A Crise Econômica Mundial

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#31 Mensagem por Carnage » 03 Abr 2009, 11:09

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... -maquinas/
03/04/2009 - 07:00
As incertezas do setor de máquinas
Coluna Econômica - 03/04/2009

Um dos setores mais afetados pela crise foi o de máquinas e equipamentos. Em geral, é o setor que entra por último na crise e é o último a sair. Mas a violência da crise atual inverteu essa lógica. A queda foi intensa e não foi maior porque parte do setor trabalha com sistema de encomendas. Então continuou produzindo, queimando o estoque de pedidos antigos.

Mesmo assim, há muitas dúvidas sobre o futuro, se já se atingiu o fundo do poço ou não.

Em sua reunião plenária de ontem, a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) apresentou dados que não permitem chegar a conclusões taxativas.

***

Por exemplo, os dados fechados de fevereiro demonstram uma queda de 28,6% sobre fevereiro do ano passado; mas uma elevação de 6,5% sobre janeiro. No ano, a queda acumulada foi de 30,8% embora em 12 meses ainda mantenha crescimento de 10,8%.

Historicamente, o setor exporta 30% de sua produção. No ano, as exportações caíram menos (-9,8%) do que as vendas internas (-39%). Mas as importações cresceram 16,9% - embora também apresentem sinais de arrefecimento.

Com esse aumento das importações, o consumo aparente (vendas internas mais importações) caiu 15,4%,

***

Quando se desagrega por setores, dos 11 setores representados pela Abimaq, apenas dois registraram crescimento: válvulas (+10,6%) e bombas e motobombas (+0,7%) ambos puxados pelas compras da Petrobrás.

No extremo inferior as maiores quedas foram de máquinas para madeiras (-68,6%), quinas-ferramenta (-60,2%), máquinas têxteis (-54,6%) e máquinas agrícolas (-50,1%).

***

As exportações caíram de 1,7 bilhão de dólares para 1,27 bilhão. Parte se deveu à recessão mundial. Mas parcela expressiva à falta de financiamento interno, informa a Abimaq. Agora, com a relativa normalização do crédito, é possível algumas melhora de desempenho nas exportações.

É curioso que a maior queda tenha sido em máquinas para petróleo e energia renovável, com queda de 61,9% em relação a fevereiro do ano passado.

***

Embora acredite que se tenha batido no fundo do poço em fevereiro, a própria Abimaq prevê um aumento no número de demissões. Em relação a outubro de 2008, houve a redução de 12.178 pessoas, no quadro de 242.256 empregados do setor. Ocorre que as empresas estão trabalhando com contratos antigos, queimando sua carteira de pedidos e não tem havido a reposição de pedidos na mesma proporção. Há a possibilidade do número de desempregados aumentar bastante nos próximos meses, caso não haja uma reativação da economia.

***

Mesmo se houver recuperação, não haverá maneira de reverter a queda da produção deste ano, em comparação com o ano passado.

Em 2008 a carteira correspondia a uma média de 19,2 semanas de trabalho. Agora, caiu para 18,2 semanas.

***

Ao contrário de outras entidades de classe, a Abimaq se aproximou das centrais sindicais para unificar as reivindicações. Graças a isso, conseguiu aumentar seu poder de fogo junto ao governo. Nos próximos dias é provável que consiga derrubar o decreto do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) que acabou com a análise prévia para importação de máquinas usadas.

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FucaBala
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#32 Mensagem por FucaBala » 03 Abr 2009, 11:50

Carnage escreveu:http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... -maquinas/
03/04/2009 - 07:00
As incertezas do setor de máquinas
Coluna Econômica - 03/04/2009

Um dos setores mais afetados pela crise foi o de máquinas e equipamentos. Em geral, é o setor que entra por último na crise e é o último a sair. Mas a violência da crise atual inverteu essa lógica. A queda foi intensa e não foi maior porque parte do setor trabalha com sistema de encomendas. Então continuou produzindo, queimando o estoque de pedidos antigos.

Mesmo assim, há muitas dúvidas sobre o futuro, se já se atingiu o fundo do poço ou não.

Em sua reunião plenária de ontem, a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) apresentou dados que não permitem chegar a conclusões taxativas.

***

Por exemplo, os dados fechados de fevereiro demonstram uma queda de 28,6% sobre fevereiro do ano passado; mas uma elevação de 6,5% sobre janeiro. No ano, a queda acumulada foi de 30,8% embora em 12 meses ainda mantenha crescimento de 10,8%.

