Alunos da USP em conflito com a PM

Espaço destinado a conversar sobre tudo.

Regras do fórum
Responder

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#616 Mensagem por Compson » 25 Fev 2014, 11:47

Vão só alguns toques sobre as barbaridades de sábado:
Ilegalidades nas ações da PM devem inflar atos de março
Bruno Paes Manso

Já se passaram oito meses desde junho, quando os protestos começaram nas ruas de São Paulo. Faltam quatro meses para a Copa. Houve tempo para que as autoridades tentassem compreender o que está ocorrendo, mas depois da noite de sábado fica cada vez mais evidente que a PM e a Secretaria de Segurança navegam como uma nau sem rumo. A direção varia conforme o vento e o humor da opinião pública, com estratégias que mudam de acordo com o coronel que comanda o leme. Não existe uma clara visão de Governo sobre o problema. Quem decide sobre esse temas tão delicados para o Estado parecem ser os coronéis, como se as manifestações fossem caso de polícia em vez de uma questão política.

Na tarde de ontem, o comando da PM comemorava o “sucesso” da intervenção. O que talvez os militares não perceberam, mas que estava evidente pela repercussão nas redes sociais e pelas novas articulações que passam a ser feitas, é que muito provavelmente eles jogaram mais gasolina na fogueira. Movimentos sociais passam a reforçar o coro que antes estava mais restrito aos black blocs. É como se os ilegalidades cometidas pelas autoridades legitimassem a luta nas ruas. Algo que já havia ocorrido em junho. As jornadas ganharam fôlego na mesma proporção em que autoridades praticaram abusos testemunhados pela população. Jornalistas ainda não aprenderam a prever o futuro. Mas a partir do que vi no passado, eu poderia apostar: a manifestação do dia 13 de março vai ser maior.

O blog conversou no domingo com outros jornalistas, advogados, manifestantes e autoridades que participaram dos protestos no sábado. Os abusos foram incontáveis. A detenção para averiguação, por exemplo, que já vinha sendo contestada desde junho por ser anticonstitucional, passou a ser feita no atacado, sem qualquer constrangimento. A prática foi comum ditaduras, quando suspeitos eram detidos para serem fichados pelo regime. Com a reinstaurarão da democracia, apenas aqueles que fossem pegos praticando crimes em flagrante poderiam ser levados. Não foi o que se viu ontem. Entre as mais de 300 pessoas detidas, ninguém estava de fato desrespeitando a lei. Em algumas das sete delegacias onde estavam, advogados e detidos relataram que foram tiradas fotos de pessoas com nomes escritos em plaquinhas. Cena que provocou arrepios em antigos opositores do regime militar que a testemunharam.

O uso da força, para variar só um pouquinho, foi ilegítimo. O que se viu foi violência. Uma jornalista de O Estado de S. Paulo, há pouco mais de um ano na redação e recém saída da faculdade, levou uma pancada com cassetete na cabeça e apanhou junto com um grupo de cerca de 50 pessoas que estava rendido no Vale do Anhangabaú. Os policiais deixaram o grupo sair do cerco e depois passaram a correr atrás deles para detê-los e, em alguns casos, agredi-los. Qual o objetivo desse absurdo? São policiais ou são holigans?

Um jornalista de O Globo levou um sossega leão e foi puxado pelo pescoço por mais de 20 metros porque filmava policiais trabalhando. Disse que era repórter e teve o celular quebrado. Foi solto minutos depois por um capitão ao avisar que iria denunciar o abuso na Corregedoria (órgão que; aliás, desde junho, não puniu nenhum policial por abusos nas manifestações). O sossega leão foi apenas uma das equivocadas demonstrações de violência da chamada Tropa de Braço ou Tropa Ninja, formada por lutadores de artes marciais que, segundo testemunharam jornalistas, deram suas braçadas sem identificação nos uniformes.

