mulheres da boca do lixo
Lançamento da Editora Multifoco aborda a prostituição barata no centro de São Paulo
Na rua dos Andradas, perto da Estação da Luz, um prédio vermelho chama atenção pelo movimento, um constante entra-e-sai de homens. A fachada, comum e bem cuidada, esconde o que funciona lá dentro. Quem se aventura pelo edifício descobre, espalhadas pelas escadas e em quartos criados com divisórias de madeirite, dezenas de prostitutas oferecendo programas a partir de R$15. É difícil vencer os degraus, já que elas, vestindo apenas calcinha e sutiã, ou vestidos decotados, puxam e disputam quase no tapa os homens.
Não longe dali, na rua Guaianazes, pequenos sobrados têm as portas abertas o dia todo. Quem entra descobre pequenos bordéis, em que as moças se apresentam em uma sala de visitas. O programa, que pode ser fechado por R$10, é feito em cubículos mobiliados apenas com um colchão no chão.
Na avenida Ipiranga e na Aurora, cinemas decadentes exibem filmes pornográficos enquanto garotas de programa circulam pelas fileiras, oferecendo seus serviços. Tudo pode ser feito ali mesmo, nas cadeiras de madeira ou no corredor. Na rua Aurora, pequenas boates tocam forró e black music enquanto os clientes pagam cervejas às moças da casa em troca de boquetes ou sexo – tudo acontecendo no próprio salão, na frente de todos.
Essas cenas acontecem todos os dias pelas principais ruas do centro de São Paulo e passam incólumes pelo cidadão comum. Em “Glamour e Boca do Lixo – histórias da prostituição no centro de São Paulo”, o leitor poderá conhecer esses lugares, histórias sobre cada um deles e sobre as mulheres que ganham a vida por ali. Os prédios treme-treme, os chamados “privês”, boates, as mulheres do Parque da Luz – tudo está nas páginas do livro, que será lançado em 15 de agosto pela Editora Multifoco.
As histórias das prostitutas e dos clientes são contadas em um tom informal, como que em um descompromissado passeio pela região central e seus segredos – sem moralismos ou julgamentos.
O livro é uma instigante reportagem, fruto de um trabalho de conclusão de curso de quatro jornalistas. Durante meses, os quatro autores frequentaram o baixo meretrício, conhecendo pessoas e lugares, ouvindo causos, assistindo cenas surreais. Dessa experiência surgiu Glamour e Boca do Lixo. A publicação ainda traz fotos que ajudam o leitor a se sentir ainda mais por dentro desse mundo cheio de particularidades.
Na porta das boates, os leões de chácara – hoje mais conhecidos como “laçadores” – convidam quem passa pelas ruas para conhecer as casas da luz vermelha. Aqui, nós convidamos você, leitor, a conferir o lançamento da obra na Bienal do Livro de São Paulo, e mergulhar nessas páginas, que são um verdadeiro tour pela boca do lixo paulistana.
Glamour e boca do lixo – histórias da prostituição no centro de São Paulo
Autores: Gustavo Pinchiaro, Luciano Costa, Renan Rodrigues e Ricardo Casarin. Fotos: Lívia Ramirez
Lançamento – 15/08 (domingo)
Bienal do Livro de São Paulo – Anhembi
Com sessão de autógrafos dos autores das 10h às 12h
Aqui http://glamourebocadolixo.blogspot.com/
Glamour e boca do lixo
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Glamour e boca do lixo
http://glamourebocadolixo.blogspot.com/ ... -lixo.html
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Re: Glamour e boca do lixo
Essas boites da rua aurora com sexo no salão eu nunca fui... Alguém já curtiu essa parada ai ???
Ximba
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Se esses caras acharam glamour nesses muquifos, são verdadeiros gênios.
Vou esperar o Carnage ler e postar os melhores momentos aqui.
Vou esperar o Carnage ler e postar os melhores momentos aqui.
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Re: Glamour e boca do lixo
Acho que o homem tem que estar muito "precisado" pra conseguir encarar essas mulheres.
Dar por R$ 15,00 é a total banalização do corpo.
Dar por R$ 15,00 é a total banalização do corpo.
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Re: Glamour e boca do lixo
me desculpe, mas penso que não é o preço que determina a banalização.cac2010 escreveu:Acho que o homem tem que estar muito "precisado" pra conseguir encarar essas mulheres.
Dar por R$ 15,00 é a total banalização do corpo.
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É verdade.cac2010 escreveu:Acho que o homem tem que estar muito "precisado" pra conseguir encarar essas mulheres.
Comigo acontece umas três ou quatro vezes por dia.
Quando eu fico apertado pra mijar, qualquer banheiro serve, por mais imundo que esteja.
Com sexo é mais ou menos a mesma coisa. Como não tenho tempo pra ir na zona três vezes por dia, tenho que ficar na punheta. Mas conheço gente que trabalha no centrão e vai mais de uma vez por dia.
Pagar mais de R$ 15,00 pra comer baranga é a total banalização do dinheiro.cac2010 escreveu:Dar por R$ 15,00 é a total banalização do corpo.
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Re: Glamour e boca do lixo
Curiosidade:
Esse 15 reais é por hora ou por serviço, tipo, gozou, acabou???
Esse 15 reais é por hora ou por serviço, tipo, gozou, acabou???
