Imaginem uma puta que cobre 200 o programa. Tem 2 programas garantidos por semana. O que dá, no mínimo, 8 programas por mês. Ou seja, 1600 reais/mês. Observem que é uma suposição bem baixa, até porque, 1600/mês para puta, com certeza é pouco.
Agora, suponha-se que, "devido a crise", 2 desses clientes "garantidos", parem de sair com a mesma ou, melhor dizendo, dêem um tempo. De 8 programas/mês, cai para 6. O que dá 1200 reais/mês. Uma queda de 400 reais/mês. Imagine vc, no seu trabalho, ter um desconto de 400 reais, de um mês para o outro. As contas, continuam vindo. Os gastos do dia-a-dia, continuam. E aí? Como fazer?
Por isso que eu tenho sempre um pé atrás com esse negócio de crise na putaria. As putas não abaixam o preço. Ficar mais ou menos tempo com o cliente é algo bem relativo. O que vale mesmo é a quantidade de clientes que atende. Pode ficar 30 minutos com cada cliente. Pouco vai adiantar se continuar atendendo os mesmos 8. O orçamento vai continuar na mesma.
Entendo que, se as putas não abaixam o preço, ou a crise não está atingindo a putaria e, consequentemente, ela está mantendo os ganhos ou, então, o dinheiro que ganha como puta não é seu principal orçamento, mas um adicional a ele que, ganhando um pouco menos, não faz tanta falta assim. Tem também uma terceira e, acredito eu, menos provável hipótese, é que as putas, devido a crise e não querendo diminuir seu cachê, estejam economizando mais, gastando menos no seu dia-a-dia, seja com as coisas básicas, seja com as futilidades. Comportamento que, em se tratando de putas, é bem difícil de se acreditar...