Anjos e Demônios (Angels & Demons)
Onde assisti: Cinemark, legendado
Ano de produção: 2009
Nota: 4/10
Ontem, eu fui ao cinema. Depois de um bom tempo, eu voltei em um Cinemark. Não houve planejamento prévio do filme que iria ver, eu simplesmente cheguei na hora e escolhi aquele que tinha o horário mais em conta. Era tarde da noite.
Entre “O Exterminador do Futuro IV”, “Uma Noite no Museu II”, “Star Trek” e “Anjos e Demônios”, a última opção me pareceu mais interessante. Aliás é incrível, mas 90% dos filmes em cartaz hoje no cinemão Coca-Cola é continuação, o que inclui o filme que vi.
“Anjos e Demônios” segue na linha “O Código da Vinci”, mantendo o mesmo ator, Tom Hanks e baseado nas hipóteses dos livros de Dan Brown. Eu nunca li os livros desse autor que vem sendo um dos mais vendidos nos últimos anos. Particularmente não me agrada muito o tom sensacionalista, mas parece agradar as grandes massas, então, voilá...
Como eu disse, não li o livro e não saberia dizer se o filme dirigido por Ron Howard segue na mesma linha do autor. Mas eu vi os dois filmes desta saga e posso dizer que do ponto de vista cinematográfico, é bastante obvia a intenção do diretor no último filme em “pedir perdão” à igreja católica, em relação ao excesso de acusação do primeiro. Em “Anjos e Demônios”, ao contrario de “Código da Vinci”, a Igreja Católica e a sucessão papal é um mero pano de fundo para se fazer um filme de suspense, onde a meta é evitar que um grupo de anti-católicos explodam o Vaticano e a cidade de Roma. No primeiro filme, era claro a intenção de “denunciar” a Igreja de Roma, por esconder “verdades” A seus fiéis. Desta vez, o diretor fica em cima do muro, critica de maneira condescendente, contida, e faz elogios aos métodos papais de organização. Afinal, neste filme, o Vaticano é vitima de ataques dos fanáticos Illumitatis e quando se é vitima, o telespectador é obrigado a tomar partido dos vulneráveis.
Neste quesito, o filme é uma tremenda BOSTA. Um fracasso quase tão grande quanto o primeiro, que ao menos colocava a Igreja como vilã que é. Então, se o primeiro já foi sofrível, este naufraga de vez numa sucessão de clichês e historinhas surradas sobre os excessos do catolicismo em 2000 anos de existência, além de surpresinhas viciadas, como recadinhos em caixas de surpresa. É cansativo e constrangedor. Na verdade, Ron Howard e Tom Hanks não contam nada de novo. O personagem de Hanks é insuportável e passa muito longe de ter algum carisma. Pior é Ewan McGregor como padre, coisa que não convence desde o primeiro minuto de filme.
O final tenta redimir mais de 2 horas de cagadas, mas não chega a ser nada de anormal. Àquela altura, o telespectador mais esperto já havia se tocado que aquele era o único final possível para que o filme não fosse empurrado de vez latrina abaixo.
Pior é que gastei incríveis $65 com essa brincadeira:
$38 - 2 tíquetes
$21 – 2 Cocas e 1 potão de pipoca
$6 – estacionamento
Antes tivesse ido ao Prive.