Historicamente, o setor exporta 30% de sua produção. No ano, as exportações caíram menos (-9,8%) do que as vendas internas (-39%). Mas as importações cresceram 16,9% - embora também apresentem sinais de arrefecimento.

Com esse aumento das importações, o consumo aparente (vendas internas mais importações) caiu 15,4%,

***

Quando se desagrega por setores, dos 11 setores representados pela Abimaq, apenas dois registraram crescimento: válvulas (+10,6%) e bombas e motobombas (+0,7%) ambos puxados pelas compras da Petrobrás.

No extremo inferior as maiores quedas foram de máquinas para madeiras (-68,6%), quinas-ferramenta (-60,2%), máquinas têxteis (-54,6%) e máquinas agrícolas (-50,1%).

***

As exportações caíram de 1,7 bilhão de dólares para 1,27 bilhão. Parte se deveu à recessão mundial. Mas parcela expressiva à falta de financiamento interno, informa a Abimaq. Agora, com a relativa normalização do crédito, é possível algumas melhora de desempenho nas exportações.

É curioso que a maior queda tenha sido em máquinas para petróleo e energia renovável, com queda de 61,9% em relação a fevereiro do ano passado.

***

Embora acredite que se tenha batido no fundo do poço em fevereiro, a própria Abimaq prevê um aumento no número de demissões. Em relação a outubro de 2008, houve a redução de 12.178 pessoas, no quadro de 242.256 empregados do setor. Ocorre que as empresas estão trabalhando com contratos antigos, queimando sua carteira de pedidos e não tem havido a reposição de pedidos na mesma proporção. Há a possibilidade do número de desempregados aumentar bastante nos próximos meses, caso não haja uma reativação da economia.

***

Mesmo se houver recuperação, não haverá maneira de reverter a queda da produção deste ano, em comparação com o ano passado.

Em 2008 a carteira correspondia a uma média de 19,2 semanas de trabalho. Agora, caiu para 18,2 semanas.

***

Ao contrário de outras entidades de classe, a Abimaq se aproximou das centrais sindicais para unificar as reivindicações. Graças a isso, conseguiu aumentar seu poder de fogo junto ao governo. Nos próximos dias é provável que consiga derrubar o decreto do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) que acabou com a análise prévia para importação de máquinas usadas.
Bom este texto do Nassif, bem próximo do que comentei páginas atrás sobre a recuperação da indústria. Trabalho exatamente neste setor e, até então, estávamos com pedidos do ano passado, a curto e médio prazo não enxergo uma melhora.

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Carnage
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#33 Mensagem por Carnage » 03 Abr 2009, 16:36

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 59486/view
2 de Abril de 2009 - 20h17 - Última modificação em 2 de Abril de 2009 - 22h53
Livro mostra que meios de produção do país pertencem a 6% da população
Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil


São Paulo - Os meios de produção de riqueza do país estão concentrados nas mãos de 6% dos brasileiros. É uma das conclusões apresentadas no livro Proprietários: Concentração e Continuidade lançado hoje (2), na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon), em São Paulo.

A publicação é o terceiro volume da série Atlas da Nova Estratificação Social do Brasil, produzida por Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e vários economistas do órgão. Do livro, consta um levantamento que revela que, de cada 20 brasileiros, apenas um é dono de alguma propriedade geradora de renda: empresa, imóvel, propriedade rural ou até mesmo conhecimento – também considerado um bem pelos pesquisadores.

Em entrevista coletiva organizada para o lançamento do livro, Pochmann afirmou que a concentração das propriedades no Brasil é antiga e remete aos tempo da colonização. Desde a concessão das primeiras propriedades agrícolas, passando pela industrialização ocorrida no século 20, até o aumento da atividade financeira, os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.

"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país”, disse.

De acordo com o livro, os proprietários brasileiros têm um perfil específico comum. A grande maioria tem entre 30 e 50 anos de idade, é de cor branca, concluiu o ensino superior, e não tem sócios.

Para Pochmann, o quadro da distribuição das propriedades brasileira é grave. O Brasil tem seus meios produção de riqueza mais mal distruídos entre os países da América Latina, por exemplo. E isso não deve mudar em um curto prazo, segundo o economista.

