NEGATIVONome da Garota:Camila.
Fez Oral sem camisinha:SIM
Fez Anal:NÃO
Beijou na Boca:SIM
Toda jornada termina. A minha também está terminando. Como já citei em alguns posts, sou um libertino nascido da atmosfera de cabaré, cresci nas termas, envelheci nas pistas das boates. Infelizmente, termino minha carreira nos fóruns vendo a decomposição e a implosão de todas as casas que fizeram parte da minha história de prazeres mundanos. É triste. Para selar o meu destino, preciso narrar a minha última e ousada visita a dois puteiros localizados nos escombros do atual Centro da Cidade.
Quarta-feira, um chope com amigos bacanas no histórico Paladino (que irei continuar frequentando). Embriagados, decidimos visitar a 502. É aterrorizante a ameaça do vírus quando você entra num local fechado, onde os poucos que estão lá não querem usar máscaras, mas ousei. Tenho quase certeza de que vi somente um cliente além de mim e dos camaradas que me acompanhavam. Sim, Forista sem fé, só havia um cliente na casa. Cumprimentei os gerentes e dei uma olhada nas mulheres. Seria possível escolher uma das 3 ou 4 que vi por lá, mas não me animei. Tomei mais uma cerveja e partimos.
A galera queria ir para a 65, que comemorava um fictício aniversário de 1 ano. Tomei a decisão de não mais pagar casas inflacionadas neste período trágico para todos nós. Pago valores que me soarem justos, mas não vou pagar 70 contos de consumo e sei lá qual valor absurdo por um programa. Declinei. Neste ponto, agradeço a gentileza dos amigos, que também desistiram de ir a 65 naquele momento e sugeriram que fôssemos para a 21. Traçamos a rota e apressamos as canelas.
Na porta da 21 encontramos um antigo DJ da 502 e o entregador de comandas que também foi de lá. Subimos os degraus do sobrado. O que encontramos? Uma capela silenciosa, deserta e com ecos invisíveis de um passado gritando
“nunca mais, nunca mais”, como se fosse o corvo de Edgar Allan Poe. Mesmo diante do cenário devastado pelo fracasso, avistei uma balzaquiana de corpo escultural, liberei meus amigos e decidi dar a derradeira chance à minha nostalgia. Não irei descrever o TD porque ele se resume numa total falta de afinidade entre mim e a profissional. A garota parecia uma funcionária de cartório, dizendo como eu deveria fazer e como não deveria, além de ser aquele tipo de puta que é fiscal de pênis, só faltando tirar um microscópio da bolsa para examinar nosso pau em busca de enfermidades genitais. Tive vontade de sair do quarto com 10 minutos de programa. Horror. É incrível como algumas mulheres, com essa escassez de clientes, não façam a menor força para agarrar e preservar os que aparecem. Pelo contrário, afugentam.
Para completar a decepção, peço para pagar a conta e a moça do caixa diz que devo 22 reais de consumo, mas eu não havia consumido nada. É o consumo obrigatório, ela diz. Pergunto o que são os 2 reais e ela responde que é a caixinha, mas essa não é obrigatória. Absurdo. Uma casa deserta, falida, assumindo a filosofia de espantar clientes. Os puteiros do Rio não estão falindo somente em razão da crise, estão falindo pela falta de inteligência, pela obstrução cerebral da ganância desconectada da realidade.
Encerro por aqui dando um abraço em todos os foristas gentis que me acompanham. Afinal, hoje é o dia da gentileza. Agora, me aposento. Talvez eu volte para avisar a vocês sobre o lançamento do meu próximo livro, que falará sobre fóruns e sobre a velha putaria sobre o olhar do cliente. Quando quiserem um chope com este velho viking, é só chamar pela mensagem privada. Relatos meus, improvável que surjam novamente. Sucesso a todos.