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Eleições 2006 - Comentários pós 2º TURNO e Questões à respeito de um povo sem memória
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1. Carnage, o Mino Carta, criador da revista, é amigo pessoal do Lula. A despeito de ser um grande jornalista, de uma capacidade técnica incrível e uma das grandes inteligências na imprensa, não se pode ignorar sua posição política, que certamente influencia seu trabalho. Não tenho lido a "Carta Capital" ultimamente, mas ela certamente é um contraponto à "Veja", que é um fraca, sob o aspecto técnico de jornalismo, e uma Reader's Digest um pouco mais elaborada, bastando lembrar que vez por outra, ainda hoje, faz reportagenzinhas anti-comunistas sobre as filas que os cubanos têm de enfrentar, como se no Brasil isso não existisse, sobre a fome na Coréia do Norte, como se nos países capitalistas isso não existisse. Não há imprensa confiável, tudo deve ser lido com ressalvas, como os TDs dos foristas (rs).Carnage escreveu:Carta Capital não é apenas "não contra o Lula", como desconfio que seja até a favor.
2. A "Veja", aliás, faz uma cruzado contra o PT desde o tempo em que tinha gente respeitável nesse partido, o que me faz pensar: hoje cobram do PT a postura que ele cobrava dos outros partidos, mas quando o PT ainda não era poder, essas posturas eram taxadas de absurdas, por se aproximarem da utopia. Quando o PT se dizia "socialista", todos queiram que o PT passasse a admitir uma política econômica mais voltada ao capitalismo, mas quando Lula abraçou o neoliberalismo, toda a imprensa criticou. A imprensa brasileira está repleta de puritanos quem no entanto, estão até as canelas sujos de lama em tudo o que está acontecendo no País. Coisa antiga, bastando lembrar, não muito tempo atrás, que o Quércia, quando governador de São Paulo, salvou o "Estadão" da falência. "O Estado de S. Paulo", aliás, é outro baluarte da opinião conservadora na imprensa, não obstante seja talvez o jornal de maior acuidade técnica, não "inventa notícias", como a "Folha", a "Veja", a "Época" e a "Isto é".
3. O jornalismo da Globo é o menos confiável de todos. Sempre apoiou a ditadura militar e distorceu a história recente do Brasil (vide casos dos Comícios das Diretas de 1984 e o debate na eleição de 1989). Armando Nogueira era diretor de jornalismo da Globo na época do episódio da edição do debate entre Lula e Collor que definiu as eleições de 1989. Ele pediu demissão depois. Não se sabe se ele foi responsável e ficou com vergonha depois ou se foi contra e por isso saiu de lá. Agora, quando Lula ganhou as eleições, o PT prometeu tirar as Organizações Globo do vermelho, que tivera grande prejuízo com os canais no exterior (Mônaco, Itália) e os canais de TV a cabo (Multishow, GNT, etc.). E cumpriu a promessa. O Pedro Lessa, que era presidente do BNDES na época, confessa que teve de salvar a Globo. Por isso a Globo endeusou o Lula e fez campanha discarada do novo governo. Agora, como a opinião pública começa a tomar conhecimento dos "vícios" de que padece esse governo, ela finge que não fez nada e entra no barco dos críticos do Lula. A hipocrisia no seu mais alto grau.
4. Me custa muito caro falar das pessoas que compõem o governo Lula. Fui militante estudantil, não fui ligado ao PT, mas conheço algumas pessoas que hoje estão lá. Só para dar um exemplo, dentre eles, o Hamilton Lacerda, que participou da operação "Dossiê Serra-Sanguessugas". Na época, me parecia um cara sem conteúdo e hoje percebo que são esses os mais perigosos. Muita gente que não oferece nada à formação da opinião pública, às vezes, são os mais eficientes "ratos de palanque" e que chegam fácil ao poder. Por isso mesmo, o caráter é duvidoso. Lembram do Lindbergh Faria? Líder dos cara-pintadas do "fora Collor"? Um dos maiores pilantras oportunistas, era do PCdoB, entrou no PT, virou oposição ao governo junto com a Heloísa Helena, mas quando viu que a coisa ia engrossar, pulou fora e foi ser candidato a Prefeito de Nova Iguaçu. Hoje anda de braços dados com o Lula lá no Rio.
5. O governo Lula é um balaio de gatos, cuja única coisa em comum é a mediocridade. A começar por esse tal de Freud não passa de um "segurança", função decorrente do seu tamanho, unicamente, porque não tem inteligência para ser guarda-costas de ninguém. No entanto, virou "assessor especial da Presidência". Acabou por fazer merda, o que condiz com a sua pessoa. No meio desse balaio, poucos ou quase nenhum tem um perfil correto. Vejam o caso do Mercadante: quando veio a tona o mensalão, num primeiro momento se mostrou indignado, mas depois quando lhe foi prometido a candidatura ao governo do Estado, se acalmou e virou um dos maiores defensores do governo Lula. O mesmo aconteceu com o Tarso Genro, que chegou a dizer, na época, que iria sair do PT, mas depois virou ministro e sossegou. É tudo gente que tem etiqueta de preço colada na testa.
6. O governo Lula criou inúmeros factóides com as intenções mais escusas. Cito apenas o caso do plebiscito sobre o desarmamento. Ali, pouco importava o conteúdo da discussão. O que interessava era que a empresa de informática do filho do Lula ganhara a "concorrência" para cuidar do sistema de urnas eletrônicas. O contrato envolvia dezenas de milhões (não sei precisar quanto, mas era muita grana mesmo). Então, pouco importa se o Lula ganha só R$8 mil por mês, porque o filho dele ficou milionário nessa.
7. Recebi um e-mail com um texto comparativo do governo Lula em face do governo FHC. Não sou técnico para contestar os dados e acho até que são verdadeiros. Reproduzirei o texto em seguida (*) e fica a cargo de cada um chegar a sua própria conclusão. Mas fato é que o governo FHC foi mesmo um lixo e a economia do País penou. Não se pode ter amnésio a esse respeito e ficar com nostalgia boba. Não sei dizer se, na verdade, ele deu azar de pegar a economia mundial num momento catastrófico ou se foi mesmo incompetente e mal-intencionado. Mas tenho uma teoria. O governo FHC tinha uma equipe econômica de verdade, formada por professores da FGV e da PUC do Rio, além de gente do mercado financeiro internacional. Eles tinham um projeto político-econômico bem desenhado, que abrangia o Real e planos de sustentação da economia segundo um projeto neoliberal, acompanhando a tendência mundial (Argentina, México, Rússia, União Européia, etc.). Acontece que esse plano, que no início pareceu dar certo, com as privatizações (onde os consórcios compravam as estatais com dinheiro público) e política cambial ortodoxa, entrou em colapso, numa cadeia assemelhada a um dominó, em âmbito internacional. FHC conseguiu restabelecer um certo controle, um significativo feito, mas perdeu sustentação para a bravata de salvador do Brasil. No seu governo o País não cresceu, retrocedeu e correu o risco de ruir de novo às portas das eleições. O que aconteceu no governo Lula? Esse governo, a começar pelo seu chefe, é composto de gente medíocre, como já falei, onde o Ministro da Fazenda era um médico. Não faz diferença. Por que? Porque ele não era o ministro, era apenas um laranja, um testa-de-ferro. A política econômica do governo Lula foi criada por um pull de grandes empresários (dentre os quais o dono do Pão de Açúcar), que determinou que a economia do País seria assim e assado. O Palocci era apenas o porta voz desse grupo. O Meirelles, o técnico que ia executar o plano. Por isso, esse plano econômico do Lula tem apoio do empresariado, coisa que o FHC deixou de ter no final do seu segundo mandato. Não há no governo Lula ninguém com capacidade nem de fazer contas de cabeça, quanto mais desenvolver planos econômicos. A economia brasileira cresce pouco, mas de uma forma mais sólida, porque apoiada por esse grupo, que não quer saber de instabilidade. Por outro lado, é uma besteira essa chuva de críticas ao baixo crescimento do País, lançada por gente como o Alckimin. País de economia estável cresce pouco mesmo. País que cresce muito, 9 ou 10 %, como a Argentina, é porque estava no fundo do poço. Se três ou quatro argentinos arrumam emprego, a economia já cresce 1%. Nos anos 80, só se falava dos Tigres Asiáticos (Taiwan, Singapura, Coréia do Sul, Hong Kong). Hoje ninguém sabe que eles existem. Na época, saíram da miséria mediante contrabando e mão-de-obra semi-escrava. Se fosse bom morar lá, não tinha tanto chinês e coreano no Brasil. Então essa história de crescimento é tudo besteira. Se for criticar o governo Lula, o caminho é outro.
8. Alckimin é acima de tudo um incompetente, porque não conseguiu nem cuidar do PCC em São Paulo. É uma fantasia achar que ele tem condições de ser Chefe de Estado. O PSDB no governo já deu provas de que não prima pela ética também. O governo Mário Covas foi extremamente corrupto. Sob o argumento de que estava colocando o “caixa em ordem”, deixou de atualizar os salários dos funcionários públicos (razão das milhares de ações judiciais que lotam o Judiciário) e deu calote a todos os credores da Fazenda Pública. É fácil por as contas em ordem assim, simplesmente deixando de pagar as contas. Se todos pudessem fazer isso...O Rodoanel foi uma das formas de o filho do Mário Covas, o Lulinha (que apelido!), ganhar dinheiro: além de superfaturar a obra, através da Dersa (empresa de desenvolvimento rodoviário), ele armou supervalorização dos terrenos ao redor da obra a serem desapropriados, alcançando com isso indenizações milionárias. Não vou me estender nesse assunto, mas o fato é que o PSDB no governo é uma merda também, em todos os sentidos. Inclusive no descumprimento de promessas, porque o Serra se elegeu prefeito prometendo cumprir todo o mandato.
9. Resumo da ópera: penso seriamente me anular meu voto. Esse modelo de democracia que está aí não funciona, o povo não se dá ao respeito, vota em qualquer um, agindo com a mesma compostura de quem caga na cabeça dos outros. De outro lado, os partidos não investem em formação política do povo, muito menos a dita “esquerda”, porque não lhes interessa um povo inteligente, querem essas bestas ignóbeis que votam em Clodovil e Frank Aguiar mesmo. Espero poder, até o fim da minha existência, encontrar uma solução para esse impasse, ao menos para acalmar a minha consciência, tão atormentada e desiludida com o povo brasileiro e com os dirigentes que ele escolhe para cuidarem do País.
Abraços aos de bom coração, morte lenta e dolorosa aos demais.
Roman Barak.
(*) Texto que me foi enviado:
Comparação entre 4 (na verdade 3 e meio) anos do governo Lula X
8 anos do governo FHC (as fontes dos dados estão ao final. Será que
todas as fontes são mentirosas?) :
Número de policiais federais:
Lula: 11 mil
FHC: 5 mil
Operações da PF contra a corrupção, crime organizado, lavagem de dinheiro, etc.:
Lula- 183
FHC- 20
Prisões efetuadas:
Lula: 2.971
FHC: 54
Criação de empregos:
Lula: 7 milhões (5 milhões com carteira assinada)
FHC: 700 mil
Média anual de empregos gerados :
Lula: 1,260 milhão
FHC: 87,5 mil
Média mensal de empregos gerados:
Lula: 95 mil
FHC: 8,7 mil
Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas:
Lula: 8,3%
FHC:11,7%
Desemprego em SP:
Lula: 16,9%
FHC: 19,0%
Exportações por ano (em dólares):
Lula: 118,3 bilhões
FHC: 60,4 bilhões
Balança comercial (em dólares):
Lula: 103,3 bilhões
FHC: - 8,4 bilhões
Transações correntes (em dólares):
Lula: 30,1 bilhões
FHC: - 186,2 bilhões
Comparação entre 4 anos do governo Lula e 8 anos do governo FHC :
Risco-país:
Lula: 204
FHC: 2.400
(no governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história)
Inflação:
Lula: 2,8%
FHC: 12,53%
Dívida com o FMI (em dólares):
Lula: dívida paga
FHC: 14,7 bilhões
Dívida com o Clube de Paris (em dólares):
Lula: dívida paga
FHC: 5 bilhões
Dívida pública:
Lula: 34,2%
FHC: 35,3%
Dívida externa:
Lula: 2,41%
FHC:12,45%
Investimento em desenvolvimento (em reais):
Lula: 47,1 bilhões
FHC: 38,2 bilhões
Empréstimo para habitação (em reais):
Lula: 4,5 bilhões
FHC: 1,7 bilhões
Crescimento do PIB:
Lula: 2,6% ao ano (até 2005)
FHC: 2,3% ao ano
Crescimento industrial:
Lula: 3,77%
(O lucro líquido das grandes empresas com ações em Bolsa quase
triplicou nos três anos e meio de governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao
período da segunda gestão de Fernando Henrique Cardoso, de 1999 a 2002.
