Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#61 Mensagem por Carnage » 11 Out 2011, 23:57

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=18666
Relatório defende reorganização e reforço orçamentário do SUS
Para subcomissão da Câmara dos Deputados, Sistema Único de Saúde (SUS) precisa de contratos entre entes públicos para melhorar gestão e exige mais fontes de financiamento. Orçamento teria de dobrar. Conselhos estadual e municipal de secretários de saúde acham que mídia atrapalha debate. Texto será usado para pressionar governo e Senado em votação.

André Barrocal

BRASÍLIA – Depois de seis meses de trabalho, 30 horas de audiências públicas e viagens ao exterior, uma subcomissão da Câmara dos Deputados criada para examinar o Sistema Único de Saúde (SUS) concluiu que ele precisa ser reorganizado, para ganhar eficiência, e mais financiado, para realizar o que prevê a Constituição – atendimento geral e irrestrito aos brasileiros.

A melhoria da gestão teria sido em parte atacada pelo governo com decreto de junho do ministério da Saúde que definiu regras para gestão compartilhada do SUS entre União, Estados e municípios. O ideal, segundo o relatório, seria transformar o decreto em lei federal, além de aprofundá-lo em alguns aspectos.

O problema do financiamento, porém, ainda precisa ser enfrentado. Com estados e prefeituras perto ou acima do investimento mínimo, caberia ao governo federal a missão principal de reforçar o SUS. “Não podemos mais sucumbir ao discurso da gestão. Precisamos dobrar os gastos com saúde”, diz o relator, Rogério Carvalho (PT-SE), médico e secretário de saúde de Sergipe entre 2007 e 2010.

O parecer, apresentado nesta segunda-feira (10) em seminário no Congresso, faz algumas sugestões de fontes de recursos para o SUS. Taxar grandes movimentações financeiras, remessas de dólares ao exterior, jatinhos e iates e ampliar a tributação dos bancos. “Não podemos achar que pagamos impostos demais. Há várias demandas sobre o Estado”, diz Carvalho. “Nos últimos anos, quem mais aumentou os gastos foram os estados e os municípios. É a vez da União.”

Estados e prefeituras concordam com o diagnóstico e reclamam da imprensa. “A mídia está fazendo uma campanha muito acirrada para tentar mostrar que é problema de gestão”, diz a presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, Beatriz Dobashi, secretária em Mato Grosso. “A gente não tem garantia de financiamento sustentável, essa é uma verdade.”

Para José Enio Servilha Duarte, secretário-executivo do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, o SUS é “um sistema quase perfeito” mas que “precisa avançar”, e a principal forma de produzir tal avanço é injetando mais dinheiro.

Batalha no Senado


O relatório da subcomissão será usado pela Frente Parlamentar da Saúde para presisonar o governo e tentar influenciar o Senado na votação de projeto sobre investimentos no setor.

Aprovado pelos deputados em setembro, o texto voltou ao Senado, onde fora apresentado em 2007 pelo senador-médico Tião Viana (PT-AC), hoje governador do Acre. “Estamos numa emergência, nosso campo de batalha é o Senado”, diz o coordenador da Frente, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), à espera de que seja escolhido um relator. Em tese, deveria ser o mesmo da primeira votação, em 2008, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

O projeto original impunha ao governo federal investir em saúde 10% de suas receitas. Estados e municípios já são obrigados a gastar percentuais mínimos – 12% e 15%, respectivamente.

As prefeituras aplicam em média 22%, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Entre os estados, a grande maioria declara ao ministério da Saúde percentual superior a 12%, embora ouça como resposta que, com base nos dados fornecidos, há mais gente desenquadrada.

O texto aprovado na Câmara, porém, excluiu a vinculação de 10% das receitas aa União e criou um imposto para a saúde, a CSS, impossível de ser cobrado. Agora, o Senado terá de decidir o que fazer – recuperar o texto original ou endossar o da Câmara.

