A Crise Econômica Mundial

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#61 Mensagem por Peter_North » 08 Abr 2009, 16:59

Isso significa que quem ganhava R$ 2.000 reais em 2008 ganhará R$ 2.024, em vez de R$ 2.064. Como se pode ver, estamos diante de um aumento, e não de um desabamento.
Isto não é aumento, mesmo com a inflação baixa isso significa que quem ganhava 2000 reais ganhará MENOS no ano que vem. Não que seja um desastre, mas é bom para ficar claro que toda reportagem na nossa péssima imprensa é sempre tendenciosa para um lado. Essa mentira de dizer que "estamos diante de um aumento" é a mesma técnica que é usada pelo pessoal que quer ver o circo pegar fogo.
Afinal, o PIB irá SUBIR, e não DESABAR.
Não sei se o PIB vai subir ou não, mas se ele subir menos que o crescimento da população a renda per capita diminui.
O problema é que nem todos estão lendo O Brasil Que Dá Certo
"O Brasil Que Dá Certo" já demonstra no título qual é a sua missão. É tentar ao máximo possível convencer todo mundo que a crise é só uma marolinha graças ao Super-Lula. É uma instituição com a mesma função política que os jornais com manchetes mentirosas pessimistas citados pelo Carnage, mas puxando para lados opostos.

Nunca se encontra a verdade, que está perdida em algum lugar entre os arautos do apocalipse e os róseos sonhadores da marolinha. Recessão forte? Não vai acontecer. Sairmos ilesos? também não vai acontecer.

Desabar seria dizer que ele iria encolher, mas ele ainda vai crescer! O jornal usa avaliações que crescimento do PIB pra dizer que ele vai cair?? Se isso não é tendencioso, deve ser então uma piada!
É uma vergonha o quanto é tendencioso esse jornal por camuflar a verdade assim, mas também é uma vergonha do tal "Brasil que dá certo" mentir que vai aumentar um salário que na verdade vai diminuir.

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#62 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 14:13

Ainda sobre o "inchaço" do governo brasileiro:

Sábado, 11 de Abril de 2009 | Versão Impressa
Presidência, com Lula, tem dobro de servidores de Obama

São 3.431 funcionários na gestão atual, 57% a mais que no fim da era FHC

Tânia Monteiro, BRASÍLIA


O total de servidores que trabalham hoje na estrutura da Presidência, sob a gestão Luiz Inácio Lula da Silva, é quase o dobro da equipe que assessora o presidente americano, Barack Obama. O americano emprega 1.800 pessoas, de acordo com informações oficiais do site da Casa Branca, enquanto o presidente brasileiro conta com 3.431.

O número de servidores do Palácio do Planalto vem crescendo ano a ano. No fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em dezembro de 2002, estavam lotados na Presidência 2.133 servidores. Ao se encerrar o primeiro mandato de Lula, já eram 3.346. Agora, são 57% a mais que no fim da gestão tucana.

De longe, o órgão que mais inchou foi a Casa Civil: quase triplicou o número de funcionários. No fim de 2002, eram 636, distribuídos entre 428 ocupantes de DAS e 208 GRs - as siglas referem-se aos servidores que recebem gratificação. Só podem ocupar as vagas de GRs funcionários de carreira de outros órgãos públicos cedidos à Presidência. Já os DAS podem ou não ser integrantes do funcionalismo.

No fim do primeiro mandato de Lula, quando a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia recentemente assumido o cargo, a pasta já tinha inchado bastante, aumentando em 2,7 vezes a quantidade de funcionários, totalizando 1.746 servidores. Antes dela, o cargo era ocupado por José Dirceu.

Em dezembro de 2006, o número de DAS saltou de 428 para 513 e o de GRs foi de 208 para 1.233. Ao término de 2008, esse número sofreu um pequeno ajuste, caindo para 466 cargos DAS e 1.210 GRs. Os números são da própria Casa Civil.

GABINETE DE LULA

Os números de servidores da Presidência formam um emaranhado de cargos, que ora migram para um lado, ora para outro, inchando ou esvaziando órgãos. Algo similar ocorre nos EUA: "Eles estão constantemente mudando, quando cada presidente identifica suas necessidades e prioridades", informa a Casa Branca. Lá, como aqui, também há criação de pastas e setores.

No governo Lula foram criados vários postos e secretarias vinculados ao Planalto. Hoje, por exemplo, trabalham no gabinete pessoal de Lula 183 servidores. Fernando Henrique tinha em seu staff pessoal, quando deixou o Palácio do Planalto, 198 servidores. Na gestão tucana, porém, funcionários da então Subsecretaria de Imprensa eram vinculados ao gabinete pessoal, enquanto hoje atuam em uma nova pasta.

A Secretaria-Geral da Presidência, que no início do governo FHC tinha 90 servidores, terminou o primeiro mandato de Lula 2,6 vezes maior, com 235 servidores. No fim de 2006, para ali tinham sido transferidos os servidores da Secretaria de Comunicação, depois que o ex-ministro Luiz Gushiken foi afastado.

Por conta dessas idas e vindas, a hoje Secretaria de Comunicação Social, que engloba as áreas de imprensa, do gabinete do porta-voz e parte da antiga Secom, que cuidava de publicidade do governo, possui 216 servidores.

A Casa Civil explicou que a multiplicação de órgãos e a criação de secretarias justificam o maior número de servidores. Informou que, em 2002, a estrutura da Presidência tinha sete órgãos, em 2006 eram nove e, no ano passado, totalizava dez.

COLABOROU GUILHERME SCARANCE
Cuidado: o FBI vai te pegar
Atualizado e Publicado em 12 de abril de 2009 às 15:11
Sábado, 11 de Abril de 2009

A besteira do dia: Presidência, com Lula, tem dobro de servidores de Obama

Estava eu curtindo um merecido descanso, quando me deparei com matéria do Estadão, que tenta desgastar o governo Lula, com uma besteira que não tem tamanho. O que me obrigou a escrever este post.

Essa comparação é daquelas em que se compara melancia com ovo. Ou aspirina com antibiótico.

Ou seja, são coisas completamente diferentes, com funções diferentes e, portanto, não se aplica fazer comparações.

Vamos aos fatos:

Pesquisa do IPEA mostra que Estado brasileiro é menor que nos EUA, Espanha, Alemanha, França, Suécia, Argentina, Uruguai e Paraguai

Nas conclusões, o documento afirma que "o atual contexto de crise, em especial, é justamente o momento para se discutir o papel que pode assumir o emprego público na sociedade brasileira. Os indicadores não revelam 'inchaço' do Estado brasileiro, quer seja sob o ponto de vista de sua comparação com o tamanho da população ou com relação ao mercado de trabalho nacional."

Em qualquer empresa ou órgão público o número de funcionários depende das atribuições de cada órgão. Então a pergunta que precede é: a Presidência dos EUA tem a mesma estrutura da Presidência do Brasil?

Na Presidência do Brasil estão Secretarias com status de ministério que exigem uma quantidade mínima de funcionários para cumprir sua missão institucional. O principal exemplo é a Secretaria Especial de Portos, criada há dois anos, com a missão de cuidar dos portos marítimos brasileiros. Não se trata de simples assessoria ao presidente como o Estadão quer dar a entender, mas de um ministério dos mais importantes.

Outras Secretarias com status de ministério:

* Casa Civil
* Secretaria-Geral da Presidência
* Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
* Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
* Secretaria de Assuntos Estratégicos
* Advogado Geral da União
* Controladoria Geral da União
* Secretaria de Comunicação Social
* Gabinete de Segurança Institucional
* Secretaria de Imprensa e Porta-Voz


Além das Secretarias Especiais, com status de ministério, a própria Casa Civil, no governo Lula, tem a função extra de coordenar o PAC, que não é pouca coisa.

A Presidência dos EUA tem essa mesma estrutura?

O mais importante é que boa parte desses cargos criados a mais foram remanejados de outros ministérios. O que significa que não houve ampliação de cargos, como o Estadão tenta vender.

A tentativa de comparar o número de funcionários com o Lula e com o Fernando Henrique é uma grande besteira porque as estruturas eram diferentes em função do programa de governo vencedor das eleições (Ex.: questão racial e de gênero teve peso na eleição do Lula e não teve na do FH), mas também porque o FH utilizava em grande quantidade assessoria terceirizada, fato condenado pelo TCU e que obrigou o governo Lula a realizar concursos em todas as áreas para atender essa exigência do TCU, ainda que concordasse com a posição desse órgão de controle externo.

Os salários dessas assessorias terceirizadas eram muito altos e oneravam as bem mais do que os cargos comissionados e de carreira. Mas isto, que não é besteira, o Estadão não comenta.