Um fotógrafo, inclusive, teve seu equipamento quebrado pelos policiais. Nas delegacias, advogados que ajudavam manifestantes foram acusados por alguns de seus pares de buscarem ilegalmente sua clientela. Um profissional voluntário foi agredido por outro advogado. Jornalistas e advogados não são piores nem melhores que manifestantes. A gravidade de que agressões sejam direcionadas a estes profissionais é que deixa clara a intenção de coibir acesso a direitos e a informação.

O que estava claro é que havia uma nova estratégia da PM para lidar com os protestos. O plano do coronel Celso Luís Ferreira era bem diferente do levado ao cabo por seus antecessores. Foi abandonada as tentativas de diálogo que o coronel Reynaldo Rossi tentara estabelecer nas ruas durante as manifestações anteriores. Rossi foi transferido depois de ser agredido na rua por manifestantes no ano passado. O desgaste do quebra-quebra vinha levando naturalmente a um desgaste dos protestos, que perdia apoio popular.

Na nova tática, voltava para o front o tenente-coronel Ben-Hur, que acabou perdendo o controle de seus policiais em junho, quando eles se refastelaram em agressões contra manifestantes diante das câmeras, evento que acabou se transformando no gatilho para trazer a massa da população aos protestos e catapultar as jornadas de junho. Naquele dia, a PM achou que conseguiria impedir a chegada dos manifestantes na Avenida Paulista. Deu no que vimos. Mas a crença da polícia em sua onipotência estava de volta.

No início, segundo os relatos, os protestos estavam tranquilos e havia cerca de 2 mil pessoas nas ruas, muitas delas vindos dos blocos de carnavais do centro. A PM usou dois mil homens para tentar sufocar os protestos. Agrediu e bateu nos manifestantes para depois celebrar o sucesso da ação. Para usar os termos militares, talvez tenha ganhado a batalha, mas não a guerra. Junho mostrou que as manifestações podem reagir como uma Hidra. Ao cortar uma de suas sete cabeças, novas cabeças aparecem. Em vez de sufocar, violência garante mais fôlego aos manifestantes.
http://blogs.estadao.com.br/sp-no-diva/ ... -sem-rumo/

Para ouvidor das polícias, tática usada pela PM em São Paulo cerceia direito de manifestação
'É inadmissível', afirma Fernandes Neves. 'A polícia só pode agir a partir do momento que acontece crime'. Ouvidor reclama de falta de punição e sugere sanção aos comandantes
http://www.redebrasilatual.com.br/cidad ... -9440.html

PM usa tática proibida na Alemanha para reprimir manifestantes
http://spressosp.com.br/2014/02/pm-usa- ... festantes/

Simplesmente ilegal:

http://www.youtube.com/watch?v=2tR6VTUrqUk

Motivo para prisão e exoneração imediata:
"Tivemos que fazer as interseções [cerco] antes que a ordem fosse quebrada, já que havia iminente e grave probabilidade [de início de depredação], segundo os agentes infiltrados." [coronel Celso Luiz Pinheiro]
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... a-pm.shtml

Na manifestação não pode: vinagre, Pinho Sol, paçoca, dinheiro...

Polícia paulista apreendeu R$ 984 de manifestante
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidi ... ante.shtml

E você vão continuar falando que este país é uma "democracia apesar de todos os problemas"?

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#617 Mensagem por Compson » 25 Fev 2014, 19:46

Dois canalhas:

Alckmin repete PM e diz que 'tropa do braço' teve êxito durante protesto
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/ ... testo.html

Haddad diz que 'pelotão ninja' busca equilíbrio na ação em protestos
http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 4442,0.htm

Só apontando que, em algumas semanas de quebra-pau na Venezuela, prenderam menos gente que numa tarde de protestos em SP... E lá o pessoal quer derrubar o governo à força!

http://s23.postimg.org/cp4vfo2rf/179857 ... 9232_n.jpg

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#618 Mensagem por Mistar Gaga » 26 Fev 2014, 04:10

Demorou para a polícia ser enérgica com esses desocupados. Pau neles!