O governo federal não aceita a primeira hipótese, porque teria de tirar dinheiro de alguma outra área. Mas, por declarações da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, admite a necessidade de reforçar o SUS, o que leva a um impasse.

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kssabu1
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#62 Mensagem por kssabu1 » 13 Out 2011, 00:04

Carnage escreveu:http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=18666
Relatório defende reorganização e reforço orçamentário do SUS
Para subcomissão da Câmara dos Deputados, Sistema Único de Saúde (SUS) precisa de contratos entre entes públicos para melhorar gestão e exige mais fontes de financiamento. Orçamento teria de dobrar. Conselhos estadual e municipal de secretários de saúde acham que mídia atrapalha debate. Texto será usado para pressionar governo e Senado em votação.

André Barrocal

BRASÍLIA – Depois de seis meses de trabalho, 30 horas de audiências públicas e viagens ao exterior, uma subcomissão da Câmara dos Deputados criada para examinar o Sistema Único de Saúde (SUS) concluiu que ele precisa ser reorganizado, para ganhar eficiência, e mais financiado, para realizar o que prevê a Constituição – atendimento geral e irrestrito aos brasileiros.

A melhoria da gestão teria sido em parte atacada pelo governo com decreto de junho do ministério da Saúde que definiu regras para gestão compartilhada do SUS entre União, Estados e municípios. O ideal, segundo o relatório, seria transformar o decreto em lei federal, além de aprofundá-lo em alguns aspectos.

O problema do financiamento, porém, ainda precisa ser enfrentado. Com estados e prefeituras perto ou acima do investimento mínimo, caberia ao governo federal a missão principal de reforçar o SUS. “Não podemos mais sucumbir ao discurso da gestão. Precisamos dobrar os gastos com saúde”, diz o relator, Rogério Carvalho (PT-SE), médico e secretário de saúde de Sergipe entre 2007 e 2010.

O parecer, apresentado nesta segunda-feira (10) em seminário no Congresso, faz algumas sugestões de fontes de recursos para o SUS. Taxar grandes movimentações financeiras, remessas de dólares ao exterior, jatinhos e iates e ampliar a tributação dos bancos. “Não podemos achar que pagamos impostos demais. Há várias demandas sobre o Estado”, diz Carvalho. “Nos últimos anos, quem mais aumentou os gastos foram os estados e os municípios. É a vez da União.”

Estados e prefeituras concordam com o diagnóstico e reclamam da imprensa. “A mídia está fazendo uma campanha muito acirrada para tentar mostrar que é problema de gestão”, diz a presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, Beatriz Dobashi, secretária em Mato Grosso. “A gente não tem garantia de financiamento sustentável, essa é uma verdade.”

Para José Enio Servilha Duarte, secretário-executivo do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, o SUS é “um sistema quase perfeito” mas que “precisa avançar”, e a principal forma de produzir tal avanço é injetando mais dinheiro.

Batalha no Senado


O relatório da subcomissão será usado pela Frente Parlamentar da Saúde para presisonar o governo e tentar influenciar o Senado na votação de projeto sobre investimentos no setor.

Aprovado pelos deputados em setembro, o texto voltou ao Senado, onde fora apresentado em 2007 pelo senador-médico Tião Viana (PT-AC), hoje governador do Acre. “Estamos numa emergência, nosso campo de batalha é o Senado”, diz o coordenador da Frente, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), à espera de que seja escolhido um relator. Em tese, deveria ser o mesmo da primeira votação, em 2008, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

O projeto original impunha ao governo federal investir em saúde 10% de suas receitas. Estados e municípios já são obrigados a gastar percentuais mínimos – 12% e 15%, respectivamente.

As prefeituras aplicam em média 22%, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Entre os estados, a grande maioria declara ao ministério da Saúde percentual superior a 12%, embora ouça como resposta que, com base nos dados fornecidos, há mais gente desenquadrada.

