Crise em HONDURAS

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#76 Mensagem por Tricampeão » 07 Fev 2010, 20:49

Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:O comparecimento a essa eleição foi bem superior à média histórica e bem superior à eleição que levou Zelaya ao poder.
Peter, interessante a discussão, gostaria de ver onde estão os dados que comprovam esta sua afirmação.

Trica, também gostaria de ver onde estão os dados que comprovam a sua.

abs
blog_do_pha.blogland.com/cgi.bin?honduras_2009
www.vermelho.org/propaganda/eleicoes_honduras.htm
49% de comparecimento, nas contas do próprio governo golpista de Honduras. A eleição que levou Zelaya ao poder teve 55% de comparecimento.

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#77 Mensagem por Carnage » 07 Fev 2010, 21:03

Tricampeão escreveu:49% de comparecimento, nas contas do próprio governo golpista de Honduras. A eleição que levou Zelaya ao poder teve 55% de comparecimento.
http://www.cnn.com/2009/WORLD/americas/ ... index.html
According to Honduras' Supreme Electoral Tribunal and interviews with the electoral officials, with 99.8 percent of the votes counted, 2,298,080 people participated in the November 29 election.

This represents a 50 percent voter turnout, a figure much lower than the 61 percent officially estimated by the electoral tribunal on election day, and lower than revised turnout figures that the Electoral Tribunal gave to CNN as recently as December 5.
50% é uma puta abstenção...
But Reyes Pineda said that the electoral tribunal has not purposefully tried to put out inflated numbers.

"That was a projection that reflected the data at the moment," he said, referring to the data in the first press release and the data given to CNN.

A consultant to the TSE who has participated on the official vote count disagreed.

"They gave out those numbers without any substantive evidence," said the consultant, who spoke on the condition of anonymity because he was fearful of jeopardizing his position. "There was no substantive methodology behind their projections."

Estimates from TSE were higher than the patterns the statisticians were seeing because there was political pressure for the election to be considered legitimate and successful, the consultant said.
Xiii....
A 50 percent turnout would mean that fewer voters participated than in the last presidential race, in 2005, where turnout was 55 percent, according to TSE data. But it also follows a trend of declining turnout since 1997.
Agora ficou complicado...
Peter_North escreveu:O comparecimento a essa eleição foi bem superior à média histórica e bem superior à eleição que levou Zelaya ao poder.
Peter, o trecho acima da reportagem da CNN torna a sua afirmação simplesmente falsa...

Você deveria dar uma olhada antes de sair escrevendo... Não é a primeira vez...

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#78 Mensagem por Nazrudin » 09 Fev 2010, 08:08

Tricampeão escreveu:
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:O comparecimento a essa eleição foi bem superior à média histórica e bem superior à eleição que levou Zelaya ao poder.
Peter, interessante a discussão, gostaria de ver onde estão os dados que comprovam esta sua afirmação.

Trica, também gostaria de ver onde estão os dados que comprovam a sua.

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www.vermelho.org/propaganda/eleicoes_honduras.htm
49% de comparecimento, nas contas do próprio governo golpista de Honduras. A eleição que levou Zelaya ao poder teve 55% de comparecimento.


Ou seja, condizente com o regime democrático deles.

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#79 Mensagem por Roy Kalifa » 09 Fev 2010, 11:19

Pessoal a crise acabou...

Honduras voltou a ser a mesma Republica das bananas de antes.

Somente vai voltar a ser noticia se acontecer uma catástrofe natural por lá.

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#80 Mensagem por Tricampeão » 09 Fev 2010, 11:26

Nazrudin escreveu:
Tricampeão escreveu:
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:O comparecimento a essa eleição foi bem superior à média histórica e bem superior à eleição que levou Zelaya ao poder.
Peter, interessante a discussão, gostaria de ver onde estão os dados que comprovam esta sua afirmação.

Trica, também gostaria de ver onde estão os dados que comprovam a sua.

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49% de comparecimento, nas contas do próprio governo golpista de Honduras. A eleição que levou Zelaya ao poder teve 55% de comparecimento.


Ou seja, condizente com o regime democrático deles.
Não entendi sua observação. 49% de comparecimento é muito pouco. A recente eleição na Costa Rica teve 70% de comparecimento, por exemplo.
E, provavelmente, 49% já é um chute pra cima, uma vez que a informação veio do governo. ONGs hondurenhas estimam em bem menos.

