São 165.388 visualizações do vídeo agora, isso em apenas dois dias.
No
segundo vídeo, agora com 57.193 visualizações, ele explora mais a vida delas.
A Sabrina Rabane, ao falar de sua vida, disse que o sofá de sua casa era um cobertor em cima de um estrado de madeira, que a casa era horrível e seu pai a educava dando surras de chicote todos os dias, o que é revelador de extrema pobreza. Ela falou que, graças ao seu trabalho, conseguiu reformar a casa dos pais.
Já a Patrícia Kimberly tem outro perfil, provavelmente oriunda da classe média baixa.
A maioria dessas putas são oriundas de famílias pobres e essas moças encontraram na putaria uma forma de ascensão social, justamente o que o Brasil mais necessita, de formas que promovam as condições de vida de sua população menos dotada economicamente.
O programa pode ser considerado bom por ter mostrado duas vencedoras na putaria, o que faz com que se reduza o estigma, mas sabemos que nem todas conseguem o que essas duas moças conseguiram.
O segredo dessas duas é meter bem, elas estão no percentual de 15 a 20% de putas que metem bem e devem ficar no topo; percebe-se claramente que gostam do que fazem, com isso derrubam o senso comum que acha que mulher bacana é mulher apenas bonita. Como a maioria dos clientes de putas são homens casados (a Sabrina Rabane fala que a média de idade de seus clientes fica entre 40/50 anos), a constatação que fica é que a maioria das mulheres civis não sabem meter por força de uma criação religiosa imposta pelo estado, pela sociedade e pela escola, sempre esclarecendo que mesmo uma mulher atéia pode ter uma criação religiosa quando estamos nos referindo a sexualidade.
Eu fui ver a biografia do Roberto Cabrini e verifiquei que ele é um cara viajado, já trabalhou no exterior e cobriu conflitos mas, lamentavelmente, na estrevista, ele não abordou nenhuma das questões históricas do movimento organizado das prostitutas, principalmente no exterior, como a descriminalização e mudanças nas leis do tráfico.