Nosso verdadeiro legado é a memória!
Não me canso de lembrar dos antigos puteiros, daqueles que me fizeram parte das minhas descobertas sobre o prazer, sobre as mulheres da vida... Deixaram de existir fisicamente, mas ainda sobrevivem em mim, tal foi a importância que tiveram em minha vida.
Casa Rosa (Rua Alice) – Havia uma época, em minha Rua, que uma lei informal determinava que quando um garoto completasse 14 ou 15 anos seria levado pelos mais velhos a um puteiro para perder a virgindade. Então, numa tarde de sexta-feira, um Opala preto para na minha frente, sou seqüestrado e conduzido a uma Casa Rosa na Rua Alice, um autêntico Bordel. Minha primeira mulher se chamava Débora e nem fui eu quem a escolheu. Ela pega minha mão e me leva através do salão até a subida da escadaria que levava aos quartos. Passo por uma roleta (acreditem) , igual à roleta de ônibus; entro num quarto onde só havia uma cama de casal e um lavabo; ela se despe e tira minha roupa; em questão de poucos minutos, eu havia provado a maçã e descoberto o pecado original.
Termas Continental (Maracanã) – Era o templo do prazer para o Tijucano sexualmente ativo na década de 80 e no início dos anos 90. Reinava soberana, em frente à estátua do Belline, no Maracanã. O lugar não era um luxo, mas era espaçoso, bem dividido, o elenco de mulheres sempre guardava belas surpresas. Eu ia a pé da Praça Saenz Peña até o Maracanã, pelo menos uma vez por semana, somente para desfrutar daquele ambiente. Chegava e era recepcionado por uma “Tia” velha e mal-humorada que atendia na Recepção, mas nada estragava a alegria de estar ali. A Continental acabou e deixou uma lacuna imensa para o Putanheiro Tijucano, uma lacuna que nunca mais foi preenchida.
Termas Sunshine (Praça da Bandeira) – Ficava onde é hoje o Clube 47 e, creiam, era uma boa opção. Diferente do tom melancólico que existe ali atualmente, era um lugar divertido e com algumas meninas de qualidade. Foi onde conheci minha primeira Mulher-Vício, a Jade, uma morena que capturava nossa alma já no primeiro encontro. Depois das sucessivas mudanças de Direção, esta Casa nunca mais conseguiu se recuperar.
Termas da Rua Soares da Costa (Tijuca) – Pouca gente deve ter conhecido este local, ficava naquela Rua ao lado do Shopping 45. A Casa ainda existe, mas a Termas acabou. Foi onde esbarrei com a primeira foda poderosa da minha carreira, o nome da menina era Helena, gostosíssima. A situação foi tão forte que ainda me lembro. A Termas consistia numa pequena sala e alguns quartos, levava o nome de Termas, ma hoje seria uma Casa de Massagens.
Termas 2001 (Méier) – Ficava na Travessa Miracema, entrando pela Dias da Cruz, em frente à antiga Mesbla. Teve um período áureo, justamente quando a conheci. Era uma espécie de Termas 65 do subúrbio. A maioria das meninas era de excelente qualidade, as instalações eram ótimas e o atendimento muito bom. Foi minha base em 93, eu ia uma ou duas vezes por semana.
Ababele (Copacabana) – Ficava naquele prédio que faz esquina com Siqueira Campos e Nossa Senhora de Copacabana, em frente à Praça Sezerdelo Correa. Era o que chamamos atualmente de Fast. Eu cito este local porque nunca mais vi um Fast ou Casa de Massagens que concentrasse tantas mulheres lindas como eu via na Ababele. Foi minha opção de baixo custo com qualidade por um bom tempo. Este prédio, na Siqueira Campos, era um tipo de puteiro vertical, havia muitas Casas de Tolerância, não sei como está hoje.
*Aos poucos, minha memória vai expelindo suas lembranças e eu vou postando aqui. Tomara que outros Putanheiros possam contribuir com este Museu.