Há algum tempo atrás os colegas falaram sobre o primeiro TD, aquele que nunca se esquece, mas, antes do primeiro TD, se contextualiza uma questão muito importante: Você nasceu putanheiro ou se tornou putanheiro?
No meu caso, eu não era assim, eu era um cara normal. Acreditem!

Nos tempos em que eu não conhecia a periguetagem nem as putas, no dia em que a Dona Patroa não queria nada com a “hora do Brasil” eu matava no cinco-a-um e pronto! Tudo resolvido...Certo dia olhei para o espelho e perguntei: — Cara! Que porra é essa? — Quando é que isso vai parar? — Vc não tem vergonha, não? — Ainda batendo punheta nessa idade? — Quantas foram ao longo de sua existência? (atualmente estimadas em 4.032, por baixo. Agora! Multiplique por 4 ml cada ejaculação e por 20 milhões de espermatozóides por ml, dava para povoar uma galáxia inteira e ainda sobrava!), — Quanta energia desperdiçada. — Quanta proteína jogada fora. — Quantas ainda serão? — Não! Isso tem que parar!

“Eu não bebo/não fumo/não cheiro/não danço/não jogo/não namoro em pé/mas no caminho que estou vou acabar na mão....Eu não deixo/não aceito/não abro/não permito/não tolero/botar a perder essa bendita ereção”. Essas palavras entoadas pelo meu Guru Espiritual Falcão do Ceará tocaram fundo na minha alma e eu tomei uma decisão firme: — a partir de hoje não bato mais punheta... — Se eu não parar com essa porra agora vou morrer punheteiro...Imagine só, eu, velhinho, oitenta e tantos anos de idade, bengala na mão e batendo punheta...Provavelmente teria sérios problemas de artrite reumatóide, artrose, bursite, tendinite, descalcificação nos ossos e nas articulações do braço, tudo devido a Lesões por Esforço Repetitivo, a tal da LER...Quando eu morresse iriam escrever na minha lápide: Aqui jaz um grande punheteiro que morreu de ataque cardíaco batendo uma bela bronha...Que merda eu vim fazer neste mundo? Bater punheta? Este será o meu legado para a humanidade?....Para! Para! Para! É agora ou nunca....
Assim como o personagem “Lester” em “Beleza Americana”, eu parei de bater punheta, da noite para o dia como na Metamorfose da Kafka, e ia me safando com as fodinhas domésticas básicas, mas, certo dia, a Dona Patroa invento de fazer uma viagem longa eu entrei em desespero: e agora? 15 dias vai ser foda! A porra vai empedrar literalmente...Ovo fossilizado! PQP! O tempo de residência dos espermatozóides dentro do meu ovo nunca passou de cinco dias desde que conheci os prazeres do sexo solitário, e agora! Será que eles vão sobreviver lá dentro esse tempo todo? Será que meu ovo vai ficar roxo?
Dito e feito: A Dona Patroa viajou. PQP! Os primeiros dias foram tranqüilos, mas no final de uma semana eu já estava subindo pelas paredes...Começaram as crises de abstinência que aflige todo ex-viciado em alguma coisa....Saco pesado, ovo dolorido e latejante, e meu pau clamava por uma massagem...Toda manhã quando eu acordava e ele já estava acordado. Duro! Olhando para mim com um olhar de pidão...No banho, aquela lavadinha básica era uma tentação...Mas eu recusava: NÃO! Tenho que me manter firme.(Essa porra deve ser igual ao primeiro gole para ex-alcolista experimentou, fodeu!) Trato é trato. NÃO BA-TO mais PU-NHE-TA e ponto final.
Ainda bem que nos últimos anos, nos finais de semanas, nas TVs abertas, não tem nenhum programa que inspire uma bronha, antigamente eu não deixava passar em branco um programa do Chacrinha, e quando tinha show da Gretchen então! “A Rainha do Bumbum”, era uma bagaceira...Nos últimos tempos só o “Cine Prive” da Band, esse eu me recusei a olhar, eu sabia que não iria resistir, era uma bronha certa!. Passei o fim de semana em retiro espiritual, então, no domingo à noite, mantendo a todo custo minha abstinência, peguei o carro e fui tomar uma cerveja acompanhada de um acarajé lá em Itapuã...Naquele ambiente “pérvico” comecei a ficar ainda mais agoniado. — Ô lugarzinho para ter puta e periguete...Nunca tinha pensado em sexo pago, mas o assunto me veio a mente e fiquei ruminando a idéia...
Retornando para casa, passando despretensiosamente pela orla, e já meio que resignado com a situação, eis que vislumbrei a solução para os meus problemas: — Vou solicitar a uma daquelas moças que me faça uma caridade e me tire dessa agonia...Ela não é macaco gordo mas deve quebrar esse galho.......FODEU! Não parei mais.

Recuso-me a bater punheta. Resultado: passei de um recatado punheteiro a um putanheiro que passa suas horas vagas — e as outras também, correndo atrás de putas e periguetes...Tudo isso só para cumprir a minha promessa de nunca mais bater punheta.
Recentemente eu estou até avaliando se devo parar com esse boquetes de R$ 15 no Pistão, por que, no fundo no fundo, um boquete não passa de uma punheta estilizada...não é verdade?
Colega_X - sem medo de ser feliz