SERÁ que sou o único??
Então essa e’ a famosa casa que se auto denomina: “a casa de todas as casas”. A casa do “ouvi dizer isso, ouvi dizer aquilo”, “vi fulano, vi ciclano”...”aquela ali e’, aquela ali, não e’”...bem, eu devo estar ficando velho, mesmo. Acho que não tenho mais condições de entender certos fenômenos da natureza que os meios de divulgação (boca-boca, mídia, etc.) impõem aos seres incautos, como eu.
Em quase 3 anos de São Paulo, evitei ir nessa casa porque no fundo sabia bem o que iria encontrar. Como digo sempre sobre aqueles que endeusam demais as mulheres, as putas, outros homens e ate’ as casas noturnas/e também para aqueles que são otimistas demais: NÃO EXISTE MILAGRE. Vc pode se iludir, vc pode se enganar, mas a verdade mais cedo ou mais tarde vai te cobrar um preço.
E a verdade me cobrou $35 ontem, isso porque meu amigo era estudante e pagou $25, daí me deram não me perguntem por que, um desconto (talvez tenham dado para todo mundo, não sei). Mas ontem, madrugada de sábado para domingo, o porteiro dizia que a entrada custava $50.
Na verdade o composto LOVE STORY trata-se de uma balada. E uma balada de péssimo gosto, essa e’ a minha opinião - seca e direta. Não sei nem se vale a pena ficar perdendo tempo escrevendo sobre o lugar, mas como há sempre muita gente otimista nesse mundo, e’ preciso ao menos tentar colocar um pouco de equilíbrio. Alias, sobre a ruindade do lugar, não há do por que se ficar assustado ou surpreendido. Um lugar que e’ freqüentado por putas do segundo escalão, só poderia ser ruim, mesmo. A musica e’ um techno de 5ª. categoria, daqueles que se tocam o dia inteiro na pior radio FM que se pode imaginar. A todo tempo o DJ solta umas vinhetas promocionais sobre as virtudes da casa e de 5 em 5 minutos ele se escuta a máxima do Barão de Coubertain: “Love Story, a casa de todas as casa”. A platéia do lugar parece que vai ao delírio e se sente como se tivesse comprado uma passagem de volta aos 5 anos de idade...
Nem o prerrogativo PUTA, nem o prerrogativo BALADA. O lugar não e’ nada com coisa nenhuma, apenas uma ditadura típica das atuais noites urbanas. Homens que precisam “pegar” alguma mulher; mulheres a beira de um ataque de nervos porque precisam aparecer mais que a amiga. Como ouvi certa vez um dos promoters da casa dizer, “ali não e’ lugar para caras tímidos e sim para caras descolados”. Eu diria que e’ lugar para caras com sérios danos cereb...bom, deixa eu parar, se não perco o raciocínio.
Nessa toada, conversei com duas putas. Uma se chamava Tatiane e outra esqueci o nome. Ambas eram feias, mas por algum motivo achavam que era o centro das atenções em um picadeiro de circo, e talvez fosse mesmo. A Tatiane, uma loira com mais de 1,70, corpo pouco acima do peso, com óculos escuros enorme, camisa branca, bermuda cinza, me disse que gostava de dinheiro e não estava nem um pouco afim de curtir homem pegando na cintura dela. Então eu perguntei de quanto dinheiro ela precisava, ela disse $200 por uma hora. E eu disse que topava, ate’ saquei uma bufunfa do bolso para esfregar na cara dela; eheheheheheh, então ela ficou faceira e ate’ me deixou dar uns pegas, ehehehehehh. Caralho, num tenho nenhum osso decente dentro do corpo. E me intriga do porque toda loira tingida, achar que e’ o maximo, apenas porque ficou loira.
A outra garota que conversei estava chapadona de MDMA, substancia que tem no popular Ecstasy. Essa tinha a carteirinha amarela, inclusive mostrava a calcinha, os peitos meio murchos pra quem quisesse ver. Às vezes subia naquelas pilastras e ficava fazendo uma dança “sensual”, mostrando as partes do corpo. Estava pra lá de Bagdatis e não conseguia falar coisa com coisa. Essa também usava óculos escuro para esconder a cara feia e proteger os olhos esbugalhados de droga, da luz. Lógico que a playboyzada pirava e queria de alguma forma “ficar” com a loira performática, nem que fosse tirar uma casquinha. Teve um cara que pegou aquela tralha e deu uns beijos e achou o maximo. Depois passado ou amenizado o pico da coisa, ela ficou zanzando pela casa em busca de clientes. Alias, droga parece ser uma coisa que rola solta pela casa, principalmente nos banheiros e se bobear ate’ na pista. Muita briguinha, muito macho se agarrando e de tempos em tempos, os seguranças saem carregando um ou outro cliente mais esquentado no cabide.
O lugar e’ uma selva e de um nível muito baixo; pra quem curte baixaria fica a recomendação – brigas, putas de rodoviaria, som ruim, bebida ruim, etc.
SE vc acha que vai achar puta fácil, te digo para pensar 1000 vezes antes de ir ali, porque as putas dali, na media, não querem fazer programa, querem ser PATRICINHAS por uma noite. E patricinhas das mais feias, porque as poucas putas de carteirinha amarela que tem, são de um nível deplorável. As não-putas são curiosas que acham que estão no lugar mais OUSADO que se possa imaginar. Algumas ate’ são bonitinhas, mas são na maioria abaixo de 21 anos, com cabecinha fechada e mente mais fechada ainda de classe media baixa, querem badalar e encontrar o príncipe encantado, como eu disse no começo dessa explanação, o mundo esta cheio de gente otimista. SE vc curte uma boa musica alternativa e techno, com um bom DJ comandando a noite, fique em casa e ligue o radio na pior estação e vc estará ali. Pode ser que o DJ estivesse num dia ruim, assim como tem putas em dias ruins, mas minha nossa, o que era aquilo...
Enfim, não e’ lugar para putanheiros que saem pra pegar puta; e’ lugar para baladeiros, quiçá baderneiros que gostam de pensar que estão catando mulher na noite, mas que no fundo estão pegando putas, eheheheheheheh. Com eu disse, não existem milagres.