Gripe Suina

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Adam West
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#76 Mensagem por Adam West » 03 Mai 2009, 21:40

ZeitGeist escreveu:
Compson escreveu:Para quem quer salvar o mundo:
http://www.swinefighter.com/

Consegui vacinar 19 porcos e vc?
13 :(!
Prefiro fazer o papel do vírus e foder com a humanidade inteira:

http://www.zezao.com/jogos-online/jogo- ... -5287.html

http://www.jogosonline.com.br/jogo.php?id=407

http://clickjogos.uol.com.br/Jogos-onli ... andemic-2/

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Carnage
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#77 Mensagem por Carnage » 04 Mai 2009, 15:18

http://www.viomundo.com.br/opiniao/o-es ... -da-gripe/
O espetáculo da gripe
Atualizado em 30 de abril de 2009 às 18:16 | Publicado em 30 de abril de 2009 às 18:11
por Luiz Carlos Azenha

Lá vamos nós, de novo, embarcar na montanha russa da mídia. Agora é a vez de você, caro telespectador, curtir todas as emoções da gripe seja-lá-como-decidiram-batizá-la.

Uma amiga, no México, me liga: e aí? Fique tranquila. Você não vai pegar gripe. Como assim? Respondo: quantos casos OFICIAIS existem no México? Algumas centenas? Ora, se a Cidade do México tem 22 milhões de habitantes a chance de você pegar a gripe E morrer é tão grande quanto a de acertar na Mega Sena. Oficialmente, ao que eu sei, são menos de 10 mortes no México, que é o epicentro da "epidemia".

Além disso, as chances de você se recuperar da gripe são grandes. É só comparar a relação casos confirmados/mortes no México ou fora dele.

Quantas mortes a malária causa anualmente? Um milhão. Isso mesmo: um milhão de pessoas morrem de malária, doença de pobre, todo ano. É por isso que minha amiga, ao circular na periferia da Cidade do México, descobriu que ninguém usa a máscara. O mexicano comum sabe que é mais provável que morra "atirado" ou atropelado do que de gripe.

Nos próximos dias, teremos todas as manchetes óbvias sobre os bebês, os anões e as mulheres grávidas que pereceram diante da "nova" enfermidade. Meu coração ficará com as vítimas e suas famílias. Nunca com os repórteres que vão fingir preocupação diante de hospitais e centros de pesquisa. Eles estarão a serviço do "espetáculo da gripe", assim como estiveram, não faz muito tempo, a serviço do sacrifício ritual da adolescente Eloá.

"Mas, Azenha, você não acredita na TV?". Costumo dizer que cobro um preço para fazer TV. Para assistir custa mais caro. Não suporto mais "indignação", "preocupação" e "emoção" ensaiadas, de estúdio, essa farsa repetitiva que ocupa o espaço entre dois comerciais.

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Carnage
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#78 Mensagem por Carnage » 04 Mai 2009, 17:04

Se querem ficar livres da gripe suína, sigam os conselhos do genial governador de São Paulo, José Serra:
http://www.youtube.com/watch?v=_z97MhLvWsI

Como ele é esperto! :lol: :lol: :lol:

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#79 Mensagem por Capitão Caverna BsB » 04 Mai 2009, 17:55

Carnage escreveu:Se querem ficar livres da gripe suína, sigam os conselhos do genial governador de São Paulo, José Serra:
http://www.youtube.com/watch?v=_z97MhLvWsI

Como ele é esperto! :lol: :lol: :lol:

HAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAUHAUAHUAHUAHUAHUAA

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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#80 Mensagem por Compson » 04 Mai 2009, 19:51

Capitão Caverna BsB escreveu:
Carnage escreveu:Se querem ficar livres da gripe suína, sigam os conselhos do genial governador de São Paulo, José Serra:
http://www.youtube.com/watch?v=_z97MhLvWsI

Como ele é esperto! :lol: :lol: :lol:

HAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAUHAUAHUAHUAHUAHUAA

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
E se o Lula solta uma dessas hein? :doubt:
(Vi no "Canal Livre" ontem que a tal gripe suína não tem nada que ver com porco, é apenas a "mistura" de dois vírus de porcos com um aviário com um humano; até ontem, apenas um porco havia sido contaminado por esse vírus específico e havia contraído de um humano - não se resgistrou se se tratava ou não de um torcedor do Palmeiras.)
musacco escreveu:Não dúvido muito que esta PRE PANDEMIA, pode ter sido provocada por uma inescrupulosa, PORCA e CAPITALISTA INDUSTRIA FARMACEUTICA que reativou uma variação do vírus INFLUENZA para alastrar no MEXICO (FOCO), e depois, de alguns meses ganhar BILHÕES com vacinas já pré-fabricadas ???
Uma forma mais elegante de colcar a teoria da conspiração, aproveitando uma temática cara à esquerda moderna é: trata-se de um ensaio do admirável mundo novo que se seguirá ao atual momento, ou seja, de crise financeira permanente (ou seja, de permanente repasse da renda produtiva para o mercado financeiro via setor público) administrada com governos de exceção baseados em emergências sociais e biológicas. Desnecessário dizer a importância da tal "questão ambiental" (um problema real, mas insolúvel nos atuais parâmetros de organização social) nesse novo mundo.

Mas pode ser que não também... :roll:

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Compson
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#81 Mensagem por Compson » 04 Mai 2009, 21:04

Bah!
04/05/2009 - 19h47
México diz que gripe suína é tão letal quanto gripe tradicional
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
A gripe suína, novo tipo de influenza que contaminou pelo menos 1.085 pessoas no mundo, não é mais letal do que a gripe tradicional nem parece ter maior potencial para contágio, afirmou nesta segunda-feira (4) o epidemiologista responsável pelo centro de alerta sanitário mexicano, Miguel Angel Lezana.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/inter ... 02u19.jhtm

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#82 Mensagem por Vlad_Vostok » 04 Mai 2009, 23:15

Compson escreveu:Bah!
04/05/2009 - 19h47
México diz que gripe suína é tão letal quanto gripe tradicional
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
A gripe suína, novo tipo de influenza que contaminou pelo menos 1.085 pessoas no mundo, não é mais letal do que a gripe tradicional nem parece ter maior potencial para contágio, afirmou nesta segunda-feira (4) o epidemiologista responsável pelo centro de alerta sanitário mexicano, Miguel Angel Lezana.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/inter ... 02u19.jhtm
Eu escutei um virus da gripe suina cochichando . Ele dizia....

"Quando o inverno chegar eu quero estar junto a ti "
"Não podemos dizer que estamos fora de perigo, mas há sinais promissores", disse Richard Besser, o diretor interino do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Besser, no entanto, pediu ao público que "não aproveite esses fatores promissores para baixar a guarda".

"A comunidade internacional está trabalhando para fazer um acompanhamento do vírus no cone sul, para ver se muda ou se volta mais forte", disse.

"Isso nos dará mais pistas de como se pode comportar aqui [nos EUA] no próximo outono", afirmou o especialista, após assinalar que se está avançando na elaboração de uma vacina, embora não tenha decidido ainda se será necessário administrá-la à população na próxima temporada de gripe.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0460.shtml

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#83 Mensagem por Carnage » 05 Mai 2009, 11:45

Lembrando que o presidente do México (e seu antecessor) não é um populista de esquerda, com idéias de revolulção comunista, mas sim um neoliberal de extrema direita.

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... do-mexico/
O que não te contaram sobre a gripe do México

Atualizado em 04 de maio de 2009 às 23:20 | Publicado em 04 de maio de 2009 às 23:19

Os causadores da praga do México

Nomeiem os mortos!

por JAIME AVILÉS*, no jornal mexicano La Jornada (via Counterpunch)

Acima de tudo, a gripe que mudou a vida (e morte) de nosso país é um grito de denúncia da pilhagem sistemática que nós, milhões de mexicanos, sofremos nos últimos 27 anos -- anos que nos tornaram hoje fonte de infecção para toda a humanidade. O que aconteceu foi a consequência lógica e catastrófica de políticas irresponsáveis que dia a dia empurraram à pobreza cem milhões de nós, deixando a maioria faminta sem outra opção que a imigração ou o narcotráfico.