O texto aprovado na Câmara, porém, excluiu a vinculação de 10% das receitas aa União e criou um imposto para a saúde, a CSS, impossível de ser cobrado. Agora, o Senado terá de decidir o que fazer – recuperar o texto original ou endossar o da Câmara.

O governo federal não aceita a primeira hipótese, porque teria de tirar dinheiro de alguma outra área. Mas, por declarações da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, admite a necessidade de reforçar o SUS, o que leva a um impasse.
Bom... O grande problema da Saúde e de outros órgãos/sistemas é que o dinheiro não chega onde tem de chegar por conta de várias falcatruas e desvios de todo tipo. E quando chega é tratado de forma desrespeitosa (vide o caso das ambulâncias do SAMU, novas e abandonados devido a burocracia).
Antes de se falar em aumentar impostos e criar outros, é necessário fazer com que o sistema tributário existente funcione, ou que se crie um que funcione (reforma tributária). Mas opta-se sempre pelo jeito mais fácil, não importa o "ismo" que está no poder. Isso seria o início de algo que poderia ser chamado de justiça social.

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Carnage
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#63 Mensagem por Carnage » 21 Out 2011, 23:43

http://convergenciadigital.uol.com.br/c ... 123&sid=16
Brasil, com excesso de impostos, perde vez na economia latino-americana

:: Da redação
:: Convergência Digital :: 20/10/2011


O Brasil perdeu seis posições em um ranking sobre a facilidade de fazer negócios em 183 países, divulgado anualmente pelo Banco Mundial. O relatório Doing Business 2012 (Fazendo Negócios 2012), lançado nesta quarta-feira, 19/10, em Washington, nos Estados Unidos, mostra que o Brasil caiu do 120º para o 126º lugar na lista que analisa os regulamentos que afetam as empresas nacionais nesses países.

O novo estudo engloba o período de junho de 2010 a maio de 2011 e aborda todo o ciclo de vida das empresas, desde a sua constituição até a resolução do processo de insolvência. As avaliações levam em conta dez indicadores específicos e se concentram especialmente no ambiente para pequenas e médias empresas.

O pior desempenho brasileiro é relativo ao pagamento de impostos, área na qual o país aparece em 150º lugar. Pela classificação do Brics (bloco que reúne o Brasil, a Rússia, China e África do Sul), a África do Sul aparece em 35º, a China em 91º , a Rússia em 120º, o Brasil em 126º e a Índia em 132º.

O Brasil também fica atrás de várias economias latino-americanas. O melhor colocado entre os países da região é o Chile, que ocupa a 39ª posição e é citado, ao lado do Peru (41º), da Colômbia (42º) e do México (53º), como destaque na implementação de melhorias regulamentares.

Apesar da queda no ranking geral, o Banco Mundial destaca a melhora na área de obtenção de crédito no Brasil, na qual o país ocupa a 98ª posição. "O Brasil melhorou o sistema de informação de crédito, permitindo que agências privadas possam coletar e compartilhar informações positivas", diz o relatório.

Na relação, pela ordem apresentada no relatório, estão Cingapura, Hong Kong, a Nova Zelândia, os Estados Unidos, a Dinamarca, Noruega, o Reino Unido, a Coreia do Sul, Islândia e Irlanda.

Fonte: Agência Brasil
Eu continuo pensando que o problema não é a carga tributária em si, mas onde ela aperta. No caso, a matéria está correta ao apontar os pontos errados onde ela pressiona. Mas é óbvio que é muito difícil coparar a econmia brasileira com a Chinesa, por exemplo, que é uma ditadura e onde os trabalhadores são explorados.

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Carnage
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#64 Mensagem por Carnage » 08 Dez 2011, 21:28

http://www.viomundo.com.br/politica/jan ... blica.html

Jandira Feghali: Taxar 997 milionários levantaria R$ 10 bi para a saúde pública

por Luiz Carlos Azenha

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados deve apreciar nesta quarta-feira, 7 de dezembro, o parecer da relatora Jandira Feghali (PCdoB-RJ) sobre o Projeto de Lei Complementar 48/11, de autoria do deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), que trata da Contribuição Social das Grandes Fortunas.

