Compson escreveu:Apenas fazendo um pequeno esclarecimento...
O que fica parecendo para quem está de fora é que os alunos da USP querem que a polícia não entre no campus para que lá não se cumpra a lei...
Não é bem essa a questão. Embora a USP seja uma entidade estadual e seu campus seja aberto, ela é uma autarquia e seu campus é propriedade dela, possui prefeitura própria, com estrutura de manutenção e guarda de segurança independente da cidade de São Paulo. Portanto, o espaço da USP não é uma via pública, onde a PM tem poder de polícia... A PM só pode entrar lá com mandato ou se for chamada...
Portanto, é uma opção legítima da USP querer ou não a PM. Se estivesse havendo muitos furtos no câmara dos deputados ou na assembleia legislativa de SP, instituições que tem autonomia instituicional comparável à da USP, não ocorreria a ninguém criar rondas internas de polícia.
Sim, é uma opção legítima da USP querer ou não a PM, aliás é um tema de discussão muito antigo da universidade a de ter guardas armados ou não em seu campus. O problema é que a
minoria barulhenta dos frequentadores da USP não quer a PM, daí inclui-se cabeças-ocas de extrema esquerda e maconheiros filhinhos de papai. A maioria da comunidade USP considera a presença da PM uma segurança adicional. Não sei se você conhece o campus da USP do Butantã. Ao contrário da câmara dos deputados ou da assembléia legislativa, o campus da USP é um lugar enorme, totalmente aberto para entrada e saída de pessoas anônimas, e com vários lugares para um criminoso se enconder ou fugir. Com o agravante que a guarda do campus não anda armada.
Compson escreveu:Outra questão é sobre a segurança que a PM traria. Já tem alguns anos que a PM faz ronda no campus... O que muita gente tem "esquecido" é que no dia em que assassinaram o rapaz da FEA, havia uma blitz da PM a 200 metros do local, o que não serviu nem para evitar o crime nem para que os criminosos tivessem sido presos rapidamente.
Não sabia da blitz da PM que você citou. Tem a fonte? Você também falou "criminosos", é mais de um?
Diferente da blitz, o policiamento ostensivo tem como função realizar a prevenção dos crimes e passar segurança às pessoas pela simples presença visível do policial. Na blitz se houve falha da PM ou não, não invalida ou valida a presença atual da PM no campus da USP, pois o mesmo poderia ter ocorrido em qualquer rua da cidade.
Compson escreveu:O que se propôs oportunistamente após essa tragédia foi uma intensificação (o tal convênio), sem explicar exatamente para quê e com que atribuições e limites.
No Brasil sempre se adota alguma medida tardia após uma tragédia. É colocar cerca depois que roubaram teu boi. O reitor decidiu que a PM iria fazer o policiamento ostensivo após o assassinato do estudante. Se a decisão do reitor foi válida ou não, se foi democrática ou não, é outra história. Se o reitor (indicado pelo Serra) é um fdp ou não, também é outra história. Quem não teme a PM, acha bom, pois é uma segurança para os frequentadores. Agora quem teme/não gosta da PM, seja lá qual motivo... não precisa chegar ao ponto de imbecilidade de ficar atirando pedras em policiais (orientados a não revidar) nem ficar vandalizando o próprio campus.
Se os manifestantes tivessem algum argumento decente, só vi argumentos e exemplos muito fracos, frágeis...
Já foi o tempo que a USP foi palco de protestos que não eram fúteis como esses.