Durante o regime de Vicente Fox, o México teve o maior ganho de sua história com a exploração de petróleo, mas para nós nada sobrou da bonança. A maior parte do dinheiro foi usada para cortar impostos dos mais ricos entre os ricos e o resto -- um trocado -- está hoje em cercas e montes de estrume de um rancho em Guanajuato [rancho presidencial de Fox em San Cristóbal, de grandes dimensões; a esposa de Fox é acusada de ter usado o poder dela para criar e enriquecer múltiplos negócios através dos filhos], nas companhias dos filhos de Marta Sahagún e nas contas bancárias de homens e mulheres do regime.

Enquanto isso, não há um único laboratório, nem mesmo no maior centro de conhecimento da nossa universidade nacional, a UNAM, capaz de detectar a mutação de um vírus ultimamente chamado de A/H1N1. Como Enrique Galván Ochoa e Luis Linares Zapata documentaram bem nas páginas do La Jornada ao longo desta semana excepcional, no México tínhamos uma companhia estatal chamada Birmex, que era capaz de fornecer "vacinas, imunoglobulinas e reagentes de diagnóstico para instituições de saúde pública dos estados da República mexicana". Fox desmantelou a Birmex.

Antes de Fox, o ex-presidente Ernesto Zedillo [agora na universidade de Yale] fechou tanto o Instituto Nacional de Higiene quanto o Instituto Nacional de Virologia, que se dedicavam a estudar vírus e a desenvolver vacinas para combatê-los. Nada sobrou.

Os primeiros casos da atual gripe na Cidade do México não foram detectados, entre outras razões, porque o Ministério da Saúde não tinha as ferramentas para identificá-los. Demorou alguns dias, depois de múltiplos contágios e algumas mortes, para que o médico governamental -- o limitado e sempre hesitante José Angel Córdova Villalobos -- mandasse algumas amostras para laboratórios canadenses pedindo a eles, por favor, que nos dissessem o que estava causando aquela gripe incomum.

O planeta está em choque porque, mesmo 10 dias depois daquela mensagem noturna terrorista de Córdova Villalobos na quinta-feira da semana passada, o "governo" (ou o que quer que seja) de Felipe Calderón ainda não revelou os nomes de qualquer uma das vítimas fatais do vírus, que mais cedo ou mais tarde entrará para a história como o vírus da gripe do México. Depois de acidentes aéreos, rodoviários, terremotos, enchentes e incêndios as autoridades divulgam os nomes dos mortos. Mas agora não -- e ninguém sabe explicar o motivo.

Não é preciso ser muito inteligente para entender que Calderón e o seu médico governamental se negam a dar os nomes dos mortos deve ser para esconder informações que poderiam destruir a lógica do governo de gerenciar a crise usando ferramentas de pânico social.

É fundamental que a gente saiba: Quem foram os mortos? Que idade tinham? Onde moravam? Qual seu status socioeconômico? Qual a ocupação deles?

Em outras palavras: eles viviam em domicílios com água corrente, banheiro, chuveiro, piso de cimento, eletricidade? Quantas pessoas havia na família, quantos dormiam no mesmo quarto, quantos banhos tomavam? Eram obesos? Subnutridos? Quantas vezes por dia comiam e o que comiam? Quando andavam em seus bairros e vilas, passavam por perto das fazendas de criação de porcos? O ambiente cotidiano deles estava saturado com fezes de aves ou porcos? Eles tiveram contato com os animais?

Muitos no México suspeitam que os mortos nessa epidemia pertencem à mais desprotegida camada de nossa sociedade, que testemunhamos mais uma vez uma doença da miséria e que o real objetivo das medidas aplicadas até agora em um país com mais de 50 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza extrema é isolar os mais pobres de nós, menos pobres, e com certeza dos ricos. Isso poderia explicar o fechamento total de escolas, restaurantes, bares, escritórios, cinemas, teatros, ginásios, piscinas, etc. Mais cedo ou mais tarde isso vai se tornar claro.

