oGuto escreveu:Se pensarem bem, a questão das mulheres serem ou não interesseiras está inserida no contexto da rivalidade masculina.
No fundo, a bronca é contra aquele que tem mais dinheiro do que a gente, entrando a mulherada de carona nessa estória.
Ou seja, ser preterido por uma mulher não teria efeito nenhum se não houvesse na parada outros homens que não o serão.
Mais fácil, portanto, depreciar a mulherada do que se sentir rebaixado por outro homem.
Caro
oGuto,
A rivalidade feminina no jogo da conquista é muito pior do que a masculina. A bronca delas é contra a periguete, a perua, a puta ou qualquer outra mulher mais bonita e/ou mais gostosa que atraia a atenção (e o pau) dos homens. Pelo seu raciocínio, o fato de nós preterirmos uma mulher (uma baranga, p. ex.) também não teria efeito nenhum para ela se não houvesse na parada outras mulheres.
Creio que, no fundo, o seu comentário remete àquela velha estória de que homens e mulheres procuram, no sexo oposto, o indivíduo com melhores condições de gerar prole e preservar a espécie. Homens preferem uma fêmea bonita e saudável, enquanto mulheres buscam um macho provedor. Porém, essa busca somente faz sentido se houver outros indivíduos do mesmo sexo para comparação. É a competição evolutiva. Daí a origem da rivalidade que mencionou, presente entre os homens, e, de modo mais acirrado, entre as mulheres (é mais fácil haver uma amizade sincera entre homens do que entre mulheres).