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#81 Mensagem por Roy Kalifa » 09 Fev 2010, 11:56

Ficar perdendo tempo discutindo Honduras é falta do que fazer...

O Brasil quis dar uma de macho, para mostrar que tem poder na America Latina e se deu mal.

Quero ver dar uma de macho na Venezuela e contradizer o todo poderoso Ditador Hugo Chavez.

A nossa politica externa é uma piada.

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#82 Mensagem por Carnage » 13 Fev 2010, 02:39

Tricampeão escreveu:
Nazrudin escreveu:
Tricampeão escreveu:
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:O comparecimento a essa eleição foi bem superior à média histórica e bem superior à eleição que levou Zelaya ao poder.
Peter, interessante a discussão, gostaria de ver onde estão os dados que comprovam esta sua afirmação.

Trica, também gostaria de ver onde estão os dados que comprovam a sua.

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49% de comparecimento, nas contas do próprio governo golpista de Honduras. A eleição que levou Zelaya ao poder teve 55% de comparecimento.


Ou seja, condizente com o regime democrático deles.
Não entendi sua observação. 49% de comparecimento é muito pouco. A recente eleição na Costa Rica teve 70% de comparecimento, por exemplo.
E, provavelmente, 49% já é um chute pra cima, uma vez que a informação veio do governo. ONGs hondurenhas estimam em bem menos.
De qualquer forma os dados contrariam frontalmente o que o o Peter disse, pois ele afirmou categoricamente que o comparecimento foi recorde, e não foi, foi o menor de uma série histórica, e que este também foi muito maior que o da eleição do Zelaya, e não foi, foi menor.
Ou seja, o Peter escreveu informações falsas.

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#83 Mensagem por Carnage » 13 Fev 2010, 02:41

Roy Kalifa escreveu:Ficar perdendo tempo discutindo Honduras é falta do que fazer...
Se eu tivesse mais o que fazer não estava lendo e escrevendo num fórum de putaria...

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#84 Mensagem por Carnage » 13 Fev 2010, 02:52

Peter_North escreveu:O que acontece é que os militares se passram na hora de cumprir o ordenado pelos poderes da república Hondurenha. O congresso e o Judiciário decidiram tirar o executivo e pediram ao exército para fazer isso. COmo o exército se passou na hora de cumprir a ordem, estão sendo processados. O que aliás é grande prova de que o golpe não é militar: Os militares estão tão fora do poder que estão sendo acusados e serão julgados.
E novamente vai por água abaixo a esperança do Peter que as coisas que ele escreve aconteçam ou sejam verdade...

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... LITAR.html
27/01/10 - 04h07 - Atualizado em 27/01/10 – 13h54

Congresso de Honduras aprova anistia para envolvidos no golpe militar

Anistia, que inclui Zelaya, foi aprovada pela maioria situacionista.
Porfírio Lobo toma posse nesta quarta (27), e deposto deve sair.

Do G1, em São Paulo*


O Congresso Nacional de Honduras aprovou nesta terça-feira (26) uma anistia geral, por delitos políticos e comuns, para todos os envolvidos na crise provocada pelo golpe de Estado que derrubou o então presidente Manuel Zelaya em junho de 2009 -o que inclui o próprio presidente deposto.

A aprovação acontece na véspera da posse de Porfirio Lobo como novo presidente de Honduras e do provável abandono da Embaixada do Brasil por Zelaya, que há quatro meses se abrigou ali, após retornar ao país de maneira clandestina em uma tentativa de reaver o poder.

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... na_id=4543
Análise & Opinião| 11/02/2010 | Copyleft
DEBATE ABERTO
Honduras: o golpe de Estado perfeito

“Os hondurenhos assistiram no dia 27 de janeiro ao último capítulo de um golpe de Estado perfeito”. Foi assim que o enviado especial do periódico espanhol El País em Honduras resumiu a posse do novo presidente.

Larissa Ramina


“Os hondurenhos assistiram no dia 27 de janeiro ao último capítulo de um golpe de Estado perfeito”. Foi assim que o enviado especial do periódico espanhol El País em Honduras resumiu a posse do novo presidente. Os fatos falam por si: Porfirio Pepe Lobo assumiu a presidência, enquanto Manuel Zelaya partiu para o exílio e o usurpador do poder Roberto Micheletti foi nomeado deputado vitalício pelo Congresso e, assim como os militares, foi anistiado.

