Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

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Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#1 Mensagem por florestal » 13 Mai 2015, 23:35

A fusão desses dois partidos pode ser um grande avanço para a democracia SE eles conseguirem um razoável número de militantes políticos. Para que isso ocorra é necessário que esses militantes tenham um conhecimento mínimo do que é esquerda. Seria também o fim do PT, que ficaria às moscas.

Esse partido poderia também apresentar candidato já em 2018 e sair vitorioso das urnas. Vamos apostar!
Se avançar, fusão entre PSB e PPS será benéfica para a democracia e as esquerdas

O desligamento da senadora Marta Suplicy do PT, partido no qual militou por 3 décadas e com o qual mantinha grande afinidade, não parece destinado a provocar tremores e sobressaltos exclusivamente na área petista. A atitude, que em boa medida sacramenta a disposição da senadora de disputar as próximas eleições para a Prefeitura de São Paulo, força a que alguns cálculos políticos e eleitorais sejam refeitos por todos os personagens políticos, por partidos e personalidades.

Um desdobramento importante, ainda que não diretamente provocado pelo desligamento: ele acelerou as conversas que desde o ano passado o PSB e o PSB mantinham tendo em vista a fusão das duas legendas.

Há bons motivos para se olhar o fato com atenção. Antes de tudo porque a nova legenda terá força política não desprezível: somados, PSB e PPS passarão a ter três governadores, 45 deputados federais, 588 prefeitos, 92 deputados estaduais e 5.831 vereadores. A fusão criará a quarta força depois de PMDB, PT e PSDB. O que poderá levar a um melhor alinhamento dos diferentes pontos do espectro político, afetando em particular o campo das esquerdas e o próprio governismo, que pretendia conseguir com que o PSB voltasse à condição subalterna que ocupou até o ano passado. A fusão também ajuda a que se dê maior coerência (e menor dispersão) ao leque partidário, ajudando bastante a que se supere o quadro da bipolarização PT versus PSDB, que vem sendo mantida com a anuência das duas legendas e o apoio mais velado do PMDB.

Sempre haverá quem ponha em dúvida as boas intenções do gesto, assim como sempre haverá quem torça o nariz para ele em nome da tese de que PSB e PPS não são partidos autenticamente de esquerda, nem sequer de centro-esquerda. Por trás destas últimas posições, porém, há um misto de ressentimento, preocupação com perda de espaço e hiper-ideologismo de gabinete, ou acadêmico. O esforço, hoje, para estabelecer quem é ou não é de esquerda seguramente não passa por estes espasmos doutrinários e exige atitudes mais densas do que adjetivos de ocasião.

Há um componente de realismo político na decisão de fundir as legendas: juntas elas podem pesar e se converter em opção política efetiva. Separadas, ainda que agarradas a tradições de respeito, relevância histórica, heroísmo e importância cultural – o comunismo e o socialismo –, continuarão a viver à margem dos rios profundos da política, em risco permanente de subalternização e desaparecimento.

Não há como dizer se a operação será bem-sucedida e produzirá os efeitos esperados. Toda e qualquer construção partidária, mesmo quando derivada de uma fusão de legendas com grau expressivo de enraizamento, sempre estará submetida a chuvas e trovoadas, enfrentará muitos obstáculos e sofrerá a oposição dos que se sentirem por ela prejudicados. Precisará alcançar um difícil equilíbrio dinâmico entre apetites políticos de curto prazo e expectativas de longo prazo, ajustando-se ainda a diferenças regionais e ao jogo interno das correntes. O ajuste entre imaginários políticos não é, em definitivo, uma operação simples.

Sinal evidente disso foi a reação imediata de alguns deputados do PSB, que ontem mesmo vocalizaram sua insatisfação. “O PSB caminha para ser satélite do PSDB”, reclamou o deputado Glauber Braga (PSB-RJ). A fusão incomoda em particular os parlamentares e militantes socialistas ainda magnetizados pelo governismo e refratários a uma oposição mais contundente, que na visão deles estaria sendo feita pelo PPS. Como disse o deputado Bebeto Galvão (PSB-BA), a fusão “é o casamento da cobra com o jacaré”. Se tivermos de fazer oposição, acrescentou, teremos de ir para uma “oposição racional, não uma oposição por oposição”.