“Estamos fazendo reforma agrária desde os anos 50 e nossa distribuição fundiária é pior do que a de 50 anos atrás; nossa carga tributária onera os mais pobres; a única coisa que vai bem é a educação”, afirmou ele, citando dados que apontam que o percentual dos jovens que frequenta a universidade passou de 5,6%, em 1995, para cerca de 12%, em 2007.

Pochmann disse porem que mesmo com o aumento dos índices da educação, ele ainda está muito aquém do encontrado na Europa, onde 40% dos jovens têm diploma universitário. Ressaltou também que a mudança da distribuição das propriedades por meio da educação é a forma mais lenta de justiça.

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Peter_North
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#34 Mensagem por Peter_North » 06 Abr 2009, 12:37

Também tem bastante repercussão o plano de reforma do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, mas as medidas mais importantes e que devem produzir mudanças no modelo da globalização são o fim dos chamados "paraísos fiscais" (...) O fim dos "paraísos fiscais" deve aumentar o controle sobre circulação de dinheiro originário de corrupção, fraudes e do crime organizado.
Alguém faz idéia de como pretendem fazer isso? Um paraíso fiscal é um lugar com impostos baixos ou inexistentes. A decisão sobre a taxa de imposto a ser cobrada pertence a um país, e um país é soberano, ou pelo menos deveria ser. E aí? Como vão forçar outros países a subirem seus impostos?

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#35 Mensagem por Peter_North » 06 Abr 2009, 12:44

O Pastor escreveu:É visível a possibilidade de vivermos um século chinês ou até indiano (e por que não russo ou brasileiro? :lol: :lol: ). Mas sempre que vejo o quanto esses países possuem problemas sociais graves, e a lentidão que eles agem para resolve-los, eu fico desanimado. Até me pergunto o que significaria para a humanidade - o Mundo, ter a China ou a India como países hegemônicos.
O problema é que a cultura de um país hegemònico inevitavelnmente "transborda" para o resto do mundo. E a China e a India tem duas coisas terríveis a oferecer no âmago de sua cultura: O totalitarismo sem respeito pelo indivíduo da China, e o perverso sistema de castas da Índia. Um país desses em situação hegemônica seria um desastre para a humanidade.

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#36 Mensagem por Peter_North » 06 Abr 2009, 12:56

os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.
Este cara está ignorando totalmente o fenômeno da mobilidade social e o fato mais do que conhecido de que fortunas são feitas e perdidas com igual facilidade.
"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país”, disse.
Perfeito! Dê o exemplo e democratize o acesso às propriedades do país, começando pela tua casa. O quê, o senhor não quer, isso só vale para os outros? Ah, eu sabia que você era um hipócrita filho da puta, até aí tudo bem. O que me revolta é que voce é um hipócrita filho da puta pago com dinheiro público, ou seja, o meu.
“Estamos fazendo reforma agrária desde os anos 50 e nossa distribuição fundiária é pior do que a de 50 anos atrás
Talvez dê para tirar disso a lição de que reforma agrária não eczsite nem funciona.
nossa carga tributária onera os mais pobres
E os que não são os mais pobres também Professor, mas isso é porque o estado é muito inchado. Sugiro diminuir o problema botando para fora os hipócritas filhos da puta.
a única coisa que vai bem é a educação
Isso é uma asneira, o Brasil sempre fica nos últimos lugares em qualquer comparação mundial de qualidade de ensino. Esse cara deve achar que o ensino aqui é bom porque os alunos tem o provilégio de ouvir um hipócrita filho da puta como ele.
Ressaltou também que a mudança da distribuição das propriedades por meio da educação é a forma mais lenta de justiça.
O Lula deve amar esse cara. Estudo pra quê? Além de tudo, demora pra dar resultado.

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#37 Mensagem por Carnage » 06 Abr 2009, 15:28

Peter_North escreveu:
os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.
Este cara está ignorando totalmente o fenômeno da mobilidade social e o fato mais do que conhecido de que fortunas são feitas e perdidas com igual facilidade.
Peter, você leu direito o texto?
Não tem ignorando nada. Leia de novo apenas 6% possuem os meios de produção.
Não importa se houve ou não mobilidade social. Se houve, foi pouca, porque apenas 6% da população possuem os meios de produção! Ponto!
Peter_North escreveu:
a única coisa que vai bem é a educação
Isso é uma asneira, o Brasil sempre fica nos últimos lugares em qualquer comparação mundial de qualidade de ensino. Esse cara deve achar que o ensino aqui é bom porque os alunos tem o provilégio de ouvir um hipócrita filho da puta como ele.
Concordo que não parece estar certo falar que vai bem. Mas então explica isso para o querido governador José Serra, que adora falar que o governo dele (e os anteriores do PSDB) fez muuuuito pela educação, melhorou horrores!