O presidente Manuel Zelaya, escorraçado por um golpe militar em junho de 2009 e trancado durante 129 dias na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, deixou seu país em direção à República Dominicana. Nada bastou para aplacar a crise: nem as negociações da OEA, nem a mediação do presidente costarriquenho Oscar Arias, nem a posição firme da diplomacia brasileira, nem o isolamento internacional. Zelaya, eleito democraticamente em 2005, acabou aceitando o exílio após uma batalha infrutífera de longos meses para recuperar a presidência de Honduras. Ao mesmo tempo, o novo presidente, que enfrentou em 29 de novembro eleições boicotadas pelos partidários do presidente deposto, bem como denúncias de fraudes, assumiu as rédeas do país para protagonizar o fechamento do golpe, sob o falacioso argumento do “fato consumado”.

A partida de Zelaya já era esperada, pois Pepe Lobo havia prometido um salvo-conduto para o presidente e sua família. Micheletti poderá, finalmente, considerar-se um vitorioso. Conseguiu dar cabo da democracia em Honduras, livrar-se definitivamente de Zelaya, empossar um novo presidente como se nada tivesse acontecido, e ainda ser declarado deputado vitalício. Venceu a queda de braço com a comunidade internacional, que se posicionou contra o golpe, cortou ajuda financeira e rompeu relações diplomáticas. A imagem de Porfirio Lobo, tomando posse como presidente ao lado de Romeo Vásquez, o recém-anistiado general envolvido no golpe, retrata o desfecho perfeito.

Não obstante, a tarefa de Pepe Lobo, representante da oligarquia hondurenha, não será fácil. O novo presidente terá que enfrentar o desafio de governar um país profundamente dividido politicamente e isolado internacionalmente. Zelaya foi destituído do poder em razão de seu distanciamento com a oligarquia. Num país onde os dois grandes partidos só se distinguem pela cor de seus emblemas, a cooperação com Cuba nas áreas de saúde e educação, e com a Venezuela nas áreas agrícola e energética, não pôde ser tolerada. Após uma espécie de conversão rumo a direções opostas ao neoliberalismo, obteve apoio de amplos setores do movimento popular hondurenho, que resistirão ao novo governo.

Por outro lado, a anistia recém-votada pelo Congresso para beneficiar todos os implicados no ocorrido não vai melhorar a imagem das novas autoridades, ainda que sob o manto do “princípio da reconciliação” argüido por Pepe, e a promessa de um governo de união nacional. Para coroar a situação, o golpe levou o país, um dos mais pobres do subcontinente, ao colapso econômico.

O isolamento internacional ficou comprovado na cerimônia de posse, que contou com a presença de meros três chefes de Estado – Taiwan, Panamá e República Dominicana, neste caso em virtude do interesse em retirar Zelaya do país. Isso demonstra que o reconhecimento da comunidade internacional não deverá ser desafio menor, em se tratando de um governo que simboliza a mais flagrante continuidade de um golpe de Estado.

LARISSA RAMINA é doutora em Direito Internacional pela USP e professora de Direito Internacional da UniBrasil.

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#85 Mensagem por Roy Kalifa » 13 Fev 2010, 10:42

Se eu tivesse mais o que fazer não estava lendo e escrevendo num fórum de putaria...
Voltastes com a corda toda caro Carnage... :lol:
Bom Carnaval !

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#86 Mensagem por Carnage » 13 Fev 2010, 18:36

Pra você também, Roy!

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Re: Crise em HONDURAS

#87 Mensagem por Carnage » 23 Mar 2010, 22:33

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... na_id=4565
Análise & Opinião 10/03/2010

DEBATE ABERTO

O Brasil pisou na bola em Honduras?

Um sem-número de articulistas e porta-vozes dos círculos oposicionistas têm se esforçado para demonstrar suposto fracasso da política externa da administração Lula nesse episódio. Alguns argumentos se sobressaem.

Breno Altman


A normalização das relações com o governo hondurenho de Porfírio Lobo, decidida pelos Estados Unidos e a União Européia nos últimos dias, recoloca em discussão a abordagem brasileira sobre o golpe de Estado naquela república centro-americana, e seus desdobramentos depois da eleição e posse do novo presidente.

Um sem-número de articulistas e porta-vozes dos círculos oposicionistas têm se esforçado para demonstrar suposto fracasso da política externa da administração Lula nesse episódio. Alguns argumentos se sobressaem.