Folha de S. Paulo, 20/08/2006)
FHC: 1,94%
Produção de bens duráveis:
Lula: 11,8%
FHC: 2,4%
Lembrando: A comparação é entre 4 anos do governo Lula e 8 anos do governo FHC:
Aumento na produção de veículos:
Lula: 2,4%
FHC: 1,8%
Crédito para a agricultura familiar:
Lula: 6,1%
FHC: 2,4%
Crescimento real do salário mínimo:
Lula: 25,3%
FHC: 20,6%
(Ganho real de 25,7% em três anos)
Valor do salário mínimo em dólares:
Lula: 152
FHC: 55
Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica:
Lula: 2,2 cestas básicas
FHC: 1,3 cesta básica
Aumento do custo da cesta básica:
Lula: 15,6%
FHC: 81,6%
Índice de Desigualdade social:
Lula: 0,559
FHC: 0,573
Participação dos mais pobres na renda:
Lula: 15,2%
FHC: 14,4%
Número de pobres:
Lula: 33,57%
FHC: 34,34%
Número de miseráveis:
Lula: 25,08%
FHC: 26,23%
Transferência de renda (em reais):
Lula: 7,1 bilhões
FHC: 2,3 bilhões
Média por família:
Lula: 70 reais
FHC: 25 reais
Atendidos pelo programa Saúde da Família:
Lula: 43,4%
FHC: 30,4%
Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico):
Lula: 33,7%
FHC: 17,5%
(15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista)
Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes):
Lula: 21,6
FHC: 55,7
Número de turistas que vêm ao Brasil:
Lula: 4,6 milhões
FHC: 3,8 milhões
Pró-jovem - estudo subsidiado:
Lula: 93 mil (18 a 24 anos)
FHC: ...
(100 reais por mês de subsídio a cada estudante)
Bolsa Família:
Lula: 11,1 milhões de famílias
FHC: .....
(Educação e subsídio alimentar)
Incremento no acesso a água no semi-árido nordestino:
Lula: 762 mil pessoas e 152 mil cisternas
FHC: zero
Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor):
Lula: 3,3 milhões de brasileiros
FHC: zero
Áreas ambientais preservadas:
Lula: incremento de 19,6 milhões de hectares (2003 a 2006)
Do ano de 1500 até 2002: 40 milhões de hectares
Apoio à agricultura familiar:
Lula: 7,5 bilhões (safra 2005/2006)
FHC: 2,5 bilhões (último ano de governo)
(O governo Lula investirá 10 bilhões na safra 2006/2007)
Compra de terras para Reforma Agrária:
Lula: 2,7 bilhões (2003 a 2005)
FHC: 1,1 bilhão (1999 a 2002)
Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas:
Lula: 14,99 bilhões
FHC: 8,3 bilhões
Investimentos em alimentação escolar:
Lula: 1 bilhão
FHC: 848 milhões
Investimento anual em saúde básica:
Lula: 1,5 bilhão
FHC: 155 milhões
Equipes do Programa Saúde da Família:
Lula: 21.609
FHC: 16.698
População atendida pelo Prog. Saúde da Família:
Lula: 70 milhões
FHC: 55 milhões
Porcentagem da população atendida pelo Programa Saúde da Família:
Lula: 39,7%
FHC: 31,9%
Pacientes com HIV positivo atendidos pela rede pública de saúde:
Lula: 151 mil
FHC: 119 mil
Taxa de Juros (Selic):
Lula:16%
FHC: 25%
BOVESPA
Lula: 35,2 mil pontos
FHC: 11,2 mil pontos
Dívida externa:
Lula: 165 bilhões
FHC: 210 bilhões
Desemprego no país:
Lula: 9,6%
FHC: 12,2%
Dívida/PIB:
Lula: 51%
FHC: 57,5%
Eletrificação Rural:
Lula: 3.000.000 de pessoas
FHC: 2.700 pessoas
Livros gratuitos para o Ensino Médio:
Lula: 7 milhões
FHC: zero
Geração de Energia Elétrica:
Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de
potência. Está prevista para os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na
capacidade de geração do País, proveniente dos 65 empreendimentos
atualmente em construção e mais 516 outorgadas.
FHC: APAGÃO
* Entre os anos de 2000 a 2005, as ações da Polícia Federal no combate ao
crime cresceram 815%. Durante o governo do presidente Lula, a Polícia
Federal realizou 183 operações e 2.961 prisões, uma média de 987 presos
por ano. Já nos dois últimos anos do governo do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, foram realizadas apenas 20 operações, com a prisão de 54
pessoas, ou seja, uma média de 27 capturas por ano.
Fontes: IBGE, IBGE/Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar – desde 1994); ANEEL; Bovespa; CNI; CIESP; Ministérios Federais e Agências Reg.; SUS; CES/FGV; jornais FSP, O Globo e O Estado
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Colocar os números dessa maneira, sem colocar dentro de um contexto, é enganoso.
O risco país, no final do governo FHC, estourou por que os investidores estrangeiros ficaram com medo do resultado da eleição do Lula e não por um problema na administração FHC.
Do dinheiro investido pelo Lula em saúde pública, quanto foi para os sanguessugas?
Não sei se os números apresentados estão certos ou não. Só sei que estão bem tendenciosos.
Quer um exemplo?
FHC: Sucatão
Lula: AeroLula
Se não me engano, a FAB deixou de comprar alguns caças para poder comprar o AeroLula.
Lembrem-se também que o governo FHC consolidou o Plano Real.
Muito do que o governo Lula conseguiu fazer, em termos de Economia, foi graças ao Plano Real e às privatizações realizadas no governo FHC.
O risco país, no final do governo FHC, estourou por que os investidores estrangeiros ficaram com medo do resultado da eleição do Lula e não por um problema na administração FHC.
Do dinheiro investido pelo Lula em saúde pública, quanto foi para os sanguessugas?
Não sei se os números apresentados estão certos ou não. Só sei que estão bem tendenciosos.
Quer um exemplo?
FHC: Sucatão
Lula: AeroLula
Se não me engano, a FAB deixou de comprar alguns caças para poder comprar o AeroLula.
Lembrem-se também que o governo FHC consolidou o Plano Real.
Muito do que o governo Lula conseguiu fazer, em termos de Economia, foi graças ao Plano Real e às privatizações realizadas no governo FHC.
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Na internet pode-se qualquer coisa, tanto que parei de colocar aqui apesar de receber inumeras mensagens.
Exemplo de divergencia quanto a emprego:
1) Promessa = 10 milhoes
2) Propaganda = 7 mi e meio
3) Números da CUT = 5 mi e pouco (CAGED?)
4) Números do Estadão = 4 mi e pouco (DADOS DO CAGED)
Estadão de terça - 10/12/2006 dois dias após o debate, contestando os n~meros da situação e da oposição, portanto de ambos.
5) Núeros da Record/TV = 4 mi e pouco (DADOS DO CAGED)
CAGED é o orgão em que as empresas devem obrigatoriamente informar contratações e demissões.
Na propaganda eleitoral cabe qualquer coisa, não tem contestação. E a maioria não le jornais que comparam os números e coloca no devido contexto como disse o cidadão acima...
Como separar DESEJO de REALIDADE? Como separar FATOS de SUPOSIÇÕES? Como separar ACUSAÇÕES de COMPROVAÇÕES???
Somente através de análises de contexto e de evidências.
Quanto a discussão de mídia fica a pergunta ou suposição: Será que é possível a isenção recebendo $$$$ de estatais?
A VEJA demonizada aqui, não tem investimentos das grandes estatais. Teoricamente não tem RABO PRESO.
e AS OUTRAS?
1) CAROS AMIGOS - n.115 - ultima edição
pagina 2/3 - CAIXA ECONOMICA FEDERAL
contracapa - BANCO DO NORDESTE
2) ISTO É - n.1931
pagina 2/3 - CAIXA ECONOMICA FEDERAL
pagina 24/25 - BANCO DO BRASIL
Enfatizei o primeiro pelos episódios recentes de compra de dossie (FATO OCORRIDO E COMPROVADO) e também o segndo pela citação do colega acima de amizade com o Lula.
FORUM, FORBES, EPOCA, EXAME,
Há uma relação em receber $$$ e pegar leve na situação e pegar pesado na oposição (suposição minha)...
Uma revista que está nas bancas nesta semana teve a cara de pau de colocar Lula x Geraldo e colocar tudo que o Geraldo fez e não fez, não colocar nada que o Lula fez ou não fez.
GLOBO: Experimentem ver quem tem mais tempo de TV no horário nobre antes de acusar de estar favprecemdo a oposição.
Outro lembrete, a veja SEMPRE fez isso em governos anteriores inclusive. Contra o PT não pode???? Aliás o Lula NUNCA fez o que o PT sempre falou que ia fazer. Até ai tudo bem, achei sensato, mas o pessoal todo AFIRMAR e defender taxativamente que o Geraldo ia fazer tudo que o FHC fez, não tem nexo. ERA O QUE A PROPAGANDA DO PT QUERIA PARA O SEGUNDO TURNO. E CONSEGUIU. Qulquer pessoa sensata sabe uqe nenhum governo é igual a outro independente de partido. Aliás o mesmo político não repete governo.
Última coisa: Não sou assinante da VEJA. Preferia outras, ultimamente nem essas outras... Dessa vez, felizente ou infelizmemte o Barbudo já ganhou... Mas continuo com Geraldo. Apesar dele defender a NÃO privatização eu sou favorável. MENOS CABIDE DE EMPREGO e MENOS CHACE DE QUEBRAR ESTATIAS (BANESPA).
Exemplo de divergencia quanto a emprego:
1) Promessa = 10 milhoes
2) Propaganda = 7 mi e meio
3) Números da CUT = 5 mi e pouco (CAGED?)
4) Números do Estadão = 4 mi e pouco (DADOS DO CAGED)
Estadão de terça - 10/12/2006 dois dias após o debate, contestando os n~meros da situação e da oposição, portanto de ambos.
5) Núeros da Record/TV = 4 mi e pouco (DADOS DO CAGED)
CAGED é o orgão em que as empresas devem obrigatoriamente informar contratações e demissões.
Na propaganda eleitoral cabe qualquer coisa, não tem contestação. E a maioria não le jornais que comparam os números e coloca no devido contexto como disse o cidadão acima...
Como separar DESEJO de REALIDADE? Como separar FATOS de SUPOSIÇÕES? Como separar ACUSAÇÕES de COMPROVAÇÕES???
Somente através de análises de contexto e de evidências.
Quanto a discussão de mídia fica a pergunta ou suposição: Será que é possível a isenção recebendo $$$$ de estatais?
A VEJA demonizada aqui, não tem investimentos das grandes estatais. Teoricamente não tem RABO PRESO.
e AS OUTRAS?
1) CAROS AMIGOS - n.115 - ultima edição
pagina 2/3 - CAIXA ECONOMICA FEDERAL
contracapa - BANCO DO NORDESTE
2) ISTO É - n.1931
pagina 2/3 - CAIXA ECONOMICA FEDERAL
pagina 24/25 - BANCO DO BRASIL
Enfatizei o primeiro pelos episódios recentes de compra de dossie (FATO OCORRIDO E COMPROVADO) e também o segndo pela citação do colega acima de amizade com o Lula.
FORUM, FORBES, EPOCA, EXAME,
Há uma relação em receber $$$ e pegar leve na situação e pegar pesado na oposição (suposição minha)...
Uma revista que está nas bancas nesta semana teve a cara de pau de colocar Lula x Geraldo e colocar tudo que o Geraldo fez e não fez, não colocar nada que o Lula fez ou não fez.