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Re: Glamour e boca do lixo
" Com a revolução sexual não obtivemos apenas as vantagens de olharmos para o sexo de maneira mais humana e menos pecaminosa, mas também como resíduo, obtivemos uma banalização do sexo. O sexo, nestas condições perde suas dimensões mais humanas, onde o encontro dos corpos consuma o encontro das almas, para manifestar apenas sua conotação mais primitiva e nitidamente animal: a manifestação do instinto sem a participação da razão e do sentimento.
Esta banalização, para uma imensa maioria das pessoas, resultou num distanciamento entre sexo e prazer, uma vez que tudo aquilo que se torna banal perde intensidade"
Carlos Hilsdorf
Esta banalização, para uma imensa maioria das pessoas, resultou num distanciamento entre sexo e prazer, uma vez que tudo aquilo que se torna banal perde intensidade"
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Re: Glamour e boca do lixo
Wilheim Reich, na década de 30, já observou que mecanizamos o sexo por termos medo dele, e que o verdadeiro prazer é subversivo às nossas estruturas sociais, embora ele não tenha morrido na prisão por causa dessas ideias, mas por causa de uma substância azulada, que ele alegadamente descobriu, chamado "orgônio" e que supostamente alterararia o tempo e curaria até câncer
lá nos arredores da Estação da Luz o prazer é banalizado não só pelas quengas de R$ 15,00, mas pelos vendedores de pedra da Cracolândia — para muita gente a vida é insuportável demais para ser vivida a seco, e se a morte chegar mais cedo (pelas drogas ou pela AIDS/tuberculose) tanto faz
não é só a banalização do sexo — a vida ficou mais banalizada também
lá nos arredores da Estação da Luz o prazer é banalizado não só pelas quengas de R$ 15,00, mas pelos vendedores de pedra da Cracolândia — para muita gente a vida é insuportável demais para ser vivida a seco, e se a morte chegar mais cedo (pelas drogas ou pela AIDS/tuberculose) tanto faz
não é só a banalização do sexo — a vida ficou mais banalizada também
Editado pela última vez por Dr. Zero em 31 Jul 2010, 14:01, em um total de 1 vez.
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Re: Glamour e boca do lixo
carnage bons tempos, adoro um moquiÇO (a grafia certa pacere ser esta),
estive na sampa desvairada, sempre acho essa megalopole cada dia melhor.
depois conto minhas aventuras no ORION.
estive na sampa desvairada, sempre acho essa megalopole cada dia melhor.
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Por aqui, o tradicional são 15 minutos e três posições (normalmente chupetex/de quatro/papai&mamãe). Gozou, acabou.cac2010 escreveu:Curiosidade:
Esse 15 reais é por hora ou por serviço, tipo, gozou, acabou???
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Re: Glamour e boca do lixo
Totalmente por fora esse Carlos Hilsdorf.pepsicool escreveu:"O sexo, nestas condições perde suas dimensões mais humanas, onde o encontro dos corpos consuma o encontro das almas, para manifestar apenas sua conotação mais primitiva e nitidamente animal: a manifestação do instinto sem a participação da razão e do sentimento
Carlos Hilsdorf
Quem defenderia que cagar ou escovar os dentes seja uma experiência transcendental? Ambas atendem a necessidades primitivas e nitidamente animais, exatamente como o sexo.
Não há nada de errado no puramente animal. Apenas as pessoas religiosas acham que há.
Se as mulheres pensassem um pouco e não tivessem tanto medo de perder a boquinha, aceitariam a terceirização de serviços sexuais da mesma forma que aceitam que uma faxineira limpe a casa em seu lugar.
Mas até as mulheres evoluem, é verdade que bem devagarzinho, então acho que, no futuro, essa atividade banal também será exercida por diaristas e as patroas vão preferir dedicar seu tempo a outras coisas, como estudar, jogar futebol com as amigas e lavar o carro. Aí pode ser que atinjam o mesmo estágio de desenvolvimento em que os homens já nos encontramos.
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Re: Glamour e boca do lixo
Bons tempos o do Cine Cairo, se bem que tinha muita bicha lá, mas eu morria de rir quando algumas garotas chamavam uns caras pra fazer perfomances no palco, hilário.
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Re: Glamour e boca do lixo
Tricampeão escreveu:Totalmente por fora esse Carlos Hilsdorf.pepsicool escreveu:"O sexo, nestas condições perde suas dimensões mais humanas, onde o encontro dos corpos consuma o encontro das almas, para manifestar apenas sua conotação mais primitiva e nitidamente animal: a manifestação do instinto sem a participação da razão e do sentimento
Carlos Hilsdorf
Quem defenderia que cagar ou escovar os dentes seja uma experiência transcendental? Ambas atendem a necessidades primitivas e nitidamente animais, exatamente como o sexo.
Não há nada de errado no puramente animal. Apenas as pessoas religiosas acham que há.
Se as mulheres pensassem um pouco e não tivessem tanto medo de perder a boquinha, aceitariam a terceirização de serviços sexuais da mesma forma que aceitam que uma faxineira limpe a casa em seu lugar.
Mas até as mulheres evoluem, é verdade que bem devagarzinho, então acho que, no futuro, essa atividade banal também será exercida por diaristas e as patroas vão preferir dedicar seu tempo a outras coisas, como estudar, jogar futebol com as amigas e lavar o carro. Aí pode ser que atinjam o mesmo estágio de desenvolvimento em que os homens já nos encontramos.
Boa!!!!!!!!!!!!! é por ai mesmo Tricampeão....
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