Tal corrente acredita estar sendo “”tratorada” pela Executiva do PSB. “Tenho reservas em relação a essa fusão porque temos programas distintos, visões de mundo e de Estado, de projeto para o País, diferenciado”, explicou Bebeto. “Como conviver com essas contradições? Não tem como coexistir na mesma casa”, emendou.

Ambos os deputados dão pouca importância às convergências históricas e ao veio comum que alimentou as duas tradições. Falam como pessoas dispostas à resistência. Ou, no caso de derrota, à migração. É a mesma situação do ex-presidente do PSB, Roberto Amaral.

Um trabalho de persuasão e convencimento será portanto necessário. Se bem-sucedida, o novo partido decolará com força e poderá passar à fase do esclarecimento público.

A fusão, se avançar de fato, colocará algumas interrogações tópicas à movimentação política. Uma delas diz respeito à Rede Sustentabilidade. Há quem já esteja falando que a Rede perderá com o fato, pois se verá sem o apoio mais ativo do PSB, partido que abrigou Marina Silva e lhe ofereceu condições de competitividade política nas eleições do ano passado.

Não vejo assim. Antes de tudo, porque um melhor alinhamento das forças partidárias contribui expressivamente para que a Rede defina sua inserção e sua identidade: é um recurso de construção da própria proposta partidária redista. E depois porque um novo partido de esquerda — ou centro-esquerda, ou esquerda democrática, ou reformista –, se for para valer, terá de significar tanto a valorização da grande política (e, portanto, de uma “nova política”), quanto a qualificação do diálogo político e a ampliação das condições de possibilidade de frentes políticas mais proativas, democráticas e generosas, condições estas que incluirão em lugar de destaque propostas como a da Rede. Ela própria tenderá assim a se fortalecer.

Pelo peso que têm na história brasileira, pelo patrimônio que legaram à política nacional, PPS e PSB somente darão um passo emblemático rumo ao reposicionamento partidário se emprestarem densidade e coerência à pretendida fusão. Grande política, novo modo de fazer político, valores democráticos e sociais, disposição “desinteressada” em contribuir para o diálogo político e a regulação do capitalismo poderiam ser vistos como os eixos de uma fusão enriquecedora.

Se caminharem de fato nesta direção, não serão somente a Rede ou a esquerda a ganhar. Ganharão todos, até mesmo os que se sentirem ou forem afetados negativamente pela fusão. Será um salto para frente da democracia política que temos por aqui.
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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#2 Mensagem por Nazrudin » 14 Mai 2015, 12:59

Partido de esquerda e com ética? :doubt:

Deixando de lado a brincadeira, ainda que o partido fosse ético continua o grande problema que é o fator ideológico. Os valores são errados e extremamente prejudiciais a democracia, república e liberdade. A esquerda brasileira está contaminada de discípulos de Gramsci; continua a idolatrar o assassino de massa Fidel Castro e o assassino de boina; continua a bradar contra o capital e a exploração do sistema; continua a depositar suas fichas em um Estado paquiderme, ou seja, vai continuar levando o país ao atraso e o que é pior, continuar a encarar a corrupção como política de estado.

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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#3 Mensagem por Nazrudin » 14 Mai 2015, 23:38

DUDUKXORRAO escreveu:Sou altruísta Marujo!
Mas vc. tá vacinado, o importante é saber que a ideologia assassina de milhões tem cura, saca só:

https://www.youtube.com/watch?t=119&v=7nfsp7egMJg

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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#4 Mensagem por bullitt » 15 Mai 2015, 01:49

http://www.psb40.org.br/fixa.asp?det=1

Teoricamente seria excelente que exista uma terceira ou quarta opção.
Na prática temos um socialismo brasileiro que não aprende com a História, fica com aquela punhetação de teoria de MERDA. Basta ler o texto acima.
Depois esses caras vem com a babaquice do mito do socialismo escandinavo.

