Nazrudin escreveu:Charlies Sheen, vc. passou do tema sexo para sexualidade e energia sexual e ampliou tanto o conceito que a mulher passou a ser mais sexuada que o homem simplesmente por ser o gênero mais complexo.
Cara, da onde tu tiraste que mulher é o gênero mais complexo? Quem desenvolveu as religiões, as artes, as filosofias e as ciências no percurso histórico foram os homens, não as mulheres. Eu não concordo que elas sejam o gênero mais complexo. O que eu enfatizei é que eles têm dinâmicas diferentes.
Nazrudin escreveu:Comprar um sapato, ir a restaurantes tudo isso provoca nas mulheres hemorragias de prazer! Mas é sexo? Acho que vc. exagerou na do sapato. Sapato para mulher é status, atender ao desejo de consumo, é provocar inveja em outras mulheres, muitas coisas antes de sexo. No extremo desse teu argumento um casal vai em um restaurante, o maridão querendo agradar para depois dar um créu legal, mas a mulher não precisa trepar ao chegar em casa por ela já está de barriga cheia e sexualmente satisfeita.
Se a mulher tivesse hemorragias de prazer por causa de um sapato ou restaurante, então isto seria um caso psicopatológico , mas não é disso que falei. Isso é exceção. O que eu me referi é a aplicação da libido – a energia do prazer – em diversos objetos, que realmente em mulheres parecem ser mais maleável, o que não quer dizer que eu acredite que ela é mais complexa. A satisfação do desejo não tem um caminho único. Mas importante: a libido encontra a expressão máxima de prazer no sexo, especialmente no orgasmo. Não há sentido no que tu falaste, de que um sapato vai substituir o sexo: não substitui nem quantitativamente nem qualitativamente, a não ser em casos que eu me referi – psicopatológicos – que são fetiches. O que tu se referiste – status, desejo de consumo, e seja o que for mais, tudo isso é o desdobramento de duas pulsões básicas –
eros e thanatos.
Nazrudin escreveu:É quase que a antítese do Bill Clinton para quem o sexo oral não era sexo, tudo agora é sexo, só que uma antítese que só vale para as mulheres. Sinceramente isso tudo me parece um exagero feminista e consumista.
Isso é Freud

não é feminismo. As forças da psique humana são impessoais, valem tanto para os homens quanto para as mulheres.
Nazrudin escreveu:Tem lugar no interior do Brasil que nem restaurante tem e sapato se compra a cada 10 anos. Nossos avós na roça não tinham essa frescura. Valia um pau duro, a pegada, uma boa chupada na xota e se a mulher ainda assim não tiver a fim, então o problema é dela. Eu fico com a minha observação prática confirmada por amigos, muitos casados. O homem gosta, quer e se pudesse fazia 2 vezes mais sexo que as mulheres em geral.
O que isso tem a ver com qualquer coisa? Eu me refiro à dinâmica a ao funcionamento da economia na psique humana, e tu vens me falar que no interior do Brasil nem restaurante tem e nem sapato se vende?? O exemplo que eu utilizei do sapato eu tirei do teu próprio exemplo para tentar ser didático, somente isso. Eu sei que a teoria analítica o povo estranha, o que não quer dizer que seja frescura ou coisa de feminista. Os seres humanos têm diversos níveis de complexidade, então o teu exemplo de roça é fora da casinha.
Tudo que eu expus tem a ver com a teoria analítica do Freud, o qual eu tenho um relativo conhecimento, de fonte mesmo, eu li o Freud, não li autores que analisam Freud. Foi um dos caras que mais estudou sexo e sexualidade humana deixando vários volumes de obras. Quem quiser criticá-lo tem que o entender melhor. Eu não sou freudiano, mas é que para analisar com um pouco mais de propriedade a gente precisa de algum substrato além das experiências dos amigos. E corre o risco de ampliar muito mesmo. Freud tinha ampla experiência clínica, e viveu no tempo dos nossos avós e bisavós.
Eu não me opus à conclusão da socióloga, eu tentei mostrar isso no meu texto antes. É possível que aparentemente o homem tenha mais interesse em sexo. Mas a energia sexual não é uma quantidade fixa – o homem nasce com um padrão e a mulher com outro- ela pode ser estimulada, e é provável que seja mais difícil estimular a energia sexual das mulheres, demora um pouco mais para ativar.
Ergon escreveu:Se deixarmos apenas por conta da natureza, o instinto sexual do homem é mais presente e isso faz parte do processo de seleção natural. O ideal é que a fêmea esteja em condição de escolher o melhor parceiro para o acasalamento e a reprodução, em vez de se entregar imediatamente. Claro que não estamos mais na Idade da Pedra e que muito mudou na relação homem/mulher por conta das mudanças na sociedade. Inventaram o casamento, que obviamente não garante a disponibilidade da esposa para o sexo a qualquer hora que o marido quiser. E a repressão da sociedade especialmente sobre a mulher, desde sua infância, é tão profunda que a faz transferir (sublimar) parte de seu instinto sexual para outras atividades (por exemplo, a arte, segundo Freud). Ainda hoje existe mulher que pensa que sexo anal é pecado. E haja papo para ela mudar de ideia...rsrsrs
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Há a liberação sexual feminina nos tempos atuais, mas não é de uma hora para outra que se apaga milênios de repressão. Por isso é difícil analisar até que ponto é biológico até que ponto é cultural o suposto menor interesse da mulher.Mas a sublimação foi um recurso usado mais por homens, e não é para qualquer um, não é qualquer zé do povo que consegue sublimar, precisa ter disposição genial para as artes,ciência, etc. Na satisfação da sublimação encontra-se um prazer que se pode equivaler ao sexo, não desejo de consumo por sapato.