GALO 1X1 TIJUANA -
A adrenalina está correndo até agora. Quem acompanha o Atlético desde sempre, sabe o quanto é normal esse tipo de jogo. Só que nesse ano, nessa Libertadores, a gente ainda não tinha passado por esse tipo de susto. Nosso time vinha fazendo uma campanha tranquila, com tudo dando certo. Ontem foi a primeira vez que o susto apareceu bem forte e espero que tenha sido a última.
É inegável que o Tijuana jogou muito melhor que o Galo. Foi um time superior taticamente e fisicamente. O Galo simplesmente não conseguiu encaixar seu melhor jogo, em momento algum. O placar mais justo deveria ter sido Tijuana 2x1 ou 3x1. Eles tiveram uma bola na trave, houve uma defesa espetacular do Victor cara a cara e o lance derradeiro da penalidade máxima. O Galo, teve uma chance com o Luan num contra-ataque defendida pelo goleiro.
O que me assustou foi que o galo não conseguiu se impor em campo. Deixou que o desespero do Tijuana, controlasse o jogo. Somente no final do segundo tempo, com o time mexicano todo arreganhado é que tivemos um pouco de refresco nos contra-ataques, mas mesmo assim, mesmo nessa hora o risco era imenso.
Foi a primeira vez que o Galo saiu atrás do placar jogando em casa. A atitude deles não foi a de um time assustado como todos esperavam, mas de um time que sabia o que queria e que jogava sem muitas responsabilidades. Tomar aquele gol, naquele momento, serviu pra mostrar aos jogadores que a coisa não seria assim tão fácil. Depois que o Rever empatou, pensei que deslancharíamos, mas não aconteceu. E o jogo foi ficando mais e mais dramático.
Achei a arbitragem do uruguaio bem complicada, pra dizer o mínimo. Ele parava demais o jogo, marcava tudo pro Tijuana. Veja, não estou dizendo que o jogo foi difícil por causa da arbitragem, mas ele foi bem diferente do que geralmente acontece em Libertadores. Qualquer lance dividido, ele marcava falta. Teve um lance de perigo na área do Tijuana, em que a bola bateu na cara do goleiro e ele marcou falta, achando que alguém tivesse o tocado. E foi assim o jogo inteiro. No lance do penalty, eu não vi se o bandeirinha marcou. Na minha opinião foi penalty, mas ele, o arbitro, não tinha visão clara do lance, porque estava encoberto, e como bola foi interceptada pelo Leonardo Silva, o normal, pelo ângulo de visão dele, era o de não marcar. Exceto se tiver sido uma sinalização do bandeira, que tinha melhor visão do lance. Houve a falta no Jô, bem clara, que ele não marcou, deixando o lance correr e com isso, saiu o gol do Tijuana. Ora, se ele estava marcando tudo, por quê não marcou esse lance???
Agora só um débil mental compararia a adiantada do Victor com a do Rogério Ceni. O Rogério Ceni foi à frente da linha da pequena área, foi andando até lá na maior cara de pau, ridículo. O Victor usou o movimento natural do corpo, porque FISICAMENTE (leis da Física) é impossível o goleiro ficar parado na na linha do gol. Ele vai pular de lado e ligeiramente pra frente, todo mundo faz isso. POde-se pegar no YOu Tube uma coletânea de 500 cobranças de penal e vcs verão que em 90% delas há movimentos semelhantes aos do Victor. Foi sim uma brilhante defesa, num momento crítico, onde tudo estava perdido. E tem gente querendo desmerecer isso??
Que o jogo de ontem sirva acima de tudo como uma lição de humildade pro Galo. Não apenas em relação a Libertadores, mas em relação ao difícil ano que vem pela frente. A torcida pode fazer festa antecipada,
mas os jogadores não. Não existe vitória de véspera. Não existe time imbatível. A gente pode ser campeão, assim como podemos ser eliminados nas semi-finais. Não há como prever nada nesse jogo maluco que é o futebol. O Independência ajuda, mas quem ganha mesmo os jogos são os jogadores.
Fica a felicidade e o otimismo pela emoção do jogo. Mas fica a preocupação em relação a queda de rendimento do time, nos últimos jogos. BOm, de qualquer forma os jogos semi-finais serão daqui há dois meses, logo, dá muito tempo pro Cuca melhorar esse time e corrigir erros. Que venha o Newell's (com ou sem o Messi, rs)
PRÊMIO MOTORADIO: VIctor, nota 7,5, pelo jogo inspirado, seguro e abençoado. Além do motoradio,a produção resolveu dar pro Victor uma fita VHS, ultra moderna, em NTSC, comemorrativa ao seu feito.
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