Literatura – HQ´s - História – Filosofia –

[Tricampeão]

Tricampeão,

Sou certo que você gostaria conhecer (se ainda você não conhece ele) um outro escritor misto (indiano, inglês e - agora - Canadense (Québécois)) : Neil Bisoondath.

http://en.wikipedia.org/wiki/Neil_Bissoondath

Abs

Obrigado pela dica, Xana. Tomei nota e vou procurar, mas não sei por aqui encontro alguma coisa.

Nesses meses que fiquei sem Internet em casa eu li pra caramba. Uma das coisas foi Stieg Larsson, por curiosidade. Você deve ter lido em sueco, é claro.
A última foi "Tirano Banderas", de Ramón del Valle-Inclán, uma obra muito fácil de ler mas com uma estrutura interna bastante complexa, que só uma análise atenta pode revelar. Um Mozart das letras.

[Tricampeão]

Muito bom o "Sangue de Amor Correspondido", de Manuel Puig.
Principalmente considerando-se que o cara era argentino, vivia no Brasil havia apenas um ano e escreveu em português coloquial do Brasil.

[Tricampeão]

Também li recentemente a "Primavera num espelho partido", de Mário Bendetti. Livro excelente, tanto na forma de narrar quanto no conteúdo.
Benedetti não é um estilista como Onetti, assim não se perde muita coisa lendo-se a tradução em português.
A tradução do título peca: teria sido melhor a tradução literal "Primavera com uma quina quebrada". Espelhos não têm nada a ver com a história.

[Tricampeão]

Acabo de ler "Jonas, o Copromanta", de Patrícia Melo. Belo livro, que faz lembrar nosso colega Hammermart.
Leitura leve que recomendo a todos. Patrícia Melo é uma das nossas grandes escritoras, na atualidade. Na minha opinião, bem superior a Rubem Fonseca.

[xana-town]

. Patrícia Melo é uma das nossas grandes escritoras, na atualidade. .

Concordo com você. Num quadro dum trabalho de traductologia (traduçãoes comparadas) fiz uma comparação do texto original O Matador de Patricia Melo com as várias traduçoes nas línguas alvos seguinte: alemão; espanhol (tradução de Basilio Losada, 1997); russo (tradutor D. Gurevitch); francese (Cécile Tricoire); inglese, italiano, turco (Sanem Oge); neerlandês e. finalmente noruego. (Trabalho ainda não publicado).
Descobri por acaso essa autora e gostei muito do trabalho dela.

[Tricampeão]

. Patrícia Melo é uma das nossas grandes escritoras, na atualidade. .

Concordo com você. Num quadro dum trabalho de traductologia (traduçãoes comparadas) fiz uma comparação do texto original O Matador de Patricia Melo com as várias traduçoes nas línguas alvos seguinte: alemão; espanhol (tradução de Basilio Losada, 1997); russo (tradutor D. Gurevitch); francese (Cécile Tricoire); inglese, italiano, turco (Sanem Oge); neerlandês e. finalmente noruego. (Trabalho ainda não publicado).
Descobri por acaso essa autora e gostei muito do trabalho dela.

O Matador é um dos seus primeiros livros. Agora, está com um texto mais denso, muito melhor.
Por falar nisso, Xana, quem são os escritores do momento aí no Canadá?

[xana-town]

. Patrícia Melo é uma das nossas grandes escritoras, na atualidade. .

O Matador é um dos seus primeiros livros. Agora, está com um texto mais denso, muito melhor.
Por falar nisso, Xana, quem são os escritores do momento aí no Canadá?

Os melhores escritores canadense da decada (2000-2010) são

1) Yann Martel Life of Pi (2001) Beatrice & Virgil (2010)
2) Joseph Boyden Three Day Road (2005); Through Blck Spruce (2008)
3) Lee Henderson: The Man Game (2008)
4) Rawi Hage: De Niro's Game (2008)
5) Alice Munroe: Hateship, Friendship, Courtship, Loveship, Mariage (2001)
6) Chester Brown, Louis Riel: A Comic-Strip Biography (2003)
7) Heather O'Neill: Lullabies for Little Criminals (2006)
Christian Bök: Eunoia (2001)
9) Sheila Heti: The Middle Stories (2001)
10) David Bezmozgis: Natasha and Other Stories (2004)

