que quer mais. Carol é um belo final de carreira para qualquer libertino ancestral.
Inverte a posição e vem por cima do meu tronco. Esfrega perigosamente o seu clitóris sobre a minha breve manifestação fálica. Esfrega e geme. Gemidos, esses enigmas provocantes e indevassáveis do universo. Desce o rosto e me beija, sem parar de se esfregar no meu combalido pênis.
Fica de lado, lança a bunda para o alto e me abocanha em um boquete sideral. Na projeção do teto, planetas, estrelas, a Via-Láctea como testemunhas. Carol é um conjunto de curvas vertiginosas. Com a voz suave ronronando, é intensamente sexy. Chupava meu pau, meu saco, fazia garganta profunda, alisava as minhas pernas... Eu apertava a sua bundinha irretocável, dedilhava o cuzinho, a vagina.
Saquei o aparelhinho de eletrochoque e coloquei sobre o clitóris da garota. Se contorceu, gemeu mais alto e soltou uma frase com uma sensualidade tão absurda que continuo ouvindo até agora...
— Ai, amor. Eu vou gozar...
Confesso, ao ouvir o jeito como ela expressou o aviso, eu tive um orgasmo psicológico. E ela gozou feroz e maravilhosamente.
Carol voltou a me chupar e me masturbar e eu ejaculei pela fé na religião mais abraçada pelos libertinos da terceira idade, a masturbologia. Meus espermas lançaram-se eufóricos à atmosfera e quando viram que estavam no topo de uma montanha, despencaram abnegados no abismo mortal. Luto. Silêncio ofegante.
— Poxa, nem perguntei seu nome — ela diz.
— Dante. Meu nome é Dante.
Antes de me despedir, supliquei para que Carol venha atender no Rio, mas não sei se a ideia irá seduzi-la. Sob uma chuva fina, desci a colina da lascívia com a leveza de um cabrito. Nos meus ouvidos, o som de Lobão fechava a trilha sonora da maratona. Deitei-me na cama do hotel, dormi e não sonhei.
https://www.youtube.com/watch?v=ZVr-K6M ... 6g&index=3
Camarada,
Que bom vc voltar a postar, só peço que faça no local correto.
Se o TD foi em Terezopolis, deve ser postado por lá
Mensagem do Moderador
tio chota