Um imposto sobre as fortunas está previsto no inciso VII do artigo 153 da Constituição de 1988, nunca regulamentado.

A relatora pretende transformar o imposto em contribuição, permitindo assim que o dinheiro arrecadado seja vinculado a um tipo específico de gasto: o financiamento da saúde pública.

O imposto incidiria sobre 38.095 contribuintes, aqueles que têm patrimônio superior a 4 milhões de reais. As alíquotas teriam variação de 0,40% a 2,1%.

A relatora Jandira Feghali disse que, ao analisar os dados obtidos junto ao Fisco, constatou o tremendo grau de concentração de riqueza no Brasil: pelos cálculos da deputada, a contribuição arrecadaria 10 bilhões de reais taxando apenas os brasileiros com patrimônio superior a 100 milhões de reais, ou seja, 997 pessoas.

Considerando os dados de 2009, a contribuição levantaria 14 bilhões de reais.

“Vamos servir a 200 milhões de brasileiros com uma contribuição de fato em quem concentra patrimônio no Brasil”, diz Jandira.

Ela argumenta que taxar fortunas não é nenhuma novidade. O imposto existe na França para quem tem patrimônio superior a 600 mil euros, segundo ela.

Jandira também lembrou do milionário estadunidense que pediu para ser taxado. Ela se refere ao investidor Warren Buffett. De fato, nos Estados Unidos, existe até mesmo um grupo, chamado Patriotic Millionaires, que lidera uma campanha pela taxação de no mínimo 39,6% para quem tem renda superior a 1 milhão de dólares anuais. Uma pesquisa do Spectrum Group, publicada pelo Wall Street Journal, descobriu que 68% dos milionários entrevistados defendem aumento de imposto para os mais ricos.

A CSGF brasileira não trata de renda, mas de patrimônio acumulado.

Se você tem um Fusca paga 4% do valor em IPVA, mas a posse de um avião particular, de um helicóptero ou iate não é taxada, argumenta a deputada comunista.

Jandira diz que, pelos cálculos do ministro da Saúde Alexandre Padilha, a pasta precisa de um reforço de orçamento de 45 bilhões de reais por ano para dar conta das necessidades do setor. A contribuição dos milionários cobriria uma parte razoável disso.

Fiz duas provocações à deputada: 1) Os milionários brasileiros têm um poder político considerável e, como disse Garrincha sobre a tática infalível do técnico Vicente Feola para derrotar os russos, só falta combinar com o adversário; 2) O argumento clássico dos conservadores é de que, ao taxar os mais ricos, eles perdem o incentivo para produzir as riquezas que, eventualmente, se espalham por toda a sociedade (a famosa economia do trickle-down, do ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, segundo a qual as migalhas que caem lá de cima acabam nos alimentando).

Para ouvir as respostas, clique abaixo: (ver link acima)

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salsicha
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#65 Mensagem por salsicha » 08 Dez 2011, 21:49

Só o exemplo do Fusca é que não foi muito legal.
Fuscas normalmente tem mais de 20 anos e são isentos de IPVA.


Acho que poderiam aumentar a alíquota dos afortunados e isentar os trabalhadores que ganham 5 ou 10 mil reais de salário. Afinal, salário é renda?

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roladoce
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#66 Mensagem por roladoce » 08 Dez 2011, 22:07

salsicha escreveu:Só o exemplo do Fusca é que não foi muito legal.
Fuscas normalmente tem mais de 20 anos e são isentos de IPVA.


Acho que poderiam aumentar a alíquota dos afortunados e isentar os trabalhadores que ganham 5 ou 10 mil reais de salário. Afinal, salário é renda?
Tá maluco..só quer beneficiar a classe média!!??