Logo, cabe a pergunta: a Presidência com Lula tem dobro de servidores de Obama, e daí? E se tivesse a metade?? E se tivesse o triplo??? Porque estruturas diferentes têm que ter o mesmo número de funcionários???? De onde saiu essa idéia maluca?????

Do FBI, o Festival de Besteiras da Imprensa, blog novo na praça

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Peter_North
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#63 Mensagem por Peter_North » 13 Abr 2009, 16:36

E essa questão explica tudo... Todas as notícias recentes tem apresentado o mesmo viés. É clara inteção de torpedear o governo do Lula. Ou seja, vale a pena instalar pânico e com isso até aumentar o efeito da crise, se isso garantir que as pessoas fiquem com bronca do sapo barbudo e votem no Serra, o "salvador da pátria"...
Existe este lado da imprensa sim, mas também existe um lado da imprensa que faz o que pode para mentir sobre a real extensão e efeitos da crise para que as pessoas votem no Lula (ou em quem ele mandar), o Salvador da Patria. Todos os exemplos que você trouxe dos excessos da imprensa alarmista são verdadeiros, mas també é verdade que sites como "O Brasil que dá certo" só querem fazer parecer que nada está acontecendo. É preciso ser justo e ver os excessos de ambos os lados.

Nesta batalha, quem sempre sai ferida é a verdade.

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Carnage
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#64 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 16:41

Mais um belo blog pro Peter desfrutar!

http://festivaldebesteirasdaimprensa.bl ... bre-o.html
Quarta-feira, 8 de Abril de 2009
Josias de Souza e o besteirol sobre o Programa "Minha Casa, Minha Vida"

Estou achando que o Josias de Souza vai ser um forte candidato a alvo preferencial deste blog.

Veja o post de hoje, 8/4/2009, às 3h49min (esse cara é que nem o Serra, só dorme de dia?)

***

Governo gasta R$ 15 mi em campanha do Bolsa-Casa

O programa ‘Minha Casa, Minha vida’ ainda não evoluiu da fase do papel para a etapa do cimento. Mas já está sorvendo R$ 15 milhões das arcas da Viúva.

É quanto vai custar a publicidade que o Planalto levou ao ar para trombetear o Bolsa-Casa, uma promessa de 1 milhão de tetos –“sem prazo” de entrega.


A campanha inclui peças para TV, rádio, internet e mídia impressa. Vai entrar nos lares dos brasileiros até o próximo dia 30 de abril.


***


Primeira besteira: chamar o Programa de Bolsa-Casa.


Segunda besteira: achar que R$ 15 milhões é muito dinheiro para uma campanha publicitária que é vital para o sucesso do plano.


Se o Josias fosse jornalista e, portanto, buscasse se informar sobre o referido programa, no site do Governo Federal (clique aqui, já que o Josias não vai clicar), antes de falar besteira, constataria que:


Meta: acesso a 1 milhão de moradias de famílias com renda até 10 salários mínimos

a) Famílias com renda até 3 salários mínimos – subsídio integral com isenção do seguro

b) Famílias com renda de 3 a 6 salários mínimos – aumento do subsídio parcial em financiamentos com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor

c) Famílias com renda de 6 a 10 salários mínimos – estímulo à compra com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor

Logo, o Programa não é voltado apenas para famílias e renda até 3 salários mínimos.

O que ele chama pejorativamente de Bolsa-Casa, tem as seguintes características:

0 a 3 salários mínimos – Operacionalização

* Alocação de recursos pela União

* Apresentação de projetos pelas construtoras em parceria com Estados, Municípios, cooperativas, movimentos sociais ou independentemente

* Análise de projetos e contratação de obras pela Caixa

* Demanda apresentada por Estados e Municípios, com prioridade para famílias com portadores de deficiência ou idosos

* Registro do imóvel preferencialmente em nome da mulher

Para esse programa dar certo, tem que haver interesse: dos municípios e Estados; das construtoras; dos beneficiários. Especialmente, os potenciais beneficiários têm que ser informados que eles podem se candidatar e o que é preciso fazer para ser bem sucedido.

Ocorre que se o governo não investir em campanha, como se pode ver pelas boas intenções dos Josias da vida, não será a imprensa que fará.

Ao contrário, a Folha, o Globo, o Estadão e suas ramificações, farão a contra-propaganda desinformando a população, já que o único objetivo destes é fazer com que o Programa não dê certo.

Se o programa der certo, será bom demais para: mais de quatro milhões de beneficiários (família com quatro pessoas em média); para as construtoras; para o comércio da construção civil; para a indústria da construção civil; para gerar milhares de empregos e renda; para atenuar os efeitos da crise financeira internacional; para uma boa avaliação do Presidente Lula; e para alavancar a candidatura da ministra Dilma Roussef - caso seja indicada pelo PT para ser candidata à sucessão do Lula.

Mas, definitivamente, não será bom para a campanha presidencial do Serra, em 2010. (clique aqui e conheça o programa habitacional do governo do Estado de São Paulo). O que significa, também, que não será bom para parte da elite brasileira que rejeita ser governada por um torneiro mecânico (onde já se viu tamanho abuso, mesmo que ele seja considerado "o cara"?) e que tem nos principais veículos de comunicação a sua força, a sua voz.

O Plano Pluri-Anual (PPA) do Governo Serra, no item Provisão de Moradias/Produção de Unidades Habitacionais (pág. 3), incrivelmente para a "eficiente gestão tucano-democrata", não aponta meta alguma!

Se um plano não aponta metas, fica fácil para o gestor (Serra) não ter problemas em prestar contas à população.

Desafio, portanto, o Josias de Souza a informar que o governo Lula indica a meta de um milhão de moradias (e, portanto, terá que prestar contas disso), enquanto o governo Serra não diz quantas unidades habitacionais quer construir e, portanto, não pode ter a mínima idéia de "como" vai fazer. Mas tem a garantia que não será cobrado, já que nada prometeu.

Finalmente, alguém vai dizer que PPA não precisa de metas ou quantidades.

Errado! Só não tem que ter metas, ou pelo menos grandes números, para aqueles que acham (como o Serra) que PPA e Lei Orçamentária não servem para nada, já que é o mercado que resolve tudo.

De qualquer forma, se alguém encontrar algum número mencionado pelo governo Serra sobre construção de novas unidades habitacionais, me envie a informação que publicarei de bom grado.

Ao contrário do Josias, eu vasculhei tudo e não encontrei nada de metas.

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Peter_North
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#65 Mensagem por Peter_North » 13 Abr 2009, 16:41

Carnage escreveu:Peter, você gostou muito de destacar o "não alinhados ao pensamento econômico", que nem sequer pareceu analisar o resto da matéria. Essa frase de destaque parece que foi introduzida a dedo, pra gerar justamente a reação que gerou em você. Tem a conotação de "limpeza ideológica".
Ou a frase está em destaque para lembrar mesmo o que é muito mais provável que esteja acontecendo: Estão botando pra fora que não concorda com o pensamento do partidão. O que é exatamente uma limpeza ideológica.
Carnage escreveu:Veja como começa a matéria: (... blah blah do Pochmann...) Ou seja, Pochmann entrou com o objetivo de mudar a atuação do instituto de análises de curto prazo pra coleta de iformações para planejamento de longo prazo. Ou seja, o "pensamento econônico" é esse. Enfaze em planejamento. Os diretores que foram removidos foram os que tinham pensamento de curto prazo.
Isso é o que disseram, e tu acreditou. Para mim, é risível a idéia de que algum burocrata do governo tenha qualquer tipo de visão de longo prazo. Pense bem: Essas são pessoas que fizeram carreira no partido, que dependem do partido estar no poder para ter acesso a empregos bons como esses. Essas pessoas não hesitariam um segundo em fazer uma pesquisa sob encomenda dos seus chefes e publicá-la cheia de expressões como "Pensamento a longo prazo". A idéia é dar um ponto, mesmo que falacioso, para que os proponentes do aumento do numero de apaniguados tenham alguma argumento para tentar nos convencer de que querem o bem do país. E acho inacreditável que caias nessa armadilha, mas fazer o quê?
Carnage escreveu:Você, no final das contas, acha que é melhor o instituto levantar dados pra planejamento de longo prazo ou trabalhar somente com interesses de curto prazo? É só sobre isso que gera a verdadeira notícia da matéria. O resto é viagem.
Eu gostaria que eles trabalhassem com a verdade, mas por trás de frases mentirosas como "interesses de longo prazo" estão coisas como cargos e verbas. E é só sobre isso que gera a verdadeira intenção deles. O resto é viagem
Carnage escreveu:Quando você fala "defendendo o aumento nos cargos de comissão" parece que ele estaria defendendo que os cargos devem ainda ser aumentados. Mas não é o que ele faz. Ele apenas defende os cargos que foram criados.
Ele defende os cargos que foram criados porque estes cargos foram criados pelo PT que vive de distribuir cargos a pessoas como o Pochmann para que esses defendam a política do PT. É assim que é.
Carnage escreveu:Agora veja que ele está certíssimo numa coisa. O serviço público não está inchado! Se estivesse, como você explicaria a justiça lenta, com atrasos em processos por falta de pessoal. A segurança pública deficitária, a falta de médicos nos hospitais públicos? Se tudo isso existe, é óbvio que faltam funcionários públicos.
Não, é óbvio que faltam funcionários em áreas na qual eles deveriam existir, e não que faltam funcionários públicos. Uma quantidade imensa de pessoas que hoje vivem das tetas do estado são totalmente prescindíveis e nunca deveriam ter sido contratadas. Se não fossem tantos pesos-mortos, poderíamos investir em servidores para cargos que importam, como os citados por ti. Mas hoje, o que temos é uma imensidão de burocratas e apaniguados que em nada ajudam o país. E o pior é que NUNCA vamos nos livrar deles; Eles têm estabilidade e não estão dispostos a abrir mão da tetinha, até porque sabem que não tem chance nenhuma na iniciativa privada, onde exige-se trabalho em troca do salário. E o Lula só faz aumentar isso, ele não se importa porque para ele sai barato, quem vai pagar a maior parte são as gerações vindouras. E dá-lhe secretaria da pesca, e dá-lha secretaria de igualdade racial, cargos e mais vargos, e dá-lhe cargo perpétuo. E agora a Dilma quer recriar a Telebrás, mais um enorme cabide de emprego perpétuo, e tem o aval do Lula. E assim vamos, uma diretoria aqui, uns cargos ali, e o PT segue adiante. E tem gente que acha que eles estão cheios de ótimas intenções "a longo prazo"!

