Dominação Psicológica

Discussão sobre BDSM-SSC : atitudes, conhecimento e entendimento da chamada "forma de vida alternativa". Experiências, motivações, inquietudes e demais coisas relacionadas...

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Dominação Psicológica

#1 Mensagem por Capitão Caverna BsB » 11 Nov 2008, 10:30

Maestro, Le teseu, e demais participantes dessa nobre área.


Tenho lido bastante sobre Dominação Psicológica, tenho tentado formar meu próprio conceito.

indicações, sugestões, opiniões, leituras recomendada.

Aguardo


Adianto que não vejo a Dominação Psicológica, como uma forma de dominação única e exclusiva onde o Dom não gosta de bater e a Sub de apanhar, mas sim como uma das formas de domínio, talvez a 1º e mais importante, quando se começa a dominar a sua Sub.

Abraços


Caverna

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#2 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 14:42

Vamos ir colocando vários textos...

primeiro este para ir lendo, do Meu Amigo Sr. Verdugo:

dominação consentida e dominação velada

11/2/2008

SENHOR VERDUGO


Dominação é a capacidade de fazer o outro agir da maneira que você quer.


Eu vejo dois tipos de dominação muito freqüentes dentro do SM, a “consentida” (que é regida pelo São Seguro e Consensual, onde todas as limitações são respeitadas) e a velada (que na maior parte das vezes não é a politicamente correta).

A “consentida” é aquela que é acordada antes do jogo. Está absolutamente dentro do consensual, é a dominação existente na cena e está sujeita a interrupção no momento em que a parte submissa solicita a palavra de segurança. Esse tipo de dominação é mais teatralizado. O papel dominante começa e termina dentro da cena BDSM, visa apenas à satisfação de ambos naquele momento. Cada qual sabe onde começa e termina o jogo.

Nesse modelo de dominação, fica implícito que o poder está nas mãos do submisso embora a representação mostre o contrário. É um jogo com regras claras, em que o Dominador está subordinado às mesmas, cabendo a submissa evoluí-lo ou encerrá-lo no momento que achar conveniente. É uma relação combinada, em que as agressões físicas e humilhações psicológicas são preestabelecidas e devidamente respeitadas quando a palavra de segurança é evocada.

Qualquer deslize nesse quesito compromete a natureza moral do Dominador diante da proposta inicial.

Já a dominação “velada” é quase invisível, ela não passa necessariamente por acordos ou consensualidade explícita, ela é exercida de forma psicológica através de mecanismos de manipulação, sedução ou métodos às vezes questionáveis. Não existem regras claras, mas um jogo coercivo de caráter emocional.

Esse tipo de atitude dá realmente o poder a quem o utiliza. Não existe total dominação sem que ela passe pela tibieza da alma de quem se submete, a entrega irrestrita percorre esses caminhos, tal qual o romance História de Ó, em que a personagem submete-se a todo tipo de degradação e sevícias por amor ao parceiro e não propriamente pelo prazer implícito no ato masoquista.

Essa forma de ação tem um fim, o Dominador conquista uma dominação ilimitada quando o lado mais forte envolve emocionalmente o mais fraco, ele realmente tem a submissa em suas mãos de forma plena e absoluta.

Evidentemente, de certa maneira, burla-se aí o SSC, pois uma entrega passional passa definitivamente para o outro qualquer tipo de controle sobre a própria vida e, nessas condições, admite-se tudo por paixão, amor ou dependência afetiva pelo parceiro.

Cabe aos envolvidos ter sempre uma visão clara do prazer que buscam, pois essa encruzilhada existe e muitas vezes o sabor do mel confunde-se o sabor do fel.
SENHOR VERDUGO

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#3 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 14:49

Relacionamentos - Uma relação consiste em abrir um espaço de existência para outro. Para ser completa e prazerosa, a união deve ter cumplicidade e entrega incondicional. A convivência tem que servir para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças e a individualidade.

Se compararmos o BDSM às relações baunilhas (como são conhecidas as que não são do meio), ambas têm comportamentos em comum e são repletas de jogos de sedução que se percebe num olhar, num leve movimento dos cabelos ou num sorriso malicioso.