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#619 Mensagem por Compson » 27 Fev 2014, 17:11

Disciplina militar pra isso...
A história do PM que bateu no delegado revela como é profunda a crise na segurança em SP
Bruno Paes Manso

Poderia ser mais um fato isolado, resultado do cotidiano estressante da carreira dos policiais que atuam em São Paulo. Mas não é só isso. A história do delegado de 49 anos que apanhou de policiais militares da Rota na última quinta-feira, em Rio Claro, no interior de São Paulo, revela a profundidade da crise estrutural de nossas polícias e a necessidade de reformas. As promessas de aproximação entre as corporações são antigas, tem quase 40 anos, mas policiais militares e civis ainda agem como se fossem rivais.

Eram 19 horas da última quinta-feira quando PMs da Rota chegaram à delegacia em Rio Claro levando um suspeito que eles acreditavam ser procurado pela Justiça. O delegado fez a pesquisa no sistema e viu que os PMs estavam enganados. Um mandado havia sido expedido em junho e foi cumprido dois meses depois. Não havia nenhum novo pedido na Justiça, o que significava que o suspeito não podia ser preso. Era o motivo para o clima começar a esquentar na sala do plantão. O soldado da Rota insistiu e disse que o sistema havia se enganado. O delgado mostrou os dados ao policial, que não se deu por satisfeito.

O tenente da Rota que acompanhava a cena ao lado começou a rir e a debochar do delegado, que perguntou o motivo das risadas. Ouviu em resposta: “Aqui é Rota e aí é bandido. Água e óleo não se misturam”. Ao mesmo tempo, o tenente apontou uma pistola ponto 40 para o delegado. Advogados e cidadãos que estavam na delegacia acompanharam o barraco. O oficial disse ainda que o delegado era um “bost..” e saiu junto com seus comandados para a varanda da delegacia.

O delegado foi atrás dos PMs para se certificar do nome dos que o agrediam. O tenente fez menção de esfregar seu uniforme na cara do delegado. Em seguida, empurrou o delegado com as duas mãos contra seu peito. Os óculos do delegado caíram no chão. Nesse momento, os outros policiais pisaram nos óculos, que quebraram. Alguns advogados no plantão chegaram a filmar a cena com celulares, mas também foram ameaçados pelos PMs. Apesar de agredido, o delegado diz que não deu voz de prisão aos militares por causa das ameaças e pressões que sofreu.

O delegado registrou o boletim de ocorrência, que este blog teve acesso e usou para descrever a cena. Este registro também foi enviado aos comandos e corregedorias das duas polícias. O blog entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e com a PM para saber dos desdobramentos do caso.

Quando, em 2006, eu escrevi o livro O Homem X – Uma reportagem sobre a alma do assassino em SP, entrevistei policiais que mataram e participaram de grupos de extermínio nos anos 1980 e 1990. Alguns explicaram que a desconfiança dos policiais civis era um dos motivos para que eles “matassem os ladrões”. Na crença dos PMs, de nada adiantava prender ”o vagabundo”, que depois seria solto na delegacia em troca de propina. Depoimento semelhante foi dado depois ao coronel Adilson Paes de Souza, que também entrevistou PMs homicidas em sua dissertação no curso de direito do Largo S. Francisco da USP. Matando, eles faziam justiça privada, ação que encaravam como um atalho para a lentidão da justiça.

Os PMs não tiravam essa ideia da estratosfera, mas da realidade observada nas ruas. Não era à toa a desconfiança junto aos delegados.

O grave é que tudo continua igual, assim como essa tensão entre as corporações permanece até hoje. A briga entre Rota e delegado foi só a explosão de um sintoma do problema. Não é à toa que permanece caótica a capacidade do Estado em punir aqueles que praticam crimes graves. E não é por menos que os roubos seguem em ascensão contínua, como mostram mensalmente os dados oficiais do Governo de SP.