Em mais um ato de impulso totalitarista, Calderón impôs por conta própria o segredo funerário. Isso é uma violação do direito à informação não apenas dos mexicanos, mas de toda a humanidade. Enquanto ele esconder informação-chave, como os nomes dos mortos, o aparato de terror eletrônico vai permitir ao governo continuar a nos manipular à vontade.

Não é hora de pedir a nossos amigos em todo o mundo para levantar uma onda de solidariedade internacional contra essa forma de censura? Vamos pedir uma autópsia do grupo social que está morrendo dessa gripe. Teremos que marchar de novo até o Zócalo, fazer greve de fome, bloquear rodovias, antes que eles nos dêem os nomes dos mortos?

O México é um dos países mais ricos do continente americano mas uma peste voraz, mais destrutiva e mortal que a gripe suína, nos transformou em um país mais fraco, mais faminto e com menos esperança que o Haiti e mesmo que a pobre Honduras, uma República da Banana sem bananas. Essa peste são os políticos neoliberais do PRI e do PAN, a praga dos Salinas e Zedillos, dos de-la-Madrids e Foxes, todos a serviço de um punhado de milionários insaciáveis.

Por que permitimos que isso acontecesse? Por que permitimos que nos desprezassem? Estávamos enganados quando fomos às ruas com as bandeiras brancas para por fim à rebelião indígena de Chiapas?

Por que outras vítimas desse vírus, que vivem com boa higiene, se recuperam? Por que vivemos sob a psicose de que o A/H1N1 supostamente prefere gente entre 20 e 45 anos de idade? Como é que fomos convencidos disso sem nem mesmo saber os nomes dos mortos?

No México testemunhamos uma campanha descarada contra López Obrador nas últimas eleições, quando ele foi chamado de "um perigo para o México"; vimos Calderón assumir o poder depois de uma eleição maciçamente contestada, alegando que usaria "quaisquer meios" para isso; vimos Calderón renegar as promessas de campanha, começando pela criação de empregos; e vimos quando embarcou em uma guerra "contra" os narcos que apenas militarizou o país e permitiu a Calderón um controle maior do país; vimos nessas ações que ele arriscou a segurança nacional de nosso país e dos Estados Unidos.

Assim, nós mexicanos temos clareza e maturidade suficientes para saber que Calderón não está acima de tudo: se um dia ele se vestiu de soldado para lançar as forças armadas em uma trágica aventura, ele agora veste o avental branco para nos manter sob prisão domiciliar, suando de pânico.

Há dois objetivos que surgem dessa epidemia na agenda dos cidadãos: exigir que o "governo" (ou o que quer que seja) nos dê os nomes dos mortos e pedir mudanças radicais na agenda de pesquisas científicas. Da mesma forma que forçamos esse presidente espúrio a construir uma refinaria nova, nacionalizada, para aumentar nosso controle sobre a riqueza do petróleo, agora precisamos lutar por novos laboratórios e pela restauração do ensino de filosofia, ética e estética [referência à tentativa de remover essas disciplinas do currículo obrigatório].

Basta! Já deu! Não vamos sofrer nem mais um dia sob a tirania desse regime da ignorância!

Jaime Avilés é colunista do La Jornada.

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#84 Mensagem por Carnage » 05 Mai 2009, 18:12

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =536FDS002
MÍDIA & SAÚDE
O porco leva a fama


Por Jorge Fernando dos Santos em 5/5/2009

A influenza norte-americana, nome correto, segundo a OMS, para a gripe suína, demonstra a fragilidade do sistema de saúde pública no mundo globalizado. A desigualdade de condições de vida entre os países de Primeiro e Terceiro Mundo é a principal causa dos riscos de uma pandemia de proporções catastróficas.

Vale lembrar que em plena Idade Média quase um terço da população da Europa sucumbiu à peste bubônica, apelidada de peste negra. Naquele tempo, as distâncias entre vilas e cidades eram bem maiores que hoje. Com as facilidades de transporte e o aumento do intercâmbio comercial, sem falar na superpopulação das grandes metrópoles, as possibilidades de propagação de doenças como a gripe espanhola, ocorrida no início do século passado, tornaram-se bem maiores.