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#66 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 16:42

http://festivaldebesteirasdaimprensa.bl ... desde.html
Quinta-feira, 9 de Abril de 2009
Emprego na indústria já caiu 5,2% desde outubro, mostra IBGE

Manchetes em matérias como esta decorrem do fato de que parte expressiva da imprensa não faz pesquisa e, aí, fala besteira, com a simples mudança de advérbios, como este do título e os mais utilizados no seu dia-a-dia: "mas", "entretanto" e "apesar", entre outros.

Se os jornalistas que fizeram essa matéria no G1, pesquisassem um pouquinho, trocariam o "já" por "apenas". O "já", neste caso, dá uma conotação de "muito" ou "aceleradamente". "Apenas" daria outro sentido (o correto) de "pouco" ou "vagarosamente".

Eu penso que eles saibam que há uma crise financeira internacional, com epicentro nos EUA, com influências nos países emergentes como o Brasil.

Se é verdade que sabem disso, deveriam pesquisar o que está acontecendo nos países desenvolvidos e comparar com este dado do IBGE, bastando tão-somente acessar as matérias publicadas no próprio G1 ou no Uol - como eu e milhares de pessoas razoavelmente bem informadas fazem, regularmente, para formar opinião sobre qualquer assunto.

Vejam o quadro nos países desenvolvidos:

Somente em março de 2009, a taxa de desemprego nos EUA atingiu 8,5% (13,2 milhões de pessoas desempregadas)

Taxa de desemprego no Canadá, em março, ficou em 8% (desde outubro de 2008 houve perda de 357 mil postos de trabalho)

Taxa de desemprego na zona do euro, em março, chega a 8,5%

Taxa de desemprego na Espanha chegou a 15,5%, em março

Suécia enfrenta a maior recessão em 70 anos

Taxa de desemprego na Inglaterra vai a 6,5% (fevereiro de 2009)

Taxa de desemprego na Alemanha vai a 8,5% (fevereiro de 2009)

Número de desempregados atinge marca histórica na França, em janeiro de 2009 (15,4% em relação a janeiro de 2008)



Como queríamos demonstrar, se os jornalistas da matéria do G1 tivessem feito esta rápida pesquisa, a manchete ficaria assim "Ao contrário dos países desenvolvidos, emprego na indústria brasileira caiu apenas 5,2% desde outubro, mostra IBGE"

Cabe destacar que, lá no finzinho da matéria, lemos o seguinte "Apesar da queda no nível de emprego, a folha de pagamento das indústrias registrou em fevereiro alta de 1,9% na comparação com janeiro."

Essa é parte boa da notícia, que ajuda a compreender porque a economia ainda não caíu no nível "previsto" pela Oposição e parte expressiva da imprensa.

Mas parece que falar sobre isso com destaque, para eles, seria besteira.

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#67 Mensagem por Peter_North » 13 Abr 2009, 16:44

Carnage escreveu:Mais um belo blog pro Peter desfrutar!
Pelo que entendi, estás defendendo que se gaste 15.000.000,00 de reais em propaganda para um programa que nem existe ainda?

O governo nem deveria gastar em propaganda, ele não tem concorrente (talvez o assaltante). Se bem que a publicidade oficial serve a um uso importantíssimo: Cooptar certos veículos bem conhecidos da imprensa.

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#68 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 16:46

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 2741,0.php
Sexta-Feira, 10 de Abril de 2009
Após dois meses de queda, exportação agrícola cresce
Receita chegou a US$ 4,8 bilhões no mês de março
Fabíola Salvador, BRASÍLIA

Depois de dois meses consecutivos de queda, a receita obtida com as exportações de produtos agrícolas teve leve alta em março na comparação com igual período de 2008, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura. As exportações de produtos agrícolas cresceram 0,3%, para US$ 4,791 bilhões. No mês, o superávit comercial continuou abaixo do registrado em 2008.

Em março, o saldo foi de US$ 3,823 bilhões, queda de 3% em relação ao superávit de US$ 3,939 bilhões no mesmo mês de 2008. Em nota, o Ministério informou que a elevação dos volumes embarcados resultou em aumento no valor das exportações agrícolas. As vendas de soja foram as que mais cresceram: 88,22%, de 1,404 milhão de toneladas em março de 2008 para 2,642 milhões de toneladas no mês passado.

O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, avalia que o resultado de março confirma o sentimento dos empresários de que, depois de um dezembro negro e da paralisação dos negócios no começo do ano, importadores e exportadores voltaram a negociar contratos em fevereiro. "Não sei se amanheceu o dia, mas tem um clarão por aí", disse. "Começaram a surgir alguns negócios, mas com preços mais baixos."

Na análise por produto, o governo também destacou o crescimento das exportações de carne suína, tendência que minimiza os temores de queda na demanda mundial por carnes como reflexo da crise internacional. A receita obtida com as vendas do produto aumentou 1,6%.

A redução na oferta de carne suína no Canadá e na União Europeia (UE) favoreceu os exportadores brasileiros, avalia o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini.

Mas o crescimento na receita obtida com as exportações de produtos agrícolas em março não foi suficiente para influenciar de forma positiva o resultado do ano. De janeiro a março, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 12,59 bilhões, queda de 9,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2008.

Apesar da queda, o faturamento obtido com as vendas de alguns produtos cresceu no período. Entre eles, o complexo soja (11,9%), complexo sucroalcooleiro (29,3%), fumo (13,4%) e animais vivos (41,8%).

As exportações de produtos agrícolas do Brasil para a China cresceram 52,5% em março, o que permitiu, segundo o ministério, a ampliação da participação da China na pauta de exportação de produtos agrícolas brasileiros, de 8,2%, em março de 2008, para 12,5% no mesmo período deste ano. Os embarques do complexo soja tiveram destaque positivo, crescendo 31,9% no primeiro trimestre.
http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... 2581,0.htm
quinta-feira, 9 de abril de 2009, 15:52
Venda de embalagens mostra recuperação em março
ANDRÉ MAGNABOSCO - Agencia Estado

SÃO PAULO - O indicador de vendas de papelão ondulado no País, considerado um dos termômetros da atividade econômica por envolver a indústria de embalagens, mostrou uma leve recuperação em março, depois de fortes quedas nos dois meses anteriores.

A indústria brasileira de papelão ondulado vendeu 183,7 mil toneladas no mês passado, segundo dados preliminares divulgados hoje pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O volume representa uma queda de 2,03% em relação a março de 2008, mas uma expansão de 16,39% sobre fevereiro de 2009. "As vendas de março ficaram acima das previsões do setor", afirmou o presidente da entidade, Paulo Sérgio Peres, em comunicado enviado pela ABPO. No primeiro bimestre, houve queda de quase 10% nas vendas em relação aos dois primeiros meses de 2008.