Por que não vejo você falando nada quando posto sobre a educação de São Paulo, tão primorosamente administrada pelos tucanos?

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Carnage
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#38 Mensagem por Carnage » 06 Abr 2009, 15:37

Peter_North escreveu:E os que não são os mais pobres também Professor, mas isso é porque o estado é muito inchado.
Como você soube que o estado está inchado? Ouviu dizer também?

http://www.correiobraziliense.com.br/ht ... erna.shtml
Estudo do Ipea desmente inchaço na máquina pública
Letícia Nobre - Correio Braziliense
Publicação: 30/03/2009 08:24 Atualização: 30/03/2009 08:41

Uma pesquisa sobre emprego público, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), chegou a uma conclusão surpreendente: a máquina pública brasileira não está inchada. Comparada à de países desenvolvidos e com os da América Latina, a proporção de servidores públicos na faixa da população economicamente ativa é uma das menores (10,7%), segundo dados computados em 2005.

Em países como Dinamarca e Suécia, mais de 30% dos ocupados estão trabalhando para o estado. Em outros que têm o setor privado como alicerce, caso dos Estados Unidos, o percentual é de 14,8%, também usando dados de 2005
. O pesquisador Fernando Augusto de Mattos, observa que a adoção do Estado de Bem-Estar Social por vários países europeus no período pós-Segunda Guerra Mundial fez com que o setor público passasse a ter um peso significativo na promoção do emprego e da qualidade de vida da população. A necessidade de políticas sociais universalistas fez a participação dos empregos públicos crescer mais nos países desenvolvidos do que nos subdesenvolvidos.

Na América Latina, onde a realidade social se assemelha à nacional, o Brasil está em 8º lugar de acordo com dados de 2006 da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Na Argentina, essa relação é de 16,2%; no Paraguai, 13,4%, e no Panamá, primeiro colocado da lista, 17,8%. O processo de democratização recente também pesa na estrutura, comenta o pesquisador. O levantamento leva em consideração todos os trabalhadores empregados pelo Estado em um sentido mais amplo, incluindo administração direta, indireta e estatais de todo tipo.

Diferenças

Os índices dos emergentes — países que também guardam alguma semelhança com o Brasil —, como Índia (68,1%) e África do Sul (34,3%), ficam muito acima do nível nacional. Há um grave problema de formalização de empregos nesses países, comenta Mattos. Na Índia, por exemplo, o alto percentual está relacionado com o elevado contingente de forças militares e de segurança interna. Além da informalidade, o país carrega um baixo grau de desenvolvimento industrial em contraste com a ocupação agrícola.

O economista do Dieese Tiago Oliveira explica que o estudo questiona o discurso de que o Brasil tem um estado inchado, que surgiu nos anos 90. “A idéia de um país pesado e ineficiente caiu sobre o serviço público e se perpetua até hoje.” Porém, observa Oliveira, “ao mesmo tempo em que as pessoas dizem isso, vão aos postos de saúde e esperam por horas, por falta de médicos ou veem os filhos voltarem mais cedo para casa por falta de professores”.

O pesquisador do Ipea Fernando Mattos afirma que o resultado da pesquisa mostra a necessidade de ampliação do acesso da população aos serviços públicos e, por consequência, da ampliação do quadro de pessoas que realizam esses serviços.

Qualificação

Apesar de os números desmistificarem o discurso da máquina inchada, nenhum dos especialistas descarta que há desequilíbrio entre áreas administrativas: algumas têm excessiva carência. Há um déficit grande nas áreas de saúde, educação, mas também nas de auditores fiscais e previdenciários ou mesmo na fiscalização das fronteiras”, alerta Tiago Oliveira. A qualidade, que não foi alvo da pesquisa do Ipea, é lembrada. “Não se pode esquecer que o bom serviço prestado à população depende da qualificação dos servidores”, pondera Mattos.

Servidor da Universidade de Brasília há 32 anos, Cosmo Balbino é contrário à ideia de inchaço do setor público. Para ele, o baixo índice brasileiro diante dos registrados em muitos países não é um indicador ruim. “O Estado sofre de uma carência de médicos e professores. Desde que haja qualificação profissional, não há necessidade de muitos empregados”, avalia. “Com a terceirização do serviço público, há perda de qualidade profissional porque não há critérios rígidos para contratação.”

