A Crise Econômica Mundial

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#136 Mensagem por Compson » 05 Mai 2009, 10:07

Carnage escreveu:http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... xportacoes
03/05/2009 - 09:35
A China salva as exportações
Do Estadão
China vira principal comprador do Brasil


Com alta de 61% nas compras, China passa os EUA na lista de importadores
Eu conheço muito pouco a China, mas alguém tem alguma ideia do que ela faz com tudo isso sem ter o mercado americano para revender? Não basta ter gente para comprar; é preciso ter gente com dinheiro... :-k

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#137 Mensagem por FucaBala » 05 Mai 2009, 10:23

O Pastor escreveu:
Compson escreveu:
O Pastor escreveu:Dinheirinho na Bolsa, muito bom, né??
O desempenho da Bovespa é supreendente, mas não tão misterioso quanto parece. Primeiro, porque depois da quase liquidação total (com trocadilho) do mercado financeiro norte-

Só hoje o bagulho rendeu quase 7%!!! :lol: :lol:

Acredito que a BOVESPA vem tendo o melhor desempenho :lol: entre todas, mundo a fora.

Graças a política CERTEIRA do nosso Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Arriscada, mas certeira, ao menos até agora tem funcionado contra a crise, que pouco a pouco vai perdendo força.

Eu tenho ganhado muito dinheiro com o governo Lula!!! Viva o pacote "Habitação para Todos"!!! Depois da Inclusão Digital, esse papo de dar casa pro pobre está me dando muita grana. É isso aí!!!

:lol: :lol:
Existe a ressalva de que as bolsas européias ontem também operavam em alta considerável, principalmente pela forte alta das ações da Fiat Auto.

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O Pastor
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#138 Mensagem por O Pastor » 05 Mai 2009, 10:47

Compson escreveu:
Carnage escreveu:http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... xportacoes
03/05/2009 - 09:35
A China salva as exportações
Do Estadão
China vira principal comprador do Brasil


Com alta de 61% nas compras, China passa os EUA na lista de importadores
Eu conheço muito pouco a China, mas alguém tem alguma ideia do que ela faz com tudo isso sem ter o mercado americano para revender? Não basta ter gente para comprar; é preciso ter gente com dinheiro... :-k
Compson,

Não se esqueça que a China é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Isto significa que o mercado interno é GIGANTESCO. Mesmo que apenas 10% deste mercado tenha condições de consumir alguma coisa, nada no nada, já serão 100 milhões de pessoas. É preciso entender que a China caminha não apenas para ser um mero fabricante de mão-de-obra barata, caminha na verdade no sentido de ser o maior e mais importante mercado consumidor do Mundo, se é que já não é.

Há cidades gigantescas que andam com as próprias pernas e são praticamente economias paralelas em relação ao regime comunista. Cidades modernissimas como Hong Kong, Xangai, Pequim, Cantão, etc. Xangai, hoje, caminha para ser uma cidade com tecnologias que não se encontra nem na Europa ou EUA. Xangai caminha pra ser no século XXI, aquilo que Nova York foi pro século XX, talvez seja exagero, mas é bem por aí. É preciso ter cuidado ao avaliar esta impetuosidade chinesa.

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O Pastor
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#139 Mensagem por O Pastor » 05 Mai 2009, 10:50

FucaBala escreveu: Existe a ressalva de que as bolsas européias ontem também operavam em alta considerável, principalmente pela forte alta das ações da Fiat Auto.

Verdade!! E no Brasil, o fator PETROBRAS + Pré-Sal + Exportações pra China + Plano de Habitação, ajudou muito.

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#140 Mensagem por Carnage » 05 Mai 2009, 11:17

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... marolinha/
Vianna: É marolinha?

Atualizado em 04 de maio de 2009 às 22:12 | Publicado em 04 de maio de 2009 às 22:07
Por Azenha

http://www.viomundo.com.br/img/lula_marolinha.jpg

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Difícil dizer que a crise econômica mundial provocou apenas "marolinha" na economia brasileira. A previsão inicial do governo brasileiro, afinal, era de 4% de crescimento para 2009. Vai crescer 2%? Há quem diga que por aí, talvez pouco mais, talvez pouco menos.

É claro que, comparativamente a outros países, a economia brasileira segurou a onda. Não há qualquer dúvida que a mídia corporativa brasileira torceu desesperadamente pela crise -- qualquer crise -- por motivos que respondem pelas iniciais José Serra. Sinceramente, acho meio precipitado considerar a economia real recuperada a partir do resultado das bolsas de Valores.

