A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

Espaço para os foristas postarem assuntos gerais regionais do estado do Rio de Janeiro.

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-Dante
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A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#1 Mensagem por -Dante » 20 Jun 2019, 23:50

Quarta-feira, véspera de feriado, fui ao Centro rodar pelos lupanares, ver as meninas e passar o tempo em reflexões que só me ocorrem no campo de batalha. Sou um personagem antigo nos fóruns, poderiam me chamar de decano, esse eufemismo que usam para anciãos em fim de carreira. Produzi muito conteúdo, escrevia ininterruptamente, um vício que vem da força das profissões que exerço e do meu próprio prazer em articular o pensamento pela escrita. Por ser antigo em sites como este e ter passado por um longo período de muita atividade, ganhei fama, uma fama que ainda perdura entre os que foram da velha guarda. Quando você ganha fama, não importando o universo em que ela ocorre, você também passa a ser cercado por lendas, histórias obscuras, difamações e outros acessórios. Cito difamações porque, geralmente, invenções ruins se sobrepõem à melhor face de um personagem reconhecido.

Por diversas vezes, algum forista mais antigo se aproxima de mim e me lança um recorrente papo furado.

- Ah, Dante, mas você sabe que muitos não gostam de você...

Então, questiono quem são “os muitos” que não simpatizam comigo e quando a resposta surge (quase sempre o interlocutor embroma), remetem com muito esforço a um único nome insignificante qualquer. Aprendi que quando alguém chega com a sentença de que “muitos não gostam de você”, a quantidade indeterminada que ele descreve costuma se resumir somente ao arauto do ódio. Ou seja, quem me diz que muitos não gostam de mim é justamente aquele que não gosta de mim. Foi um aprendizado valioso para ignorar e reconhecer os imbecis de plantão. Por coincidência, ontem fui obrigado a experimentar essa reeditada e diarreica experiência quando estava dentro da Uisqueria 65. É importante descartar opiniões que são irrelevantes por trazerem como única intenção o desejo de desqualificar o indivíduo mais atuante dentro das metas de uma comunidade.

Há pessoas bacanas em fóruns? Há, com certeza. Raríssimos personagens, mas existem. No entanto, se um forista da nova safra me pedisse um conselho sobre como conduzir a sua participação, eu o aconselharia a não se misturar. A boemia é um prazer solitário, que pede a companhia apenas de uma boa cortesã. Homens juntos em ambientes promíscuos ficam piores do que mulheres mexeriqueiras num salão repleto de manicures e pedicures. A fofoca masculina e o recalque da testosterona são muito mais tóxicos do que a malícia feminina. Homens tendem à covardia. Não há amizade nesse meio, eu diria que nem sequer há camaradagem. No máximo, o que prevalece é a necessidade de plateia.

Após esse prefácio meditativo, entrei no Clube 502, na rua da Alfândega. A casa estava cheia, fui informado que todos os quartos se encontravam ocupados. Um número razoável de mulheres faziam presença na pista, clientes em boa quantidade também. Não vi nenhuma menina que eu pudesse classificar como Top Model, talvez por elas não existirem mais em nenhum puteiro. Deixei a 502 e fui para o trash 119, da mesma rua da Alfândega. Boate cheia, muitas mulheres disponíveis e atraentes, mas encontrei a minha musa um pouco distante e ocupada. Entrei na 4x4, estabelecimento que eu não frequentava há anos, fiquei por pouco tempo, encontrei um clima gélido e insuportável, semelhante a um cartório. Saí e andei até a Uisqueria 65, que estava com algumas mulheres, não tantos clientes quanto as duas casas anteriores que visitei, mas com alguns desbotados foristas presentes.

O que se constata, de uma forma muito evidente nos dias atuais, é uma aura de tristeza em todas essas grandes casas que trazem o peso de um passado de renome. Não é nostalgia, é melancolia, algo semelhante a um enfermo estirado numa cama de UTI, à beira da morte e sem a menor ideia de quais poderiam ser as últimas palavras para pronunciar, pois o tempo para um desfecho glorioso se esgotou. As Top Models sumiram dos cabarés cariocas, a alegria também.