Balbino entende que o processo de adequação tecnológica dos cargos públicos, incluindo a UnB, resultou numa menor carência de trabalhadores. “A tecnologia acabou com muitos empregos.” Dessa forma, ele sugere uma alternativa para solucionar a falta de vagas de trabalho. “Hoje em dia, há condições de se ter bons salários com poucas pessoas”, avalia.

Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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O Pastor
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#39 Mensagem por O Pastor » 06 Abr 2009, 20:56

Peter_North escreveu: O problema é que a cultura de um país hegemònico inevitavelnmente "transborda" para o resto do mundo. E a China e a India tem duas coisas terríveis a oferecer no âmago de sua cultura: O totalitarismo sem respeito pelo indivíduo da China, e o perverso sistema de castas da Índia. Um país desses em situação hegemônica seria um desastre para a humanidade.

Concordo. SEria desastroso. Sem contar a superpopulação dos dois países, que são um péssimo exemplo.

A China é um país curioso. Alias os orientais em geral são bem curiosos. Ao mesmo tempo que possuem uma das filosofias humanas mais bem desenvolvidas e estruturadas, continuam sendo os que mais maltratam animais, possuem pouco apreço ao meio-ambiente e não respeitam os direitos humanos. O Japão, por exemplo, até hoje acha que caçar baleia não tem importancia e a China espanca cachorros, pra utilizar seus fluidos pra temperar alimentos. São bem crueis quando querem :lol:.

A economia chinesa cresceu tanto que se tornou vital para o resto do mundo, porém, politicamente eles continuam na mesma. Afundados em um estado totalitario e corrupto. Confesso que não sei o que será deste país daqui a uns 10 anos. Tenho muitas curiosidades.

Já a India pro povo pobre, é bem pior. Eu preferiria nascer chinês :lol:, imagina se eu nascesse um indiano pobre, tava fudido :lol:. Neste quesito até parece mais com o Brasil. A diferença é que os indianos investem pesado em educação e em alta tecnologia. A educação não é para todos, eh verdade, mas é da India que vem saindo muitas das melhores mentes de nossa era. É um oasis de prosperidade intelectual, num mundo de pobreza e ignorancia. É bem a cara deles: ao mesmo tempo que conseguem mandar uma nave espacial pra Lua, ainda não conseguem alimenatr sua população. Possuem problemas gravissimos, tanto interno, quanto com os seus vizinhos, sobretudo o islâmico Paquistão.

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Compson
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#40 Mensagem por Compson » 06 Abr 2009, 23:34

Peter_North escreveu:
Também tem bastante repercussão o plano de reforma do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, mas as medidas mais importantes e que devem produzir mudanças no modelo da globalização são o fim dos chamados "paraísos fiscais" (...) O fim dos "paraísos fiscais" deve aumentar o controle sobre circulação de dinheiro originário de corrupção, fraudes e do crime organizado.
Alguém faz idéia de como pretendem fazer isso? Um paraíso fiscal é um lugar com impostos baixos ou inexistentes. A decisão sobre a taxa de imposto a ser cobrada pertence a um país, e um país é soberano, ou pelo menos deveria ser. E aí? Como vão forçar outros países a subirem seus impostos?
A maioria desses países é do tamanho de Bagé. Basta ameaçar um embargo econômico ou parar de emprestar dinheiro que eles se emendam. A lição de Cuba é dura demais para que outros se arrisquem... E olha que Cuba nem é dependende do capitalismo internacional. Quem é que vai mandar dinheiro para um país falido?
O Pastor escreveu:
Peter_North escreveu: O problema é que a cultura de um país hegemònico inevitavelnmente "transborda" para o resto do mundo. E a China e a India tem duas coisas terríveis a oferecer no âmago de sua cultura: O totalitarismo sem respeito pelo indivíduo da China, e o perverso sistema de castas da Índia. Um país desses em situação hegemônica seria um desastre para a humanidade.