Quantos brasileiros ganham tal renda??!!???

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Carnage
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#67 Mensagem por Carnage » 12 Dez 2011, 22:18

http://colunas.epoca.globo.com/paulomor ... -na-saude/
Injustiça venceu na saúde
07:57, 12/12/2011
Paulo Moreira Leite
Política Tags: Congresso, dilma, Saúde


Uma semana depois que o Congresso rejeitou toda possibilidade de se criar uma nova fonte de recursos para a saúde pública, a verdade começa a aparecer. E ela é imoral.

Não há razões aceitáveis para se combater a criação de impostos para a saúde num país onde 100% dos gastos com saúde privada podem ser abatidos do imposto de renda.

Considerando o tamanho do subsídio oferecido, é vergonhoso dizer que se pretende proteger o contribuinte de impostos extorsivos. O que se fez foi manter um sistema desigual e injusto, onde 25% dos brasileiros que têm acesso a medicina privada consomem 45% dos gastos do país com saúde, enquanto 75% disputam o resto. Não tenho nada contra quem prefere tratar-se pelo sistema privado. Só acho que seria mais justo que essas pessoas pagassem suas contas.

Depois que o risco de criação de novas fontes de financiamento terminou, aqueles analistas que diziam que era tudo um problema de gestão já admitem que vivemos um caso de “subfinanciamento”, eufemismo para dizer que vai continuar faltando dinheiro.

Fala-se em “reforçar os esforços de gestão”, o que é sempre útil mas vamos eu gostaria de saber onde estão os bons exemplos e as lições a seguir. A medicina privada não é barata e mesmo assim vive sem dinheiro. Médicos privados já fazem greve, o que se dizia ser um pesadelo exclusivo do serviço público. Planos de saúde têm reserva de leitos em hospitais públicos que, em penúria cada vez maior, já não conseguem dispensar o sistema de duas portas. Mesmo condenável sob tantos pontos de vista, ele garante recursos que o Estado recusa.

O sistema atual ajuda a concentrar renda.

Beneficia quem tem renda alta e muito impostos para abater. Mas é péssimo para quem ganha pouco e não pode pagar na frente. O esforço para esvaziar a saúde pública chegou a um requinte máximo. Numa votação anterior, já se havia negado a possibilidade de se criar uma nova contribuição. Houve um cuidado, porém. Manteve-se a possibilidade de criar a contribuição, em outro momento. Por isso, eliminou-se apenas o artigo que regulamentava a cobrança. Preservou-se a possibilidade, no futuro, da contribuição vir a ser criada. Para se evitar que, em outros momento, surgisse um projeto regulamentando a contribuição, até este artigo de princípio, sem efeitos imediatos, foi eliminado.

É triste. Nos Estados Unidos, único país de PIB desenvolvido que tem um sistema de saúde privado no planeta, a população gasta muito mais do que os europeus por um serviço reconhecidamente pior. Isso porque a saúde é um direito público.

Toda tentativa de transformá-la numa mercadoria rentável, como sabonetes ou automóveis, está condenada ao fracasso e ao desperdício. No início da década passada, pude assistir a boa palestra sobre isso, nos Estados Unidos, feita pelo então ministro da Saúde José Serra.

Vive-se nos EUA um quadro tão dramático que apenas a mobilização da ultra-direita do Tea Party, financiada pelos barões da saúde privada e pelos fanáticos ideológicos do mercado, impede o fortalecimento de um sistema público capaz de atender as necessidades da classe média e dos assalariados que vivem acima da linha de pobreza.

O governo Dilma e sua bancada bateram em retirada num debate importante para a igualdade no país. Perderam uma grande oportunidade política. Sua atitude vai alimentar o ressentimento explorado por quem adora denunciar os maus serviços do SUS — nem sempre são tão ruins assim — e lembrar que na hora de cuidar da própria saúde nossos governantes procuram hospitais privados que parecem hotéis de luxo.