::basta::

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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#5 Mensagem por Nazrudin » 15 Mai 2015, 15:29

Nazrudin escreveu:
DUDUKXORRAO escreveu:Sou altruísta Marujo!
Mas vc. tá vacinado, o importante é saber que a ideologia assassina de milhões tem cura, saca só:

https://www.youtube.com/watch?t=119&v=7nfsp7egMJg
Como descobri que essa doença tem cura e estimo muito nosso confrade Florestal, trouxe um excelente artigo para ele. Aviso de antemão que os comunistas são acusados de imitar a igreja... Mas o artigo é muito bom:

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-c ... dogmatica/




14/05/2015 às 10:40 \ Democracia, Filosofia política
A importância da falibilidade humana para os liberais. Ou: O PT como seita dogmática

“O liberal é humilde. Reconhece que o mundo e a vida são complicados. A única coisa de que tem certeza é que a incerteza requer a liberdade, para que a verdade seja descoberta por um processo de concorrência e debate que não tem fim. O socialista, por sua vez, acha que a vida e o mundo são facilmente compreensíveis; sabe de tudo e quer impor a estreiteza de sua experiência – ou seja, sua ignorância e arrogância – aos seus concidadãos”. (Raymond Aron)

O filósofo Karl Popper considerava que encobrir erros é o maior pecado intelectual. Somos humanos e, portanto, falíveis. O poeta Xenófanes, que escreveu cerca de 500 anos antes de Cristo, já havia capturado esta idéia quando disse: “Verdade segura jamais homem algum conheceu ou conhecerá sobre os deuses e todas as coisas de que falo”. Porém, isso não significa relativismo total, pois podemos obter conhecimento objetivo, como o poeta mesmo deixa claro depois: “Os deuses não revelaram tudo aos mortais desde o início; mas no decorrer do tempo encontramos, procurando, o melhor”.

Mas é a possibilidade de estarmos errados que nos faz mais tolerantes com os outros e que nos coloca sempre na busca por mais conhecimento, já que podemos defender algo que se prova errado amanhã. Tal postura é oposta àquela que Epíteto condena quando diz: “É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”. Essa abordagem humilde também é fundamental para a pluralidade: “Tolerância é a conseqüência necessária da percepção de que somos pessoas falíveis: errar é humano, e estamos o tempo todo cometendo erros”, disse Voltaire.

O conhecimento humano é possível. Conhecimento é a busca pela verdade, a busca de teorias explanatórias, objetivamente verdadeiras. Mas não é a busca por certeza. Entender que errar é humano é reconhecer que devemos lutar incessantemente contra o erro, mas que não podemos eliminá-lo totalmente. Como diz Popper, “mesmo com o maior cuidado, nunca podemos estar totalmente certos de que não estejamos cometendo um erro”. Essa distinção entre verdade e certeza é fundamental segundo Popper, pois vale a pena sempre buscarmos a verdade, mas devemos fazê-lo principalmente buscando erros, para corrigi-los.

Por isso o método científico é o método crítico, o método da “busca por erros e da eliminação de erros a serviço da busca da verdade, a serviço da verdade”. Alguns acusaram Popper de relativista por conta desta postura, mas ele explica isso com base nesta confusão entre verdade e certeza, e é enfático ao recusar tal rótulo: “O relativismo é um dos muitos crimes dos intelectuais; é uma traição à razão, e à humanidade”. Ser humilde do ponto de vista epistemológico não é o mesmo que ser um relativista.

Agora vamos comparar essa postura liberal com aquela típica de seitas dogmáticas, onde a “Verdade” já foi descoberta. Nesses casos, não há espaço para erros, para divergências saudáveis e construtivas, para evolução. Afinal, tudo já foi respondido, e as crenças são tidas como infalíveis. Alguém que está certo mais de 50% do tempo já pode se vangloriar de sua inteligência, mas o que dizer de alguém que “está certo” 100% do tempo? Nem o maior gênio de todos. Logo, só mesmo um fanático ou embusteiro.