O primeiro deles é aristotélico: a posição de Brasília estaria equivocada porque deu errado. Afinal, os golpistas chefiados por Roberto Micheletti impediram o retorno do presidente deposto, Manuel Zelaya, e conseguiram promover, pela via eleitoral, a emergência de um novo governo institucional.

O segundo entre os argumentos mais freqüentes é revelador das entranhas de seus porta-vozes, pois justifica, com maior ou menor sutileza, o golpe cívico-militar que derrubou o presidente constitucional. Tratam o que se passou como resposta constrangedora, mas aceitável, às tentativas de Zelaya para alterar, por referendo popular, as travas que impediam sua reeleição.

Algo como disse o ministro do STF brasileiro, Marco Aurélio Mello, quando recentemente se referiu ao pronunciamento militar que, em 1964, derrubou o presidente João Goulart: um “mal necessário”. Às favas se essa pretensa necessidade conduz à violação de direitos constitucionais e fere a soberania popular.

O fato é que, na vida ou na política, nem sempre o que dá certo, certo está. Não passa de oportunismo desavergonhado o raciocínio que estabelece, como critério absoluto para julgamento de uma determinada posição, seu grau de sucesso. Há batalhas que devem ser travadas mesmo quando se u s resultados, em um primeiro momento, são pouco animadores.

Assim procedeu o governo brasileiro no caso hondurenho, ao lado de outras nações. A omissão ou a hesitação, em nome do realismo aconselhado por alguns personagens, significariam a mais abjeta cumplicidade. Mais ainda: facilitariam os movimentos de quem propugna pela estratégia do “mal necessário” no enfrentamento às forças progressistas.

Trata-se de ignorância ou má fé abordar o golpe em Honduras como fato isolado. Com menos sofisticação institucional e derrotado por intensa mobilização, dentro e fora do país, houve o precedente venezuelano em 2002, quando o bloco conservador quis derrubar pelas armas o presidente Hugo Chávez.

A Casa Branca, daquela vez, não fez qualquer cerimônia ou jogo de cena para disfarçar seu apoio ao golpismo. Declarou de imediato, sempre em nome da democracia e da liberdade, alinhamento à ruptura da ordem constitucional. O governo norte-americano, desta feita, foi bastante mais cuidadoso. Chegou até mesmo a adotar medidas contra o governo ilegal de Micheletti. Mas manobrou com habilidade para que a saída à crise fosse a institucionalização do regime de força e não a restauração da situação constitucional.

O governo brasileiro, diante desse quadro, adotou uma atitude de princípio: a condenação do golpe e a denúncia de qualquer encaminhamento originado à margem das regras democráticas. Acabou prevalecendo a solução firmada entre golpistas e seus adversários mais complacentes. A conduta do presidente Lula, no entanto, demarcou trincheiras estratégicas.

A primeira delas foi fixar que as correntes e administrações progressistas assumem a defesa da democracia às últimas consequências, ainda que em condições adversas. A segunda: os governos de esquerda e centro-esquerda do continente rechaçam a lógica de que conflitos latino-americanos devam ser resolvido s c onforme os interesses da geopolítica de Washington. Ambos paradigmas valem o preço de um retrocesso circunstancial.

Não é de se surpreender que as correntes conservadoras vejam isolamento ou falta de realismo na postura do presidente Lula. Assim se conduzem porque sua própria atitude vai se aproximando, mais e mais, do desrespeito à soberania popular e ao primado das instituições democráticas, para não falar da eterna submissão às políticas imperialistas.

Um comportamento amedrontado ou dúbio do governo brasileiro abriria mais espaços de legitimação para a lógica do “mal necessário”. A reação destemida e ativa, por outro lado, fincou uma estaca de resistência cuja serventia não tardará a se demonstrar.

Breno Altman é jornalista, diretor do site Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

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Re: Crise em HONDURAS

#88 Mensagem por Carnage » 23 Mar 2010, 22:44

Depoimento de jornalista hondurenho que diz que houve golpe em Honduras, erroneamente, já que o Peter demonstrou que, quando militares removem inconstitucionalmente um presidente eleito, mas com o conluio de membros de outros cargos civis, e colocam um civil pra governar ilegalmente, não é golpe militar.