Não comi ninguém. Encontrei por acaso o colega Piu e o convidei para irmos à saideira na Vila Mimosa. Passamos pela Mosaico, abraçamos a gerente que aniversariava, penetramos nos corredores da zona, a maior ilha de libertinagem do Rio. O cenário não se mostrava muito diferente do marasmo do Centro. É óbvio que a prostituição não irá acabar, mas ela está profundamente abatida. Encontra-se muito mais entusiasmo pelas ruas da Lapa do que em qualquer bordel da cidade. Uma doença contaminou os puteiros, uma hibernação depressiva unida à inépcia dos gestores para manobrarem diante da realidade econômica do país. A solução? Não me pergunte, sou apenas o passageiro, não o piloto. :wink:

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#2 Mensagem por -Dante » 21 Jun 2019, 01:17

Complementando o texto acima, sempre entendi um fórum como a prática da opinião e em fóruns sobre sexo isso agregaria a avaliação mais completa possível sobre o desempenho da acompanhante.

Já existiram exímios escritores de relatos, hoje a safra está empobrecida. TDs curtos que falam mais das expectativas do cliente do que sobre o desempenho da mulher. Outro ponto interessante é que os fóruns se desdobram em outros temas que também são voltados para a discussão e coleta de opiniões, mas fico impressionado como existe o receio de opinar, de se comprometer, de tomar partido. Pior do que isso, é perceber como há o melindre de se juntar a opiniões mais contundentes, para concordar, agregar ou discordar.

As pessoas participam de um espaço ou de grupos em que a necessidade de opinião rege o ritmo, mas falseiam ou se omitem. Por isso é que as Redes Sociais se tornaram mais interessantes do que os Fóruns, não a Rede dos fakes, mas as Rede que reflete cidadãos reais, que opinam e se comprometem com alguma temática.

Como eu já disse anteriormente, a distorção de outros espaços, que transformaram a o fórum numa prática comercial, visando o lucro, estragaram o espírito original da ideia. Forçaram uma padronização da comunidade como se fosse um sofá da Hebe Camargo, com a obrigação de elogiar e comprar os produtos oferecidos no intervalo. A tragédia foi que a comunidade adotou o formato deformado e os fóruns começaram a morrer.

Falta capital humano, as Redes Sociais tragaram a maioria dos sites que vivem da necessidade de provedores de conteúdo. Os foristas antigos que ainda escrevem, são os mais fracos da geração de ouro. Pode ser que os fóruns continuem a existir, mas sou pessimista sobre o sentido de existirem. Talvez, na jornada que prossegue encontrem um caminho para renovação, um novo modelo, uma nova filosofia. Quem viver, verá.

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#3 Mensagem por Chilly Willy » 21 Out 2019, 18:10

Amigo, o próprio conceito do fórum dá a medida que o mundo mudou. Hoje, estamos muito mais atomizados. Não há espaço para uma conversação coletiva. Cada um fala por si em sua rede social sobre o assunto que lhe convém. As termas são reflexo disso: muitas delas estão anunciando no *naopode* / twitter. Nenhuma delas quer ter patrão, trabalhar e levar metade do que ganha.

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#4 Mensagem por devez_em_quando » 27 Dez 2019, 14:04

"Amigo, o próprio conceito do fórum dá a medida que o mundo mudou. Hoje, estamos muito mais atomizados. Não há espaço para uma conversação coletiva. Cada um fala por si em sua rede social sobre o assunto que lhe convém. As termas são reflexo disso: muitas delas estão anunciando no *naopode* / twitter. Nenhuma delas quer ter patrão, trabalhar e levar metade do que ganha."

Palmas, palmas e palmas... ótima análise.
Editado pela última vez por tio chota em 27 Dez 2019, 17:46, em um total de 1 vez.

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#5 Mensagem por VERSAGE » 04 Jan 2020, 09:58

-Dante escreveu:
21 Jun 2019, 01:17
Complementando o texto acima, sempre entendi um fórum como a prática da opinião e em fóruns sobre sexo isso agregaria a avaliação mais completa possível sobre o desempenho da acompanhante.

Já existiram exímios escritores de relatos, hoje a safra está empobrecida. TDs curtos que falam mais das expectativas do cliente do que sobre o desempenho da mulher. Outro ponto interessante é que os fóruns se desdobram em outros temas que também são voltados para a discussão e coleta de opiniões, mas fico impressionado como existe o receio de opinar, de se comprometer, de tomar partido. Pior do que isso, é perceber como há o melindre de se juntar a opiniões mais contundentes, para concordar, agregar ou discordar.

