Peter_North escreveu:Temos que ir tão atrás no tempo assim para achar um bom exemplo?
Nobre Peter, usei tamanho vulto em respeito a sua inteligência, visto que outros vultos ainda existem e poderão ser
citados nas décadas vindouras.. Mas o momento da economia mundial é bastante similar:
bom só para se ter uma idéia da importância de Machado de Assis e sua similaridade com o momento Histórico atual,
o Ex-Presidente do Banco Central "EDITOU" algumas cartas e contos de Machado sobre a situação econômica Nacional
da època... Não Citei o Visconde de Mauá nestes informes para não criar confusão, posso citá-lo em breve...
ECONOMIA EM MACHADO DE ASSIS, A
O OLHAR OBLIQUO DO ACIONISTA
Autor:
FRANCO, GUSTAVO H. B.
Editora: JORGE ZAHAR
Assunto: LITERATURA BRASILEIRA-CONTOS E CRONICAS
Trecho
1. [uma lambujem ao intermediário ...]
2 de setembro de 1883, Balas de Estalo
Em 22 de janeiro de 1883 o Tesouro Nacional contraiu junto aos Rothschild & Sons um empréstimo externo, a juros de
4 ½ % no valor de £ 4,6 milhões, sob a forma de bônus vendidos em Londres ao preço de 89%;1 com isso, e com as
comissões, o total captado foi de £ 4 milhões. A comissão de corretagem aos contratadores foi de 2 ¼ %, cerca de £ 90
mil, e o esquema de amortização era tal que os bônus estariam totalmente resgatados apenas em 1921. Entretanto, as
duas moratórias de 1898 e 1914 resultaram em estender o prazo do empréstimo, já misturado a outros reescalonados,
em mais 26 anos, e com isso os volumes reescalonados foram alcançados pela moratória de 1931.2 O mesmo tratamento
foi dado às apólices do empréstimo de 1895 que o próprio
Machado declara possuir em seus dois testamentos de 1898 e
1906, que veremos no Capítulo 40. As moratórias atingiram
Machado, mas a inflação foi-lhe muito mais cruel; esses títulos
não tinham correção monetária, que somente seria inventada nos anos 1960. Na verdade, justamente para "limpar" o
terreno para o uso mais amplo da correção na dívida pública, em 1967, por iniciativa do ministro Roberto Campos, os
empréstimos "velhos", dentre os quais o de 1895, e cujo valor real havia sido corroído quase que totalmente por mais de
meio século de inflação, foram resgatados na íntegra, para o que o Tesouro gastou quantias irrisórias. Os bônus não
apresentados para resgate, exclusivamente pelo desinteresse de seus possuidores, foram declarados prescritos.
Recentemente, um projeto de lei procurou instituir retroativamente a correção monetária para esses empréstimos
antigos que não foram apresentados para resgate em 1967. As belas cautelas que enfeitavam paredes, ou que eram
vendidas em camelôs no centro do Rio e nos "buquinistas" de Paris, desapareceram. A feitiçaria chegou a prosperar em
alguns tribunais, e a assustar o Tesouro Nacional. A "lambujem", incluída no principal do empréstimo de 1883, quase
ressuscitou multiplicada pela ação da correção monetária!
wheresgrelo escreveu:
sobre funcionários públicos que foram para a iniciativa privada e ficaram "Rico$" acho que isso é questão de ponto de vista
assim como a visão que V.sa tem sobre as oportunidades da mesma iniciativa sobre os desprovidos de BUDGET CAPITAL.
Geralmente, o empreendedor com Zero Capital se torna apenas presa fácil para o investidor capitalista, isso é fato. Quem
não tem capital inicial para começar o próprio negócio, não tem condições de montar uma Startup Decente, não conhece
o processo das Aceleradoras de Empreendimentos, JAMAIS, terá como obter sucesso, nem o Brasil, nem em qualquer parte
do mundo. Fora aquela que se tornam presa dos SEBRAE da vida....
Enfim.
Para Refletir, agradeço a oportunidade para essa explanação..
WG