A reforma das Polícias e temas relacionados à segurança pública é um tema que este ano devem fazer parte dos debates para presidente. Os três últimos presidentes se omitiram temendo prejuízos políticos que o assunto poderia trazer aos seus mandatos. Não é mais possível se omitir.

Para aqueles que se interessam pela discussão, segue abaixo uma das propostas de reformas atualmente debatidas. Outras estão na ordem do dia e o blog também abrirá espaço para que possamos debate-las.
http://blogs.estadao.com.br/sp-no-diva/ ... seguranca/

Recomendo enfaticamente o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=O9HcIgOfqSY

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

PRS
Forista
Forista
Mensagens: 3164
Registrado em: 17 Set 2002, 19:32
---
Quantidade de TD's: 100
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#620 Mensagem por PRS » 27 Fev 2014, 20:31

Essa briga entre PM e Polícia Civil é algo que arrasta-se a décadas ; a unificação das forças é a úncia saída mas governador nenhum, em nenhum estado, se arrisca a tanto.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Mistar Gaga
Forista
Forista
Mensagens: 1027
Registrado em: 26 Nov 2012, 21:24
---
Quantidade de TD's: 24
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#621 Mensagem por Mistar Gaga » 27 Fev 2014, 22:55

Tive um tio sargento da Rota. Meu tio, com todo respeito que tinha por ele, não era o que poderia ser chamado de pessoa equilibrada. Ainda adolescente, eu me perguntava intrigado como o poder público dava armas nas mãos de uma pessoa como meu tio a dizer-lhe let's go cop let's go. Porém não só ofereceu farda e armas para meu tio como um certo prestigio e possibilidade de ascensão.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

marvosa5
Forista
Forista
Mensagens: 1395
Registrado em: 11 Jan 2011, 17:59
---
Quantidade de TD's: 133
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#622 Mensagem por marvosa5 » 28 Fev 2014, 12:13

PRS escreveu:Essa briga entre PM e Polícia Civil é algo que arrasta-se a décadas ; a unificação das forças é a úncia saída mas governador nenhum, em nenhum estado, se arrisca a tanto.
Unificar talvez atenuasse bastante esse conflito, mas se os governos procurassem resolver os principais problemas particulares de ambas as forças também ajudaria muito. Uma sociedade doente, consequentemente forças da lei também com suas doenças...

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#623 Mensagem por Compson » 28 Fev 2014, 12:26

PRS escreveu:Essa briga entre PM e Polícia Civil é algo que arrasta-se a décadas ; a unificação das forças é a úncia saída mas governador nenhum, em nenhum estado, se arrisca a tanto.
Acho que nem pode, pois a separação das esferas de atuação da PM e da Civil é constitucional, se não me engano... Pra mudar isso, só com PEC.
Mistar Gaga escreveu:Tive um tio sargento da Rota. Meu tio, com todo respeito que tinha por ele, não era o que poderia ser chamado de pessoa equilibrada. Ainda adolescente, eu me perguntava intrigado como o poder público dava armas nas mãos de uma pessoa como meu tio a dizer-lhe let's go cop let's go. Porém não só ofereceu farda e armas para meu tio como um certo prestigio e possibilidade de ascensão.
A PM, do jeito que está estruturada, é um para-raio de malucos... Você ganha uma arma, autoridade militar e um passe livre de impunidade. Maluco autoritário com colhão vira traficante; maluco autoritário bundão vira PM... Com todo respeito ao seu tio.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#624 Mensagem por Compson » 28 Fev 2014, 12:41

Loucademia...

Polícia do Rio terá Robocops contra manifestações
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/p ... s-27022014

Deve estar difícil pros humoristas com tanta competição!