De qualquer forma, o Rodrigo Vianna pergunta:
Lula tinha razão quando falou em marolinha?

publicada em segunda, 04/05/2009 às 20:05 e atualizado em segunda, 04/05/2009 às 20:35

por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador

A Bolsa de Valores de São Paulo, hoje, deu um salto impressionante: alta de 6,5 %. Há várias explicações pra isso: a principal parece ser que a China voltou a comprar em peso "commodities" do Brasil. Isso anima a economia real brasileira, com reflexos nos papéis das empresas.

Outro dado importante: o saldo da balança comercial chegou a quase 4 bilhões de dólares em abril. Isso quer dizer que, no mês passado, o Brasil exportou muito mais do que importou, afastando o risco de uma crise em nossas contas externas. Até porque abril foi o terceiro mês seguido de saldo positivo.

É por isso que o Augusto da Fonseca escreveu, hoje, em seu (ótimo) blog FBI http://festivaldebesteirasdaimprensa.blogspot.com

"Pessoal, não sei não mas parece que a MAROLINHA do Lula se consolida a cada dia que passa...

Isso contra todas as previsões pessimistas - e sem fundamentação em muitos casos - de praticamente toda a imprensa brasileira.

Exceção para a blogosfera independente que nunca se deixou levar pelo tsunami do Globo, da Folha, do Estadão, entre outros."


É por isso, também, que o "Jornal da Record" nesta segunda-feira trouxe uma reportagem mostrando os últimos números positivos no Brasil, e os comentários de economistas importantes.

A reportagem termina com uma fala de Paulo Yokota, que diz tudo sobre o pânico criado nos últimos meses por muitos "colunistas" de economia: "é, o bicho não era tão feio como parecia".
Clique aqui para ler o texto completo do Rodrigo Vianna
Otimismo exagerado? Nem mesmo o Azenha está tão otimista quanto o Vianna.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia ... 20911.html
Superávit comercial sobe 124% em abril, segundo Ministério
04/05/2009 - 11:13 , atualizada às 11:19 04/05 - Redação

A balança comercial brasileira encerrou o mês de abril com superávit de US$ 3,7 bilhões. Pelo cálculo da média diária, o saldo é 124,4% acima do registrado em abril de 2008 e 130,4% maior que o de março de 2009. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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#141 Mensagem por Carnage » 05 Mai 2009, 12:19

Agora pasmem: otimismo em relação a crise NO BLOG DA MIRIAM LEITÃO!

http://oglobo.globo.com/economia/miriam ... 182778.asp
Luz no fim do túnel
Já dá para fazer uma lista das boas notícias na economia

Ainda é cedo para comemorar ou dizer que o pior da crise ficou para trás. Mas, pelo menos, já dá para fazer uma listinha de boas notícias vindas da economia. Confiram abaixo:

1- Aumento de venda de carros no Brasil. Cledorvino Belini, presidente da Fiat do Brasil, me disse no programa Espaço Aberto (confira abaixo) que o setor automobilístico no Brasil fechou vendendo o mesmo que no primeiro quadrimestre do ano passado.

2- Pela segunda semana seguida o Focus melhorou a previsão para o PIB brasileiro em 2009, reduzindo a projeção de contração para -0,30%.

3- Luzinha no fim do túnel das montadoras. Começa a se desenhar uma solução para pelo menos uma das montadoras americanas quebradas: a Chrysler entra em concordata mas por um período pequeno com grandes chances de recuperação com a entrada da Fiat no negócio.

4- Bolsas em alta. As bolsas estão reduzindo as perdas em quase todos os países do mundo. Abril foi um bom mês na bolsa brasileira que subiu 15,55%.

5- Pacote funcionando na China. As ações de estímulo do governo fizeram o índice de confiança dos empresários voltar a subir depois de 6 meses de queda (vejam post abaixo).

6- Apesar do aumento do desemprego, a massa salarial do Brasil (total de salários pagos no país) continua crescimento. Isso ajuda a manter as vendas do comércio aquecidas.

7- Com as reduções da taxa Selic, os juros atingiram o menor patamar da história na última quarta-feira.

8- Dois indicadores antecedentes mostraram recuperação em março: venda de papelão ondulado, com alta de 16% frente a fevereiro, e consumo de energia, com crescimento de 3,3% na comparação com o mesmo mês de 2008.