Em Mente Cativa, Czeslaw Milosz faz um profundo relato da destruição da mente independente sob o comunismo, que o autor viveu na pele na Polônia. Para ele, o partido comunista aprendeu com o pior da Igreja Católica a sábia lição de que pessoas que freqüentam um “clube” se submetem a um ritmo coletivo e, assim, “começam a sentir que é absurdo pensar diferentemente do coletivo”. A fé nas crenças do grupo seria mais uma questão de sugestão coletiva do que de convicção individual. Eis o que Milosz relata sobre o assunto:

O coletivo é composto de unidades que duvidam, mas como esses indivíduos pronunciam as frases e cantam as canções ritualísticas, criam uma aura coletiva à qual eles, por sua vez, se rendem. Apesar de seu apelo aparente à razão, a atividade do ‘clube’ surge sob o titulo de mágica coletiva. O racionalismo da doutrina funde-se à feitiçaria e ambos se fortalecem. A discussão livre é, obviamente, eliminada. Se o que a doutrina proclama é tão verdadeiro quanto o fato de dois vezes dois ser igual a quatro, tolerar a opinião de que duas vezes dois é igual a cinco seria indecente.


E assim nascem as seitas fechadas de fanáticos dogmáticos. O que parece comum a estas seitas é uma sensação de superioridade moral que desperta em seus membros. Somente eles compreenderam o sentido da vida, conhecem o destino da história, e encontraram as respostas para os complexos temas que afligem os homens desde sempre. Além desta típica arrogância, as seitas fechadas costumam apelar para um extremo simplismo também:

Séculos de história humana, com suas milhares e milhares de questões minuciosas, são reduzidos a algumas, a maior parte termos generalizados. Sem dúvida, o indivíduo aproxima-se mais da verdade ao ver a história como a expressão da luta de classes em vez de uma série de questões privadas entre reis e nobres. Contudo, precisamente porque tal análise da história se aproxima mais da verdade, ela é mais perigosa. Dá a ilusão do conhecimento pleno; fornece respostas a todas as perguntas, perguntas que meramente andavam em círculos repetindo poucas fórmulas.

Qualquer desvio em algumas premissas pode alterar substancialmente os resultados, criando-se uma nova seita. Como diz Milosz: “O inimigo, de forma potencial, sempre estará presente; o único aliado será o homem que aceitar a doutrina 100%. Se ele aceitá-la apenas 99%, necessariamente deverá ser considerado um inimigo, pois do 1% remanescente pode surgir uma nova Igreja”. Isso explica porque Stalin criou a brilhante tática de rotular todas as idéias inconvenientes aos seus objetivos de “fascismo”. Socialistas alinhados a Moscou eram socialistas, enquanto qualquer outro grupo desleal era chamado de “fascista”. Basta lembrar que Leon Trotsky foi marcado para morrer como inimigo do povo, supostamente por organizar um “golpe fascista”.

No Brasil, desnecessário dizer, é o PT que mais se aproxima dessa postura. As premissas do programa partidário nunca são questionadas, os oponentes são vistos como inimigos, e quando há “malfeitos”, a culpa só pode ser de algum desvio, nunca da própria origem ideológica. O PT precisa ser “infalível” para seus adeptos, para que a aura de pureza e perfeição seja preservada. Essa “infalibilidade” nada liberal foi o tema do artigo de Gustavo Muller publicado hoje no GLOBO, em que ele diz:

De forma mais atenuada, o PT vive esse dilema — digo atenuada porque seria um exagero atribuir a este partido o rótulo de totalitário —, que consiste em tentar atribuir sua crise atual a um desvio das suas origens como partido de classe. Esse caminho de busca pelas origens demonstra que as falhas não estão na concepção filosófica original, e sim no afastamento delas.

Já foi apontada por uma vasta literatura a originalidade representada pelo PT no cenário partidário brasileiro do final do regime militar. Partido formado por laços orgânicos em que se abrigaram sindicalistas, Comunidades Eclesiais de Base e intelectuais, o PT lutou contra a ditadura, mas sempre se mostrou arredio com relação à adesão às regras do jogo democrático. A “democracia representativa” ou a “democracia burguesa” era vista como um instrumento para alcançar uma democracia substantiva, o que unia na legenda uma multiplicidade de vertentes marxistas.