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#625 Mensagem por Compson » 28 Fev 2014, 12:48

E já que o assunto não é só polícia, mas também USP, a política anti-greve do Grandino "chama a PM" Rodas quebrou a universidade...

USP gasta mais do que recebe há 3 anos
Principal motivo da crise financeira é a alta dos gastos com pessoal; auxílios para pós-graduação serão cortados e atividades, revistas
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 5578,0.htm
A alta de salário dos técnicos foi de 67% entre 2010 e 2013, além do salto de 10% no número desses servidores. Os docentes tiveram reajuste de 26% no período e o número de professores ficou praticamente estável. "O plano de carreira foi um dos principais fatores (que levaram à crise). Outro foi a contratação de 2.600 funcionários nos últimos quatro anos", disse o reitor Marco Antônio Zago ao Estado. O peso do gasto com salários de técnicos passou a responder por quase metade da folha da USP em 2012.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Carnage
Forista
Forista
Mensagens: 14726
Registrado em: 06 Jul 2004, 20:25
---
Quantidade de TD's: 663
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#626 Mensagem por Carnage » 28 Fev 2014, 13:18

http://www.redebrasilatual.com.br/cidad ... -4950.html
Especialista afirma que maior parte dos dados de segurança pública em SP é falha
Coronel reformado avalia que governo paulista deve atuar para integração das polícias e que conceder prêmios não melhora motivação


São Paulo – O coronel reformado José Vicente Silva Filho, professor do Centro de Altos Estudos em Segurança da Polícia Militar de São Paulo e membro do Fórum Nacional da Segurança Pública, avalia que metade das estatísticas que a Secretaria da Segurança Pública paulista apresenta trimestralmente não tem serventia para análise de evolução da violência no estado de São Paulo. Segundo o coronel, dados de roubos, por exemplo, podem ser duplicados. Estupros teriam de ser multiplicado por dez. “Não há como você avaliar um crime que menos da metade é notificado. É estatística inútil”, afirmou.

O Instituto Sou da Paz divulgou ontem (26) um estudo com base nos dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública, comparando o último trimestre de 2012 com o de 2013. O trabalho aponta para uma redução de 24,1% no número de homicídios e 19,9% no de estupros. Mas também um aumento de 26,6% nos sequestros, 26,2% nos roubos de veículos, 17,9% nos roubos em geral e 15,4% nos latrocínios.

“Esse dado do estupro é absolutamente imprestável. Nós temos uma pesquisa sobre vitimização, de 2012, realizada em parceria entre Instituto Datafolha e Ministério da Justiça, que ouviu 80 mil pessoas e indica que o registro de crimes sexuais é menor que 10%”, avalia Silva Filho.

No caso de roubo seguido de morte, o dado é ainda mais irrisório. “Não tem como quantificar latrocínio. Isso é só uma curiosidade estatística. Se nós tivermos cerca de 600 mil assaltos (363.997 oficialmente, o coronel considera a duplicação do número, por conta da subnotificação) e 379 latrocínios é praticamente uma morte a cada 1.600 assaltos. Isso quer dizer que a chance de não se morrer em um assalto é de 99,94%”, questionou o coronel reformado. O índice deveria ser acrescido ao de homicídios, já que tal ocorrência, na prática, é a mesma.

Para ele, as polícias paulistas deviam se debruçar sobre aqueles dados que são mais confiáveis, como homicídio, furto e roubo. “A função da estatística é descobrir onde o problema é mais intenso para conseguir desenvolver políticas para reduzi-lo. São mais de 250 roubos de carro por dia. Esse é o grande absurdo em São Paulo hoje em dia. E nesse crime é praticamente todos os casos são registrados”.

Outro crime que cresce cotidianamente, mas não recebe tanta atenção são os roubos a postos de gasolina. O coronel cita um levantamento realizado em 2010, pelo centro de altos estudos, em que foi constatado que 50% destes estabelecimentos são assaltados todo ano. Se nada mudou de lá para cá, e temos quase 4 mil postos, são ao menos dois mil assaltos. Drogarias também. Por que são mais vulneráveis, o caixa fica praticamente na calçada.