9- A inflação segue sob controle, com as previsões para o IPCA abaixo do centro da meta, e para o IGPs em torno de 2%.
Se ela está otimista, imagine então como as coisas estão.

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#142 Mensagem por FucaBala » 05 Mai 2009, 14:13

Não é tão "marolinha" assim... Do Estadão Online:

http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... i-7-9-no-1º-tri,365666,0.htm
Produção industrial no País tem pior trimestre desde 1991
Indicador tem queda de 14,7% ante os três primeiros meses do ano passado; no mês, produção sobe 0,7%

Jacqueline Farid, da Agência Estado

RIO - A produção industrial do País teve nos primeiros três meses de 2009 o pior trimestre desde 1991, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 5 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador caiu 14,7% ante o primeiro trimestre do ano passado e 7,9% na comparação com o quarto trimestre.

Além disso, segundo o coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales, no acumulado do quarto trimestre do ano passado e do primeiro trimestre de 2009, a indústria acumulou queda de 16,7%, a mais elevada perda no acumulado de dois trimestres desde o Governo Collor, no segundo trimestre de 1990. O número mostra que a produção no País está 16,7% abaixo do nível em que estava antes do agravamento da crise, que ocorreu em setembro.

Considerando apenas o mês de março, a produção industrial mostrou leve recuperação ante fevereiro e subiu 0,7% na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador registrou queda forte, de 10%.

O coordenador de indústria do IBGE, observou que há um processo "inequívoco" de reação da indústria, confirmado nos indicadores de março. Segundo ele, a magnitude da queda da produção em março ante igual mês do ano passado (-10,0%) foi bem inferior às quedas, nessa comparação, observadas em fevereiro (-16,8%), janeiro (-17,5%) e dezembro (-14,7%).

Ainda segundo Sales, o resultado de março foi favorecido pelo efeito calendário - já que março de 2009 teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano passado -, mas não exclusivamente. "Outros indicadores, inclusive o resultado com ajuste sazonal (ante mês anterior), mostram que é inequívoco um movimento de reação na indústria, suave mas contínuo", afirmou.


Segmentos

Os segmentos industriais impulsionados pelo mercado interno, sobretudo veículos automotores (automóveis, autopeças, caminhões), estão liderando o processo de reação da indústria, segundo observou o coordenador de indústria do IBGE. "Os bens duráveis, liderados pelos automóveis, estão reagindo ao movimento de queda abrupta do final do ano passado, mas ainda longe de chegar aos patamares mais elevados de 2008", disse.

A produção de veículos automotores aumentou 56,5% em março em relação a dezembro de 2008, mês no qual foi determinada a redução do IPI para automóveis, prorrogada a partir de abril por mais três meses.

Em março, ante fevereiro, os veículos automotores registraram alta na produção de 7,0%, mas mantiveram a trajetória de queda ante igual mês do ano passado (-18,5%, mas exclusivamente os automóveis tiveram queda mais branda, de 3,2%).

"Os segmentos que estão reagindo mais estão mais vinculados ao mercado interno, com automóveis, que foram desonerados e a indústria de alimentos, que se beneficia do aumento da massa de rendimentos e a inflação controlada", disse. Segundo ele, "a indústria vem reagindo mês a mês desde o início do ano, mas o movimento tem sido ainda muito moderado".

Ainda de acordo com Sales, a recuperação dos automotores é importante porque "gera encadeamento com outros setores, se essa recuperação dos duráveis se consolidar, em algum momento vai bater nos intermediários".


Investimentos

A produção de bens de capital, que sinaliza os investimentos, caiu 6,3% em março ante fevereiro e recuou 23,0% ante março de 2008. A categoria de bens de capital foi a única a apresentar queda na produção ante mês anterior. Nessa comparação, houve expansão em bens intermediários (0,3%), bens de consumo duráveis (1,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,8%).

Segundo Sales, a indústria de bens de capital foi a última categoria industrial a entrar na crise, mas também será a ultima a sair. Ele explicou que, no início das turbulências, encomendas efetuadas anteriormente evitaram uma derrocada imediata dos bens de capital mas, com o aumento da desconfiança e a deterioração do cenário econômico, os investimentos foram adiados.