Após três derrotas consecutivas nas eleições presidenciais, sob o comando de José Dirceu, o PT fez uma inflexão ao centro e lança mão da “Carta ao povo brasileiro” e busca uma aliança “estratégica” com setores da direita que foram apoiadores do regime militar. Com o escândalo do mensalão, logo se percebeu que essa inflexão ao centro era meramente uma estratégia eleitoral. O PT, com seu desprezo pelo jogo democrático, usou da corrupção das instituições representativas para não precisar partilhar o poder. Com o escândalo denunciado de dentro, e com um quadro econômico favorável, o PT foi aos poucos adotando o modelo econômico que estava no seu programa original, com intervenção estatal, expansão desmensurada do gasto público e o desmantelamento das agências reguladoras. E ainda, fazendo jus à megalomania populista, lançou mão da construção de “estranhas catedrais”.

Hoje, com a má gestão da economia, associada a sucessivos escândalos de desvio de dinheiro público, o PT ensaia o discurso da volta às origens. Mais uma vez, não foi a doutrina filosófica que falhou, mas sim o suposto desvio. O estranho nessa história é que, no campo político, o PT nunca teve “duas almas” e, no campo econômico, o que deu errado foi exatamente a adoção de concepções que já eram do partido. Se há infalibilidade da doutrina, o jeito é negar a realidade, custe o que custar.

A negação da realidade, a deliberada fuga dos fatos incômodos, essa é a típica postura de uma seita fechada, arrogante e dogmática. Os liberais adotam – ou deveriam adotar, pois há os dogmáticos que se dizem liberais também – uma abordagem totalmente distinta, mais humilde, reconhecendo-se a premissa da falibilidade, que está na origem de toda a tolerância à pluralidade dentro de certos limites (em que a própria tolerância é resguardada).

Por sermos falíveis, o liberalismo prega a democracia republicana, as instituições que limitam o poder do estado, a tolerância, a pluralidade, as concessões e contemporizações com os adversários ideológicos, que não precisam ser vistos como inimigos mortais, mas sim como indivíduos que abraçam valores diferentes que devem, sempre que possível, ser levados em conta. Errar, afinal, é humano. O que é asinino é nunca aprender com os erros!

Rodrigo Constantino

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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#6 Mensagem por Nazrudin » 16 Mai 2015, 14:11

Entrevista do Olavo de Carvalho que explica o que é o comunismo para além do discurso ideológico. O Brasil é ponto chave da estratégia comunista mundial ao sustentar regimes comunistas falidos (olha a redundância) pelo mundo. E nós que produzimos e pagamos impostos somos comunistas involuntários, pois é nosso dinheiro que os mantém. Nós somos uma engrenagem importante da estratégia comunista mundial. Legal né?

http://veja.abril.com.br/multimidia/vid ... e-carvalho

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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#7 Mensagem por Charlies Sheen » 17 Mai 2015, 15:58

Eu sou a favor de uma forte frente liberal que contrabalance a esquerda. O liberalismo por ser um movimento associado ao capitalismo é rotulado de desumano por muitos. Não vejo assim. Em um sistema liberal as pessoas são livres para formar diversas formas de organizações, não só aquelas que visam ao lucro, a exemplo de organizações cooperativas. Desta forma valoriza-se a autonomia privada do indivíduo. Não que seja imoral o lucro, muito pelo contrário. E pelo fato de apontar com a diminuição do Estado, diminui a probabilidade de corrupção, suga menos da sociedade, e é mais facilmente administrável. Há os liberais dogmáticos como o Constantino afirmou acima, acreditam que o mercado é um Deus, e não admitem a presença do estado para resolver nada. Claro está que o Estado é uma instituição primordial para manter uma coesão social, seja por meio de coerção, regulamentação, e outros instrumentos que ele utiliza.

Um sistema liberal é a base para que o estado funcione bem, e isso é verdade mesmo nas sociais-democracias prósperas com forte presença do Estado.

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Re: Fusão do PPS com o PSB, pode galvanizar candidatura em 2018.

#8 Mensagem por Alexandremk » 17 Mai 2015, 18:04

:roll: :roll: :roll: Volta de novo na mão invisível do mercado. Vão apelar para a economia do Adam Smith.

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