O curioso é que, no Brasil, morrem milhares de pessoas todos os anos, vítimas de dengue, febre amarela, subnutrição, bala perdida e acidentes automobilísticos. Enquanto a mortandade permanece nos grotões e nas favelas, as autoridades nem se abalam. O problema da nova gripe é que ela desembarca nos aeroportos internacionais, frequentados principalmente por pessoas ricas e de classe média, formadoras de opinião. Se a doença chegasse de ônibus ou a bordo de um pau-de-arara, certamente não haveria motivos para pânico.

Superpopulação e desigualdade

Enquanto isso, na África, a Aids avança a cada dia, vitimando principalmente mulheres e crianças. O continente, que sempre foi explorado pelos países ricos e imperialistas, paga o preço da omissão internacional. Afinal, quem se importa com a morte de um bando de negros e pobres do Terceiro Mundo?

Tão grave quanto o risco de uma pandemia é, na verdade, a desinformação. A gripe que agora ameaça o mundo tem muito pouco de suína e provavelmente evoluiu da chamada gripe aviária, que recentemente vitimou mais de mil pessoas em vários países, principalmente na Ásia. Também naquele continente as condições de vida da maioria das populações são precárias e oferecem todas as condições para o surgimento de epidemias de todo tipo.

Os organismos internacionais e os governos de países em desenvolvimento deveriam instituir políticas públicas de controle da natalidade e de melhoria das condições sanitárias da população. Afinal, em grandes metrópoles como São Paulo, Cidade do México ou Bombaim, pessoas pobres ou miseráveis vivem amontoadas, disputando espaço com ratos e baratas.

Boa parte dos problemas enfrentados pela humanidade resulta da superpopulação, concentração demográfica, ignorância e desigualdade social. Tanto é verdade que a gripe aviária e a nova epidemia que ameaça o mundo se originaram em regiões densamente habitadas, onde as condições de vida são as piores possíveis.

Repetindo informações

Contudo, em vez de espalhar o pânico, como vem ocorrendo nestes dias, os órgãos de imprensa deveriam alertar e orientar as pessoas, sobretudo as mais humildes, sobre como se precaver. Duas coisas chamam especialmente a atenção no momento. Os sintomas da nova gripe têm semelhança com a dengue e o resfriado comum. Afinal, como distinguir uma coisa da outra? Por outro lado, o nome gripe suína parece impróprio e já começa a causar prejuízos aos produtores e comerciantes de carne de porco. Com isso, um importante setor da economia mundial – já fragilizada pela crise – corre o risco de amargar sérios prejuízos e contribuir para o aumento do desemprego em vários países.

No Brasil, enquanto o governo tenta tranquilizar a população – como se uma epidemia internacional de gripe pudesse ser apenas mais uma "marolinha" –, a imprensa se limita a repetir informações, pouco acrescentando ao que já se sabe sobre os recentes casos de contaminação, ocorridos principalmente no México e nos Estados Unidos. Em vez de gripe suína, a nova doença poderia se chamar gripe Obama, pois coincide com o centésimo dia de governo do simpático novo morador da Casa Branca

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Tiozinho50
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#85 Mensagem por Tiozinho50 » 05 Mai 2009, 22:16

revistaforum escreveu: http://www.revistaforum.com.br/sitefina ... rtigo=6916


“O suspeito número um é o sistema de produção industrial de porcos, onde o confinamento permite o intercâmbio massivo do vírus, o que facilita que apareçam novas variantes, algumas das quais podem ter influência patológicos que pode afetar os humanos. Os criadouros de porcos são bem conhecidos por serem uma das melhores fontes de geração de variantes destes vírus.(...) A produção industrial em larga escala de gado bovino em condições estáveis, de porcos e aves em granjas gigantescas que são verdadeiras fábricas de carne é uma das aberrações da produção capitalista nestes últimos cinqüenta anos. Sim, efetivamente é um caldo de cultivo agentes patológicos. Facilita sua rápida evolução e promove a aparição de novas variantes de grande virulência.”