Para Silva Filho, a principal questão para melhorar os índices de segurança no estado, é conseguir fazer a Polícia Civil e a Militar atuarem em conjunto. “Há uma certa divergência entre as forças. Ampliada por uma quebra na evolução salarial conjunta que havia e foi rompida pelo governo. Nós só vamos ter ganhos efetivos quando tiver uma polícia única, mas isso está longe de ocorrer”, afirmou.

“O problema que nós temos aqui é que em homicídios as polícias Civil e Militar podem até atuar separadamente e alcançar um um bom resultado. Porém, nos crimes contra o patrimônio, é preciso uma constante cooperação entre as duas polícias”, explicou.

Para ele os prêmios de motivação anunciados no fim do ano passado pelo governador Geraldo Alkmin (PSDB) são um paliativo ineficaz “Não é isso que vai contribuir para a motivação. Ele só atinge umas poucas pessoas. Tem de ter prática de gestão, planejamento, cobrança de resultados. Isso sim vai afetar a criminalidade”, avaliou.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#627 Mensagem por Compson » 28 Fev 2014, 18:39

Justiça absolve policial do Bope que matou inocente ao confundir furadeira com arma
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ul ... m-arma.htm

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#628 Mensagem por Compson » 01 Mar 2014, 13:39

Aqui só tem tã-tã:

Ex- professor de Direitos humanos da PM é atacado por oficiais em rede social
http://blogs.estadao.com.br/sp-no-diva/ ... de-social/

Destaco:
Dimitri Sales: ”A ação da Polícia Militar de São Paulo na manifestação do último sábado foi tão arbitrária, que a OAB/SP, enfim, se manifestou. De forma coerente, o presidente Marcos da Costa repudiou a “ação premonitória” da PM e apontou abusos. Segundo a imprensa, será criado um grupo para investigar a ocorrência de abusos e denunciá-los! Já o Coronel que comandou a operação aprendeu direitinho com o Governador Geraldo Alckmin ao afirmar que “se algum policial cometeu algum desvio, isso vai ser apurado”… Só que não! Até então nenhum ato de abuso cometido durante as manifestações de 2013 foi punido! E por falar no Governador, mais uma vez Alckmin comete um impropério que desqualifica o cargo que ocupa! Perguntado sobre a ação praticada pela Polícia Militar, ao invés de zelar pelas leis, estimula o arbítrio: “Muito bem sucedida. Tivemos menos confronto, menos violência, menos depredações, menos pessoas feridas, menos estragos de uma maneira geral”… Ou seja, em nome da ordem, às favas com a lei!” Geraldo Alckmin não aprendeu com junho de 2013, vai amargar um agitado março de 2014!”

Um tenente começa o debate:

“Então me responda Sr Dimitri Sales … O que seria razoável de acordo com seu ponto de vista???Os policiais simplesmente observarem a depredação de tudo e cruzarem os braços??? Ou apanharem em uma face e darem a outra para apanhar???Não entendi a arbitrariedade neste caso…”

O diálogo pareceu que transcorreria de forma respeitosa. Dimitri responde:

“Meu caro, há a exata medida e a Corporação não a desconhece. É dever da Polícia evitar a depredação e não é direito de ninguém agredir qualquer pessoa, tampouco policiais. A ação do último sábado foi “preventiva” e, no Estado de Direito, é incabível cerceamento de liberdades por mera precaução.
A Polícia tentou inovar no método de ação, adotando uma medida extremamente controversa. No meu entendimento, inadequada”

Outros alunos entraram na discussão. Foi quando a barra começou a pesar. Outro tenente passa ao ataque:

“Professor, o senhor fala de mais, mas NUNCA, nem nos bancos da gloriosa ACADEMIA o senhor não nos ensinou como atuar. (…) De admirador de sua pessoa, passei a desconfiar de sua postura, que se transveste de defensor dos Direitos humanos, mas na verdade só defende o “errado”. Pra mim o senhor só fala e não FAZ NADA. O PCC dominando o País, policiais e cidadãos de bem morrendo todo santo dia e o SENHOR NÃO FALA NADA SOBRE ISSO NUNCA. SÓ FICA DE BLÁ BLÁ BLÁ. NA BOA… ME DÁ LICENÇA”

Houve quem tentasse manter o debate em nível elevado, tentando convencer o professor da legitimidade da ação.

“Não existe cerceamento de direitos (lembrando que NENHUM direito é absoluto quando se trata de ordem pública), tampouco existe “ação premonitória” quando policiais agem com base em fundadas suspeitas, estas baseadas na análise de comportamentos e contextos acontecidos reiteradamente em manifestações anteriores”.

Só que os ressentimentos começam a transparecer. Um oficial aproveitou para desabafar em caixa alta:

“PORRA, JÁ QUE É PRA FALAR MAU DA PM, PQ NÃO SE FALA DA MERDA QUE É O SALÁRIO???? PQ NÃO SE FALA DAS CARGAS HORÁRIAS QUE FODEM COM A SAÚDE FÍSICA E PSICOLÓGICA DO SER HUMANO POLICIAL MILITAR???? PQ NÃO SE FALA QUE O PM NÃO TEM SÁBADO. DOMINGO, NEM FERIADO???? NOS ESTAMOS SENDO ATACADOS POR TODOS OS LADOS. NÃO TEMOS FUNDO DE GARANTIA, NÃO TEMOS AUXÍLIO RECLUSÃO, NÃO TEMOS AUXÍLIO JURÍDICO, NEM DEFENSORES PÚBLICOS…. TODO MUNDO QUERENDO NOS FODER… EU CANSEI, DESISTO DE DEFENDER UMA SOCIEDADE QUE SÓ ME FODE 24 HORAS POR DIA. SE ATUAMOS RESPONDEMOS POR ABUSO, SE NÃO ATUAMOS ESTAMOS PREVARICANDO… PORRAAAA QUE MERDA É ESSA??? ACABOU A BRINCADEIRA CACETE, TEM PAI DE FAMÍLIA MORRENDO. E AQUELE SENHOR QUE TEVE SEU FUSCA INCENDIADO COM A FAMÍLIA DENTRO QUANDO PASSAVA POR UMA MANIFESTAÇÃO???? E ELE E SUA FAMÍLA???? QUERO VER QUANDO UM AMIGO PESSOAL OU UM PARENTE DO SENHOR TOMAR UMA ESTILETADA NO GOGÓ, UMA COQUETELZADA MOLOTOV NA CABEÇA E SAIR PEGANDO FOGO E MORRER ICENDIADO, DAI EU QUERO VER ALGUÉM FALAR QUE A PM DEVERIA TER FEITO ISSO OU AQUILO. PRA MIM, QUEM DEFENDE O CAPETA TRABALHA PRA ELE!!!!!”

Para o mesmo completar: “Porra meu o cara nunca ensinou como deveríamos atuar, só falava que é pra perguntar pro travesti se ele quer ser chamado de senhor ou senhora. Porra o cara só defendo gente do lado errado, só quem faz merda!!! Enviados do capeta que vieram pra roubar, matar e destruir. Um dia ele será vítima de seu própria “criação” !!!!”