As duas possuem convenções que simbolizam a entrega: os casais baunilhas usam alianças, os BDSM, coleiras. As mulheres baunilhas usam o sobrenome do marido, enquanto no BDSM elas usam as iniciais do Dono.

Ambas seguem regras, quer impostas pela sociedade ou espontaneamente estabelecida entre as partes. Nas relações baunilhas, as normas surgem na medida da convivência e geralmente prevalece a opinião da personalidade mais forte, nem sempre em acordo com o que pensa o outro. Muitas vezes são toleradas e, se não administradas, geram conflitos que terminam fatalmente em separações desastrosas. No BDSM, as regras são estabelecidas no início do convívio, podendo ser mudadas ou adaptadas no decorrer da relação, sempre com o intuito de proporcionar prazer aos integrantes.

Ambas acontecem da mesma forma, baseada no conhecimento, na afinidade, na confiança e na atração entre as partes.



BDSM - Uma relação BDSM está baseada na troca de poder consentida, que pode ocorrer pelas mais diversas razões, sendo que a maioria delas tem a ver com entrega, desejo e prazer sexual. Isso significa que uma pessoa escolhe livremente dar o controle de sua vida a uma outra pessoa. Elas, de comum acordo, determinam o nível de entrega da relação. Para muitas pessoas essa entrega é parcial enquanto para outros é total, pelo menos na teoria, que muitas vezes não é tão próxima assim da realidade.

A primeira vista, para muitas pessoas essa troca de poder pode parecer estranha, mas as preferências das pessoas que as vivem são diferentes e muitas vezes por serem diferentes são vistas com ressalvas por quem não consegue ir além do modelo adotado para uma relação normal. Ao contrário do que possa parecer, essa relação não tem nada a ver com maus tratos e abusos, estão sempre baseadas em entendimentos, aprendizado, crescimento e muito controle dos envolvidos.

Pessoas dos mais diferentes níveis e classes sociais vivem essas relações, desde as mais humildes até aquelas de boa formação cultural e todas tem idéias bastante claras sobre o que fazem e porque fazem. Provavelmente, você esteja ansioso para viver uma relação assim, mas não se esqueça, que não existem pessoas por aí dispostas a viverem esse tipo de relação sem que se tenha total confiança umas nas outras. Por isso, não deixe de dedicar parte do seu tempo para conhecer os conceitos, aprender como as coisas funcionam e o comportamento necessário para se seguir adiante nesse mundo de uma forma segura.



BDSM x Baunilha - Se numa relação baunilha é comum um dos parceiros decidir a programação de sábado à noite, muitas vezes sem se quer consultar a outra parte, ou então um falar ao outro a respeito da roupa escolhida para sair. Nas horas mais íntimas observa-se que um sempre acaba conduzindo a relação para a forma que mais lhe dá prazer, sem se preocupar com o prazer do parceiro. Como tudo é feito de uma forma não consentida e muitas vezes acabam trazendo uma série de frustrações.

Numa relação BDSM a diferença está na existência de uma troca de poder consentida e no claro estabelecimento dos limites que devem ser obedecidos. Assim, se um dos parceiros - o que está vivendo o lado dominador - determina que a noite iremos sair para dançar e que a outra pessoa - a que está vivendo o lado submisso - deve usar um vestido e sandálias de salto alto tudo está dentro do combinado e ambos estão tendo prazer no jogo. Um por perceber que vê seus desejos sendo correspondidos e o outro por saber que ao corresponder aos desejos de seu parceiro está lhe dando igual prazer.

Deste exemplo simples, podemos caminhar para outros jogos que envolvem maior ou menor grau de entrega. Podemos deixá-los acontecer no lado sexual onde um estabelecerá o controle e as regras a que devem ser seguidas, onde a mulher vivendo o lado Dominador poderia, por exemplo, determinar a forma como gostaria de ser tocada por seu parceiro.