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =582JDB005
HONDURAS
O jornalismo em tempos de cólera

Por Elaine Tavares em 23/3/2010


A experiência popular e revolucionária da Rádio Globo Honduras durante o golpe de Estado vivido por aquele país foi relatada esta manhã (17/3) pelo jornalista hondurenho Rony Martínez, que veio a Florianópolis a convite do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. Rony relatou todas as peripécias vividas pelo pequeno grupo de jornalistas da Rádio Globo Honduras desde as primeiras horas da manhã do dia em que os militares seqüestraram Manuel Zelaya e usurparam o poder. "Naquele dia estávamos preparados para cobrir a festa cívica que seria o plebiscito sobre a Constituinte, mas o que encontramos foi o exército nas ruas, inclusive em frente à rádio. Monitoramos as demais emissoras e todas elas tratavam o domingo como um dia qualquer. Decidimos naquele momento que não faríamos isso. Passamos a transmitir contando ao povo que havia acontecido um golpe de Estado."

Segundo Rony, boa parte da imprensa foi procurada pelos militares que chegaram a oferecer dinheiro ao diretor da Rádio Globo Honduras. Mas falou mais alto a dignidade, o patriotismo e o compromisso com a população. David Romero, veterano jornalista e comandante da equipe de jornalistas da rádio, decidiu que em primeiro lugar havia de estar o dever de bem informar o povo. Por isso, a Rádio Globo Honduras jamais se rendeu e desde as primeiras horas do golpe abriu seus microfones para dizer a verdade ao povo. Não bastasse isso, os programas da rádio passaram a privilegiar a voz das pessoas comuns, que nas vilas, nas cidades, nos bairros passavam, ao vivo, as informações sobre como andava a resistência.

Transmitindo na clandestinidade

"Não foi à toa que nossa rádio foi invadida violentamente duas vezes pelo exército. E nas duas vezes nós fugimos, descendo por uma corda os três andares do prédio. É que já tínhamos preparado essa rota de fuga e quando eles quebraram o portão escapamos pela janela. A partir daí, passamos a transmitir clandestinamente pela internet." Mas, a internet não era suficiente e a rádio voltou a transmitir pelo dial, sempre cedendo espaço para o movimento de resistência. Segundo Rony, todos concordavam que o que havia acontecido não era uma troca constitucional de um presidente por outro, como dizia a imprensa cortesã. Não! Aquilo era um golpe e o presidente Zelaya era o presidente legítimo. Além disso, decidiram fazer valer a Constituição cujo artigo terceiro dizia: "É permitido ao povo hondurenho se rebelar contra qualquer governo usurpador". E foi o que fez toda a gente, inclusive os profissionais da rádio.

Nos dias em que a rádio esteve fechada, os jornalistas não ficaram calados. Uma equipe pequena, mas aguerrida, foi para frente do palácio presidencial exigir o direito de contar os fatos ao povo. Rony mostrou as fotos desses dias. Carregando cartazes feitos à mão, rabiscados com canetas coloridas, os jornalistas se postaram em frente ao prédio do governo, dizendo sua palavra. Foi um ato quase heróico naqueles dias em que a repressão baixava violentamente sobre o povo. "A gente sabia que éramos a única rádio de alcance nacional a falar sobre a resistência. Era nosso dever fazer com que aquilo continuasse. Por isso ninguém se furtou a seguir transmitindo na clandestinidade."

Por uma democracia participativa

Rony revela que não foi fácil viver estes meses todos na contramão da história, cercados pelo exército, premidos pela oligarquia, ameaçados, perseguidos, mas entende que desde aquele domingo do golpe os jornalistas cumpriram com seu dever patriótico. "Antes do golpe, nós estávamos em terceiro lugar na audiência. Agora, a rádio é um fenômeno nacional. E tudo isso por uma coisa muito singela. Nós dizemos a verdade ao povo. E as pessoas sabem disso. acreditam e usam a rádio como espaço para dizer a sua palavra."

O jornalista Ronnie Huette, também de Honduras, que atuou nos dias do golpe como jornalista independente, igualmente está em Florianópolis e participou da conferência. Ele mostrou o trabalho fotográfico que realizou em Honduras e contou um pouco sobre as organizações populares que estão em luta hoje no país. Segundo ele, desde o dia do golpe as gentes hondurenhas estiveram nas ruas, marchando, se manifestando, enfrentando a polícia, coisa que não saiu nos jornais daqui nem de lá. "Por várias vezes, quando a gente se sentia ameaçado enquanto fazia nosso trabalho, ligávamos por celular para a Rádio Globo Honduras e lá saia a nossa denúncia, ao vivo. Só assim nos sentíamos protegidos".