Apesar da recuperação das vendas entre fevereiro e março deste ano, o setor encerrou o primeiro trimestre com volume negociado 7,19% inferior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado. A comercialização no período totalizou 502,7 mil toneladas de papelão ondulado, o pior nível desde 2005.

A forte elevação das vendas entre fevereiro e março é em parte explicada pelo maior número de dias úteis no mês passado: 26 dias contra 23 dias em fevereiro. A média diária de vendas em março foi de 7,065 mil toneladas, contra 6,862 mil toneladas do mês anterior, o que representa uma expansão de 2,96% nesta base de comparação.
http://festivaldebesteirasdaimprensa.bl ... rensa.html
Mas, para não perder o hábito, a Miriam Leitão escreveu o seguinte sobre este último indicador(embalagens):

A pior fase da recomposição dos estoques da indústria pode estar ao fim. É isso que indica o resultado de março das vendas de papelão ondulado, divulgado agora pela ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado). O papelão ondulado é considerado a "embalagem da embalagem", ou seja, embala o que a indústria vende para as empresas, no início da cadeia produtiva.

Estava indo muito bem. Mas ela não se conforma em não dar o seu "toque de mestre" e, ao final, besteiriza:

Março pode significar que esses estoques já estão no fim e as empresas voltaram a fazer pedidos para as indústrias. Mesmo assim, o novo ritmo de produção ainda está muito abaixo dos níveis anteriores à crise. Vejam no gráfico abaixo como a curva ainda precisa subir bastante para chegar ao nível anterior à crise (bem reduzido para caber no blog).


É óbvio que o novo ritmo de produção ainda está muito abaixo dos níveis anteriores à crise!!!

Ou será que ela não sabe que isso está assim em todo o mundo? Tem algum país em que os novos ritmos de produção estão acima dos níveis anteriores à crise?

Esse óbvio sobre o qual ela escreve repetidamente serve apenas para escamotear o que realmente interessa que é a curva de recuperação da economia brasileira que, em muitos aspectos, está melhor do que as dos países desenvolvidos e demais emergentes.

Porque a Miriam Leitão e a imprensa em geral não fazem essa análise: Brasil versus demais países emergentes e desenvolvidos?

Será que é porque uma análise que mostre que o Brasil está melhor do que os demais ajudaria a aumentar a avaliação do presidente Lula?

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Carnage
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#69 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 16:49

http://festivaldebesteirasdaimprensa.bl ... verno.html
Domingo, 12 de Abril de 2009
A besteira do domingo de Páscoa: Governo não investe no ritmo que fala

Decididamente, a grande imprensa não quer me deixar curtir o feriado de Páscoa.

Desta vez foi O Globo, com a matéria requentadíssima e recorrente, cujo tema é "o governo (federal, é claro) não investe no ritmo que fala".

É preciso que se diga que eles têm que falar do governo federal, porque governos estaduais como o de São Paulo e de Minas Gerais são super-eficazes e, portanto, não geram assunto para a grande imprensa.

Estava eu, então, com muita preguiça para escrever sobre isso, botando minha correspondência eletrônica em dia, e quase decidido a deixar para amanhã, quando recebo um mailling do Valente, que tem um blog chamado Logística e Transportes, tratando exatamente desse tema. Trata-se de um artigo publicado no Blog do Zé Dirceu, em fevereiro, mas que é atualíssimo.

Como a minha preguiça não passou, simplesmente reproduzo a introdução do dito cujo e deixo o link (no título e ao final) para quem quiser ler o artigo completo.

Vou completar apenas dizendo que gastar Restos a Pagar nos primeiros meses do ano é mais natural do que parto de cócoras. Logo, é uma imensa besteira desconsiderar isso como um fato da vida, como fez a matéria.

***
A ignorância de grande parte da imprensa em relação ao PAC

Parte da imprensa é teimosa em apresentar matérias como a de hoje, no O Globo, como segue:

Governo não investe no ritmo em que fala

Apesar do discurso oficial de que é preciso investir mais devido à crise econômica, o governo federal teve um desempenho tímido no primeiro trimestre: de R$ 48 bilhões previstos para investimento no Orçamento de 2009, R$ 359 milhões (0,7%) foram gastos. Apenas se incluídos os restos a pagar, chega-se a R$ 3,6 bilhões (7,5%), valor semelhante ao gasto em igual período de 2008. É o que mostra reportagem de Regina Alvarez, publicada na edição deste domingo de O GLOBO.

A esse respeito, elaborei um artigo sobre o assunto, publicado no Blog do Zé Dirceu, em 17/02/2009, que reproduzo a seguir.

Todas as vezes que emite opinião sobre o PAC, parte da imprensa demonstra, no mínimo, ignorância sobre o que é o PAC. Alguns exemplos: “Desde o começo do PAC, o governo apresenta um número enorme que não condiz com a realidade”; “o PAC é só propaganda” e “O governo confirmou o reforço de R$ 142 bilhões no PAC até 2010. O dinheiro vai ser dividido entre o governo federal, estatais e empresas privadas.”

Estes três exemplos - extraídos do site globo.com - mostram a confusão que ainda se tem sobre o PAC, dois anos após o seu lançamento. Na verdade, uma ignorância inaceitável para empresas cujo produto essencial é a informação. Quem quiser saber o que é o PAC, basta acessar o site da Presidência da República com o título “Conheça o PAC”. Ele tem todas as informações que evitariam essa ignorância de parte da imprensa. Então, o PAC é, ao mesmo tempo, muito mais e completamente diferente do que é dito.
O fato é: o PAC é muito mais do que um simples programa com uma lista de investimentos e o PAC não é um programa com recursos exclusivos da União.

...

Eles deveriam saber que, do ponto de vista dos benefícios gerados para a população, o que interessa é o cronograma físico, não importando quanto ainda falta pagar aos contratados, assim que a obra é entregue para uso. Mas essa parte da imprensa insiste “só foram pagos até agora xis porcento do valor total previsto”. Se a obra está pronta ou quase pronta, o que interessa para o usuário se as medições já foram pagas ou não? ...

(leia o texto completo no Blog Logística e Transportes)

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Carnage
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#70 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 16:51

http://festivaldebesteirasdaimprensa.bl ... -tera.html
Segunda-feira, 13 de Abril de 2009
Mega-Besteira do G1: PIB do país terá pior desempenho desde 1991, prevê mercado

O G1 é insuperável em mega-besteiras como esta.

Num próximo post tentarei refutar os aspectos metodológicos dessas "previsões" que abundam na imprensa brasileira. Neste post trabalharei apenas a credibilidade do "mercado" em suas previsões.

Nesta matéria, a "voz do mercado" vem do Focus-Relatório de Mercado, do Banco Central que, na verdade, é um mero relatório semanal, constituindo-se em um dentre dezenas de outros elementos que orientam a ação desse órgão.

Qual o método "científico" de prever a evolução do PIB brasileiro? Estudos, pesquisas, método de planejamento por cenários? Nada disso. O "método científico", que será trabalhado exaustivamente pela Miriam Leitão, entre outros e outras, é o de consulta a cerca de 80 analistas de mercado, que dão o seu palpite, segundos seus próprios métodos e crenças. Especialmente nesta última.

Qual o grau de acerto das previsões desse "método científico" Focus-Relatório de Mercado?

1) Em 29/12/2007, a previsão do Focus era de crescimento de 3,5% do PIB 2008, em relação a 2007. Deu 5,7%. Um erro de 2,2 pontos percentuais!

2) Em 28/12/2007, a previsão era de que o PIB de 2008 ficaria em 4,5%, sem que "o mercado" levasse em consideração a crise que se avizinhava e que explodiria em setembro de 2008. Graças a isso "o mercado" errou pouco. Era para dar mais de 6% sem a crise, deu 5,1% com a mesma. Sem a crise, teríamos atingido um PIB próximo a 6,5%. O erro seria da ordem de 2 pontos percentuais.

Portanto, sempre que "o mercado" prever alguma coisa em relação ao PIB brasileiro, via Focus-Relatório de Mercado, pode acrescentar +2% que vc chegará ao número real.

No caso da atual previsão - de retração de quase nada porcento - acrescente-se 2 e chegaremos ao número previsto pelo governo federal de +2,0%.

Quem quiser se divertir, pode consultar os relatórios Focus, de janeiro de 2001 a abril de 2009, e comparar as previsões feitas com os resultados reais.

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Carnage
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#71 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 16:52

Peter_North escreveu:
Carnage escreveu:Mais um belo blog pro Peter desfrutar!
Pelo que entendi, estás defendendo que se gaste 15.000.000,00 de reais em propaganda para um programa que nem existe ainda?