GLOBO: Experimentem ver quem tem mais tempo de TV no horário nobre antes de acusar de estar favprecemdo a oposição.
Outro lembrete, a veja SEMPRE fez isso em governos anteriores inclusive. Contra o PT não pode???? Aliás o Lula NUNCA fez o que o PT sempre falou que ia fazer. Até ai tudo bem, achei sensato, mas o pessoal todo AFIRMAR e defender taxativamente que o Geraldo ia fazer tudo que o FHC fez, não tem nexo. ERA O QUE A PROPAGANDA DO PT QUERIA PARA O SEGUNDO TURNO. E CONSEGUIU. Qulquer pessoa sensata sabe uqe nenhum governo é igual a outro independente de partido. Aliás o mesmo político não repete governo.
Última coisa: Não sou assinante da VEJA. Preferia outras, ultimamente nem essas outras... Dessa vez, felizente ou infelizmemte o Barbudo já ganhou... Mas continuo com Geraldo. Apesar dele defender a NÃO privatização eu sou favorável. MENOS CABIDE DE EMPREGO e MENOS CHACE DE QUEBRAR ESTATIAS (BANESPA).
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Neurônio parece não gostar que fiquemos citando os textos de outros, mas eu não sou lá muito bom em escrever então acho mais fácil colocar um texto onde já tá tudo o que eu queria dizer
Não tenho a desenvoltura de você ou do Barak pra escrever textos tão longos com tanta informação!
Então lá vai, me desculpem.
http://www.consciencia.net/2006/0514-co ... -midia.doc
Sobre a "denúncia" da Época e como a mídia a tratou:
Interesses existem de todos os lados.
Na verdade, no final se resume a isso, uma guerra de interesses. E como o Barak falou, fico triste em ver todos nós sendo manipulados por esses políticos, de ambos os lados, cada um tendando puxar as coisas para os seu interesses...
Não digo que Alkimin não fosse fazer nada, ou que fosse um mau presidente.
Mas a hiporcrisia de um candidato em atribuir as falhas que ele e seu partido já cometeram no passado como se fossem apenas do candidato da oposição e como se os deste fossem muito piores, me deixa inconformado.
Não estou isentando ninguém.

Não tenho a desenvoltura de você ou do Barak pra escrever textos tão longos com tanta informação!
Então lá vai, me desculpem.
A Veja, demonizada aqui, é da Editora Abril:marcos6969 escreveu: A VEJA demonizada aqui, não tem investimentos das grandes estatais. Teoricamente não tem RABO PRESO.
http://www.consciencia.net/2006/0514-co ... -midia.doc
http://www.valoronline.com.br/valorecon ... 52288.htmlEditora Abril, parceira do capital especulativo
É notável a profunda relação entre a revista Veja e o capital especulativo nacional e internacional. Já em 1995, a Editora Abril S.A. realizou uma parceria com as Organizações Cisneros da Venezuela, comandada por Gustavo Cisneros, um dos maiores adversários de Hugo Chávez. Da redação, novembro de 2005
Seja por breve observação ou utilizando o suporte de extensos estudos acadêmicos, é notável a profunda relação entre a revista Veja - principal produto jornalístico da Editora Abril - e o capital especulativo nacional e internacional. Além disso, destaca-se o ódio que Veja nutre pelos movimentos e governos populares, como o MST, no Brasil ou o governo Chávez, da Venezuela. Esta fina sintonia com os preceitos neoliberais, conservadores e até golpistas é, no entanto, mais do que ideológica.
Já em 1995, a Editora Abril S.A. realizou uma parceria com as Organizações Cisneros da Venezuela, comandada por Gustavo Cisneros, e a Multivision do México, objetivando criar um "serviço de televisão com transmissão direta via satélite, para a casa do assinante". Conforme consta no histórico da própria Abril, esse satélite - o "Galaxy 3R" - foi lançado no dia 14/12/1995. A Abril acrescenta que está "inaugurando uma nova era para a televisão brasileira". No mesmo ano, constitui a empresa Galaxy Latin América, em parceria com a "Hughes", companhia americana subsidiária da General Motors. Também em 1995, a Abril entrou em uma sociedade com a Sony e Time Warner para desenvolver a HBO Brasil, a versão nacional do maior canal de entretenimento do mundo. A TVA, empresa de TV por assinatura, é uma das marcas que a Abril detém.
Gustavo Cisneros é dono absoluto de um dos maiores holdings de comunicação da América Latina - a Cisneros Group of Companies, que, além da Venevisión e Univisión, congrega 72 empresas nas áreas de mídia, entretenimento, internet e telecomunicações, instaladas no Canadá, nos Estados Unidos, na América do Sul, na Espanha e em Portugal. Detém, por exemplo, a Univisión Communications, principal canal espanhol nos Estados Unidos, o que inclui tevê aberta e por assinatura. (Mais na pág. 2)
O monopólio do silêncio
Da redação, novembro de 2005
Atenção, silêncio na platéia. Câmera... luz... ação! Entra ACM Neto no ar, para todo o Brasil, uma vez por hora nas TVs Globo e Globonews. Na edição do JORNAL NACIONAL de quinta (3/11), o bloco era quase todo dele. Microfones, câmeras, holofotes: o homem está sendo perseguido! O show, afinal, não pode parar.
Longe dos holofotes, a vida real. Enquanto a mídia faz escândalo pelos R$ 55 milhões do “valerioduto” e supostos grampos em gabinetes, um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) da Bahia aponta uma movimentação, entre 2003 e abril de 2005, de R$ 101 milhões em uma conta bancária não registrada no sistema de controle do Erário baiano. O TCE – o conselheiro Pedro Lino à frente – possui em mãos um relatório de 200 páginas sobre estranhas relações contratuais entre o governo baiano, a agência de publicidade Rede Interamericana/Propeg, do publicitário Fernando Barros, e organizações não-governamentais formadas por servidores públicos.
Conforme assinala a revista CARTA CAPITAL (edição 366 – 2/11/2005), que teve acesso ao documento, está no centro da investigação a Bahiatursa, estatal de turismo local subordinada à Secretaria de Cultura e Turismo estadual. Fernando de Barros é intimamente ligado ao clã dos Magalhães e ao PFL baiano, além de ser um campeão local de licitações. O relatório do TCE cita como exemplo de gasto não-discriminado os R$ 2,25 milhões da estatal de turismo em apoio à campanha da Rede Globo “Amigos da Escola”. CARTA CAPITAL relembra que a família do senador Antonio Carlos Magalhães é proprietária da TV Bahia, retransmissora da TV Globo no estado. Mantém, ainda, o jornal ‘Correio da Bahia’, panfleto político cujo objetivo é propagar os interesses do clã de ACM no estado.
Para completar a feijoada em família, o atual presidente da Bahiatursa, Cláudio Taboada, foi indicado por ACM Neto para o cargo. Ambos têm uma ligação política fraternal, tendo ACM Neto apoiado Cláudio para secretário-geral do Diretório Nacional do PFL jovem, conforme consta no site do próprio deputado. O Tribunal de Contas da Bahia mostra, para quem quiser ver, a relação do escândalo (quase o dobro do total movimentado no ‘valerioduto’) com o governador Paulo Souto, o senador César Borges, ACM avô, ACM Neto e TV Globo.
Leia a íntegra do artigo em www.consciencia.net
(Continuação da pág. 1)
Na Venezuela, Cisneros é um dos principais inimigos de Hugo Chávez, presidente eleito democraticamente e que possui amplo apoio popular por realizar reformas sociais profundas que combatem fortemente a desigualdade daquele país. Foi Cisneros um dos principais apoiadores do golpe contra Chávez em 2002, o famoso golpe midiático, por meio de suas redes de televisão e seu poder financeiro.
Cisneros é sócio da DirecTV, agora associada e controlada pela concorrente Sky, do multimilionário australiano da mídia Huppert Murdoch. Algumas das empresas de Cisneros são conhecidas dos brasileiros, como a AOL Latin América, a já mencionada DirectTV e a Panamco, engarrafadora da Coca-Cola. Segundo a revista Isto É Dinheiro, Cisneros anunciou em junho de 2004 a criação de um fundo de US$ 200 milhões para investir no Brasil e disse que está conduzindo outros negócios. Em janeiro de 2000, a AOL e a Time Warner passaram por um processo de fusão das duas empresas. Na nova empresa, Cisneros e a Abril são parceiros comerciais.
Veja é tucana. Oficialmente
Uma pesquisa acionária na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) trouxe resultados interessantes. É possível constatar, por exemplo, que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal em parte da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Emílio Carazzai, é um dos diretores financeiros da Editora Abril. Carazzai é tratado por FHC e por Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, com especial carinho, como demonstram vários discursos da época e até mesmo no momento da saída de Carazzai, por pressão do PFL. Além disso, a gestão de Carazzai à frente da Caixa foi marcada por demissões, flexibilização da jornada de trabalho, congelamento de salários e terceirização dos serviços. Os que mais perderam, de novo, foram os trabalhadores.
Além disso, como muitas empresas, a Editora Abril possui dívidas, que precisam ser quitadas ou renegocisadas ao final de um ano fiscal. Para isso, as empresas emitem debêntures - títulos de renda fixa que são oferecidos pela empresa endividada a investidores, que por sua vez recebem uma porcentagem fixa (25%, por exemplo) de lucro em relação ao que investiram.
O que chama a atenção no caso de Veja, principalmente quando se observa a linha editorial neoliberal da revista, são exatamente seus investidores. Para renegociar suas dívidas, a editora Abril cedeu, por exemplo, ações para o Unibanco, em decisão tomada em 14/5/2005, como consta em ata assinada pelo Conselho de Administração da empresa. Cedeu também, conforme a mesma ata, o capital adquirido na venda de espaços publicitários das publicações da empresa para o Bradesco e o Banco do Brasil.
A Editora Abril possui, ainda, relações com instituições financeiras como o Banco Safra e a norte-americana JP Morgan - a mesma que calcula o chamado "risco-país", índice que designa o risco que os investidores correm, empregados e protegidos em Nova Iorque, quando investem no Brasil. Em outras palavras, expressa a percepção do investidor estrangeiro sobre a capacidade desse país "honrar" seus compromissos.
Esta e outras instituições financeiras de peso são os debenturistas - detentores das debêntures - da Editora Abril e de seu principal produto jornalístico. Em suma, responsáveis pela reestruturação da editora que publica a revista com linha editorial fortemente pró-mercado financeiro e anti-movimentos sociais.
13,8% para o Capital Group
No início de julho de 2004, o grupo Abril anunciou a venda de 13,8% de seu capital para o administrador de fundos Capital Group International (www.capgroup.com), por R$ 150 milhões, de acordo com o balanço anual da Veja que consta na CVM. A mudança constitucional aprovada em maio de 2002 que permitiu o ingresso de 30% de capital estrangeiro nas empresas de comunicação permitiu tal transação. Mudança promovida exatamente pela gestão de FHC (1995-2002).
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) confirmou que a Editora Abril possui íntima relação com o grupo de Gustavo Cisneros. "Consultamos os procedimentos de aquisição das aquisições da revista Veja e constatamos que hoje cerca de 30% das suas ações são do empresário venezuelano Gustavo Cisneros, que participou do processo de conspiração para derrubar o presidente Chávez, juntamente com Pedro Carmona [que ocupou a presidência por algumas horas, durante o golpe fracassado]", sustentou.
De acordo com o jornal Valor Econômico de 10/8/2004, o fundo de investimentos Capital Group já tem outras participações no país. O mesmo Capital Group adquiriu, em 19 de maio do mesmo ano, lote de recibos de ações nos EUA (ADRs) da Tele Centro-Oeste Celular (TCO), com o qual passou a controlar 14,37% das ações preferenciais da companhia. No mesmo mês, o fundo adquiriu ações da TIM Sul, passando a controlar 5% do capital da empresa, com direito a voto na operadora móvel. Em janeiro, havia comprado 135,8 milhões de ordinárias da Embratel Participações, controlando cerca de 6 bilhões de papéis, ou 5,05% dos papéis com direito a voto. Em abril de 2003, o Capital Group adquiriu na bolsa de valores 13,659 bilhões de ações preferenciais da Tele Norte Leste (holding da Telemar), passando a controlar 5,25% dos papéis sem direito a voto.