"As decisões sobre aquisições de máquinas e equipamentos precisam de um cenário positivo, mais claro, possivelmente os investimentos vão sendo adiados até que o cenário fique mais claro para tomada de decisões", disse.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção industrial de bens de consumo semi e não duráveis foi a única, entre as quatro categorias pesquisadas pelo IBGE, a registrar expansão em março (2,9%) ante março do ano passado. Nas demais categorias, os resultados em março ante março 2008 foram os seguintes: bens de capital (-23,0%), bens intermediários (-13,3%) e bens de consumo duráveis (-13,4%).

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#143 Mensagem por Compson » 06 Mai 2009, 11:22

O Pastor escreveu:Compson,

Não se esqueça que a China é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Isto significa que o mercado interno é GIGANTESCO. Mesmo que apenas 10% deste mercado tenha condições de consumir alguma coisa, nada no nada, já serão 100 milhões de pessoas. É preciso entender que a China caminha não apenas para ser um mero fabricante de mão-de-obra barata, caminha na verdade no sentido de ser o maior e mais importante mercado consumidor do Mundo, se é que já não é.
Isso faz sentido. Afinal, os cinco por cento mais ricos da população são mais numerosos que muitos países inteiros da Europa.

Aí, se os chineses conseguirem criar um sistema de financiamento que permita que o bilhão e meio de miseráveis comprem carro e geladeira, e usarem isso como "lastro" de duzentos derivativos de opções e de futuros, vendendo para os bancos do mundo... Pronto! É só tirar o Mao da câmara criogênica e terminar a revolução.

Sobre a bolsa, um dos poucos analistas que previram a queda, o Marcelo Ribeiro, manteve sua previsão de 25.000 pontos para o fim do ano. O argumento parte de uma analogia com a crise de 1929 (fraco!) e (mais razoável) que as commodities ainda estariam supervalorizadas, pois as intervenções dos governos manteriam os preços acima do "equilíbrio". Mas pode ser teimosia também, pois a previsão original foi feita antes da especulação... cof, cof, digo, recuperação!

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#144 Mensagem por Compson » 07 Mai 2009, 09:13

O Pastor escreveu:Eu tenho ganhado muito dinheiro com o governo Lula!!! Viva o pacote "Habitação para Todos"!!!
Novamente sem querer ser urubu, mas apenas repassando uma informação informal: conheço o dono de uma construtora que investiu em apartamentos semi-populares (minúsculos, com pouco lazer, mas com algum projeto de arquitetura e decoração) no ABC e está amargando 50% de inadimplência!

Pode ter sido azar. Pode ter sido incompetência do financiador. Pode ter sido o programa do Lula, que criou condições mais favoráveis e fez as pessoas se arrependerem de ter comprado antes. Pode ser um mal sinal.

Apesar dos dados do setor produtivo serem bons (indústria, exportações), os bancos brasileiros começaram a sentir os efeitos só agora no primeiro trimestre (com queda nos lucros, que, no entanto, não são nada desesperadoras). Talvez (talvez!) a "curva" da crise no Brasil não seja menos intensa, mas deslocada para a direita no tempo.

(Quero dizer, certamente será menos intensa que a americana, pois nossas condições de crédito são muito mais restritas, mas talvez não tenha chegado ainda no fundo do poço.)

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Compson
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#145 Mensagem por Compson » 07 Mai 2009, 13:13

Vejam que engraçado: o leitor trata o colunista como se ele fosse o atendente da Atento! O colunista responde dando o migué mais complexo que eu já vi... Esse leitor aí deve ter perdido uma baita grana apostando nas dicas do cara!
O leitor critica: minhas previsões estão todas erradas
Por Cláudio Gradilone | 06/05/2009 - 11:47

O leitor Max Miyazaki enviou um e-mail criticando minhas diversas previsões erradas. Ele disse:

Quero expressar o meu imenso descontentamento com seus comentários contraditórios. Você tem errado feio nas suas previsões: ano passado você escreveu que a Bovespa iria fechar 2008 a 50 mil pontos e, neste ano, quando a Bovespa chegou a 42 mil pontos pela segunda vez, você escreveu que ele iria voltar para 37 mil pontos. O que aconteceu foi o contrário. Seja mais coerente com o que escreve e pense um pouco mais antes de escrever.