Se existem regras a serem seguidas é comum que as pessoas estabeleçam formas de castigos para quando as mesmas não forem cumpridas a contento. Os castigos podem variar de algumas restrições até castigos físicos. Tudo vai depender do limite previamente combinado e daquilo que dá prazer aos envolvidos.

Nunca é demais lembrar, principalmente aos iniciantes, que em tudo na vida temos que estar atendo ao "time" das coisas. Ao começar a trilhar os caminhos do desconhecido, nos deparamos sempre com outras pessoas em diferentes graus de amadurecimento e entendimento sobre o assunto e por isso é que é muito difícil para uma pessoa que está começando abstrair o jogo para o seu grau de percepção das coisas. Não é porque em algumas relações existe a figura de um Dominador batendo em seu submisso com um chicote que você precise de fazer dessa prática a sua. Você pode perfeitamente trocar o poder, brincar com isso e deixar que a relação vá até onde ela seja prazerosa, sem fazer uso de chicotes, cordas, vendas.

Mestre K@

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#4 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 14:57

Tortura Psicológica
Técnica de SM que não envolve necessariamente nenhum contato físico podendo ser aplicada inclusive por telefone ou mensagens escritas. Em sua forma mais grosseira restringe-se à humilhação por uso de palavras fortes ou xingamentos ou a humilhação por exposição a situações sociais vexatórias, evidentemente respeitando-se sempre os limites do BDSM consensual e seguro. Mas verdadeira tortura psicológica, extremamente sofisticada e requintada, é a arte de localizar os pontos fracos da mente de uma pessoa e, através deles, ir minando aos poucos as defesas psicológicas que ela dispõe. Para que se aplique esta técnica é necessário um perfeito conhecimento de teorias psicológicas, bem como autocontrole e frieza, sendo imperiosa a constante atenção para que não ocorra uma crise catártica descontrolada ou inesperada por parte do dominador.

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#5 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 15:06

D/s: Ser Dominador não é apenas fazer tudo que se quer com uma submissa, mas fazer tudo para que ela seja feliz e esteja realizada em sua fantasia, pois ela fará de tudo para que você se sinta realizado na sua.

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#6 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 15:08

A escravidão da alma é aquela da qual você não pode fugir. Mesmo negando você está entregue. Mesmo lutando contra é mais forte que você.

A alma escrava ultrapassa limites, desvenda novos caminhos, abre-se a novas sensações. Você diz sim mesmo querendo dizer não. É a magia de uma relação BDSM, é a entrega incondicional.

Enfim, a alma escravizada pertence àquele que lhe guiará por caminhos desconhecidos, nunca antes imaginados. As imagens falam dessa entrega sublime e completa onde a Dominação ocorre na sua plenitude.

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#7 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 15:15

Possuir alguém é um esforço muito sério. Quando você controla outra pessoa , você tem uma grande responsabilidade em relação à ela. Algumas pessoas frivolamente igualam a responsabilidade do Dominador àquela de possuir um animal de estimação, mas na realidade a tarefa é muito maior do que essa. Em termos de seriedade com a qual o Dominador precisa assumir sua responsabilidade, é mais sério inclusive do que ter um filho. Você controla essa pessoa absolutamente e assumindo que você ama a sua escreva você tem que se certificar de que as coisas que você faz - ou não faz - não são na realidade perigosas nem danosas por sua responsabilidade. Você tem que pensar primeiro, e muito cuidadosamente, antes de falar quando estiver com raiva. Você tem de considerar como cada ação que você empreende ou cada decisão que você toma afeta sua submissa assim como à você mesmo. Você tem que prever como a sua sub vai reagir a certas coisas antes que você se comprometa com elas. Você esta dirigindo o navio. Você é o único responsável. Se você realmente entende isso, você também sabe que quando as coisas dão errado ou não funcionam, não é erro da pessoa que esta indefesa diante de você e que tem que seguir suas ordens. É sua responsabilidade e somente sua.

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#8 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 15:24

Tipos de Práticas e Atividades Envolvidas em Relações D/s

Algumas relações D/s tem contato sexual, mas podem existir relações completamente castas (somente psicológicas).