Recomendo também os seguintes escritores canadenses

1) Michael Ondaatje (Anil's Ghost, 2000)
2) Margaret Atwood
3) Alice Munroe

Os escritores canadense-franceses (quebecenses)
1) Victor Levy-Beaulieu
2) Jacques Poulin
3) Michel Tremblay
4) Christian Mistral
5) Jean Barbe

[xana-town]

Descobri hoje um novo filosofo brasileiro: Vladimir Pinheiro Safatle

O Que Resta da Ditadura : a Exceção Brasileira (2010)
Fetichismo: Colonizar o Outro (2010)

Vou comprar esos libros quando estarei em Brasil (em maio).

[Compson]

Descobri hoje um novo filosofo brasileiro: Vladimir Pinheiro Safatle

O Que Resta da Ditadura : a Exceção Brasileira (2010)
Fetichismo: Colonizar o Outro (2010)

Vou comprar esos libros quando estarei em Brasil (em maio).

Cinismo e falência da crítica é o Sofrimentos do jovem Werther do Compson.

Sobre psicanálise, dois livros ótimos: Um limite tenso e A paixão do Negativo, este último um tanto quanto hermético.

[/cynical mode off]

[Compson]

Cinismo e falência da crítica é o Sofrimentos do jovem Werther do Compson.

Bang! Referência goethiana incorreta... Wilhelm Meister!

[Tricampeão]

Acabo de ler um grande livro do escritor, relativamente novato, Luiz Ruffato: "Mamma, son Tanto Felice".
Recomendo a todos, apesar de ser bastante difícil de ler. Não por causa de experiências linguísticas/narrativas, como as que se lê em "Eles Eram Muitos Cavalos", pois quanto a isso a obra é relativamente simples, e sim pelos abundantes regionalismos.
Regionalismos esses muito efetivos, autênticos e bem colocados. No meu entendimento, estão entre os pontos mais destacados do livro.
Outro destaque é a dureza das histórias. Não é coisa para mimimi ler.

[xana-town]

Luiz Ruffato

Parece que já tem algunas obras desse mineiro traducidos em francês

http://www.ameriquelatine.msh-paris.fr/ ... article125

[Tricampeão]

Eu não tinha gostado de "Os Mímicos", do Naipaul, e não pretendia ler outra coisa dele. Mas minha mulher achou uns livros na liquidação e resolveu comprar pra me dar de presente. Entre eles estava "O Massagista Místico".
É o primeiro romance do Naipaul, e provavelmente o livro mais engraçado que já li. Ele escreve como um inglês que tivesse resolvido tirar sarro dos indianos. As caricaturas resultantes não são exageradas, como seriam num filmeco de Hollywood. Bastante recomendado.

Xana, aqui na roça não encontro nenhum desses autores que você citou, só a M. Atwood, que não conheço. Vou experimentar alguma coisa dela.

[Tricampeão]

Entre as minhas leituras recentes, incluí uns japas. Não conhecia nada de literatura japonesa. Valeu a pena.
Li "Crônica da Estação das Chuvas", de Kafu Nagai, "O País das Neves" e "Kyoto", de Yasunari Kawabata, "Diário de um Velho Louco", de Junichiro Tanizaki e os Contos de Ryunosuke Akutagawa.
O mais impressionante é como japonês encara a putaria com naturalidade. Toda história tem alguma prostituta: gueixa, garçonete puta, puta de rua, prostituta sagrada (elas têm um nome, é claro, mas esqueci), etc. E os caras usam sem a menor neura, comentam com os colegas de trabalho, com os pais, com a esposa. Putanheiro não vive na clandestinidade, como aqui. O resto é igual: tem puta malandra e puta gente boa, tem putanheiro BOP e tem ogro, tem cafetão, tem cara que paga só pra conversar, etc.

[estressado]

Recomendo "Histórias Íntimas" da historiadora safada da USP Mary del Priore.

Várias paradas maneiras sobre sexo na história do Brasil, tipo a galera ter mais privacidade para foder nos confessionários das igrejas do que em casa porque fechadura era artigo de luxo.

Teve até uma entrevista com ela sobre esse livro no Espaço Aberto Literatura da Globo News na semana passada. Não é gata, mas fiquei de pau duro vendo a coroa falar, deve gostar de sexo pra caralho a pervertida.