Já a Editora Abril S.A. atua na atividade editorial e gráfica, compreendendo a edição, impressão, distribuição e venda de revistas, publicações técnicas, na comercialização de propaganda e publicidade, bem como a participação no capital de outras sociedades. No ramo editorial e gráfico é a maior empresa da América Latina, líder no mercado de revistas. A Abril e suas parceiras são responsáveis por mais de 165 publicações, entre revistas, edições especiais e anuários. []
Globo?Editoras menores vendem mais ao governo federal
Tainã Bispo
17/10/2006
As regras para a divulgação de livros didáticos nas escolas públicas mudaram. E o jogo virou a favor das editoras de menor porte. A portaria número 2.963, publicada em agosto de 2005, proibiu "realizar a divulgação dos materiais diretamente nas escolas", assim como eventos ou palestras dentro desses locais públicos e o oferecimento de brindes durante o processo de escolha do livro didático - feito de forma descentralizada pelo professor ou diretor da escola. Essas barreiras minaram o poder de fogo de alguns grupos editoriais (ver quadro), que até então destinavam grande parte da verba publicitária ao relacionamento entre seus representantes e esses funcionários públicos.
Em setembro deste ano, o governo federal - maior comprador de livros do Brasil - fez a compra para os livros de 1ª a 4ª série do ensino fundamental para os próximos três anos (além da compra de reposição entre 5ª e 8ª séries). Nesse novo cenário, muitas das grandes editoras do setor não obtiveram o mesmo desempenho que o realizado na venda de 2004.
Agora, todas as companhias divulgam seus títulos da mesma forma: por "remessa postal". "As editoras pequenas têm títulos com a mesma qualidade, mas na hora da comercialização são prejudicadas", afirma Renato Guimarães Adur, diretor da Base Editora, sediada em Curitiba.
A empresa, há onze anos no mercado, teve 13 títulos aprovados no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2004, uma quantia equivalente a R$ 1,4 milhão. Para o programa de 2007, foram 28 obras aprovadas, vendidas por R$ 7,7 milhões. Mesmo o governo tendo selecionado um maior número de títulos no último PNLD, Adur explica que a portaria influenciou de forma decisiva o crescimento da Base.
Francisco Azevedo de Arruda Sampaio, sócio-diretor da Editora Sarandi, diz que o processo ficou mais justo. "Mudou-se o comportamento na hora da compra", afirma. "Com isso, abriu-se espaço para editoras pequenas". Este foi o primeiro ano em que a editora participou do PNLD e, com dez títulos aprovados, vendeu R$ 4,8 milhões.
Mas a portaria não foi criada com o único objetivo de proteger as editoras menores. A regulamentação de uma das etapas do processo - período de 40 dias em que os professores e diretores escolhem os títulos - ocorreu devido ao número de reclamações. "Havia situações de denúncias, principalmente da interferência das editoras nessa fase", diz Silvério Moraes da Cruz, presidente da Comissão de Julgamento dos Programas do Livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Segundo Cruz, a idéia foi isentar o professor da pressão que as editoras fazem e criar uma "situação de regularidade em que todos pudessem participar de igual para igual".
Nem todos concordam. João Arinos Ribeiro dos Santos, diretor-presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros) e diretor-geral da Abril Educação, que possui os selos Ática e Scipione, diz que "o professor deve ter direito a maior quantidade de informação sobre o livro".
"Reconhecemos que pode ter havido excessos na divulgação, mas acreditamos que a forma de coibir isso não é proibir a divulgação", diz Santos. Ele explica que antes da publicação da portaria, a Abrelivros já havia lançado, em março de 2005, um código de ética próprio aos 30 associados.
Neste ano, diz Santos, algumas editoras mudaram a estratégia de marketing, fazendo a divulgação do livro fora da escola - até na casa dos professores. Mas ele reconhece que a Ática e a Scipione não tiveram tanto êxito. Mesmo com um maior número de títulos aprovados este ano, os selos da Abril Educação tiveram queda nas vendas. A Ática, por exemplo, vendeu R$ 59,3 milhões, uma queda de 31% em relação a 2004.
As regras podem ficar ainda mais duras. O FNDE estuda reescrever partes da portaria que "não ficaram muito claras", explica Cruz. A nova versão será publicada até fevereiro, detalhando algumas normas e punições. A Abrelivros tenta reverter essa decisão.
Sobre a "denúncia" da Época e como a mídia a tratou:
[/b]CRISE POLÍTICA
Carta Capital
em 23/8/2005
"Pobre País, Com Este Jornalismo", copyright Carta Capital, 24/08/05
"O episódio da ‘confissão’ que não houve na revista Época, e a reação do resto da mídia, com raras exceções,é mais um emblema da hipocrisiae do cinismo dos donosdo poder e dos seus sabujos
O burburinho que antecipou a publicação da entrevista de Valdemar Costa Neto à revista Época levou o presidente Lula a atrasar por algumas horas o pronunciamento que fez à Nação na sexta-feira 12. Segundo vários comentaristas supostamente bem informados, Lula queria ler a entrevista antes de fazer seu discurso. O interesse do presidente foi atiçado pela principal chamada colocada abaixo do título A Confissão: ‘Lula sabia do acordo de R$ 10 milhões com o PL’.
A ‘denúncia’ não apenas atrasou o discurso presidencial, como teve ampla e imediata repercussão em toda a mídia - desde sites na internet até o Jornal Nacional, passando pelos principais jornais do País no dia seguinte -, além de impacto sobre o chamado mercado, com reflexos no dólar e na Bolsa de Valores.
Na edição de CartaCapital que circulou um dia depois de Época, a revista desmontou a suposta ‘confissão’. Em 30 de outubro de 2002, CartaCapital havia noticiado que quatro meses antes, em junho de 2002, Lula e José Alencar estiveram presentes em uma reunião na qual PT e PL selaram um acordo eleitoral com vistas à eleição presidencial. Um acordo político e financeiro no valor de R$ 10 milhões. Um acordo, então, dentro da legalidade, relatado em detalhes na reportagem assinada por Bob Fernandes.
Um detalhe pitoresco: dias antes da entrevista de Costa Neto à Época, a assessora de imprensa do PL esteve na Editora Confiança, que publica CartaCapital, para adquirir dois exemplares da edição 213, que noticiou o acordo entre os dois partidos em outubro de 2002.
A ‘confissão’ publicada em Época seria motivo de pilhéria não fosse o impacto que causou. Uma denúncia que não é denúncia foi capaz de afetar o horário do discurso do presidente do País, mexer com os humores do mercado financeiro e ser notícia em todos os meios de comunicação - com especial ênfase nos veículos das Organizações Globo, de alto a baixo, que valorizaram a ‘denúncia’ da revista da casa.
É estranho, para não dizer suspeito, o comportamento da mídia depois de CartaCapital ter tornado público o episódio. Pouca gente o considerou e a maioria fingiu que não leu. Registre-se, de cara, uma exceção, o site Blue Bus, noticiário on-line sobre mídia e publicidade, que notou: ‘Fraude na revista Época, quem enganou quem? Das duas uma, ou o deputado enganou a revista ou a revista enganou os leitores’.
Veículos especializados em mídia, como o site Comunique-se, ou jornalistas que acompanham o assunto diariamente em órgãos não especializados, como Nelson de Sá, dono de uma coluna chamada Toda Mídia, na Folha de S.Paulo, simplesmente ignoraram o caso. Ou seja, fingiram considerar que era um tema sem importância, diante de notícias como ‘Rádio Record anuncia novos nomes na cobertura esportiva’ (Comunique-se) ou com o fato de o programa Pânico na TV ter colocado um ator chamado ‘Lula’ no alto de uma plataforma e feito piada sobre o risco de ele ‘cair’ (Folha).
A notícia também passou por entre as pernas dos editores do Estadão, mas não de seu editorialista. Num texto intitulado ‘Ruim com ele, pior sem ele’, publicado no alto da página 3, na edição de sábado 13, depois de mais uma vez destilar preconceitos contra o ex-metalúrgico que virou presidente, o editorial lembra que a ‘denúncia’ da revista Época havia sido noticiada anteriormente por Bob Fernandes, em 2002. E só. Haverá algum veto ao nome desta publicação nas páginas do Estadão? Ou ao diretor de Redação desta revista, que trabalhou por quase quatro anos na empresa, sempre com empenho e lealdade, tendo fundado e dirigido a edição de esportes do Estadão e o Jornal da Tarde? Cartas para a redação. Aliás, se viu ilegalidade no acordo noticiado por CartaCapital, por que o Estadão não publicou nada a respeito?
A revista Imprensa, que cada vez faz menos jus ao nome, tratou o tema com desdém em seu portal na internet: ‘CartaCapital se queixa da concorrente por não receber os créditos das informações as quais a Época vendeu como exclusivas’.
Um boletim informativo sobre a imprensa, Jornalistas & Cia, publicou uma entrevista com o autor da reportagem de Época, explorando ‘os bastidores da capa que elevou a temperatura da crise’. No texto diz-se que a publicação ‘foi seguida de um protesto da CartaCapital sobre ter publicado notícia semelhante em outubro de 2002, o que anularia a exclusividade de Época’. Texto mal escrito e ingênuo. Só podemos imaginar que Eduardo Ribeiro, jornalista sério, diretor da publicação, não participou da sua edição.
Jornais, emissoras de tevê e rádio que repercutiram a entrevista de Época não corrigiram a informação depois que se demonstrou publicamente que ‘a confissão’ era notícia velha, destinada, como parece, a ‘aumentar a temperatura da crise’. Apenas reafirmam uma tradição de soberba em relação aos próprios erros e de cumplicidade e corporativismo, exacerbada nestes dias em que o governo Lula é alvo de denúncias graves.
A desculpa da revista Época, além de pífia, beira o cinismo. ‘A passagem na qual o presidente do PL narra a reunião que teve com o presidente e o vice-presidente da República, então candidatos, e dirigentes do PT é apenas um dos elementos da entrevista - e não seu principal foco. Tanto que a repercussão desta matéria deu-se em função da declaração de que Lula sabia do acordo envolvendo dinheiro’, disse Aluizio Falcão Filho, diretor de Redação. Como assim? Desde que a edição 213 de CartaCapital circulou, era do conhecimento público que Lula sabia do acordo. Presenciou o acordo. Instruiu José Alencar sobre como se portar em relação ao acordo. Será que Falcão não leu a reportagem de CartaCapital? Será, como sugere Blue Bus, que Costa Neto enganou o diretor de Redação de Época?
O comportamento da revista das Organizações Globo também foi tema de dois textos do Observatório de Imprensa, um veículo especializado em media criticism, na internet. Um deles, intitulado ‘Receita de uma notícia requentada’, descreve o engodo e relembra que não é a primeira vez - muito pelo contrário - que uma notícia antecipada por CartaCapital é ignorada por seus concorrentes.
Em outro texto, ‘Da arte de comer mosca e imaginar-se pitbull’, o editor do site, Alberto Dines, culpa ‘o corporativismo e a indolência’ da imprensa pelo fato de uma série de notícias que ligam veículos de comunicação ao escândalo do Mensalão não ter prosperado. Depois diz que, ‘quando a CartaCapital, em 30 de outubro de 2002, contou parte da história sobre o acordo entre o PL e o PT, ninguém foi atrás. Nem a própria revista’.
As duas acusações não fazem justiça a CartaCapital. Esta revista noticiou, com chamada de capa, o jogo de chantagem entre as editoras Abril e Três a respeito da publicação de informações sobre a entrevista da secretária Fernanda Karina à revista IstoÉ Dinheiro (edição 348, 29 de junho de 2005). Noticiou que o jornalista Gilberto Mansur intermediou um encontro entre Domingo Alzugaray e Marcos Valério. Noticiou as diversas suspeitas que envolvem o jornalista Leonardo Attuch, autor da entrevista, no episódio... Também não é correto afirmar que ‘nem a própria revista’ foi atrás da história do acordo PT-PL na ocasião. Como já foi dito, em outubro de 2002, não havia indícios de ilegalidade no acordo.
Sem perder de vista em momento algum que todos os envolvidos em corrupção, arrecadação ilegal de recursos, tráfico de influência e quantos outros crimes forem descobertos devem ser punidos, CartaCapital não compartilha do sentimento, visível em quase toda a mídia, de que esta crise é uma oportunidade sem-par para destruir o PT, sangrar Lula e enterrar para sempre o sonho de um governo de esquerda no Brasil."