As pessoas participam de um espaço ou de grupos em que a necessidade de opinião rege o ritmo, mas falseiam ou se omitem. Por isso é que as Redes Sociais se tornaram mais interessantes do que os Fóruns, não a Rede dos fakes, mas as Rede que reflete cidadãos reais, que opinam e se comprometem com alguma temática.

Como eu já disse anteriormente, a distorção de outros espaços, que transformaram a o fórum numa prática comercial, visando o lucro, estragaram o espírito original da ideia. Forçaram uma padronização da comunidade como se fosse um sofá da Hebe Camargo, com a obrigação de elogiar e comprar os produtos oferecidos no intervalo. A tragédia foi que a comunidade adotou o formato deformado e os fóruns começaram a morrer.

Falta capital humano, as Redes Sociais tragaram a maioria dos sites que vivem da necessidade de provedores de conteúdo. Os foristas antigos que ainda escrevem, são os mais fracos da geração de ouro. Pode ser que os fóruns continuem a existir, mas sou pessimista sobre o sentido de existirem. Talvez, na jornada que prossegue encontrem um caminho para renovação, um novo modelo, uma nova filosofia. Quem viver, verá.
Os puteiros no Rio , ja estao em estado de declinio e esse ano sera o ano "xeque" para muitos .
Editado pela última vez por tio chota em 04 Jan 2020, 11:45, em um total de 1 vez.

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#6 Mensagem por -Dante » 17 Jun 2020, 20:17

Como aqui também falamos de foristas, daqueles que já praticamente saíram de cena, eu me lembro de uma situação de agonia que, volta e meia, ocorria comigo. Trata-se de uma cena insólita, aberrante. No passado, frequentei muitas festas e encontros de foristas, havia muitos e devido a isso conheci muita gente do meio. Até recentemente, através de um grupo de WhatsApp, pude reviver alguns desses encontros. Chatíssimos. Desses encontros resultava um episódio recorrente que me causava tormento. Algumas vezes, eu esbarrava com um desses sujeitos que fazem do celular algo semelhante a um Museu da Imagem e do Som sobre putas, o cara guarda foto até de puta falecida na galeria de imagens. Sim, afeiçoado leitor, existem foristas que são adeptos à necrofilia mundana. Então, na rua ou num desses eventos, eu encontrava causalmente um desses foristas que são museólogos do meretrício. Esse tipo de sujeito sente aquela necessidade irrefreável de mostrar o acervo de fotos que contém até a enfermeira da maternidade em que nasceu. Começam a passar aquelas fotos intermináveis de putas que comeu, que pretendia comer, que nunca conseguiria comer, puta que já é avó, puta que já foi cremada, puta que já é bisavó, puta que serve de adubo no São João Batista etc. A exposição é infinita, não termina, a ponto de você precisar inventar a desculpa do banheiro para se afastar e se libertar da tortura.

Francamente, como nunca vivi esse tipo de tara, é quase incompreensível para mim identificar as razões do maníaco das fotos. Recentemente, esbarrei com um putanheiros arqueólogos na rua, ele suava frio, a namorada havia descoberto sua identidade de museólogo fotográfico de bordel. O homem me segurava pelo braço, como se eu pudesse aconselhá-lo, mas eu preferi me desvencilhar antes que ele começasse a passar as fotos que a namorada desmascarou. Doença? Fetiche? Não sei. Só tenho uma única certeza, é chato demais.

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#7 Mensagem por -Dante » 17 Jun 2020, 21:42

Existe também o atendente de puta no Whatsapp. O cara tem 357 garotas no contato e já acorda de manhã enviando mensagem copiada para todas elas. Sim, leitor amigo, o cara manda a mesma mensagem de bom dia para 357 putas na esperança que elas acreditem que é uma mensagem personalizada. O que leva uma criatura a isso? Não sei... Aí o Bitch Lover passa o resto do dia conversando com as favoritas, aquelas que ele sonda as fofocas sobre clientes (inclusive a forma como fazem sexo) e fica tentando o 0800 do dia. Não duvide, eu conheço vários assim. Creia, forista sem fé, existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha sua vã filosofia.
Editado pela última vez por tio chota em 18 Jun 2020, 07:19, em um total de 1 vez.