Concordo. SEria desastroso. Sem contar a superpopulação dos dois países, que são um péssimo exemplo.
Isso é consenso! Um mundo com a China hegemônica seria pior que um mundo dominado pelos EUA. Por isso é que eu torço tanto pelo Brasil-sil-sil... :roll:

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Compson
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#41 Mensagem por Compson » 07 Abr 2009, 01:47

Mais uma derrota da política internacional dos EUA:

Rússia e China barram tentativa dos EUA de punir Coreia do Norte por foguete
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ ... 6969.shtml

Se bem que eles nunca cantaram muito de galo pra cima da Chiana e muito menos da Rússia...

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#42 Mensagem por Peter_North » 07 Abr 2009, 09:40

Carnage escreveu:Leia de novo apenas 6% possuem os meios de produção.
Não importa se houve ou não mobilidade social. Se houve, foi pouca, porque apenas 6% da população possuem os meios de produção! Ponto!
Ponto nada, isso é uma pesquisa embebida em política do PT, o resultado é o mesmo de sempre: A culpa pelas suas péssimas escolhas é de todo mundo, menos sua; Agora pegaram os 6% que conseguiram ter algum sucesso na vida. Deixa eu te dar uma dica: A porcentagens de "Elianas Tranchesis" que existe entre os mais ricos é a mesma proporção de "Fernandinhos Beira-Mar" que existe entre os pobres. Esse coisa de ficar botando a culpa nos outros é a cara do discurso do PT, esse estudo é feito sob medida para achar esse tipo de resultado e isso é deprimente.
Carnage escreveu:Por que não vejo você falando nada quando posto sobre a educação de São Paulo, tão primorosamente administrada pelos tucanos?
Porque desconheco totalmente como anda SP, passo por aí pouco e é a trabalho, quase sempre na correria. Como te sentirias comentando sobre a educação no Sergipe ou Santa Catarina?

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#43 Mensagem por Peter_North » 07 Abr 2009, 09:49

Compson escreveu:Mais uma derrota da política internacional dos EUA:

Rússia e China barram tentativa dos EUA de punir Coreia do Norte por foguete
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ ... 6969.shtml

Se bem que eles nunca cantaram muito de galo pra cima da Chiana e muito menos da Rússia...
Essa derrota não é dos EUA e sim do mundo. Prefiro 5 mil ogivas com os EUA, mais 5 mil com a Russia e algumas centenas entre França, Inglaterra, India, Paquistão e Israel. Esses países não são dirigidos por um completo doido, como a Coreia do Norte. Alías, a coréia do Norte é socialista né? (socialista é como os comunistas se chamam hoje em dia)

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#44 Mensagem por Peter_North » 07 Abr 2009, 10:19

Carnage escreveu:Como você soube que o estado está inchado? Ouviu dizer também?
Não, é pela minha vivência do dia-a-dia. Se o governo não fosse inchado e ineficiente a carga tributária não seria tão alta. O estado é inchado e absurdamente ineficiente, não sei como podes discordar disso. Ou melhor, já sei:
Carnage escreveu:Estudo do Ipea desmente inchaço na máquina pública
Oh sim, o IPEA, o Carnage acha que o IPEA é isento e não ia fazer estudo só para ajudar o PT a inchar ainda mais o governo; Imagina. Jamais.

Da Wikipedia:
A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é uma fundação pública federal vinculada ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil.
Ou seja, uma estatal vassala do Lula. Mas a coisa fica ainda melhor:
O atual presidente do Ipea é Marcio Pochmann.
Marcio Pochmann? Quem é Marcio Pochmann?
Marcio Pochmann é (...) pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp (...) Foi secretário municipal do desenvolvimento, trabalho e solidariedade da cidade de São Paulo entre 2001 e 2004, durante a gestão de Marta Suplicy. (...) Marcio Pochmann é ligado ao PT[1], e é filiado a este partido.
Surpreendente! Então quer dizer que um cara filiado ao PT, que ganha a vida com empregos públicos que o PT lhe consegue, está dizendo que o estado não está inchado? É inacreditável!

Ou não. É tudo sempre tão tristemente previsível. O Carnage fica chateado comigo porque eu desmascaro a origem de algumas desinformações que circulam por aí. É ÓBVIO que um lacaio do PT vai dizer que tem que aumentar mais o estado, eles ganham a vida sugando dinheiro público mesmo, quanto mais fontes, melhor.

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Peter_North
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#45 Mensagem por Peter_North » 07 Abr 2009, 10:20

PS: Pesquisei um pouco mais: O Marcio Pochmann mandou para a rua do IPEA quem não era alinhado com o pensamento político petista. De novo, é a cara deles:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 6734.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 7298.shtml

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