"Suspeito número um é sistema de produção industrial de porcos", diz economista
Por Redação [Terça-Feira, 5 de Maio de 2009 às 12:56hs]
A epidemia de gripe suína originada no México já atingiu 1124 pessoas em todo o mudno, segundo informou a OMS na manhã de hoje, 5. Já foram 26 vítimas fatais, sendo que 25 delas eram de cidadãos mexicanos e uma de um norte-americano. Os pesquisadores e as autoridades ainda não conseguiram responder à principais perguntas em torno desta epidemia: não se sabe o que levou à mutação do vírus H1N1, causador da gripe nos porcos, se ela vai aumentar, nem como fazer para acabar com ela.

Segundo o economista mexicano Alejandro Nadal, este caso é uma evidência do descaso histórico das autoridades do país com saúde pública e pesquisa e da inversão de prioridades na questão de biossegurança. Nadal acredita que a questão da produção alimentícia dentro da lógica capitalista foi fundamental para fomentar a epidemia e explica a relação em entrevista concedida ao site Rebelión, reproduzida abaixo..

Rebelión - Do que estamos falando quando falamos sobre a gripe suína?
Nadal - A chamada febre ou gripe suína é provocada pela variação de um vírus que é endêmico em porcos. A gripe suína é rara em humanos, mas o vírus pode sofrer mutações e infectá-los. Foi o que aconteceu neste caso.

Rebelión - Como foi possível que o vírus sofresse mutação tão rapidamente e afetasse a espécie humana?
Nadal - O suspeito número um é o sistema de produção industrial de porcos, onde o confinamento permite o intercâmbio massivo do vírus, o que facilita que apareçam novas variantes, algumas das quais podem ter influência patológicos que pode afetar os humanos. Os criadouros de porcos são bem conhecidos por serem uma das melhores fontes de geração de variantes destes vírus.

Rebelión - Até agora, salvo o caso de um bebê que faleceu nos Estados Unidos no último 28 de abril, todos os mortos eram do México entre pessoas jovens. Por quê?
Nadal - É uma pergunta aberta. A ciência não sabe ao certo. Uma hipótese é que o vírus, em suas primeiras etapas pode ser mais mortífero, e à medida que avança seu processo de transmissão, só diminui sua virulência maleficência. No entanto, no caso do vírus A(H1N1) que aparece no México, a virulência não diminuiu (o vírus não sofreu mutação para um nível menos maligno). Os médicos e laboratórios não tem uma resposta.

Rebelión - Qual é a situação do México neste momento?
Nadal - Fala-se de mais de dois mil casos de infecção com um quadro clínico similar ao do vírus A(H1N1). Há uns 150 falecimentos, o que situa o nível de mortandade a níveis comparáveis a epidemias muito graves (ainda que a estes níveis estatísticos não seja prudente estabelecer uma comparação).
Neste momento, na Cidade do México, uma urbe de 20 milhões de habitantes, encontra-se paralisada. As escolas, desde primárias a colégios, até universidades, encontram-se fechadas desde 6 de maio. Os restaurantes também estão fechados desde então. Muitas empresas diminuíram seu ritmo de atividade. Em escala nacional, o sistema educacional também está paralisado desde 6 de maio. As autoridades se esforçam em conter o contágio e nos próximos dias saberemos se houve êxito nessas medidas. O certo é que no momento continuam as dúvidas sobre as ações governamentais.
O impacto econômico da epidemia é forte. A grande divisão de serviços é muito importante para o PIB. Sérvios de restauração e hotelaria são muito importantes e fortes geradores de emprego. O déficit crônico da balança vai recrudescer. Além do quê, é muito provável que a exportação de carne de porco e frango sofram com esta epidemia., ainda que não exista evidência de que a enfermidade se transmita diretamente pela ingestão da carne de porco. Por final, a arrecadação fiscal se verá diminuída de maneira significativa, sobre todo imposto agregado, que como sabemos é o imposto de consumo. Por fim, tudo isso vem a piorar uma situação já comprometida pela crise econômica que já se previa (antes da epidemia) que resultaria numa diminuição de 4,5% do PIB mexicano em 2009. Pessoalmente, dado o peso do setor de serviços, creio que pelo menos deve ser agregado mais um ponto percentual abaixo dessa estimativa (ou seja, que o PIB mexicano cairá por volta dos 5,5%). É uma estimativa grosseira pois falta ver se se prolonga a situação atual.