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Re: A MELANCOLIA DOS BORDÉIS E O RANÇO DOS VELHOS FORISTAS

#8 Mensagem por -Dante » 21 Jul 2020, 18:57

Meio sem querer querendo, quando reli o post, percebi que alcancei uma definição fina e histórica sobre os efeitos colaterais de participação em fórum que atravessam o campo do virtual, aliei a isso uma visão sobre os puteiros que está mais atual do que nunca.
Sou um personagem antigo nos fóruns, poderiam me chamar de decano, esse eufemismo que usam para anciãos em fim de carreira. Produzi muito conteúdo, escrevia ininterruptamente, um vício que vem da força das profissões que exerço e do meu próprio prazer em articular o pensamento pela escrita. Por ser antigo em sites como este e ter passado por um longo período de muita atividade, ganhei fama, uma fama que ainda perdura entre os que foram da velha guarda. Quando você ganha fama, não importando o universo em que ela ocorre, você também passa a ser cercado por lendas, histórias obscuras, difamações e outros acessórios. Cito difamações porque, geralmente, invenções ruins se sobrepõem à melhor face de um personagem reconhecido.

Por diversas vezes, algum forista mais antigo se aproxima de mim e me lança um recorrente papo furado.

- Ah, Dante, mas você sabe que muitos não gostam de você...

Então, questiono quem são “os muitos” que não simpatizam comigo e quando a resposta surge (quase sempre o interlocutor embroma), remetem com muito esforço a um único nome insignificante qualquer. Aprendi que quando alguém chega com a sentença de que “muitos não gostam de você”, a quantidade indeterminada que ele descreve costuma se resumir somente ao arauto do ódio. Ou seja, quem me diz que muitos não gostam de mim é justamente aquele que não gosta de mim. Foi um aprendizado valioso para ignorar e reconhecer os imbecis de plantão. Por coincidência, ontem fui obrigado a experimentar essa reeditada e diarreica experiência quando estava dentro da Uisqueria 65. É importante descartar opiniões que são irrelevantes por trazerem como única intenção o desejo de desqualificar o indivíduo mais atuante dentro das metas de uma comunidade.

Há pessoas bacanas em fóruns? Há, com certeza. Raríssimos personagens, mas existem. No entanto, se um forista da nova safra me pedisse um conselho sobre como conduzir a sua participação, eu o aconselharia a não se misturar. A boemia é um prazer solitário, que pede a companhia apenas de uma boa cortesã. Homens juntos em ambientes promíscuos ficam piores do que mulheres mexeriqueiras num salão repleto de manicures e pedicures. A fofoca masculina e o recalque da testosterona são muito mais tóxicos do que a malícia feminina. Homens tendem à covardia. Não há amizade nesse meio, eu diria que nem sequer há camaradagem. No máximo, o que prevalece é a necessidade de plateia.

Após esse prefácio meditativo, entrei no Clube 502, na rua da Alfândega. A casa estava cheia, fui informado que todos os quartos se encontravam ocupados. Um número razoável de mulheres faziam presença na pista, clientes em boa quantidade também. Não vi nenhuma menina que eu pudesse classificar como Top Model, talvez por elas não existirem mais em nenhum puteiro. Deixei a 502 e fui para o trash 119, da mesma rua da Alfândega. Boate cheia, muitas mulheres disponíveis e atraentes, mas encontrei a minha musa um pouco distante e ocupada. Entrei na 4x4, estabelecimento que eu não frequentava há anos, fiquei por pouco tempo, encontrei um clima gélido e insuportável, semelhante a um cartório. Saí e andei até a Uisqueria 65, que estava com algumas mulheres, não tantos clientes quanto as duas casas anteriores que visitei, mas com alguns desbotados foristas presentes.

O que se constata, de uma forma muito evidente nos dias atuais, é uma aura de tristeza em todas essas grandes casas que trazem o peso de um passado de renome. Não é nostalgia, é melancolia, algo semelhante a um enfermo estirado numa cama de UTI, à beira da morte e sem a menor ideia de quais poderiam ser as últimas palavras para pronunciar, pois o tempo para um desfecho glorioso se esgotou. As Top Models sumiram dos cabarés cariocas, a alegria também.
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