O governo nem deveria gastar em propaganda, ele não tem concorrente (talvez o assaltante). Se bem que a publicidade oficial serve a um uso importantíssimo: Cooptar certos veículos bem conhecidos da imprensa.
Não.

Você leu o texto, e não entendeu.

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#72 Mensagem por Peter_North » 13 Abr 2009, 17:25

Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:
Carnage escreveu:Mais um belo blog pro Peter desfrutar!
Pelo que entendi, estás defendendo que se gaste 15.000.000,00 de reais em propaganda para um programa que nem existe ainda?

O governo nem deveria gastar em propaganda, ele não tem concorrente (talvez o assaltante). Se bem que a publicidade oficial serve a um uso importantíssimo: Cooptar certos veículos bem conhecidos da imprensa.
Não.Você leu o texto, e não entendeu.
Li e reli (aliás, o texto é de um propagandista entusiasmado do Lula) e achei a segunte parte:
Segunda besteira: achar que R$ 15 milhões é muito dinheiro para uma campanha publicitária que é vital para o sucesso do plano.
Ou seja, o texto que você trouxe a nós defende este gasto. Afinal, és a favor deste gasto ou não?

E só para constar, achei o projeto uma ótima idéia, tomara que dê certo e tem tudo para dar. Mas também é claro que um projeto gestado no PT não ia sair sem pelo menos um toque equivocado (além da publicidade oportunista, é claro):
Registro do imóvel preferencialmente em nome da mulher
Um item lamentável que só existe por partir do pressuposto que o homem é sempre o vilão da história.

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Carnage
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#73 Mensagem por Carnage » 13 Abr 2009, 17:32

http://www.viomundo.com.br/opiniao/gove ... o-na-bola/
Governo Lula chega atrasado na bola

Atualizado em 08 de abril de 2009 às 14:32 | Publicado em 08 de abril de 2009 às 13:40

por Luiz Carlos Azenha

Diante da crise econômica internacional, o governo Lula parece aquele beque que chega atrasado na bola e acerta a canela do colega de time.

O governo brasileiro demorou para se dar conta da gravidade da situação. Tomou medidas paliativas e tardias, acreditando tratar-se apenas de mais uma das crises do capitalismo, daquelas que se enfrenta com os remédios tradicionais e que "é só esperar que passa".

Poderia ter acordado muito antes para a realidade e tomado decisões à altura dos desafios, dentre as quais a demissão do presidente do Banco Central, o estudo de medidas protecionistas e o engavetamento definitivo da lógica neoliberal.

Em vez disso, o presidente Lula trocou hoje o presidente do Banco do Brasil.

Enquanto isso, a Venezuela toma medidas para dificultar a entrada de celulares fabricados no Brasil naquele país. E, embora nenhum de nós goste do protecionismo comercial, é óbvio que todos os países do mundo tomarão medidas protecionistas, ainda que de maneira disfarçada. É, como escrevi lá atrás, o cada um por si.

O dinheiro foge da periferia em direção ao centro, deixando países em petição de miséria. A Islândia, a Ucrânia e a Moldávia são apenas três exemplos de instabilidade política que vai se generalizar.

Lula é "o cara" por um motivo óbvio: ele assinou embaixo do plano do governo Obama para resgatar o mundo da crise. Dinheiro público à vontade para os bancos e o ressurgimento do Fundo Monetário Internacional. Espero que o FMI tenha uma tropa de choque suficientemente armada para "proteger" os governos aos quais resgatar.

Diz-se, nos Estados Unidos, que o governo Obama fez o que tinha condições políticas de fazer: um resgate do sistema financeiro com dinheiro público.

Mas como estamos falando em uma crise de confiança, em que o capitalista de um lado da rua teme que o capitalista do outro lado esteja escondendo a falência, há gente séria desconfiando que o plano Obama vai fracassar. Entre eles, dois ganhadores do Nobel de Economia: Joseph Stiglitz e Paul Krugman.

O temor de ambos é que o "capitalismo de compadres", que nós brasileiros conhecemos melhor que qualquer povo no mundo -- é só testemunhar as relações apodrecidas entre o banqueiro Daniel Dantas, a mídia e políticos para constatar -- vá penalizar de tal forma os contribuintes em forma de desemprego e impostos que, além de não ter dinheiro para gastar, eles se revoltarão contra o governo Obama, com implicações políticas que desconhecemos.

Trata-se, acima de tudo, de decidir quem é que vai pagar pelo descompasso entre a riqueza escrita no papelório e a riqueza real existente na economia. O governo Obama decidiu que vai colocar a carga acima de tudo nas costas do contribuinte, promovendo uma gigantesca transferência de renda dos americanos para as instituições financeiras e penalizando muito menos os acionistas e os credores dos bancos.

Esta é uma crise da qual alguns países sairão vencedores e outros, perdedores. A diferença entre eles será determinada pela resposta política dos governos nacionais à nova conjuntura global. O governo Lula, no entanto, continua operando como se Fujimori, Goni, Menem e Salinas de Gortari estivessem no poder.

Alguns estão presos. Outros, foragidos.

No Brasil, FHC é levado a sério e Lula, que já deveria ter um "gabinete da crise", ainda escala o Meirelles para chutar a canela da própria defesa.

PS: Acabou de dar na Folha Online:

08/04/2009 - 12h50
Brasil fecha o 1º trimestre com saída de quase US$ 3 bi de dólares do país

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

O fluxo cambial, que mede a entrada e saída de dólares no país, ficou negativo em US$ 2,974 bilhões no primeiro trimestre de 2009, segundo dados do Banco Central. Nesse período, houve mais dólares saindo do que entrando no Brasil.

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Peter_North
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#74 Mensagem por Peter_North » 14 Abr 2009, 11:28

Isso aí é mentira! A crise não existe! Eu li em "O Brasil que dá certo".

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Compson
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#75 Mensagem por Compson » 15 Abr 2009, 18:37

Um exercício de tradução - como dizer "a culpa é dos brancos de olhos azuis" de modo que pessoas esclarecidas o entendam:
"Mas", acrescenta o prof. Johnson, "há uma semelhança mais profunda e perturbadora: interesses de negócios da elite - financistas, no caso americano - exerceram um papel central na criação da crise, fazendo apostas cada vez maiores, com o apoio implícito do governo, até o colapso inevitável". Além disso, "a grande riqueza que o setor financeiro criou e concentrou deu aos banqueiros um enorme peso político".
O artigo completo está aqui:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u2775.jhtm

Simon Johnson, no caso, é "ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e um professor da Escola Logan de Administração do Instituto de Tecnologia de Massachusetts", e obviamente culpa nenhuma tem em relação à crise (mas não sei se eu confiaria em alguém que estude numa faculdade com o nome do Wolverine)...

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Compson
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#76 Mensagem por Compson » 15 Abr 2009, 19:19

Compson escreveu: O artigo completo está aqui:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u2775.jhtm

Simon Johnson, no caso, é "ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e um professor da Escola Logan de Administração do Instituto de Tecnologia de Massachusetts", e obviamente culpa nenhuma tem em relação à crise (mas não sei se eu confiaria em alguém que estude numa faculdade com o nome do Wolverine)...
Sarcasmos à parte, o texto tem algumas proposições interessantes:

- sobre a qualidade do ensino americano (a conclusão é meio estranha):
Em uma pesquisa recente, Thomas Philippon da Escola Stern de Administração e Negócios da Universidade de Nova York, e Ariell Reshef, da Universidade da Virgínia, concluíram que o setor financeiro foi um setor de alta capacitação e altos salários entre 1909 e 1933. Ele então caiu em relativo declínio até 1980, quando de novo começou a ser um setor de alta capacitação e altos salários.* Eles concluíram que a principal causa foi a desregulamentação, que "libera criatividade e inovação, aumentando a demanda por funcionários altamente capacitados".
- sobre a fragilidade do choque de otimismo das duas últimas semanas:
No debate no fórum dos economistas do "Financial Times" sobre a "parceria de investimento público/privado" do secretário do Tesouro, Tim Geithner, as críticas são acertadas: se funcionar, será por causa de sua forma não-transparente de transferir riqueza dos contribuintes para os bancos. Mas é improvável preencher o buraco de capital que os mercados estão ignorando no momento, como argumenta Michael Pomerleano. Nem sou persuadido de que os "testes de tensão" em andamento sobre o capital dos bancos levarão a uma ação que preencherá o buraco de capital.
- sobre como o problema econômico se tornou político (no sentido mais clássico do termo, embora em vez de burguesia x proletariado tenhamos grandes corporações x alguma coisa que sobrou do que um dia se chamou esquerda e que não consegue fazer nada de modo democrático e socialmente organizado):
A visão de que instituições grandes e complexas são grandes demais para falir pode estar errada. Mas é fácil entender por que autores de políticas inteligentes receiam testá-la. Ao mesmo tempo, os políticos temem uma reação pública contrária a grandes injeções de capital público. Assim, como o Japão, os Estados Unidos estão presos entre o medo da falência da elite e a revolta popular contra os resgates. Este é um fenômeno mais complexo do que o "golpe silencioso" descrito pelo prof. Johnson.
- sobre como o "beco é sem saída":
A era dourada de Wall Street acabou: o retorno da regulamentação é a causa e consequência desta mudança.
- (essa é uma interpretação minha, não uma idéia do texto:)sobre como ninguém quer mudar pra valer e de como o discurso um dia crítico foi cooptado para defender o capitalismo "ortodoxo" (aquele do livre mercado e da concorrência que foi jogado no lixo nos últimos 20 anos):
Mas duas coisas precisam ser obtidas: primeiro, as principais instituições financeiras devem se tornar solventes de forma crível; e, segundo, nenhuma instituição financeira com fins lucrativos pode se tornar grande demais para falir. Isto não é capitalismo, mas socialismo. Este é um dos pontos em que a direita e a esquerda concordam.

