Enfatiza-se a distinção entre o fanatismo islâmico e o Islã que os conservadores vulgares empenham-se por enfiar no mesmo saco para se perder a noção das ideias e entrar nessa mesma onda de sectarismo estreito deles.
O fanatismo islâmico é promovido, por exemplo, por grupos terroristas como o Al-Qaeda e o regime do Talibã, com sede no Afeganistão; o ISIS na Síria; o Hezbollah no Líbano. Esse tipo de gente são canalhas que devem ser tratados até com material bélico, pois não há alternativa.
O Islã é uma cultura muito mais abrangente constituída por mais de 1 bilhão de indivíduos no globo, e espalhados por vários países no Oriente Médio, na Ásia, na África, sendo maioria em vários deles. No EUA existem milhões de muçulmanos imigrados e aqui no Brasil também nós temos + 1 milhão, e que convivem em paz.
Se o Islã fosse tão destrutivo assim, se todos as pessoas dessa cultura fossem estúpidas, como muitas vezes nos querem fazer acreditar, nós teríamos graves problemas porque é uma religião e uma cultura que compõe uma grande parcela no globo, e é predominante.
A maioria dos islâmicos são apenas convencionais como nós aqui no “ocidente”, adequados às respectivas culturas e formas de viver. Não se pode atribuir a eles tão facilmente que são membros incapazes de conviver pacificamente com outros. Isso só demonstra as péssimas influências que muitos desses conservadores (vulgares?) estão submetidos.
Não obstante, é notório que realmente as regiões que praticam o islamismo são mais opressoras, eu não sou relativista. Os comportamentos do ocidente avançaram mais e são mais liberais. Eu pessoalmente não visitaria essas regiões, por não ter atração, só por leitura. Em algum ponto da história eles ficaram mais atrasados, se bem que em séculos passados eles tiveram um período auge. Buscar os motivos desse atraso é algo complexo, e provavelmente tem a ver com vários fatores, e não só com islamismo em si. Só sei que esse atraso gera o conhecido choque de civilizações, que se relaciona a essa repulsão recíproca de islã-ocidente e ocidente-islã. Mas pretender que o islã seja uma região, uma cultura, que tem valores que impeçam a evolução, a mudança de hábitos, é pretensão de quem afirma. Lembro que nós seres humanos somos péssimos em previsões.
Um exemplo de como não tem a ver somente com o islamismo em si o atraso dessas regiões é a maldição do petróleo. Vários países islâmicos são grandes produtores de petróleo, mas é aquele negócio eles não diversificam a produção, o comércio, e a riqueza fica muito concentrada em uma elite teocrática. A Venezuela também sofre da maldição do petróleo e não tem nada a ver com islamismo.
Tudo isso deve ser um barril de pólvora para interpretações deturpadas dos livros sagrados.
E além do mais, não existem países ricos no Islã. Obviamente a Europa é um ponto de atração, até mesmo por causa do estado de bem-estar-social. No entanto levantar fronteiras rígidas, controlar exageradamente as pregações nas mesquitas da população já imigrada, como já insinuaram por aí, é meio que surreal isso. O “realista moderado” fica imaginando as coisas na cabeça dele e acha que pode acontecer. Se assemelha, nesse ponto, ao planejador esquerdista. Temos o exemplo da Turquia, um conservador vulgar adoraria as ações que foram empregadas nesse país, o Estado se tornou laico na marra: foram impostas roupas ocidentais, o uso do véu em repartições e escolas públicas foi proibido e o alfabeto árabe foi substituído pelo latino, os militares trataram de impedir que os fundamentalistas chegassem ao poder, o Estado supervisionou a educação religiosa, e contratou clérigos alinhados ao poder, mesmo assim os muçulmanos continuaram fortes e em cada 10 turcos, 9 fazem o tal Ramadã.
Isso de muçulmano para lá e nós para cá não sei se é tão realista assim não.
Os movimentos espontâneos entre fronteiras não é algo tão controlado assim. O México que exporta emigrantes ilegais para os EUA é um caso concreto.
Estou dizendo que as coisas devem ser feitas com critérios, mas uma separação absoluta não dá.
E concluindo, lembro que a gente está no mundo para se integrar, não separar, e essas briguinhas religiosas são coisas minúsculas numa perspectiva maior.
"É perigoso ver um monolito onde há um mosaico de etnias, culturas e diversidade religiosa"
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E mais uma vez o assunto não tem nada a ver com o tópico, porém esse assunto do tópico é muito chato. Chama para outra conversa ou gozação como fizeram acima.