Prezado Max, você tem razão, tenho publicado diversas previsões erradas. Peter Drucker, provavelmente o melhor analista de tendências que já existiu, se recusava a fazer previsões, pois dizia que é impossível prever o futuro. Porém, eu não faço nenhuma previsão. Eu apenas publico as previsões de especialistas do mercado. Tenho um método nisso: sempre falo com pelo menos três pessoas, e consulto dois sistemas de informação eletrônica, além de fazer umas contas.

Isso não me isenta de responsabilidade, claro: afinal cada analista diz o que acha ser correto, mas a decisão de colocar no blog é minha. Atribuir a outros a culpa pelas bobagens que publica é a mais básica das mutretas praticadas pelos jornalistas. Mas afinal, porque eu - e os analistas - estamos errando tanto? Há dois motivos para isso.

O primeiro é que estamos atravessando um período de volatilidade do mercado. A melhor definição de volatilidade é: um fenômeno que ocorre quando os inúmeros participantes do mercado não concordam sobre o valor e as perspectivas de uma determinada empresa, ou da economia em geral.

O melhor exemplo é com as ações de bancos dos Estados Unidos. Consideremos o Citibank, por exemplo. Em maio de 2008, as ações estavam cotadas a 26 dólares. No pior momento da crise, elas custavam 97 centavos de dólar e no dia 5 de maio elas fecharam a 3,31 dólares. Uma variação tão grande indica que não há convicção no mercado sobre quanto, de fato, vale o Citibank.

Em menor escala, esse fenômeno ocorre em todo o mercado financeiro. Nesse cenário, os métodos tradicionais de previsão, que já são imprecisos por natureza, ficam ainda mais sujeitos a erro. Ou seja, é mais difícil prever.

O segundo motivo é que algo observado desde meados dos anos 90 voltou a ocorrer com força: movimentos especulativos de capital internacional. Um dos motivos da crise dos subprime (nossa, isso parece uma notícia muito velha, não?) é que o excesso de dinheiro em circulação mo mercado internacional elevou artificialmente os preços dos imóveis nos Estados Unidos e estimulou o mercado financeiro a lançar produtos sem lastro só para aproveitar a valorização. O resultado todos conhecem.

Pois bem, os diversos pacotes de ajuda governamental dos Estados Unidos e da Europa acabaram injetando dinheiro no mercado. Os bancos com problemas pegaram o dinheiro e pagaram uma parte do que deviam a seus credores. Esses credores receberam o dinheiro e não colocaram notas debaixo do colchão, mas sim procuraram alternativas para investir.

As primeiras foram as mais seguras possíveis, os títulos do Tesouro americano, que, não por acaso, atingiram seus maiores preços da história. Em seguida, a cobiça superou a cautela e os investidores passaram a procurar locais razoavelmente seguros e bastante rentáveis para ancorar seu capital. E é aí que chegamos ao Brasil.

Nossa economia está melhor do que a média dos países relevantes porque não somos tão afetados pela crise internacional e porque aumentamos nossos laços comerciais com a China, que é outro país pouco afetado. É como se a melhor aluna da classe passasse a namorar o garoto mais forte, o que dá uma dupla imbatível. Isso atrai dinheiro aos borbotões.

O problema desses movimentos especulativos é que eles são facílimos de explicar depois de ocorrerem. Antecipadamente é impossível prevê-los. Por isso a Bolsa subiu mais do que o esperado, e por isso as previsões dos analistas que previam uma realização a 42 mil pontos furaram.

Moral da história: toda e qualquer previsão tem uma dose de incerteza, mas hoje essa incerteza é maior do que anteriormente à crise. Assim, todas as previsões - inclusive as que eu publico e vou continuar publicando - têm de ser vistas com uma dose adicional de cautela.

Valeu?
http://portalexame.abril.uol.com.br/blo ... tar1.shtml

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#146 Mensagem por Carnage » 07 Mai 2009, 15:23

http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... 6954,0.htm
quinta-feira, 7 de maio de 2009, 09:45 | Online
Produção industrial cresce em 8 de 14 locais pesquisados

Dados regionais do IBGE apontam terceira alta consecutiva na produção em São Paulo, ante o mês anterior

Jacqueline Farid, da Agência Estado

RIO - A produção industrial brasileira cresceu em oito dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. A atividade registrou crescimento de 0,7% no período, com destaque para Minas Gerais (3,4%), Pernambuco (5,15%) e Rio de Janeiro (5,4%).

Na comparação com março do ano passado, 13 dos 14 locais registraram queda na produção. Nesse confronto, a indústria nacional registrou um recuo de 10,0%. As regiões com as maiores quedas ante igual mês de 2008 foram o Espírito Santo (-32,0%) e Minas Gerais (-18,0%).