Os dois jornalistas hondurenhos entendem que a luta em Honduras ainda segue viva. Agora, para além dos tradicionais partidos Conservador e Liberal, já se articula uma Frente Nacional de Resistência que deve entrar também no plano político eleitoral. As gentes em luta não reconhecem o governo de Pepe Lobo, que consideram um governo ilegítimo e vão seguir batalhando pela verdadeira democracia participativa. "Não queremos mais ser representados por fazendeiros, políticos a soldo, oligarquia. Não. Queremos nós mesmos decidir sobre o nosso destino."

Dizer a verdade ao povo

Sobre os perigos que enfrenta todos os dias ao dividir com David Romero a coordenação de um programa líder em audiência durante a manhã, Rony não doura a pílula. Ele conta que os jornalistas da Rádio Globo Honduras estão sempre sob vigilância, que sofrem ameaças constantes e que se obrigam a estar sempre em lugares públicos para evitar alguma violência. "E se a gente viaja para algum lugar ou vai para espaços menos seguros, temos de avisar ao pessoal dos direitos humanos. Nada nos garante seguir vivos, mas é uma forma de a gente se proteger." Hoje o exército não está mais nas ruas de modo ostensivo, mas a violência segue, os assassinatos também.

Para quem veio até o CSE e viu o jovem jornalista de 25 anos defender com tanta convicção a vocação revolucionária do jornalismo, não deixou de ficar com uma pontinha de inveja. Num país onde a maioria dos escribas está soldo do capital, perdida da consciência de classe, parece cada vez mais difícil a prática daquilo que Rony definiu com bastante sensibilidade e que é o que a Rádio Globo Honduras faz: dizer a verdade ao povo.

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Re:

#89 Mensagem por Peter_North » 15 Abr 2010, 18:19

Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:O que acontece é que os militares se passram na hora de cumprir o ordenado pelos poderes da república Hondurenha. O congresso e o Judiciário decidiram tirar o executivo e pediram ao exército para fazer isso. COmo o exército se passou na hora de cumprir a ordem, estão sendo processados. O que aliás é grande prova de que o golpe não é militar: Os militares estão tão fora do poder que estão sendo acusados e serão julgados.
E novamente vai por água abaixo a esperança do Peter que as coisas que ele escreve aconteçam ou sejam verdade
Os militares não estão e nunca estiveram no poder. Quem removeu o executivo foi o legislativo e o judiciário, com o apoio de todo o resto do governo, incluindo os militares. Não foi, de forma nenhuma, um golpe militar. Se fosse, os militares estariam no poder. Pare de se iludir. Te pergunto: Quando os militares estiveram no poder em Honduras? NUNCA. Que merda de golpe militar é esse no qual os militares nunca estiveram no poder?

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Re:

#90 Mensagem por Peter_North » 15 Abr 2010, 18:26

Carnage escreveu:De qualquer forma os dados contrariam frontalmente o que o o Peter disse, pois ele afirmou categoricamente que o comparecimento foi recorde, e não foi, foi o menor de uma série histórica, e que este também foi muito maior que o da eleição do Zelaya, e não foi, foi menor. Ou seja, o Peter escreveu informações falsas.
Quem prescreve informações falsas aqui é tu, que se baseia somente no que há de pior do "jornalismo" brasileiro e vive a repetir propaganda política como se fosse jornalismo.

O que eu falei é a mais pura verdade. O ocomparecimento foi recorde sim, foram mais de cem mil pessoas a mais em relação ao recorde anterior, todos os dados estão disponíveis, por exemplo, na Wikipedia. Foram 2,298,080 eleitores em 2009, o que dá 50% dos eleitores. O recorde anterior era de 2,190,398, em 2005. É bem verdade que proporcionalmente diminuiu em 5%, mas em virtude da crise e dos confrontos que vinham acontecendo, é um comparecimento assombroso e mostra a vontade do povo de se livrar do maluco beleza Zelaya, que a essa hora deve estar sofrendo bombardeio de raios mentais emitidos por agentes judeus (palavras dele mesmo).

O imbecil do Lula resolveu ser joguete do Chavez e se fudeu. Que coisa linda. E lamento se os fatos vão contra a tua ideologia.

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