Do ponto de vista econômico, a manutenção de um sistema público precário atende a interesses dos grandes bancos, que são donos dos principais serviços de saúde privada.

Do ponto de vista social, o resultado é manter a desigualdade e reafirmar a diferença entre os cidadãos. A injustiça é inacreditável. Quem prefere andar de carro e táxi em vez de metrô e ônibus deve pagar um preço, concorda?

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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#68 Mensagem por Dr. Zero » 24 Dez 2011, 01:17

insigne Carnage:

a que devo o seu interesse pelo SUS? alguém de seu círculo (ou mesmo vc mesmo) precisou recorrer ao serviço público?

como eu já te respondi anteriormente, a realidade é ainda pior que essas matérias de jornal que vc transcreve — só para ficar num exemplo, temos as famigeradas OSSs (Organizações Sociais de Saúde) que são organizações privadas, para as quais são terceirizados os atendimentos públicos, não sujeitas às regras do serviço público (particularmente licitações e contratações); muitas "ainda" contratam pela CLT, mas muitas outras partem para a terceirização pura e simples de sua atividade-fim, contratando por meio de "cooperativas" (que funcionam do mesmo jeito das supostas "cooperativas" de faxineiros, que todos nós sabemos que estão muito mais para "empregados" — sem direitos — que para "cooperados") ou exigindo a abertura de pessoas jurídicas para efetuar o contrato

é muito bonito falar que "não pode", mas quem não entra na dança não trabalha — simples assim

afora o downsizing e a reengenharia que correm a rodo nesses lugares — onde deveriam ter 15 funcionários colocam 6 e pagam como se fossem 2 (e 3 acabam se afastando por LER/DORT ou pedindo as contas)

P.S. vc achou algum cargo de interesse na Petrobrás que tenha tido concurso recentemente? minha pergunta não tem nenhum matiz ideológico ou político, é só para saber se vc conseguiu realizar aquele seu sonho

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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#69 Mensagem por Carnage » 24 Dez 2011, 14:36

Dr. Zero escreveu:insigne Carnage:

a que devo o seu interesse pelo SUS? alguém de seu círculo (ou mesmo vc mesmo) precisou recorrer ao serviço público?
Eu pergunto a que devo as pessoas não terem interesse pelo SUS?
Dr. Zero escreveu:P.S. vc achou algum cargo de interesse na Petrobrás que tenha tido concurso recentemente? minha pergunta não tem nenhum matiz ideológico ou político, é só para saber se vc conseguiu realizar aquele seu sonho
Ai.... ai....

É dose....

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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#70 Mensagem por Dr. Zero » 24 Dez 2011, 17:32

Carnage escreveu:
Dr. Zero escreveu:insigne Carnage:

a que devo o seu interesse pelo SUS? alguém de seu círculo (ou mesmo vc mesmo) precisou recorrer ao serviço público?
Eu pergunto a que devo as pessoas não terem interesse pelo SUS?
Dr. Zero escreveu:P.S. vc achou algum cargo de interesse na Petrobrás que tenha tido concurso recentemente? minha pergunta não tem nenhum matiz ideológico ou político, é só para saber se vc conseguiu realizar aquele seu sonho
Ai.... ai....

É dose....
Post de "Escolarizado é maioria entre desocupados" (27 Mar 2011)
Carnage escreveu:Colega, meus comentários não são no âmbito de crítica ou não ao governo.

Eu apenas apontei para o fato de que você forneceu informações incorretas e eu acho que todo mundo tem sempre que conferir as informações antes de sair por aí as repetindo acriticamente.
Se você, no caso da Petrobras, tivesse criticado que os concursos são insuficientes, seria uma coisa. Ao dizer que "não acontecem concursos a um tempão", você involuntariamente faltou com a verdade. Pra se criticar algo tem que ser ter base.