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#77 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 09:57

Compson escreveu:- sobre a qualidade do ensino americano (a conclusão é meio estranha):
Em uma pesquisa recente, Thomas Philippon da Escola Stern de Administração e Negócios da Universidade de Nova York, e Ariell Reshef, da Universidade da Virgínia, concluíram que o setor financeiro foi um setor de alta capacitação e altos salários entre 1909 e 1933. Ele então caiu em relativo declínio até 1980, quando de novo começou a ser um setor de alta capacitação e altos salários.* Eles concluíram que a principal causa foi a desregulamentação, que "libera criatividade e inovação, aumentando a demanda por funcionários altamente capacitados".
É impressão minha ou ele está dizendo que as empresas financeiras estavam procurando gente "espertinha" pra trabalhar com elas? :oops:

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#78 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 09:59

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 0923.shtml
15/04/2009 - 12h06
Emprego na indústria deve ter resultado positivo em abril, diz Lupi
LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse nesta quarta-feira que o emprego na indústria de transformação deverá ter resultado positivo em abril. Em março, esse setor --que inclui, entre outros, automóveis, eletrodomésticos e vestuário-- apresentou saldo negativo de 35.775 vagas, contra o fechamento de 55.456 postos em fevereiro.

"Essa curva está decrescente. O principal dado desse mês mostra que está se invertendo a perda de emprego e, na minha avaliação, teremos abril já positivo na industria de transformação", afirmou.

Leia a cobertura completa da crise nos EUA
Entenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA
Entenda como a crise financeira global afeta o Brasil

Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em março foram gerados 34.818 empregos. De acordo com o ministro, isso significa que a economia brasileira está se recuperando. "Março está sendo o mês da virada no Brasil. Vamos ter a partir de abril saldos mais positivos e muitos terão que fazer novamente os seus cálculos de PIB [Produto Interno Bruto], que será positivo em 2009", disse.

Lupi destacou ainda o resultado do setor de construção civil, que abriu 16.123 postos, ficando atrás apenas do de serviços (49.280). "Antes mesmo do programa de 1 milhão de casas, já se prova um aquecimento [no setor]", completou.

Além da construção civil, os setores de serviços (49.280 empregos com carteira a mais), agricultura (7.238) e administração pública (7.141) tiveram desempenho positivo em março nos dados do Caged. Na outra ponta, além da indústria, o comércio (-9.697) apresentaram recuo.

No acumulado do trimestre, o país perdeu 57.751 vagas com carteira assinada. Entre novembro e janeiro, haviam sido fechadas quase 800 mil vagas. Em dezembro, pior mês da crise no emprego, o governo registrou o pior resultado da série histórica do Ministério do Trabalho, quando foram fechados 654.946 postos de trabalho. Somente em janeiro deste ano, foram fechadas 101 mil vagas.

O Estado de São Paulo foi o que mais criou postos de trabalho em março, segundo dados do Caged. Após quatro meses de queda, foram criados 34.231 postos de trabalho no mês passado.

O Sudeste foi a região que registrou o maior número de vagas criadas (50.227). Ainda por Estado, Minas Gerais apresentou o terceiro melhor saldo (9.399), atrás do Paraná (10.842). Na Região Sul foram criados 15.283 postos.

No Centro-Oeste foram abertas 15.067 vagas --7.914 só em Goiás. Já o Nordeste e o Norte apresentaram resultados negativos, com o fechamento de 40.208 vagas e 5.601 vagas respectivamente.

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#79 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 10:00

http://www.correiocidadania.com.br/cont ... w/3159/46/
O modelo Collor-FHC
Escrito por Wladimir Pomar
13-Abr-2009

Desde que o Brasil ingressou fortemente na industrialização, na Era Vargas, houve um pacto entre os capitais estatais e os capitais privados, tanto nacionais quanto estrangeiros. Ao longo do tempo, o grau de participação do capital estrangeiro variou, seja em decorrência de problemas internacionais, seja devido a movimentos sociais pela estatização de setores econômicos, seja ainda por disputas internas entre os próprios segmentos capitalistas.

O período JK, como vimos, foi marcado por um ingresso intenso de capitais estrangeiros, embora acompanhado pelo fortalecimento relativo dos capitais estatais e privados nacionais. O regime militar, nascido com um forte discurso anti-estatal, paradoxalmente ficou marcado por uma abertura ainda maior à entrada de capitais externos (em 1985, a participação estrangeira na produção industrial havia se elevado a 31%), mas também por um intenso processo de criação de novas estatais.

O modelo Collor-FHC, entre 1989 e 2002, caracterizou-se pela tentativa de quebra do antigo pacto, com uma política voltada para a privatização das estatais e para a venda escrachada de ativos privados nacionais, na expectativa de que a nova ordem mundial seria fundada nos serviços e na informática. Entre 1985 e 2002, apenas 17 anos, a participação dos capitais estrangeiros na economia brasileira saltou para 40%. As 100 maiores empresas de capital estrangeiro, instaladas no Brasil, passaram a produzir 57% do valor da produção industrial brasileira.

Em 2002, as filiais estrangeiras controlavam 82% do setor da indústria baseada em ciência, a exemplo da eletrônica, farmacêutica e aeronáutica. No grupo das indústrias de produção contínua, como química, siderurgia e automobilística, elas controlavam 68%. No setor das indústrias de produção diferenciada, como máquinas, equipamentos, instrumentos médicos e eletrodomésticos, seu controle alcançava 73%.

A presença dos capitais estrangeiros só era menor no setor das indústrias intensivas em trabalho, como a têxtil, confecções, de calçados e mobiliária, e na indústria intensiva em recursos naturais, como a extrativa mineral, cimento, alimentos, bebida, madeira e extração e refino de petróleo. No entanto, mesmo neste grupo intensivo em recursos naturais, a participação dos capitais estrangeiros havia saltado de 15%, em 1985, para 24%, em 2002. Ou seja, tal participação cresceu 60%.

Ao contrário da antiga participação, em que os capitais privados estrangeiros construíam novas plantas e, portanto, colaboravam de maneira ativa para a transferência de elementos do modo de produção capitalista para o Brasil, durante o período Collor-FHC os capitais estrangeiros eram estimulados a comprar empresas já em funcionamento, mesmo que fosse para fechá-las e evitar que continuassem como competidores indesejáveis.

A política de Collor-FHC gerou uma tendência perversa, tanto de controle estrangeiro sobre os setores tecnologicamente mais avançados da economia brasileira, quanto para desequilibrar o desenvolvimento dos demais setores econômicos. De um lado, ganharam peso as indústrias baseadas em ciência e na produção intensiva em recursos naturais, enquanto perderam peso, minguaram ou foram destruídas as indústrias intensivas em trabalho, essenciais para a produção dos bens da vida cotidiana.

Ocorreu uma desindustrialização intensiva, fazendo surgir um Frankenstein produtivo, de cadeias produtivas descontínuas, sem sinergia e de baixa competitividade. Este foi o resultado mais dramático do conjunto das políticas macroeconômicas e macro-sociais neoliberais, levadas a cabo pelos governos Collor e FHC. Pretender comparar tal política com a política do governo Lula é o mesmo que não entender a natureza do neoliberalismo e confundir alhos com bugalhos.

Wladimir Pomar é escritor e analista político.