Existem inúmeras variações de relações D/s, e as atividades praticas nas sessões podem ter as mais diversas formas envolvendo inúmeras variações.

Em muitos relacionamentos D/s, as atividades das Sessões ou Plays são típicas de SM / BDSM.

Em muitas circunstâncias, são utilizadas práticas diferentes de castigos físicos. Proibições, restrição de liberdade, humilhações podem ser usadas. Privilégios podem ser retirados como não permitir o uso de cadeiras e sofás restringindo a sentar-se no chão ou ter que dormir no chão ou ao pé da cama.

Role-Play ou Jogo de Fantasias onde existe encenação, ou atividade erótica onde se assume alguma função ou papel temporário podem fazer parte das sessões, com parceiros desempenhando papéis clássicos de dominantes e submissos.

Animal-play típicas são Dog-play onde o dominante assume a função de dono ou adestrador e o a submissa o papel de cadela. Outra animal-play típica é Pony-play ou onde a submissa assume a "PonyGirl". *Não confundir com sexo com animais que é considerado abuso.

Nem toda relação D/s envolve praticas típicamente SM ou BDSM nas sessões.

Em alguns relacionamentos D/s podem existir práticas que não são por sí só tipicamente Sadomasoquistas ou SM / Bdsm. Se estas não estiverem num contexto D/s, não são consideradas SM. Estas práticas ocorrem mais em relacionamento D/s entre entre dominadora e homem submisso.

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#9 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 17:42

A tortura psicológica consiste num jogo onde se explora as inseguranças da outra pessoa, seja com palavras, gestos ou atitudes. É uma espécie de mensagem blefe com palavras e/ou gestos significativos, para produzir a agonia, a confusão mental, o desconforto, o medo e a ansiedade no outro. Humilhação é uma tortura psicológica bem interessante.

"Dom Tormentos"

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#10 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 17:43

Entre todas as práticas do BDSM uma das mais sedutoras,e efetivas,
é a dominação psicológica.Talvez por estar,diretamente,ligada à personalidade do TOP.
Existem pessoas,mesmo no mundo “baunilha”, que conseguem “eletrizar” com sua presença.
Independe de aparência ou beleza,é algo interior que emana de si e as torna poderosas.
Junte-se a esta capacidade,uma outra,a da verbalização .Um charme que cresce a partir de palavras arrasadoras.
No Universo BDSM ,esta habilidade é imprescindível para o processo de dominação e muitos sonham tê-la.Alguns,até conseguem e seus bottoms lhes são apegados,incondicionalmente.
Observa-se que,talvez por questão cultural,as submissas são mais sujeitas a este tipo de dominação.Sentem-se atraídas por Dominadores que trazem em seu discurso,algo que lhes parece mágico e inebriante.
A dominação psicológica é a algema invisível numa relação do tipo D/s.Uma palavra,o olhar, ou mesmo,o silêncio,se tornam sinais vivos do poder do TOP.
Não há distância que se interponha a este poder.A presença do TOP se cristaliza a partir da simples lembrança do som de sua voz. Torna-se,assim, um elo que acorrenta sem correntes e prende,sem grilhões.
Mas,existe um outro lado desta admirável moeda:o nível de entrega pretendido pelos TOPs e a proposta de entrega dos bottoms.
Em alguns casos,pode-se observar que a intensidade da entrega de um ultrapassa a expectativa desejada pelo outro.
A dominação psicológica pode vir a ser uma armadilha para ambos,na medida em que o senso de equilíbrio seja muito difícil de alcançar.
O bottom pode assumir uma posição de dependência muito intensa e longe do pretendido pelo TOP.
Mesmo em se considerando que,as pessoas envolvidas sejam adultas e responsáveis por si mesmas,em termos emocionais,algumas são mais vulneráveis,ou ainda,mais fragilizadas,do que outras.
Neste momento,os TOPs (sejam eles homens ou mulheres)devem estar atentos para evitar apegos maiores,se esta não é a sua vontade.
Existe uma frase de Saint Éxupery que diz”Você é responsável por aquilo que cativa”, frase,absolutamente verdadeira,neste caso.
Cabe aos TOPs,como a parte mais ativa no processo de Dominação,estabelecer os parâmetros e o ritmo de aproximação e envolvimento.Este é o exercício de uma dominação responsável.
Cabe a eles,também,se resguardar no tocante a apegos indesejáveis,e, aos bottoms se cientificar das reais intenções de alguém a quem pretendam entregar sua submissão.
(Castelã_SM)