A produção industrial de São Paulo aumentou 1,0% em março ante o mês anterior na série com ajuste sazonal, terceiro resultado positivo consecutivo, segundo divulgou os dados divulgados nesta quinta-feira, 7, pelo IBGE. A média móvel trimestral, "em trajetória descendente desde setembro de 2008", ficou positiva em 1,4% entre o trimestre encerrado em março e o terminado em fevereiro.

Na comparação com março de 2008, houve queda de 10,5% na produção paulista. Nessa comparação, os resultados negativos atingiram 15 das 20 atividades pesquisadas, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (-59,8%), máquinas e equipamentos (-31,8%) e veículos automotores (-15,9%).

Na análise por trimestres, a indústria paulista registrou queda de -15,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2008 e recuo de 8,9% frente ao trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). Já o indicador acumulado nos últimos 12 meses atingiu -0,5% em março, primeira taxa negativa desde fevereiro de 2004 (-0,3%).

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#147 Mensagem por Carnage » 08 Mai 2009, 11:52

Para Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, pior da crise já passou

Ao participar de encontro no Secovi-SP, empresário avaliou
que mudança na caderneta de poupança é inevitável

Durante evento realizado nesta quinta-feira, 7/5, na sede do Secovi-SP, o presidente executivo do Itaú Unibanco S/A, Roberto Setubal, afirmou que o pior da crise já passou, especialmente no Brasil. “Lá fora a situação é mais complicada, mas a possibilidade de desastre está afastada”, disse o empresário, em palestra realizada no âmbito do programa Olho no Olho, do Sindicato.

Setubal fez uma radiografia do atual cenário econômico brasileiro e mundial, destacando aspectos da crise financeira internacional, a política local de juros e o estado de liquidez do mercado brasileiro. “Estou relativamente otimista de que o Brasil vai retomar o nível de crescimento”, afirmou o empresário, prevendo, porém, que a expansão do Produto Interno Bruno (PIB) será inferior à que vinha sendo registrada antes da crise. “Uma taxa de 3% é bastante possível e, à medida que a economia mundial crescer, poderemos chegar a 4% ou 5%.” Nesse cenário de expansão e de juros declinantes, frisou o presidente do Itaú Unibanco, o setor imobiliário, que trabalha focado no longo prazo, tende a crescer muito.

Na avaliação do presidente do Itaú Unibanco, a situação do País é mais confortável que a do exterior, porque os fundamentos da nossa economia – contas públicas, inflação, etc – são mais sólidos, ao contrário do ocorrido em crises passadas. “Além disso, não dependemos tanto de exportações, como outras economias do mundo”, disse.

O presidente do Secovi-SP, João Crestana, enfatizou a importância de os bancos privados se prepararem para atuar no novo mercado imobiliário – imóveis com valores inferiores a R$ 150 mil. “Esse mercado, até então intocado, tem tudo para se desenvolver, em face do programa governamental ‘Minha Casa, Minha Vida’. E os bancos devem estudar como atender ao segmento com renda familiar de seis a sete salários mínimos, oferecendo produtos adequados para essa faixa”.

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#148 Mensagem por Carnage » 08 Mai 2009, 15:58

E seguindo a matéria anterior:

http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-cr ... e-se-dane/
A crise agora é do povo. Ele que se dane

Atualizado em 08 de maio de 2009 às 11:22 | Publicado em 08 de maio de 2009 às 11:11

por Luiz Carlos Azenha

O desemprego nos Estados Unidos chegou a 8,9%, a taxa mais alta desde 1983. Foram perdidos 539 mil empregos em abril. O número oficial de americanos desempregados é de 13,7 milhões.

Voltamos a testemunhar, agora, um fenômeno que já vimos em outras praças, especialmente quando a "moda" era pregar privatizações na América Latina. Quantas centenas de artigos elogiosos ao Chile não foram publicados nos anos 80 e 90, especialmente quando se tratava de pregar a idéia -- absurda -- de que um país daquele tamanho poderia servir de exemplo para o Brasil? É óbvio que aqueles artigos nunca tocavam numa questão política central ao "sucesso" chileno: a ditadura de Pinochet passou um trator sobre os movimentos sociais e os sindicatos antes de transformar o país em um laboratório neoliberal.