Rebelión - Significa que o que está ocorrendo é que o processo intensivo, industrializado, é um caldo de cultivo para agentes infecciosos? Não estamos tratando os seres vivos como se fossem inanimados, sem sofrimento?
Nadal - A produção industrial em larga escala de gado bovino em condições estáveis, de porcos e aves em granjas gigantescas que são verdadeiras fábricas de carne é uma das aberrações da produção capitalista nestes últimos cinqüenta anos. Sim, efetivamente é um caldo de cultivo agentes patológicos. Facilita sua rápida evolução e promove a aparição de novas variantes de grande virulência. È algo conhecido pelos epidemologistas o fato de que os vírus que causam a morte do anfitrião mantem um equilíbrio entre virulência e velocidade de transmissão. No caso dos criadouros industriais de porcos e aves, a reposição cada vez mais rápida da população anfitriã gera pressões evolutivas que desemboca na aparição de variações mais danosas e de alta velocidade de transmissão. Mas as autoridades sanitárias a nível nacional e internacional sempre toleraram e solaparam estas condições de produção de carne.
Uma doutora e investigadora do Hospital de A Raza (México), que preferiu ocultar seu nome, apontou que os primeiros casos de pessoas infectadas foram detectadas no começo de março, mas não se lançou nenhum alerta nem se realizaram investigações. Houve vários mortos por neumonia, apontou a doutora, com os quais não se realizou um estudo forense a fundo, acrescentando: “Ao privilegiar a medicina privada, houve desatenção com a investigação, infra-estrutura e existência de medicamentos da medicina pública e o que estamos vivendo são as consequências disso. O México não tinha elementos para levar a cabo análises para detectar a enfermidade”.

Rebelión - É correta esta análise, em sua opinião?
Nadal - É correta. Eu diria que ... Nos últimos 20 anos, o gasto co educação permaneceu parado na medida em que os governos privilegiaram o pagamento de dívidas financeiras ao invés de investir nos setores primários do desenvolvimento (saúde, alimentação, moradia, educação, ciência e tecnologia). Um dos melhores exemplos disso é que há uns quatro anos, quando o governo de Fox queria desaparecer com o principal centro de investigações florestais, pecuários e agrícolas no México. O México conta com 11 km de litoral e o setor pesqueiro é muito importantes mas os centros de investigação sobre pescarias são muito poucos e não existe um sistema em escala nacional de monitoramento para o manejo racional de pescarias. Para voltar ao caso da gripe, é extraordinário que neste país o governo pretenda abrir já pronto e ilegalmente o campo aos transgênicos, mas não se conta nem sequer com laboratórios para determinar com certeza quando se trata do vírus A(H1N1).
Luis de Sebástian, um destacado economista barcelonês, observou em um artigo recente publicado no “Cinco Dias”: “Os mexicanos pobres sofrem uma epidemia gripal de novo junto a uma crise econômica e uma pobreza endêmica. O mundo não pode sobreviver a base de ilhotas de ricos em meio a um mar de pobres”.

Rebelión - Por que ele fala de mexicanos pobres? Não podem ser infetados também os mexicanos mais ou menos ricos?
Nadal - Todos podem ser afetados.

Rebelión - Como devem atuar as autoridades sanitárias no país? O que deve fazer a população?
Nadal - As autoridades sanitárias devem proporcionar uma informação fidedigna do que está acontecendo. Devem realizar as investigações que qualquer epidemiologista levaria a cabo e divulgaria. No momento não sabemos porém se as autoridades investigaram os pacientes infectados por este vírus para definir as formas de contágio, etc. As autoridades mexicanas sempre têm um comportamento defensivo: o responsável pelos direitos humanos nega casos de tortura, o do meio ambiente rechaça uma contaminação, o de saúde assinala que tudo está sob controle. É um quadro típico do “funcionariado” mexicano (desculpe o neologismo).