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#80 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 10:17

http://www.correiocidadania.com.br/cont ... w/2851/49/
Um estudo de caso da mídia neoliberal
Escrito por Luiz Antonio Magalhães
26-Jan-2009

"O pacote fiscal de Obama é insuficiente. É menor do que o que será perdido este ano pela recessão e representa, na melhor hipótese 0,75% do PIB americano. Obama terá que ser ousado, ter medidas convincentes, para usar o momento a seu favor. Aqui, os juros caíram para 12,75%, mas precisam cair mais. Não por pressão política, mas por razões técnicas: a inflação está cedendo e a economia, derretendo".

As palavras acima foram escritas por Míriam Leitão em seu blog. Chega mesmo a ser engraçada a arrogância da colunista, que já decretou o fracasso do plano do presidente Barack Obama antes mesmo de ele ser apresentado ao distinto público. Já no Brasil, a economia está "derretendo" e os juros precisam cair "por razões técnicas", não políticas.

É preciso dar um desconto para a jornalista global: o mundo em que ela vivia e acreditava, da livre iniciativa, desregulamentação, do "mercadismo", desmoronou em setembro do ano passado e desde então Leitão e outros analistas que professavam fé no neoliberalismo ficaram muito confusos e nervosos, tentando se agarrar em qualquer bóia para não afundar nas profundezas do descrédito e esquecimento.

Bem, em primeiro lugar, ninguém sabe se o plano de Obama vai dar certo ou não porque ainda falta muito detalhamento sobre o plano. Míriam acha insuficiente a quantia de US$ 850 bilhões, mas é preciso saber como o novo presidente vai usar este recurso. Ela não sabe, talvez nem mesmo Obama saiba neste momento, deve estar estudando as alternativas. A crítica, portanto, é leviana.

Quanto à necessidade de os juros baixarem por "razões técnicas", trata-se de uma manjada artimanha dos conservadores, que tendem a desprezar as motivações políticas e endeusar as "técnicas".

Ora, toda decisão econômica tem um fundo político. É claro que o BancoCentral leva em consideração os aspectos técnicos ao tomar suas decisões, mas no fundo a responsabilidade pela política monetária é do presidente da República, que a qualquer momento pode, no limite, demitir o presidente do BC e botar alguém alinhado com a política monetária que ele decida implantar.

Leitão e demais analistas neoliberais têm como dogma o regime de metas de inflação e as demais premissas da atual política econômica (responsabilidade fiscal, alto superávit primário etc.). Lula e Meirelles podem até estar certos em manter a atual política econômica, mas ela não é necessariamente correta em qualquer situação. Se necessário for, na atual situação de crise financeira global, correções de rumo poderão ser feitas e talvez para isto sejam necessários nomes novos para executar essas mudanças. É simples assim, mas Leitão certamente soltaria grunhidos estridentes contra o presidente Lula se esta hipótese se concretizasse.

No fundo, ler os comentários de Míriam Leitão é bastante útil e serve como uma bússola: se ela está pensando assim, o correto deve ser assado... Podem conferir, não tem erro!

Luiz Antonio Magalhães é editor de Política do DCI e editor-adjunto do Observatório da Imprensa -http://www.observatoriodaimprensa.com.br/

Blog do autor: http://www.blogentrelinhas.blogspot.com/

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#81 Mensagem por Compson » 16 Abr 2009, 11:14

Carnage escreveu:
Compson escreveu:- sobre a qualidade do ensino americano (a conclusão é meio estranha):
Em uma pesquisa recente, Thomas Philippon da Escola Stern de Administração e Negócios da Universidade de Nova York, e Ariell Reshef, da Universidade da Virgínia, concluíram que o setor financeiro foi um setor de alta capacitação e altos salários entre 1909 e 1933. Ele então caiu em relativo declínio até 1980, quando de novo começou a ser um setor de alta capacitação e altos salários.* Eles concluíram que a principal causa foi a desregulamentação, que "libera criatividade e inovação, aumentando a demanda por funcionários altamente capacitados".
É impressão minha ou ele está dizendo que as empresas financeiras estavam procurando gente "espertinha" pra trabalhar com elas? :oops:
Acho que ele quer dizer que a liberação da criatividade leva ao colapso econômico... Por isso que eu disse que a conclusão era meio "estranha". A liberação da incompetência leva ao colapso econômico. Acho que o problema foi mais de incapacidade de perceber que não se pode sair por aí vendendo papéis caríssimos sem lastro nenhum (opções principalmente) e achar que as coisas vão funcionar bem pra sempre.

Se fosse no Brasil, o nome seria trambicagem... Como é nos EUA, chama-se "liberação da criatividade e inovação"...

Haja dialética pra engolir isso, não é Antonio Candido?

Como dizia um velhor político: "pior coisa do mundo é burro com iniciativa!"
(Falei sobre o ensino americano, pois acho que há uma forte relação entre a negligência teórica do ensino superior nos EUA e a "incompetência" de que falo.)
Editado pela última vez por Compson em 16 Abr 2009, 11:30, em um total de 1 vez.

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Peter_North
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#82 Mensagem por Peter_North » 16 Abr 2009, 11:25

Taí um belo exemplo de como a imprensa é realmente ruim, ou exagera para um lado ou para o outro.
Ministro do Lula escreveu:Emprego na indústria deve ter resultado positivo em abril, diz Lupi. O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse nesta quarta-feira que o emprego na indústria de transformação deverá ter resultado positivo em abril.
Bom, em primeiro lugar tem o problema da fonte. O Carlos Lupi é ministro do trabalho do Lula, e quanto melhor for o numero sobre emprego que aparecer, melhor para ele e para o Lula, mesmo que seja um numero enganador. Pois o que é esta manchete senão uma enganação? Quem a lê pensa que o emprego anda aumentando apesar da crise. Mas vejamos:
Ministro do Lula escreveu:Em março, esse setor --que inclui, entre outros, automóveis, eletrodomésticos e vestuário-- apresentou saldo negativo de 35.775 vagas, contra o fechamento de 55.456 postos em fevereiro.
Ou seja, o setor está perdendo empregos ao ritmo de dezenas de milhares por mês, e estão tentando passar isso como "resultado positivo". Mas lá embaixo da reportagem, bem escondido, ao contrário da manchete, estão os dados que mostram que a crise não é só marolinha não:
No acumulado do trimestre, o país perdeu 57.751 vagas com carteira assinada. Entre novembro e janeiro, haviam sido fechadas quase 800 mil vagas. Em dezembro, pior mês da crise no emprego, o governo registrou o pior resultado da série histórica do Ministério do Trabalho, quando foram fechados 654.946 postos de trabalho. Somente em janeiro deste ano, foram fechadas 101 mil vagas.
Essa imprensa é uma bosta mesmo. E falando em bosta, eu lembro muito bem do bosta do Carlos Lupi, alçado à presidência do PDT após a morte do Brizola, bradando furiosamente na TV durante o horário político do PDT que o Lula era uma desgraça, que o Lula era corrupto e mais um monte de coisas. Depois foi cooptado e hoje levou ao Lula o apoio do PDT em troca de, adivinhem só, um ministério cheio de cargo$ e verba$. É sempre assim...

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#83 Mensagem por Peter_North » 16 Abr 2009, 11:48

Wladimir Pomar escreveu:A política de Collor-FHC gerou uma tendência perversa, tanto de controle estrangeiro sobre os setores tecnologicamente mais avançados da economia brasileira, quanto para desequilibrar o desenvolvimento dos demais setores econômicos.
Antes da abertura que o Collor fez, os setores tecnologicamente mais avançados eram extremamente limitados justamente devido à reserva de mercado que afastava os estangeiros! Quem lembra da Cobra Computadores e dos serviços da Telebrás? Quem lembra do Brasil 10 ou 20 anos atrás do resto do mundo? Eu lembro muito bem.

Este texto todo do Pomar é uma das coisas mais insanamente idiotas que já li. Em nenhum ponto deste artigo nervoso e incoerente ele esteve próximo de qualquer coisa que possa ser considerada um pensamento racional. Todos que o leram estão agora mais burros por terem feito isto. Eu lhe dou nota zero, e que deus tenha piedade de sua alma.
Wladimir Pomar escreveu:Wladimir Pomar é escritor e analista político.
E não só isso! Ele escreve no site do PT, é militante marxista-leninista, gramsciano por modismo, filho do fundador do Partido Comunista do Brasil e fã do Lula. Tudo sempre previsível.