A reforma da Previdência no Chile foi apontada como exemplo para o Brasil. Hoje sabemos que a privatização da Previdência chilena fracassou e exigiu intervenção do estado com dinheiro público, depois de enriquecer alguns.

O "exemplo" seguinte foi o México. Estou procurando as reportagens que definiam o México como exemplo a ser seguido pelo Brasil. Trata-se do caso mais acabado de uma profunda transferência de bens públicos para meia dúzia de empresários, que trataram de assumir o controle do país em aliança com interesses políticos e econômicos externos.

Para 100 milhões de mexicanos, hoje em dia, há dois caminhos: o narcotráfico ou a imigração para os Estados Unidos. Com a crise econômica nos Estados Unidos, o futuro é sombrio para quem pretende atravessar a fronteira. A militarização do combate ao narcotráfico é cortina de fumaça para reforçar o poder de Felipe Calderón. O México é a próxima Colômbia. Uma situação que pode ficar ainda mais dramática se considerarmos as informações de que a produção de petróleo mexicano atingiu o pico e entrou em decadência.

Quando eu morava nos Estados Unidos, lá atrás, me lembro claramente da cobertura que se fazia sobre o Brasil, especialmente no Wall Street Journal. Quando o governo de turno em Brasília era dócil e aceitava pagar direitinho os juros da dívida externa, o Brasil era um país "maravilhoso", ainda que as notícias de jornal contrastassem completamente com a realidade que eu, nas férias, via nas ruas do país. Toda a cobertura considerava apenas os dados macroeconômicos. Povo? Que povo?

Agora tenho a mesma sensação ao acompanhar o noticiário sobre a crise nos Estados Unidos. A bolsa de Nova York está em recuperação. Os bancos tiraram o pé da lama às custas de dinheiro público. "Acabou a crise", ou "está acabando a crise". O povo? Que se lasque.

Porém, a médio e longo prazos, há duas implicações nisso: nos Estados Unidos as crises econômicas têm consequências políticas profundas. Quando se mexe no bolso do americano, sai de baixo. Além disso, hoje ninguém mais leva a sério a mídia corporativa. Os americanos estão conscientes de que as medidas governamentais priorizaram o salvamento dos banqueiros, em detrimento do cidadão comum. É este, afinal, quem paga com a taxa recorde de desemprego.

E a segunda implicação é que 2/3 da economia dos Estados Unidos giram em torno do consumidor. Com o desemprego em alta ele deixa de gastar. Deixa de emprestar. E a economia estanca. Faz sentido, portanto, a observação de que, quando o efeito dos trilhões de dólares jogados no mercado pelo governo federal passar, o sistema financeiro ficará novamente frágil, diante da inadimplência de financiamentos de automóveis, cartões de crédito e da falta de novos negócios.

Enquanto isso, observem como os Estados Unidos, na mídia, estão em franca recuperação. O povo vai mal? Ele que se dane. O que é o desemprego se a bolsa está em alta?

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Compson
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#149 Mensagem por Compson » 08 Mai 2009, 19:20

Compson escreveu:
O Pastor escreveu:Compson,

Não se esqueça que a China é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Isto significa que o mercado interno é GIGANTESCO. Mesmo que apenas 10% deste mercado tenha condições de consumir alguma coisa, nada no nada, já serão 100 milhões de pessoas. É preciso entender que a China caminha não apenas para ser um mero fabricante de mão-de-obra barata, caminha na verdade no sentido de ser o maior e mais importante mercado consumidor do Mundo, se é que já não é.
Isso faz sentido. Afinal, os cinco por cento mais ricos da população são mais numerosos que muitos países inteiros da Europa.
Por outro lado, pegando a lista (acredito que confiável) da Wikipedia, o PIB dos EUA é mais de 3 vezes maior que o da China, e boa parte do PIB desta depende (ou dependia) das exportações para os yankees. Um mercado consumidor desse porte não surge do nada. Para mim ainda é um mistério...

Devem ter encontrado o pergaminho de algum alquimista da dinastia Ming e descobriram como transformar minério de ferro em ouro...

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_co ... P_(nominal)

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#150 Mensagem por Driller » 09 Mai 2009, 00:39

A bolsa está subindo nos Estados Unidos após o stress test dos bancos. A conclusão for a de que todos os bancos americanos estão solventes se injetarem neles alguns bilhões de dólares... :roll: :roll: :roll: :roll: :roll:

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