Interesses existem de todos os lados.
Na verdade, no final se resume a isso, uma guerra de interesses. E como o Barak falou, fico triste em ver todos nós sendo manipulados por esses políticos, de ambos os lados, cada um tendando puxar as coisas para os seu interesses...
Não digo que Alkimin não fosse fazer nada, ou que fosse um mau presidente.
Mas a hiporcrisia de um candidato em atribuir as falhas que ele e seu partido já cometeram no passado como se fossem apenas do candidato da oposição e como se os deste fossem muito piores, me deixa inconformado.
Não estou isentando ninguém.
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Só um parênteses. Não vejo problema nenhum em citar textos de outrem. Muito pelo contrário: garimpar escritos ou frases de outros e encadeá-los numa posição antagônica ou, ainda, encontrar contradições em textos de uma mesma pessoa também é uma arte.
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Sinto mas está enganado sim.Edinho_ escreveu:FHC: Sucatão
Lula: AeroLula
Se não me engano, a FAB deixou de comprar alguns caças para poder comprar o AeroLula.
O dinheiro para a compra do avião presidencial já estava previsto no orçamento para a reaparelhamento da FAB e já havia sido especulado desde o governo do FHC, quando este parou de usar o Sucatão após a pane que teve levando o vice e passou a usar jatos da TAM fretados para isso.
De acordo com os custos de deslocamento do presidente, o dinheiro gasto com a compra do avião se pagará em 10 anos.
A opção de se manter o sucatão em funcionamento era com certeza a mais cara, pois o avião dava altos custos de manutenção além de violar todas as normas atuais sobre ruídos, pagando multa a todo lugar que ia por conta disso.
Eu acho bobagem reclamar disso. É um grande gasto? Dava pra construir não sei quantos hospitais com o dinheiro? Dava. Mas existem outras coisas envolvidas aí que não podem ser medidas em dinheiro.
O avião não é do Lula, é da FAB, e tem funcionamento previsto para 30 anos, em que vai servir para todos os presidentes nesse período.
Tem o fato de o Brasil buscar status de potência diplomática internacional, o que o status de um avião próprio, que está sempre a disposição para qualquer momento de crise, quer queiram ou não, ajuda.
Já o programa FX não caducou por conta de não se ter o dinheiro ou ter se gasto esse para comprar o avião do presidente. Foi sim a indecisão do governo de se era mesmo uma boa levar a cabo o programa que o levou até o vencimento do prazo. Mas o dinheiro está lá.
A compra dos mirage F-2000 foi feita para quebrar um galho até que se decida exatamente o que se fazer. E no final das contas foi até bom que passasse o prazo, pois na época do programa FX, um dos concorrentes, o caça de última geração francês, o Rafalle, custava em torno de 100 milhões de euros, indo muito além da capacidade do orçamento de 700 milhões de dólares do programa FX. Com o tempo que se passou, a Força Aérea Francesa encomendou a compra de 100 unidades e assim o custo do caça caiu para um preço muito melhor, o colocando como uma opção excelente para o Brasil (não que tenha sido uma ação pensada e estratégica do governo, foi pura sorte mesmo):
http://www.terra.com.br/istoe/1866/econ ... usados.htm
Além disso, o Brasil tem investimentos em outras horas de defesa, como a compra de novos submarinos, um item essencial para a segurança de uma nação costeira hoje em dia, e a modernização dos que já temos.Rafale – Na avaliação dos especialistas, a compra dos 12 Mirage, em termos de custos, é um belo negócio. Apenas para efeito de comparação, o preço total de 60 milhões de euros corresponde a dois Rafale, o supercaça francês que é hoje o grande interesse da FAB e que tem tudo para ser a escolha definitiva do Brasil dentro de pouco tempo. Quando houve a concorrência do FX, o Rafale era muito caro, em torno de 100 milhões de euros a unidade. Mas uma enorme encomenda de 100 aviões, feita pela Força Aérea Francesa, viabilizou a produção e jogou o preço para baixo. Se esse preço, menos de US$ 45 milhões, for mantido para o Brasil, o negócio tem grande chance de ser fechado. Assim, os Mirage 2000 cumprirão apenas seu papel de quebra-galho, não deixando o Brasil desguarnecido enquanto os Rafale são fabricados. O negócio prevê transferência completa de tecnologia para a Embraer e para o Centro Técnico Aeroespacial (CTA).
E também a compra de mísseis BVR (Beyond Visual Range) ou mísseis além do alcance visual, outro item indispensável para a moderna guerra aérea. De nada adianta ter aviões bons sem esses mísseis, já que as mais modernas forças aéreas dispões deles. Nos recentes exercícios que o Brasil participou, nossos caças eram todos abatidos antes mesmo de ter chance de entrar em contato com os adversários, não apenas por serem obsoletos, mas por esses adversários possuírem esse tipo de equipamento que permitia que abatessem os Brasileiros antes de chegarem ao alcance das armas de que dispúnhamos.
Veja detalhes aqui:
http://www.defesanet.com.br/zz/dn_20OUT06.htm
Mais sobre o avião presidencial:
http://www.aer.mil.br/imprensa/enotimp/ ... imp015.htm
Mais sobre a compra de caças:
http://www.defesanet.com.br/zz/fx_mirage2000_fr_14.htm
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Se o Lula ganhar quem vai perder é o Brasil. A vitória do Lula confirmará que o velho Brasil, o Brasil retrógrado continua aí, vivo, firme e forte!
O Brasil dos pobres coitados que nem imaginam o que seja democracia e que por isso não estão nem em condições de exercê-la, por ignorância mas vão votar por um prato de comida. Esse é o Brasil do Lula. O Brasil do poder através do atraso de muitos.
Lula tornou-se tudo aquilo que um dia ele mesmo combateu! Se o Lula ganhar vai ser pior para o Brasil pois os outros partidos, os demais pilantras vão fazer conchavos para boicotar os petistas. Capaz de dar impechment, pior pra gente.
E o pior, o PT e o Lula sabem perfeitamente que a classe média não o aprova e não quer vê-lo na presidencia. Ele vai foder a classe média... pode crer! O PT é uma gangue política. Por que continuam usando a estrela vermelha como símbolo? Por que não trocam por um $ numa cueca?
Estava vendo um daqueles documentários de animais selvagens em que um grupo de leoas famintas atacam juntas um enorme animal, acho que um búfalo. O animal tentava a todo custo se desvencilhar das feras mas acaba sufocada e leva a mordida fatal no pescoço. É isso que estão fazendo com o nosso país!
Esse gigante "deitado eternamente em berço esplendido"... está sendo morto por todos esses "vampiros" políticos.
Chega! Acorda Brasil!
O Brasil dos pobres coitados que nem imaginam o que seja democracia e que por isso não estão nem em condições de exercê-la, por ignorância mas vão votar por um prato de comida. Esse é o Brasil do Lula. O Brasil do poder através do atraso de muitos.
Lula tornou-se tudo aquilo que um dia ele mesmo combateu! Se o Lula ganhar vai ser pior para o Brasil pois os outros partidos, os demais pilantras vão fazer conchavos para boicotar os petistas. Capaz de dar impechment, pior pra gente.
E o pior, o PT e o Lula sabem perfeitamente que a classe média não o aprova e não quer vê-lo na presidencia. Ele vai foder a classe média... pode crer! O PT é uma gangue política. Por que continuam usando a estrela vermelha como símbolo? Por que não trocam por um $ numa cueca?
Estava vendo um daqueles documentários de animais selvagens em que um grupo de leoas famintas atacam juntas um enorme animal, acho que um búfalo. O animal tentava a todo custo se desvencilhar das feras mas acaba sufocada e leva a mordida fatal no pescoço. É isso que estão fazendo com o nosso país!
Esse gigante "deitado eternamente em berço esplendido"... está sendo morto por todos esses "vampiros" políticos.
Chega! Acorda Brasil!

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marcos6969 escreveu: A VEJA demonizada aqui, não tem investimentos das grandes estatais. Teoricamente não tem RABO PRESO.
Última coisa: Não sou assinante da VEJA. Preferia outras, ultimamente nem essas outras... Dessa vez, felizente ou infelizmemte o Barbudo já ganhou... Mas continuo com Geraldo. Apesar dele defender a NÃO privatização eu sou favorável. MENOS CABIDE DE EMPREGO e MENOS CHACE DE QUEBRAR ESTATIAS (BANESPA).
A mídia no país é péssima e a VEJA consegue ser a pior de todas.
Inventa notícias aproveitando-se de fontes “sigilosas”, os artigos dentro da revista são escritos como verdades absolutas sem nunca expor os dois lados de um fato e defende sempre os interesses dos EUA no Brasil (como a ALCA) e no mundo (foi a única publicação a defender abertamente a Guerra do Iraque). Além daquelas matérias ridículas, como por exemplo, as que atacam o governo do Hugo Chávez (eleito democraticamente) na Venezuela classificando-o como ditadura ao mesmo tempo em que elogiam outros governos que são verdadeiras ditaduras (Emirados Árabes, Kuait, etc...) desde que aliados dos EUA.
A VEJA ataca o LULA não porque não tem rabo preso, e sim porque tem, mas é com os tucanos, é claro. Exemplo disso foi o apoio dado à FHC durante os seus oito anos de mandato.
E afinal, se é ter rabo preso com o governo ter anúncios de estatais publicados, então o que seria todos os milhares de anúncios de empresas privadas que enchem as páginas da revista? Não teria rabo preso com os grandes empresários que a sustentam?
A pergunta vale também para o resto da mídia.
Em relação às privatizações, qual o benefício para o país? Para que vender estatais lucrativas? Para enriquecer mais meia dúzia de empresários brasileiros ou estrangeiros? Acabar com o cabide de emprego é demitir três funcionários públicos concursados ganhando R$ 2.000,00 e contratar um ganhando R$ 500,00 trabalhando 12 horas por dia para poder aumentar os lucros de alguém?
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Reitero o que afirmou o colega Polster, aproveitando para tecer mais alguns comentários sobre o tema:
Você é dono de uma empresa lucrativa. Há indícios de que funcionários furtam materiais do estoque. O que você faz? Vende a sua empresa a preço de banana para se livrar do problema? Empresta o dinheiro para o comprador adquirir a sua própria empresa? Parece piada, mas essa é a política de privatização dos tucanos. Independentemente de ser a favor ou contra as privatizações, a verdade é que tal processo, quando realizado no exterior, foi muito diferente do que os tucanos aprontaram por aqui. Tal qual o índio que, submetendo-se ao trabalho escravo, carregava navios de pau-brasil em troca de bugigangas sem valor, ficamos apalermados mais uma vez.
O discurso nacionalista versus entreguista é mui antigo, atingindo seu ápice co confronto dos udenistas e petebistas (nenhuma relação com o PTB atual, diga-se de passagem), momento em que forças externas em conluio com parte da alta burguesia brasileira, forjavam um projeto re-colonizador do Brasil.
A questão a ser discutida é a seguinte: quem ganhou verdadeiramente com as privatizações da era FHC? Ou ainda, quando a grande mídia, através de seus astutos analistas, revela quais os melhores caminhos para o Brasil, de que Brasil estão se referindo?
Do minúsculo Brasil luxuoso que goza de todas as benesses proporcionadas pela riqueza? Ou seria do gigantesco Brasil miserável, que nada mais é que uma fábrica de sociopatas?
A quem serve aquele que escreve o que você lê? Se ele for servo do mesmo senhor que você, talvez valha a pena segui-lo, já que, historicamente, fomos de maneira bastante hipócrita subservientes aos donos do poder. Agindo assim, certamente, ninguém irá questioná-lo, pois você está seguindo o “pensamento único” da moda.
Seriam as empresas privadas tão sérias quanto aparentam nos anúncios dos seus produtos ou nas reportagens encomendadas? Sonegação, engodos, fraudes, resumindo, todo tipo de operações ilícitas que permeiam em suas respectivas contabilidades, também não seriam indiretamente uma fraude ao erário? E as filantropias, geridas por empresários particulares, que em sua esmagadora maioria, gozam das benesses da isenção fiscal, sem destinar 0,1% de sua receita bruta para o social? E as ONGS que exploram a miséria e infelicidade alheia, arrecadando milhões e distribuindo migalhas? Esses caras são melhores que os políticos? A resposta é não, pois todos nós estamos mergulhados na cultura caracterizada por aquilo que Mário de Andrade se referiu como “herói sem nenhum caráter”, em seu livro Macunaíma.