Não sou funcionário público. Apenas sempre acompanho os editais de concurso da Petrobras pra ver se tem algum cargo do meu interesse.

E no caso de eu prestar concurso e passar, continuaria não sendo funcionário público. Quem trabalha na Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Sabesp, etc, não é tecnicamente funcionário público.

E as pessoas são tão informadas quanto elas querem ser.

abs
Post de "Escolarizado é maioria entre desocupados" (28 Mar 2011)
Dr. Zero escreveu:
Carnage escreveu:Quanto a isso eu não tenho como discutir, Dr. Zero.
ué, vc nunca ficou doente? nunca tentou pegar remédio no posto? nunca fez fisioterapia?

se não me engano, vc já disse uma vez que morava na ZL ou na ZS, sei lá, mas acho que isso tudo o que eu falei não lhe seria estranho — a diferença entre o SUS (se não for daqueles locais bem detonados tipo PS do Hospital de Pedreira) e o serviço privado está no carpete da sala, no coque das recepcionistas e na água da sala de espera

e em termos de gestão de saúde não se trata de dizer que o psdb é ruim, o pt não presta ou que o problema seja do dem, do ptb, do pdt, do pr, seja lá de quem for — todos eles são ruins e o pessoal da área privada não se mostrou muito melhor que isso, não é a toa que os convênios sejam um dos campeões de reclamações no Procon

citado do ranking de reclamações de 2010 do Procon-SP:
Cadastro de Reclamações Fundamentadas - 2010 escreveu: Planos de saúde dificultam marcação de exames e consultas
A agência reguladora do setor não vem obtendo êxito em assegurar aos consumidores desse tipo de serviço, absolutamente essencial diga-se, padrões adequados de qualidade.
Além de milhões de pessoas que, por estarem atreladas a contratos coletivos, ficam à margem da proteção regulatória, sobretudo no que diz respeito a reajustes e à garantia de manuteção do seu vínculo contratual, o Procon-SP identificou que os consumidores têm enfrentado enormes dificuldades quando necessitam utilizar os serviços contratados.
Entre os principais problemas registrados, estão a negativa para a marcação de consultas e cirurgias; demora no agendamento; disponibilidade de médicos, clínicas, hospitais ou laboratórios distantes da residência do consumidor; descredenciamento de médicos e instituições de saúde sem que o paciente seja previamente informado.
Samcil e Medial saúde estão em 1° e 3° lugares no ranking da área com 141 e 101 reclamações, respectivamente.
Entre as medidas adotadas pelo órgão, destacam-se a assinatura de termo de Compromisso com a empresa Medial Saúde e o compromisso assumido pela empresa Samcil, para a redução de demandas, bem como o encaminhamento de denúncias à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre as práticas verificadas e o envio de propostas e contribuições para a regulamentação do setor de saúde, em especial quanto ao tempo máximo de espera para marcação de exames, consultas e procedimentos.

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Dr. Zero
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#71 Mensagem por Dr. Zero » 01 Jan 2012, 21:27

pela resposta deu até desgosto de desejar feliz natal ou algo parecido

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PAULOSTORY
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#72 Mensagem por PAULOSTORY » 02 Jan 2012, 21:11

REALMENTE, ESTÃO PROCURANDO DESCOBRIR O SEXO DOS ANJOS!!
O AUMENTO DE ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS, GEROU UMA CONTRAPARTIDA NA MESMA PROPORÇÃO??
CADA UM DEVE SABER AVALIAR!!
NA MINHA OPINIÃO, QUANTO MAIS EU PAGO IMPOSTO, E QUANTO MAIS O GOVERNO ARRECADA, PROPORCIONALMENTE, A CONTRAPARTIDA ESTÁ CADA DIA MENOR!!! ::basta::

P.S. - ISSO PORQUE ESSE ERA UM GOVERNO COM O SLOGAN "UM BRASIL PARA TODOS"!!!
::basta:: 2

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Carnage
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#73 Mensagem por Carnage » 02 Abr 2012, 23:12

Já que aqui se falou sobre finaciamento da saúde.