O tenente continua o desabafo:

“Exatamente! Durmi no barulho dele durante os tempos acadêmicos! Me formei e achei que o mundo era mil maravilhas, que com o diálogo poderíamos mudar o mundo! Dai certo dia eu fui dialogar com uma LADRÃO e ele me deu 4 tiros e eu dei 15 e acertei 13 nele. Porra só queria dialogar e o cara me senta o aço?!?!? Naquela data eu acordei. O mundo não é feito de diálogo porra nenhuma

Outro afirmou: “É facil falar mal… Falar dos mais de 20 PMS mortos esse ano só em São Paulo ele não fala. Tambem não vi nenhuma Comissão de DH em todos enterros que fui. Não me recordo se trabalhou na Secretaria de DH ou em alguma Comissão ou em ONG, mas sei que era da area. E NUNCA TE VI ajudar nenhuma familia vitima de algum crime ou familia de algum PM.

Um oficial adepto do Jiu-Jitsu também se manifesta: “Vergonha de ter tido um professor que defenda os baderneiros…que julgue ser certo a “manifestação” com baderneiros que todos já sabiam ser quem era!!! E outra, o direito de “gritar e espernear” (ou se manifestar) não lhes foi cerceado!!! Ninguem estava com as bocas amarradas!!! A ação foi extremamente legitima e legal. Agora se nosso “professor” (vergonha de dizer isso agora…) quer somente polemizar…paciência… Hoje inúmeros filhos órfãos de PM estão sem nenhum amparo desses que se dizem “Direitos Humanos”… Infelizmente Sr Dimitri Sales… desta vez você simplesmente nos decepcionou… E depois de tudo o que li acima concordo com todos…a postura duvidosa…o medo de realmente AGIR e ficar só falando mal dos outros…a campanha eleitoreira…não duvido de nada disso…triste…vamos mudar o nome dos “Direitos Humanos” para “Direitos dos Manos”…ou Direitos do que é errado”…

As mágoas não param de aflorar. Sentimento que também parece contagiar a tropa, como vemos nas atitudes destemperadas dos policiais nas ruas. Outro tenente afirma:

“SIM! Porque até eu, COM MINHA FORMAÇÃO TÃO INFERIOR, aliás, qualquer um sabe: O GRUPO DOS BLACK BLOCKS É UMA ARTICULAÇÃO POLÍTICA!!! Recebem para fazer isso, ESTAMOS EM ANO ELEITORAL… logo: 1) Se a Polícia aguarda o início da manifestação violenta e age, É REPRESSORA; 2) Se a Polícia deixa que quebrem tudo, É OMISSA; 3) Se age preventivamente, contendo um grupo que TODOS NÓS (SEM HIPOCRISIA) sabíamos que iria SE MANIFESTAR DE MANEIRA VIOLENTA, o senhor fica MAGOADO e CRUCIFICA A CORPORAÇÃO QUE ABRIU AS PORTAS DE SUA ACADEMIA DE OFICIAIS, CONCEDENDO-LHE A CADEIRA DE MESTRE DE DIREITOS HUMANOS; Pelo que vejo, o coro “CHAMEM O BATMAN DA PRÓXIMA VEZ” soa cada vez mais alto e com mais clareza!!!”

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

PRS
Forista
Forista
Mensagens: 3164
Registrado em: 17 Set 2002, 19:32
---
Quantidade de TD's: 100
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#629 Mensagem por PRS » 01 Mar 2014, 15:43

É.E o pior é que não são os únicos ; boa parte dos PMs acaba radicalizando - conheço vários que já estão no tacando o foda-se .

A verdade é que a mesma população que reclama que não atua é a mesma que reclama que atua demais.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Compson
Forista
Forista
Mensagens: 6415
Registrado em: 21 Nov 2003, 18:29
---
Quantidade de TD's: 135
Ver TD's

Re: Alunos da USP em conflito com a PM

#630 Mensagem por Compson » 01 Mar 2014, 18:14

"Nada mais parecido com um conservador que um liberal no poder..."

Ministério pede que SP ‘exporte’ tropa ninja antiprotesto
http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 5944,0.htm

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Responder

Voltar para “Assuntos Gerais - OFF Topic - Temas variados”