Voltando ao embate político atual, não me entusiasmo nem um pouco com esse governo que hoje é situação, mas acreditar na dupla PSDB/PFL, considerando quem são, o que foram e a quem serviram historicamente, seria de um messianismo de dar inveja aos sertanejos que veneravam o padre Cícero Romão Batista em Juazeiro..
Neste momento há um debate na TV. Amanhã, em alguns cursos superiores e escritórios, muitos “alckimistas” dirão que o pinóquio “venceu o debate, sendo a alternativa da ética e da moderna administração”, comumente ouvindo-se ainda que “um candidato tão preparado só perde a eleição porque o povo é ignorante...”, ou seja, a mesma papagaiada repetida pela mídia tucana.
Peço desculpas aos “alckimistas”, mas na idade que me encontro, que não é mais a Idade Média, não tenho como acreditar no elixir da vida eterna ou na transformação de merda em ouro, leia-se, candidato tucano em candidato comprometido com o povo.
Você é dono de uma empresa lucrativa. Há indícios de que funcionários furtam materiais do estoque. O que você faz? Vende a sua empresa a preço de banana para se livrar do problema? Empresta o dinheiro para o comprador adquirir a sua própria empresa? Parece piada, mas essa é a política de privatização dos tucanos. Independentemente de ser a favor ou contra as privatizações, a verdade é que tal processo, quando realizado no exterior, foi muito diferente do que os tucanos aprontaram por aqui. Tal qual o índio que, submetendo-se ao trabalho escravo, carregava navios de pau-brasil em troca de bugigangas sem valor, ficamos apalermados mais uma vez.
O discurso nacionalista versus entreguista é mui antigo, atingindo seu ápice co confronto dos udenistas e petebistas (nenhuma relação com o PTB atual, diga-se de passagem), momento em que forças externas em conluio com parte da alta burguesia brasileira, forjavam um projeto re-colonizador do Brasil.
A questão a ser discutida é a seguinte: quem ganhou verdadeiramente com as privatizações da era FHC? Ou ainda, quando a grande mídia, através de seus astutos analistas, revela quais os melhores caminhos para o Brasil, de que Brasil estão se referindo?
Do minúsculo Brasil luxuoso que goza de todas as benesses proporcionadas pela riqueza? Ou seria do gigantesco Brasil miserável, que nada mais é que uma fábrica de sociopatas?
A quem serve aquele que escreve o que você lê? Se ele for servo do mesmo senhor que você, talvez valha a pena segui-lo, já que, historicamente, fomos de maneira bastante hipócrita subservientes aos donos do poder. Agindo assim, certamente, ninguém irá questioná-lo, pois você está seguindo o “pensamento único” da moda.
Seriam as empresas privadas tão sérias quanto aparentam nos anúncios dos seus produtos ou nas reportagens encomendadas? Sonegação, engodos, fraudes, resumindo, todo tipo de operações ilícitas que permeiam em suas respectivas contabilidades, também não seriam indiretamente uma fraude ao erário? E as filantropias, geridas por empresários particulares, que em sua esmagadora maioria, gozam das benesses da isenção fiscal, sem destinar 0,1% de sua receita bruta para o social? E as ONGS que exploram a miséria e infelicidade alheia, arrecadando milhões e distribuindo migalhas? Esses caras são melhores que os políticos? A resposta é não, pois todos nós estamos mergulhados na cultura caracterizada por aquilo que Mário de Andrade se referiu como “herói sem nenhum caráter”, em seu livro Macunaíma.
Voltando ao embate político atual, não me entusiasmo nem um pouco com esse governo que hoje é situação, mas acreditar na dupla PSDB/PFL, considerando quem são, o que foram e a quem serviram historicamente, seria de um messianismo de dar inveja aos sertanejos que veneravam o padre Cícero Romão Batista em Juazeiro..
Neste momento há um debate na TV. Amanhã, em alguns cursos superiores e escritórios, muitos “alckimistas” dirão que o pinóquio “venceu o debate, sendo a alternativa da ética e da moderna administração”, comumente ouvindo-se ainda que “um candidato tão preparado só perde a eleição porque o povo é ignorante...”, ou seja, a mesma papagaiada repetida pela mídia tucana.
Peço desculpas aos “alckimistas”, mas na idade que me encontro, que não é mais a Idade Média, não tenho como acreditar no elixir da vida eterna ou na transformação de merda em ouro, leia-se, candidato tucano em candidato comprometido com o povo.
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http://blog.contrapauta.com.br/Polster escreveu:(...)A mídia no país é péssima e a VEJA consegue ser a pior de todas.
Inventa notícias aproveitando-se de fontes “sigilosas”, os artigos dentro da revista são escritos como verdades absolutas sem nunca expor os dois lados de um fato(...)
NÃO ADIANTA CORRIGIR OU NEGAR
Imprensa repete imprecisões,
até transformá-las em verdade
23 de Outubro de 2006 @ 17:42 por Alceu Nader
A imprecisão do noticiário tem servido, desde as matérias iniciais sobre o caso do mensalão, para alimentar um comportamento típico de imprensa comprometida. Solta-se uma acusação ou indução que pode ser verdadeira ou mentirosa. Se for verdade, o leitor encontrará “como tal jornal ou revista ou emissora antecipou…” Mas, se se tratou de meia verdade ou mentira completa à espera de posterior investigação, o quadro é outro: ou não se noticia o desmentido, ou se ignora a conclusão e mantém-se a divulgação da informação falsa.
Um exemplo: durante a enxurrada de denúncias do segundo semestre do ano passado, acusou-se o Banco BMG de ter sido beneficiado por receber autorização para explorar o crédito consignado antes dos concorrentes, em contrapartida aos empréstimos que concedeu ao PT e a Marcos Valério. Mais: o mesmo BMG, segundo a segunda denúncia, teria sido beneficiado, em contrapartida ao empréstimo, com um negócio de pai para filho com a venda de sua carteira de clientes com empréstimos consignados para a Caixa Econômica Federal.
Ambas as denúncias foram desmentidas:
1) O BMG obteve autorização para explorar o crédito consignado um ano após a assinatura da Medida Provisória 130, que criou a facilidade, um mês antes dos demais bancos. A Febraban, que reúne todos os bancos, soltou nota oficial negando qualquer irregularidade;
2) O TCU, em decisão unânime de seus ministros, de junho deste ano, considerou regular a transação de carteiras entre a Caixa e o BMG.
O BMG mandou publicar a conclusão da Febraban nos jornais, já que a acusação continuou sendo mencionada, mas pouco ou nada adiantou.
Quando saiu a decisão dos ministros do TCU, apenas a Folha de S.Paulo e O Globo noticiaram; os demais jornais, revistas e telejornais se omitiram.
Passados três meses da decisão, a revista Exame desta quinzena traz a nota interrogativa “Um benefício para o BMG?”. O texto trata das recentes medidas para redução do custo do crédito e, com base em “fontes do setor”, induz que “o BMG foi novamente favorecido por uma decisão governamental”. Não pára aí. A revista ainda traz que, ”envolvido até a medula no escândalo do mensalão, o BMG foi o primeiro banco privado a operar o crédito consignado para aposentados - privilégio que permanece inexplicado até hoje, mas que ajudou a instituição”. Exame pertence à Editora Abril, que também publica a revista Veja.
Outra imprecisão, esta da ordem do dia e ainda repetida nos jornais, é o momento exato do telefonema do secretário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, a Jorge Lorenzetti, apontado pela Polícia Federal como mentor da compra do dossiê furado. As imprecisões estão servindo de novo como bumbo para a oposição, tal como ocorreu durante as CPI dos Correios e dos Bingos. A diferença é que, agora, mira-se diretamente no afastamento de Lula, caso se confirme sua reeleição no próximo domingo.
Carvalho diz que ligou para Lorenzetti por volta das 9h30, assim que ficou sabendo da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha, ambos ligados ao PT. (Nota: naquele momento, a PF ainda não tido descoberto o envolvimento de Lorenzetti na operação).
A nota “Pelo telefone”, do Painel, da Folha de S.Paulo, de sábado passado, é exemplo de imprecisão. Ela diz que “o vazamento da informação de que o churrasqueiro Jorge Lorenzetti trocou ligações com o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, antes e depois da frustrada tentativa de compra do papelório contra os tucanos acendeu a luz amarela no Palácio do Planalto”. Mas não explica que o “antes” foi duas semanas antes da prisão dos envolvidos, nem que o “depois” ocorreu quando a prisão dos envolvidos era a principal notícia de todos os portais e sites informativos.
O Estado de S.Paulo, na edição de ontem, pôs o ex-ministro José Dirceu na fogueira na reportagem “PF quer chamar Carvalho e Dirceu para depor sobre dossiê”. A reportagem cita “a PF” em todo o texto, mas não há uma única fonte identificada para as aspas que reproduz. Numa dessas aspas, atribui ao desconhecido que prestou informações à reportagem que Dirceu e Lorenzetti conversaram “num momento muito próximo” da prisão. Noutra, que incrimina Gilberto Carvalho, diz que ele conversou “poucas horas depois” da prisão. José Dirceu já reagiu, indignado, em seu blog, explicando a circunstâncias desses telefonemas em duas inserções (clique nos links ao final desse texto).
Outra imprecisão monumental, para não dizer mentira cabeluda, encontra-se na reportagem “Tucano aposta em virada e cobra origem do dinheiro’, do mesmo Estado de ontem. A reportagem, assinada por Cida Fontes, descreve a passagem do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, por Uberaba. No último parágrafo, solta: “Após o ato político, o tucano andou no centro de Uberaba, distribuindo beijos e abraços e correspondendo à ansiedade do público feminino, que chamava a atenção com suspiros e gritos”
Até o segundo turno, Alckmin pode se tornar um sedutor irresistível.
Não deu outra
PEDIDO DE DIREITO DE RESPOSTA
DA COORDENAÇÃO DA CAMPANHA DE LULA
À CAPA DA REVISTA VEJA É CENSURA,
DIZ ENTIDADE PATRONAL
20 de Outubro de 2006 @ 13:13 por Alceu Nader
Na inserção de ontem, o blog chamou a atenção para a reação das entidades patronais da grande mídia quando cidadãos e/ou empresas que se sentiram prejudicados pela veiculação de informações inverídicas e/ou danosas acionam a Justiça. Quando isso ocorre, dizia, a reação é de que a reivindicação de direitos de resposta e ações indenizatórias são tidas, pelas empresas de mídia, como cerceamento à liberdade de imprensa. Não deu outra. No O Estado de S.Paulo de hoje, a confirmação: dois “representantes de entidades ligadas à imprensa brasileira” (por que a vergonha de falar “representantes das empresas da indústria de mídia”?) aparecem no jornal para denunciar a ameaça à liberdade de expressão.
De novo, a mesma música, motivada pela postura de não aceitar responsabilidade jurídica, civil ou criminal pelo que divulgam. A reação dos dois entrevistados pelo jornal refere-se à ação que os coordenadores da campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva movem contra a reportagem de capa da revista Veja desta semana. Nela, difunde-se a tese de que o governo federal, tendo à frente o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, interferiu no trabalho da Polícia Federal para “abafar” o envolvimento do ex-assessor de Lula, Freud Godoy, no caso da compra do dossiê furado contra José Serra, governador eleito de São Paulo.
Diz o representante da diretoria da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Alfredo Nastari: “Vemos sempre com preocupação a tentativa de partidos ou de grupos que tenham seus interesses contrariados de responsabilizar setores da imprensa porque, por trás disso, parece que o interesse é de coerção da liberdade de imprensa.”
Para ele, não há necessidade do pedido de reparação – embora o julgue legítimo – “porque neste momento a campanha do presidente tem amplo espaço diário na mídia, principalmente no rádio e na TV - com inserções entre a programação e os programas eleitorais -, para rebater as afirmações feitas pela reportagem e com possibilidade de atingir até mesmo uma parcela maior da população”.