Rebelión- Que papel deve ter a OMS nesta situação?
Nadal - A OMS deveria deixar de atender aos grandes interesses da indústria farmacêutica e da agroindústria alimentar. Há muito o que fazer para prevenir desastres futuros que farão arrefecer todas as epidemias e pandemias. Não podemos esquecer que o papel da OMS e da FAO é a manutenção da globalização neoliberal, um modelo econômico falido, cujas falhas em matérias de saúde pública e meio ambiente são notórias.

Rebelión - Podemos extrair alguma lição do que está ocorrendo?
Nadal - Há das mais importantes. Primeiro, as fábricas de carne (os gigantescos “feedlots” de gado bovino nos Estados Unidos, as granjas de porcos e aves) são recintos em que a lógica da rentabilidade do capital se mescla com a dinâmica evolutiva da natureza. O resultado é uma mescla explosiva. A rentabilidade requer grandes escalas de produção, crescimento rápido dos animais (induzido artificialmente por meio de hormônios), e forte rotação de capital. A dinâmica evolutiva não perdoa e aproveita estas características dos processos produtivos da carne em escala industrial. Deste caldeirão vão sair sempre novos vírus patológicos. A OMS e os epidomiologistas do mundo todo sabem disso.
A segunda (lição) tem a ver com a biossegurança. Essa epidemia é uma mostra clara de que os sistemas de biossegurança no México (e muito provavelmente em muitos países) não estão preparados, nem de longe, para enfrentar contingências. Ainda assim, o governo mexicano insiste em seu afã de liberar cultivos transgênicos em escala comercial. Chama a atenção, em especial, o caso do milho. Esse cultivo tem seu centro de origem no México e uma lei federal (que vela pelos interesses das grandes corporações transnacionais) inclusive estabelece a obrigatoriedade de um regime de proteção especial para o milho. No entanto, violando esta lei e a opinião inclusive do Instituto Nacional de Ecologia, o governo mexicano concede a liberação comercial do milho no campo mexicano. Não há condições de biossegurança no México, e a lição mais clara é a epidemia atual.

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Tricampeão
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#86 Mensagem por Tricampeão » 06 Mai 2009, 07:07

Lembrando que a situação no Hemisfério Norte não está tão crítica porque lá agora é primavera. Na América do Sul e na África as condições sanitárias são piores e vamos entrar no inverno logo.

Além do sacrifício dos porcos, que já se provou serem capazes de contrair o virus, devia haver a quebra das patentes dos medicamentos, de maneira a produzirem-se genéricos na quantidade suficiente.

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#87 Mensagem por ussama » 06 Mai 2009, 19:53

parece que a coisa ja virou pandemia, 1 bilhao de humanos infectados e milhões de mortos. :?

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musacco
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#88 Mensagem por musacco » 06 Mai 2009, 21:30

Na verdade, quem passou o VÍRUS para os PORCOS foram os HUMANOS, e agora a HUMANIDADE quer culpar os PORCOS pela porqueira que eles mesmo fizeram.

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#89 Mensagem por Tricampeão » 06 Mai 2009, 22:05

musacco escreveu:Na verdade, quem passou o VÍRUS para os PORCOS foram os HUMANOS, e agora a HUMANIDADE quer culpar os PORCOS pela porqueira que eles mesmo fizeram.
Antes ainda: quem teve a idéia de amontoar porcos foram os humanos. A culpa seria nossa de qualquer jeito.
Independente disso, o raciocínio é simples. Não há diferença entre matar porco e matar mosquito da dengue. Ambos teriam direito à existência, se o mundo fosse justo. Mas humanitas precisa viver.

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#90 Mensagem por Caifás » 06 Mai 2009, 22:24

ussama escreveu:parece que a coisa ja virou pandemia, 1 bilhao de humanos infectados e milhões de mortos. :?

:shock:

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