DENÚNCIAS DO FANTÁSTICO
Um esquema sutil que poucos entenderam

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... entenderam

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zoclos
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#74 Mensagem por zoclos » 11 Abr 2012, 09:52

como parcelar ipva atrasado: http://ipvaspdicas.blogspot.com.br

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Carnage
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Re: Brasileiros já pagaram 1 trilhão em impostos este ano

#75 Mensagem por Carnage » 13 Mai 2012, 20:05

http://oglobo.globo.com/pais/parceria-c ... as-4852977
Parceria CNI-Igreja derruba votação para tributar fortunas
Em comissão da Câmara, parlamentares dos setores esvaziaram reunião


BRASÍLIA - Uma inusitada parceria entre o lobby da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e parlamentares católicos e evangélicos impediu nesta quarta-feira a aprovação de projeto que cria a Contribuição Social das Grandes Fortunas (CSGF), recurso que seria destinado exclusivamente para a saúde. Essa união de forças se deu na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. O autor do pedido de verificação de quórum na comissão, uma manobra para impedir aprovação de projetos, foi do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), médico que se apresenta como defensor da saúde. Desde o início da sessão, assessores da CNI e de deputados evangélicos negociaram boicotar a reunião.

O interesse dos religiosos era evitar, mais uma vez, um projeto que tramita há anos no Congresso e que cria direitos previdenciários para dependentes de homossexuais. Este nem chegou a ser apreciado. E o da bancada da CNI era impedir a votação do projeto que taxa as grandes fortunas. E conseguiram. Parlamentares desses dois grupos esvaziaram a sessão. O projeto que taxa as grandes fortunas tem como autor o deputado Doutor Aluizio Júnior (PV-RJ). Pela proposta, são criadas nove faixas de contribuição a partir de acúmulo de patrimônio de R$ 4 milhões e a última faixa é de acima de R$ 115 milhões. O projeto atinge 38 mil brasileiros, com patrimônios que variam nessas faixas.

- São R$ 14 bilhões a mais para a saúde por ano. Desse total, R$ 10 bilhões viriam de 600 pessoas, mais afortunadas do país. Vamos insistir com o projeto - disse Aluizio Júnior.

A relatora do projeto foi a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que deu parecer favorável. O projeto das grandes fortunas chegou a ser votado e 14 parlamentares votaram sim e três, não. Foi nesse momento que Perondi pediu a verificação de quórum e eram precisos 19 votantes ao todo. E tinham 17. Faltaram apenas dois para a matéria ser considerada aprovada.

Quando começou a votação, parlamentares do PSDB e do DEM deixaram o plenário. O deputado Doutor Paulo César (PSD-RJ) fez um parecer contrário ao de Jandira e argumentou que taxar grandes fortunas iria espantar os investimentos e empresários levariam dinheiro para fora do país. Mas a derrota, no final, pode ser atribuída a dois parlamentares evangélicos. Um deles, Pastor Eurico (PSB-PE) chegou a fazer um discurso a favor da taxação das grandes fortunas e afirmou até que a Câmara está cheio de lobbies de interesses. Chegou a ser aplaudido, mas, na hora de votar, atendeu ao apelo da parceria CNI-religiosos, e deixou o plenário. Nem sequer votou. Outro deputado, Marco Feliciano (PSC-SP), defensor dos interesses religiosos deixou o plenário quando se inicia a votação.

O advogado Paulo Fernando Melo, um assessor das bancadas religiosas e que atuou na parceria com a CNI, comemorou o resultado.

- Tinham duas matérias polêmicas na pauta (pensão para gays e taxação de grandes fortunas). No final, a articulação desses dois setores, que é regimental, deu certo e os dois lados saíram vitoriosos - disse Paulo Fernando.

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