Em outras palavras, significa que a mídia escolhe seu candidato preferido e despeja o que quiser contra o adversário. Este, se quiser, que use o tempo que tem para divulgar propostas para se defender do material que julgou ofensivo.
A decisão está com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso aceite os argumentos dos promotores da ação – de que a reportagem é “caluniosa, injuriosa e inverídica” – a revista será obrigada a dedicar igual espaço, inclusive a capa, para a publicação do desmentido.
O membro do conselho da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ricardo Viveiros, também comparece na reportagem do Estado, mas com outro discurso. Ele se recusa a adotar o argumento do representante das editoras de revistas – o da “estratégia de coerção” – e completa que cada parte “usa, legitimamente, a regra do jogo da forma que lhe convém”.
Dois pesos, duas medidas
SILÊNCIO NAS CONDENAÇÕES DO CASO
ESCOLA BASE DERRUBA DISCURSO ÉTICO
Mídia prepara nova artilharia na reta final do segundo turno
20 de Outubro de 2006 @ 00:36 por Alceu Nader
A inserção anterior, sobre o Observatório Brasileiro de Mídia (OBM), motivou pesquisa sobre a função dos media watchdogs, os vigilantes da mídia. A maioria das ONG funciona nos Estados Unidos, com arco de atuação que atende a todas as correntes ideológicas. Lá, como em vários países, os vigilantes da mídia formam ativa parceria com escritórios de advocacia cidadã na formulação das ações indenizatórias e corretivas. Temidos, os vigilantes fazem com que grandes grupos de mídia do exterior preservem anotações e gravações integrais do material apurado para as reportagens, para responder a uma eventual contestação ou ação judicial. Os processos contra abusos atacam no ponto mais frágil das empresas: o bolso dos seus acionistas.
As ONG mais poderosas têm até mesmo lobby no Congresso, como é o caso da liberal conservadora AIM (Accuracy in Media), dos EUA, que se conta com estrutura superprofissional para vigiar a mídia mais poderosa do planeta. Seus alvos preferenciais são a publicação de obscenidades e abusos cometidos contra o consumidor/leitor. Mais: a AIM e outras ONG do gênero investigam também quais as razões que provocaram os grupos controladores da mídia a dar maior relevância para determinado assunto e, a partir daí, com novas informações, analisar o conteúdo da onda midiática.
Sob os olhos dos vigilantes, por exemplo, não passaria despercebido o fato de a revista Veja ter dedicado quinze capas seguidas - quase quatro meses - à exploração do caso do mensalão, com afirmações e induções que até hoje não foram confirmadas.
O Observatório Brasileiro de Mídia é ligado à rede Media Watch Global, com sede em Paris, que tem em seus observadores jornalistas, leitores/consumidores e acadêmicos, visando a justiça e a precisão das informações. O OBM, criado durante o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em 2003, até pelo próprio nome, pode complementar a atividade pioneira do Observatório da Imprensa, com dez anos de estrada, com medições e aferições como a apresentada nesta semana (ver inserção abaixo).
Há outras associações do gênero funcionando no Brasil, mas ainda falta muito para o país ter um sistema de defesa eficiente contra os abusos e transgressões cometidos pela mídia. O primeiro passo da longa caminhada será dado quando a pressão dessas entidades tirar os julgamentos de primeira instância das comarcas de bairro, onde os juízes são penetráveis a pressões, não contam com a necessária especialização e são facilmente engolidos pelos grandes escritórios de advocacia que atendem a mídia.
Tomando-se como exemplo o caso da Escola Base, o que se tem hoje, para o cidadão que decide enfrentar a mídia, é que prevalece a mesmíssima sensação de impunidade que colunistas e editoriais continuamente denunciam e condenam.
Para relembrar, em 1994, o casal proprietário e o motorista da pré-escola de São Paulo, Capital, tiveram suas vidas anuladas pelos erros de avaliação de um delegado do estado e a ampla e emocional cobertura da imprensa paulista. Os três eram acusados de seviciar e violentar crianças em idade pré-escolar. A onda midiática estendeu-se durante semanas, sempre contra os donos e o funcionário da escola, levada pelo embalo da busca da notícia mais sensacional e da nova revelação a confirmar o crime abjeto. No auge, um grupo de radicais destruiu a escola, enquanto seus donos eram mantidos na prisão diante de novos depoimentos e provas de culpabilidade que a mídia apresentava e o delegado engolia.
Doze anos depois, os processos contra as empresas responsáveis continuam inconclusos. A partir deste ano, as três vítimas conseguiram ultrapassar o obstáculo da segunda instância. Todas as empresas foram condenadas, mas decidiram recorrer da decisão. A Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo foram condenados a pagar, cada um, R$ 750 mil. As revistas Istoé e Veja também foram condenadas. A primeira, com indenização de R$ 360 mil; a segunda, de R$ 250 mil. Entre as emissoras de tevê, o SBT foi condenado a R$ 900 mil, depois de absolvido junto com a Bandeirantes em um julgamento posteriormente anulado. Para a Rede Globo, que lotou seu noticiário local com o caso, a sentença mais dura: R$ 1,35 milhão.
O registro dessas acusações praticamente inexistiu na imprensa, mantendo-se o código da Omertà para silenciar sobre o crime cometido. Nenhuma publicação ou emissora noticiou suas próprias condenações ou as das demais rés. Houve apenas uma exceção, a da Folha de S.Paulo, em duas ocasiões. Primeiro, por meio de uma nota de cinco linhas; segundo, em uma das colunas do ombudsman Marcelo Beraba. Na única e solitária manifestação, Beraba dizia não entender porque as empresas mantinham a estratégia de recorrer seguidamente às sentenças desfavoráveis diante de um caso que se tornou “emblemático”.
A condenação em massa não gerou considerações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) nem a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), e muito menos sensibilizou os acionistas das empresas condenadas para a discussão do problema e a adoção de novos procedimentos para se evitar a repetição do erro brutal. Para essas entidades e os controladores das empresas de mídia, o perigo mora nos controles que as sociedades organizadas dispõem, como os organismos reguladores e a reivindicação de pagamento de multas e indenizações. Ambos são tidos como ameaça à liberdade de imprensa e de expressão.
Comparado com o comportamento predominante no caso da Escola Base, tem-se a contradição. De um lado, apelam indefinidamente para não serem condenadas e, quando o são, escondem a informação. Do outro, demonizam a regulação do setor para manter o controle sobre o que julgam ser os verdadeiros valores morais e éticos do país.
É essa mesma e poderosa indústria que, agora, na reta final ao segundo turno, está na contramão da opinião pública refletida nas pesquisas eleitorais (leia, abaixo, a inserção anterior). Também é essa mesma indústria que se submeteu e apoiou os desvios do delegado da Polícia Federal que para que fotos do dinheiro apreendido no caso do dossiê furado fossem divulgadas às vésperas do primeiro turno.
Algumas empresas de mídia vêm investindo pesado, desde meados do ano passado, na inviabilização de um eventual (e cada vez mais provável) segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. A reversão das expectativas do investimento é desesperante, e novas tentativas de desestabilização do processo eleitoral estão sendo preparadas para os nove dias que faltam para o segundo turno.
Observatório Brasileiro de Mídia
traduz, em números, como os principais
jornais e revistas tratam Lula e Alckmin
19 de Outubro de 2006 @ 13:46 por Alceu Nader
O site do Observatório Brasileiro e Mídia (OBM), organização não-governamental que analisa o conteúdo difundido pela imprensa e meios de comunicação, acrescentou em seu site um estudo que mostra, em números, a impressão acumulada todos os dias de que os principais jornais e revistas não estão sendo equânimes no tratamento das notícias desse segundo turno das eleições presidenciais.
A tão esperada imparcialidade é uma quimera, mas a honestidade na escolha dos títulos, fotos, legendas, ilustrações e boxes - que são os componentes mais lidos – é uma obrigação jornalística em coberturas de acontecimentos importantes como a disputa eleitoral para a Presidência da República. O OMB reconhece essa importância nas suas justificativas desse projeto pioneiro.
Por jornal, destacam-se os seguintes pontos:
O Globo e O Estado de S.Paulo apresentaram 100% de abordagens negativas do presidente Lula, percentual que cai para 66,7% na Folha. No Jornal do Brasil, zero de abordagens positivas, 66,7% neutras e 33,3% negativas. No Correio Braziliense também zero de abordagem positiva, com as abordagens neutras e negativas com 50% cada.
O candidato Lula, no segundo turno, diz o OBM, “continuou a ter maior percentual de reportagens negativas (45,1%) do que positivas (25%). A principal mudança na cobertura das candidaturas”, continua, “foi o fato de a candidatura de Geraldo Alckmin ter tido um percentual de reportagens negativas; 42,4%, superior ao de positivas; 27,1%.” Nas 15 semanas anteriores da pesquisa, sublinha “essa situação só tinha ocorrido duas vezes, entre os dias 19 e 25 de agosto e 26 de agosto e 1º de setembro”.
Ao final do item jornais, o OBM conclui:
O desequilíbrio na cobertura das candidaturas à presidência da República vem sendo apontado pela pesquisa desenvolvida pelo Observatório Brasileiro de Mídia. Na última semana jornalistas conceituados como Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif, comentaram em seus blogs sobre o posicionamento da mídia. Luis Nassif caracteriza a reportagem da Carta Capital de “uma aula de jornalismo sobre o antijornalismo que parece ter tomado definitivamente conta da mídia”. Paulo Henrique Amorim afirmou que “Um golpe de Estado levou a eleição para o segundo turno”.
Nas revistas, o balanço apresenta o seguinte gráfico:
2ª semana do 2º turno
Alckmin
Negativo% - 25
Neutro% - 12,5
Positivo% - 62,5
Lula
Negativo% - 70
Neutro% - 20
Positivo% - 10
Lula Presidente
Negativo% - 50
Neutro% - 33,3
Positivo% - 16,7
Por publicação, relevam-se as seguintes conclusão:
Veja
100% de abordagem negativa da candidatura Lula, contra 100% de abordagem positiva da candidatura Alckmin.
Época
100% de abordagem negativa da candidatura Lula, contra 100% de abordagem positiva da candidatura Alckmin.
Istoé
50% de abordagem positiva e 50% negativa para a candidatura Lula, contra 33,7% de abordagem positiva e 66,7% negativa para Alckmin
Carta Capital
100% de abordagem neutra para a candidatura Lula, contra 50% de positiva e 50% de neutra para Alckmin.
Recomenda-se fortemente a leitura na íntegra no site do
Observatório Brasileiro de Mídia
http://www.observatoriodemidia.org.br/default.asp
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Co blog do Paulo Henrique Amorim
22/10/2006 16:15h
KAMEL NÃO É EVANDRO
Paulo Henrique Amorim
O que o Jornal Nacional fez na edição na véspera do 1º. Turno – quando ignorou a queda do avião da Gol e se concentrou em dar noticias contra o Presidente Lula – foi mais do que o tradicional “padrão Globo” de qualidade: um jornalismo parcial, militante, anti-trabalhista.
O que vem de longe.
A/O Globo ajudou a derrubar Vargas.
Tentou derrubar JK (mini-série, como se sabe, não é documento histórico).
Ajudou a derrubar Jango.
Foi o porta-voz dos “anos militares” (*).
Lutou contra Brizola.
Sempre foi contra Lula.
Quando Roberto Marinho mandava, era proibido ter “sobe som” do Lula, durante as campanhas presidenciais. Se Lula falasse swahili, o publico não saberia. Fora das campanhas, Lula só aparecia em situações que o prejudicassem.
A edição do Jornal Nacional da véspera da eleição foi uma intervenção no processo político muito mais profunda do que a edição do Jornal Nacional na véspera do segundo turno, que elegeu Collor.
A mídia – com a Globo à frente – levou a eleição para o segundo turno, é o que demonstra, com números, Marcos Coimbra, do Vox Populi, na edição da Carta Capital que está nas bancas.
E na entrevista que me concedeu, aqui, no IG: clique aqui para ler.
O que o Jornal Nacional fez na véspera do primeiro turno é outra coisa: é da categoria do “ódio”, da “vingança”.
É mais do que jornalismo militante, parcial.
E isso é obra de Ali Kamel, Diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo (sic).