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#11 Mensagem por Maestro Alex » 11 Nov 2008, 17:44

Dominação psicológica
Masoquismo consiste na satisfação sexual que se obtém
pelo sofrimento de dor corporal ou mental (GREGORY,1980).
No masoquismo, o que o indivíduo procura é a humilhação moral mais ou menos
completa. Apreciam apenas como prova de amor, o sacrifício, a abdicação
completa da vontade aos pés dos amantes. O sofrimento físico, a flagelação
lhe vale principalmente porque é humilhante. (Medicina Legal) O indivíduo
sádico, como preliminar ao coito, pode usar de brutalidades da posse,
palavrões injuriosos, insultos e recriminações (Gomes, 22a. edição)
Bibliografia:
GREGORY, Ian, Psiquiatria Clínica, Tradução para o Espanhol: Dr. José Rafael
Blengio, 2ª edição, 1980.
GOMES, Helio, Medicina legal, 22ª edição.
FÁVERO, Flamínio, Medicina Legal, 5ª Edição, 1954


Termo popular: Dominação mental
Participação de Sacher: Essas são basicamente as definições que enfocam o lado da dominação psicológica do ponto de vista da psiquiatria e da medicina forence, já que
se formos buscar as definições em livros de psicologia, nos perderíamos no
imenso cabedal de teorias ou nas diversas correntes existentes. Dominação
psicológica é uma das mais importantes práticas dentro do BDSM, pois foge do
tradicional clichê do chicote na mão, indivíduo amarrado apanhando. Na
dominação psicológica existem sutilezas que não conseguimos descrever em
palavras. O olhar é o mais enfatizado nos relatos, basta um olhar superior e
o sujeito sente-se humilhado. O tom da voz austera já pode ser o suficiente
para causar medo e humilhação e conseqüente excitação para o(a) masoquista.
Desta forma, a complexidade que envolve a dominação psicológica mereceria um
capítulo especialmente para esse termo, mas como temos pouco espaço para a
definição, poderíamos dizer que a dominação psicológica consiste em excitar
a parceria sexual que tem prazer em ser humilhado ou sentir dor mental,
através de palavras que envolve ordens, humilhação, xingamento, ameaças,
enfim, a degradação moral do indivíduo, sempre com o consentimento de tal
prática. As punições físicas são atitudes alegóricas para causar mais
humilhações ou aumentar a dor mental.
A forma que a pessoa sente prazer nessas humilhações são as mais distintas
possíveis. Para uns, ser tratado como serviçal por alguém é seu desejo,
outros gostam de ser tratados como animais, outros ainda preferem o
xingamento. Desta forma, fica difícil simplesmente usar uma forma para
dominar outra pessoa, sem conhecer suas preferências. Estamos psicológico e
a mente ainda é um grande mistério a ser desvendado. O que levaria um ser
humano a sentir prazer em ser degradado moralmente? Mais difícil ainda é
saber como manter esse domínio sobre o indivíduo apenas com palavras,
olhares e atitudes? Enfim, é corrente no nosso meio os relatos de pessoas
que vivem tempo integral como escravo de outra pessoa por longos períodos de
tempo, que denominam relação 24/7, ou 24 horas em sete dias da semana como
escravos(as) ( sachersp@yahoo.com.br )