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#84 Mensagem por Peter_North » 16 Abr 2009, 11:55

Luiz Antonio Magalhães escreveu:Ora, toda decisão econômica tem um fundo político. É claro que o BancoCentral leva em consideração os aspectos técnicos ao tomar suas decisões, mas no fundo a responsabilidade pela política monetária é do presidente da República, que a qualquer momento pode, no limite, demitir o presidente do BC e botar alguém alinhado com a política monetária que ele decida implantar.
Estou vendo que o tal Luiz é contra um banco central independente. Lamentável.
Luiz Antonio Magalhães escreveu:No fundo, ler os comentários de Míriam Leitão é bastante útil e serve como uma bússola: se ela está pensando assim, o correto deve ser assado... Podem conferir, não tem erro!
Eu também acho que a Miriam Leitão é um lixo, mas para mim a bússola sempre foi a Ideli Salvatti. Se ela diz algo, a verdade e o certo são exatamente o oposto.
Luiz Antonio Magalhães escreveu:Luiz Antonio Magalhães é editor de Política do DCI e editor-adjunto do Observatório da Imprensa -http://www.observatoriodaimprensa.com.br/Blog do autor: http://www.blogentrelinhas.blogspot.com/
E não só isso! É também um tremendo puxa-saco do Lula, mas não acreditem em mim, leiam os artigos dele, é só lambeção de bota. Aì, é claro que ele vai elogiar a condução do Lula, mesmo tendo em vista que foi a reação mais patética jamais vista (Marolinha!).

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#85 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 12:24

Peter_North escreveu:
Luiz Antonio Magalhães escreveu:Ora, toda decisão econômica tem um fundo político. É claro que o BancoCentral leva em consideração os aspectos técnicos ao tomar suas decisões, mas no fundo a responsabilidade pela política monetária é do presidente da República, que a qualquer momento pode, no limite, demitir o presidente do BC e botar alguém alinhado com a política monetária que ele decida implantar.
Estou vendo que o tal Luiz é contra um banco central independente. Lamentável.
Se um Banco central estiver fazendo cagada, e o governo souber o que tem que fazer pra consertar (isso é apenas uma hipótese, não estou dizendo que é o caso aqui) você acha que ele deve continuar totalmente independente?

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#86 Mensagem por Peter_North » 16 Abr 2009, 13:21

Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:
Luiz Antonio Magalhães escreveu:Ora, toda decisão econômica tem um fundo político. É claro que o BancoCentral leva em consideração os aspectos técnicos ao tomar suas decisões, mas no fundo a responsabilidade pela política monetária é do presidente da República, que a qualquer momento pode, no limite, demitir o presidente do BC e botar alguém alinhado com a política monetária que ele decida implantar.
Estou vendo que o tal Luiz é contra um banco central independente. Lamentável.
Se um Banco central estiver fazendo cagada, e o governo souber o que tem que fazer pra consertar (isso é apenas uma hipótese, não estou dizendo que é o caso aqui) você acha que ele deve continuar totalmente independente?
E estou vendo que o Carnage também é. :?

É infinitamente mais provável o governo ACHAR que sabe o que tem que fazer para consertar mas na hora só fazer cagada. Deixa o BC independente, e deixa o Meireles lá.

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#87 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 15:04

Peter_North escreveu:
Emprego na indústria deve ter resultado positivo em abril, diz Lupi. O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse nesta quarta-feira que o emprego na indústria de transformação deverá ter resultado positivo em abril.
Bom, em primeiro lugar tem o problema da fonte. O Carlos Lupi é ministro do trabalho do Lula, e quanto melhor for o numero sobre emprego que aparecer, melhor para ele e para o Lula, mesmo que seja um numero enganador. Pois o que é esta manchete senão uma enganação? Quem a lê pensa que o emprego anda aumentando apesar da crise.
Serve a FIESP falando então?

http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 419639.asp
Após cinco meses, emprego cresce em SP

SÃO PAULO, 14 de abril de 2009 - O nível de emprego na indústria de transformação paulista cresceu 0,31% em março, o que representa a criação de 7,5 mil vagas, informou há pouco a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Este é o primeiro resultado positivo desde o agravamento da crise mundial. Segundo Paulo Francini, diretor do departamento de economia da Fiesp, a última vez que o dado ficou em patamar positivo foi em setembro de 2008, quando houve expansão de 0,41% no quadro de trabalhadores.

Apesar disso, ao considerar a sazonalidade do período, houve uma queda de 0,20% nível de emprego industrial.

De acordo com Francini, o setor sucroalcooleiro foi o principal responsável pelo saldo positivo já que as demais indústrias juntas demitiram 19.433 pessoas na passagem de fevereiro para março, enquanto as usinas de cana-de-açúcar contrataram 26.933 trabalhadores "O setor se antecipou. Normalmente essa contratação ocorre em abril, mas as usinas se viram obrigadas a antecipar a geração de caixa por conta da falta de crédito devido à crise", conclui o economista.

No ano, a indústria de São Paulo acumula a redução de 2,73% no emprego, correspondendo a 66,5 mil vagas a menos. Em relação a março de 2008, houve uma queda de 5,34%.
Ninguém (nem o Lupi) está dizendo que as coisas estão maravihosas. Mas os indicadores mostram que as coisas melhoraram um pouco, e isso, mais do que tudo, é um indicativo de que provavelmente elas não vão piorar, já que começaram a melhorar.

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#88 Mensagem por Carnage » 16 Abr 2009, 15:08

Peter_North escreveu:É infinitamente mais provável o governo ACHAR que sabe o que tem que fazer para consertar mas na hora só fazer cagada. Deixa o BC independente, e deixa o Meireles lá.
Certo.
Peter_North escreveu:E estou vendo que o Carnage também é
Eu só não posso ser tão cegamente à favor da independência, sem avaliar as coisas. Será que o BC tem que ser independente a todo custo? Ao custo de ferrar o Brasil só porque quem está lá também "acha" que está fazendo o certo?
Se uma intervenção fizer bem, não posso dizer que sou contra ela indepedente disso.

Pior, um monte de analistas, de bancos mesmo, de empresas financeiras, dos jornais, até de empresas estrangeiras, disse que o BC perdeu o ponto de abaixar os juros, e isto agravou a crise no Brasil. Será que valeu a pena?

Que acham os demais? O Banco Central agiu direito desde o começo do ano passado? A manutenção das taxas de juros do jeito que foi feito foi correto?

E tem economistas por aqui? Gostaria de saber o que tem de verdade nesta frase do Peter:
Peter_North escreveu:Os juros são altos porque o governo, como é enorme, dispendioso e descontrolado, toma todo o crédito disponível na praça. Lei da oferta e procura aplicada aos recursos disponíveis para financiamento. Era assim com o FHC, é assim com o Lula.
Editado pela última vez por Carnage em 16 Abr 2009, 15:33, em um total de 1 vez.

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#89 Mensagem por Peter_North » 16 Abr 2009, 15:23

Carnage escreveu:Eu só não posso ser tão cegamente à favor da independência, sem avaliar as coias. Será que o BC tem que ser independente a todo custo? Ao custo de ferrar o Brasil só porque quem está lá também "acha" que está fazendo o certo? Se uma intervenção fizer bem, não posso dizer que sou contra ela indepedente disso.
O problema do teu approach é que ele pressupõe que alguém vai avaliar o BC para ver se concorda com o que está sendo feito e que fará intervenção se achar que é interessante. Alguém que trabalha assim não tem a menor independência.

De qualquer forma, isso é discutir o sexo dos anjos, já que nenhum BC é absolutamente independente até porque há um presidente que é nomeado por alguém. E também porque se o Meirelles amanhã começa a dizer que a taxa de juros será decidida diariamente por uma rodada na roleta com certeza vão tirar ele de lá, e fazem bem. Mas a experiência internacional que existe mostra que o conceito de BC independente, e com suas metas o mais separadas possível das metas políticas, é um fator positivo para um país.
Editado pela última vez por Peter_North em 16 Abr 2009, 18:46, em um total de 1 vez.

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#90 Mensagem por Compson » 16 Abr 2009, 17:02

A questão da independência do BC é que alguém tem que escolher seu presidente... Se não for o governo, vai ser, por ordem de absurdo, o congresso ou eleição direta ou uma junta de notáveis ou hierarquia na carreira do banco ou concurso...

O congresso a gente sabe como é, vão fatiar a instituição...

A eleição direta é uma caixinha de surpresas e, de repente, num momento de crise, elegem o Babá (lembra, aquele que foi expulso do PT) para presidente do BC...

Se for por uma junta, cabe o mesmo problema de quem vai escolher a junta...

Se for por carreira ou concurso, nada implica que um perfil altamente técnico tenha condições políticas de se sustentar no cargo.

Eu particularmente acho melhor o governo, pois pelo menos vão escolher um cara para cumprir o manual do FMI e não fazer cagada... Como hoje estou num dia de frases, vai mais uma frase boa de uma pessoa cretina: "Em política econômica, tudo que não é óbvio é, provavelmente, besteira".

Na organização atual do país, acho que não há muita margem para flexibilização.

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