Riscos
Embora possa parecer inofensivo esse jogo de dominação psicológica, mas não
é extremamente perigoso essa prática, pois estamos lidando com nossas
emoções mais puras, nossos medos, nossas fraquezas e principalmente, nosso
psíquico. Podemos ter traumas psicológicos ou um abalo mental intenso no
momento da dominação que pode demorar para se recuperar. Outro risco é não
suportar tal agressão verbal no momento e estar impossibilitado de dizer a
palavra de segurança para parar a cena de dominação. Não é raro, o indivíduo
ter problemas psicológicos e a cena, que era para ser apenas um jogo, uma
fantasia, tocar na ferida do indivíduo e ele sentir realmente tal ofença e
se ofender no real. Pode ter sido mera coincidência, mas que gerará muitos
problemas futuros na relação. Por exemplo, um indivíduo teve um trauma no
passado com impotência sexual e na cena seu algoz lhe chama de "Broxa"
(impotente) e as lembranças vem a tona na hora e o que era fantasia torna-se
realidade. Nosso conselho é que se conheça muito bem sua parceria, seus
medos, seus traumas, sua vida, para que o jogo seja como o nome diz, apenas
uma fantasia sexual. Mas se a pessoa der liberdade para que vá para o campo
real, ai é outra história, mas o risco fica maior. ( sachersp@yahoo.com.br )


Participação de Mr B: Sobre a dominação psicológica, ao meu ver o prazer BDSM é antes de mais nada mental, abstrato, psicológico e não necessariamente físico (nem no sentido sexual expresso, nem no sentido da dor). Evidentemente estes prazeres vêm associados, mas não me parecem fundamentais. ( mr.b@matrix.com.br )

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#12 Mensagem por Capitão Caverna BsB » 11 Nov 2008, 18:33

Grande Tio, hoje a noite a leitura ta garantida, passei o olho rapidamente, vi muita coisa interessante.

Abração

Valeu

DC

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Re: Dominação Psicológica

#13 Mensagem por Luiza Chantal » 30 Nov 2010, 11:34

Acho o máximo dominação psicológica, em si, tudo é interessante em BDSM.
O que me afastou de tudo isso é a falta de conhecimento dos DOns.
Hoje sou bem baunilha mesmo, rs. Mas, adoro um macho alfa de vez em quando, rsrsrs.

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Dick Laurent
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Re: Dominação Psicológica

#14 Mensagem por Dick Laurent » 30 Nov 2010, 13:26

Tenho uma certa curiosidade e, pelo meus tds, uma certa tendência ao sadismo; mas não gosto muito dessa coisa teatral e ritualística que alguns integrantes do meio fazem questão de passar. Gosto de chegar e dominar a puta, de imobilizá-la, de submetê-la aos meus caprichos (tudo dentro do que ela consegue fazer) mas sem essa coisa tão metódica e brochante de combinar a transa passo-a-passo antes. O problema é que a maioria das putas só que assumir a parte ativa (e mais fácil) da coisa.

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Julinhabb
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Re: Dominação Psicológica

#15 Mensagem por Julinhabb » 13 Jun 2011, 02:59

Não concordo com Dick Laurent,dominar não é mais fácil,o que acontece é que as meninas não conhecem a pessoa que está na cama com elas,e a não ser que exista confiança no parceiro não têm como ser submisso em qualquer situação...

Existe também a questão de compatibilidade,se o cliente SABE tratar e conduzir uma mulher;Se por felicidade o cara souber,as meninas se deixam levar e a situação é natural,as vezes nem foi combinado nada,mas a menia deixa ser segurada e atende com prazer os pedidos do cliente,como eu mesma já fiz,apesar de adorar de paixão dominar os meninos que se submetem a mim.
Agora,a realidade é que grande parte dos homens não sabe propor de maneira gentil o que quer,entra no ambiente falando grosso,mandando,dando tapa no bumbum do nada e empurrando a cabeça da coitada pra baixo,achando que toda gp é malabarista hauhuahuhaua...

Dominar é sentir o parceiro e conduzir a situação de maneira que seja bom para os dois,e não tentar virar homem das cavernas.Não que eu esteja dizendo que vc seja,por que nem o conheço,estou é me lembrando de uns infelizes encontros que acabei por ter nesta vida de gp.

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