O cargo de manda-chuva no jornalismo da Globo é provavelmente mais importante, no Brasil de nossos dias, do que o de Ministro da Justiça.
O Brasil já teve ministros da Justiça que eram coordenadores políticos de relevo. Tancredo Neves, de Vargas. Petrônio Portella, de Figueiredo. Fernando Lyra, de Tancredo.
O Ministro da Justiça de hoje faz política de forma ocasional. Por exemplo, quando foi jantar na casa do Senador Heráclito Fortes, em Brasilia, com o empresário Daniel Dantas, depois de a revista Veja publicar que o Presidente da Republica e o chefe da Policia Federal tinham contas secretas no exterior, de acordo com informação, segundo a Veja, de Daniel Dantas.
O manda-chuva do jornalismo da Globo é tão poderoso que pode mandar uma eleição para o segundo turno.
Tanto que na Globo, segundo a revista Carta Capital, chamam Kamel de Ratzinger, o guardião da doutrina da fé.
Nem sempre foi assim.
Evandro Carlos de Andrade também foi o guardião da doutrina da fé do jornal Globo e da tevê Globo.
Mas tinha uma diferença.
Evandro não deixava impressões digitais.
Ele dirigiu o Globo durante um largo período dos “anos militares” (*). E não deixou impressões digitais. (A não ser o próprio jornal que fez).
Na Globo, a mesma coisa. Evandro trabalhava como o Barão Scarpia. Um pelotão de fuzilamento acabava com Cavaradossi, mas Scarpia não precisava subir ao terraço do Castel Sant’Angelo. Até porque Floria Tosca já o tinha esfaqueado.
Kamel deixa impressões digitais.
Numa polêmica publica a respeito da participação da Globo na fraude da Proconsult, que tentou impedir a eleição de Brizola no Rio, em 1982 – polêmica que está na origem de meu livro ("Plim-plim, a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral", que escrevi na companhia da jornalista Maria Helena Passos) -, pude dizer a Kamel:
Não seja tão subserviente. O patrão não te pede tanto.
Nesse episodio do Jornal Nacional na véspera da eleição, Kamel foi, provavelmente, sobre-subserviente.
Foi para o campo do “ódio” e da “vingança”, quando um verdadeiro guardião da doutrina da fé, como Evandro, se teria comportado dentro dos limites tradicionais da Globo: parcialidade e anti-trabalhismo.
Kamel foi longe demais.
Vamos imaginar a hipótese de o presidente Lula se reeleger.
Assim como há a Lei da Gravidade, a Lei Geral de Telecomunicações vai ter que mudar. Isso afeta a Globo.
Não faz sentido você chegar lá, pagar R$ 250 mil, comprar uma licença, e colocar no satélite a emissora de tevê que você bem entender. Isso é possível nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Japão? Aqui, é assim que funciona. E isso vai ter que mudar. E isso afeta a Globo.
E a polêmica sobre se as operadores de telefonia podem ou não produzir conteúdo? Isso afeta a Globo.
Assim como muitas outras questões geradas pela convergência, e que terão quer institucionalizadas nos próximas quatro anos – com Lula ou Alckmin.
Interessa à Globo construir a imagem de “ódio” e “vingança”, que transparece das capas da revista Veja?
Muitos já disseram que o “ódio” da Veja é uma forma de “vingança” contra uma decisão do Presidente Lula sobre livros didáticos, que, este ano, deu um prejuízo à Editora Abril de R$ 40 milhões (clique aqui).
Porque o Ministério da Educação resolveu mudar uma pratica que beneficiava a Abril. E decidiu beneficiar editoras menores (clique aqui).
Até a edição do Jornal Nacional da véspera da do primeiro turno sempre se imaginou que a Globo preferisse um guardião da fé como o Evandro.
Evandro, antes de ir para a Globo, foi um dos melhores jornalistas políticos do país.
Morto Evandro, a Globo substituiu-o por Kamel, cujo obra jornalística está por construir-se – e não no passado.
Ate aqui, a Globo preferia um guardião da doutrina que não quisesse ser mais do que isso: um guardião da doutrina da família Marinho.
Kamel quis ser papa.
Como Ratzinger.
...................................................
(1) A expressão “anos militares” é usada pelo respeitável cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Parece-me mais adequada do que “ditadura militar”, que, no Brasil, mudou de significado.
22/10/2006 16:06h
BOECHAT CONTESTA ALI KAMEL
O editor-chefe do Jornal da Band, Ricardo Boechat, disse ao Conversa Afiada neste domingo, dia 22, que refuta qualquer argumento que deprecie o “banho” que o jornal da Band deu na cobertura do acidente com o avião da Gol. “Quero preservar os méritos do jornalismo da Band neste episódio”, disse Boechat.
Boechat explicou que a primeira nota do Jornal da Band no dia 29 de setembro sobre o acidente foi às 20h29. Essa nota informava categoricamente que “um avião da Gol caiu numa fazenda no Mato Grosso”.
Às 20h49 o Jornal da Band deu um primeiro boletim extraordinário em que informou que o Avião da Gol com 150 pessoas à bordo estava desaparecido havia mais de três horas e o último contato foi na Serra cachimbo.
Às 20h57 um segundo boletim extraordinário da Band informou que o acidente com o Boeing da Gol que tinha 150 à bordo foi provocado por um choque com jato Lregacy. Esse boletim informou também que o jato havia sofrido uma avaria na asa, mas pousou numa base da aeronáutica na Serra do Cachimbo.
Em sua resposta ao Conversa Afiada o próprio Ali Kamel diz que o Jornal Nacional do dia 29 de setembro terminou às 20h45. Kamel diz ainda que quando o Jornal da Band terminou, o Jornal Nacional já estava no ar havia 14 minutos. Ou seja, segundo essa versão de Kamel, o Jornal Nacional ainda tinha 18 minutos de edição para dar a notícia do acidente com o avião da Gol.
Na verdade, tinha 15 minutos porque o Jornal da Band terminou às 20h30, conforme informou Boechat.
Kamel disse também que o horário do Jornal Nacional estava alterado por causa do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Mas no dia 29 de setembro já não havia mais horário eleitoral no rádio e na TV. O último dia de propaganda eleitoral foi no dia 28 de setembro, quinta feira.
Segundo Boechat, o Jornal na Band não veiculou nenhuma nota especulativa sobre o acidente com o avião da Gol. Ele disse que o jornalismo da Band divulgou as informações à medida que elas foram confirmadas. Boechat ressalta ainda que o Jornal da Band se adiantou a todos os outros veículos, inclusive os sites da internet, na cobertura do acidente.
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Olha o chato de volta...
Mais um pouco sobre a "imparcialidade" da Veja.
Me lembro de ter lido este caso quando saiu, isso em agosto. Estava procurando as fontes originais mas não encontrei. Achei transcrições em blogs.
Queria colocar a matéria original da Veja, que saiu na coluna Radar, mas não encontrei.
A coluna noticiou um suposto jantar suntuoso do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, que teria ocorrido no restaurante Magari, incumbindo a ele uma certa "imagem".
Transcrevo a coluna que comentou o acontecido na revista Carta Capital e a nota do prórprio Gushiken:
http://conscienciapolitica.blogspot.com ... panha.html

Mais um pouco sobre a "imparcialidade" da Veja.
Me lembro de ter lido este caso quando saiu, isso em agosto. Estava procurando as fontes originais mas não encontrei. Achei transcrições em blogs.
Queria colocar a matéria original da Veja, que saiu na coluna Radar, mas não encontrei.
A coluna noticiou um suposto jantar suntuoso do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, que teria ocorrido no restaurante Magari, incumbindo a ele uma certa "imagem".
Transcrevo a coluna que comentou o acontecido na revista Carta Capital e a nota do prórprio Gushiken:
http://conscienciapolitica.blogspot.com ... panha.html
http://politika2.blogspot.com/2006/08/g ... -veja.htmlCarlos Lacerda é padroeiro da campanha tucana...
26 Agosto, 2006
Carlos Lacerda é padroeiro da campanha tucana...O orelhudo continua em pauta...A Veja, como sempre, espanta o País...
Por Redação CartaCapital
1.Fernando Henrique Cardoso não é Carlos Lacerda, este escrevia bem e falava ainda melhor. Mas uma semelhança existe: embora cada qual a seu feitio e afinado com sua quadra histórica, ambos são golpistas.
Na segunda-feira 21, o ex-presidente da República, diante de uma platéia de 200 pessoas, informou-as, desabrido, a respeito do risco que o Brasil corre de virar uma Venezuela, vítima da indiferença da população, conformada com a corrupção e o descrédito das instituições. Referia-se ao crescimento de Lula nas pesquisas, a despeito do chamado mensalão.
Talvez saudoso das Marchas da Família, com Deus e pela Liberdade, FHC entende que somente “um curto-circuito” pode devolver à nação o poder de se indignar. E, coerente, reclamou a presença na ribalta de alguém capaz de eletrizar o País. Como foi Carlos Lacerda, eletricista de inúmeros curto-circuitos, a começar pela crise que levou Getulio Vargas ao suicídio. Primeiro passo a caminho da tentativa de impedir a eleição de Juscelino Kubitschek, da renúncia de Jânio e, enfim, do golpe de 1964.
Com Lacerda diz FHC não ter afinidades, nele reconhece, porém, e louva, “a capacidade de dramatizar e de cobrar”. “Foi recado para o meu partido”, declarou depois do pronunciamento, a indicar que da campanha tucana espera maior agressividade. Prontamente, o coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra, fez eco: “Falta realmente indignação diante dos escândalos, uma indignação que Carlos Lacerda ajudou a levantar no passado”.
Entre atônito e perplexo, pergunto aos meus pacientes botões que significa a alusão à Venezuela, onde o plano do golpe nasceu da “indignação” dos vetustos e ferozes donos do poder, nem mais nem menos como no Brasil dos começos da década de 60, quando as marchas eram nutridas pelos privilegiados e pelos aspirantes ao privilégio.
Temo que os eletricistas tucanos sonhem com um curto-circuito gerador do impasse. Portanto, da ruptura antidemocrática. E tudo o que conseguem é passar o espanador sobre o embolorado modelo golpista tão admiravelmente representado por Carlos Lacerda.
2.O jornalista Paulo Henrique Amorim entregou ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, documentos pelos quais se provaria que o banqueiro Daniel Dantas dispõe de meios para abrir contas no paraíso fiscal das Ilhas Cayman. Os papéis figuram agora no inquérito sobre o dossiê publicado pela revista Veja, em meados de maio, que apontava como correntistas o próprio Paulo Lacerda, o ministro Márcio Thomaz Bastos e até o presidente Lula.
Segundo Veja, as informações do dossiê foram passadas pelo banqueiro e por pessoas indicadas por ele. Dantas nega. Os mais variados eventos não deixam, contudo, de demonstrar que o orelhudo se habilita a façanhas retumbantes. O fato de que a PF tenha confirmado a posse dos novos documentos à repórter Andréa Michael, da Folha de S.Paulo, parece revelar a intenção do delegado Lacerda de mandar recado ao irrequieto DD.
Resta apurar a veracidade da documentação, bem como o mistério encerrado no disco rígido do Opportunity, cuja abertura a juíza Ellen Gracie se obstina a não autorizar, em nome de argumentos já desfeitos, inclusive por várias reportagens de CartaCapital. A solução do caso é, de verdade, muito fácil. Bastaria convocar para a abertura do disco, sob a supervisão da própria juíza, representantes de Daniel Dantas, do Ministério Público e da PF. Com o compromisso de não revelar os nomes de residentes no exterior. Quanto aos indígenas, estão contra a lei.
3.A Veja não se cansa de nos surpreender. Às vezes, de espantar. Na coluna Radar, assinada por Lauro Jardim, lemos esta semana que o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, janta em restaurantes finos, toma Château Latour, fuma charutos cubanos e paga por um jantar no Magari, de São Paulo, acompanhado por um diretor de empresa de comunicação, 3.500 reais. Em dinheiro.
Observem como sabe viver um ex-sindicalista. Requintado, diz a revista, mas colho nas entrelinhas: novo-rico. O senador Heráclito Fortes, quem sabe a reencarnar Carlos Lacerda, chamou imediatamente a atenção para o comportamento de Gushiken. E até CartaCapital, tocada por tamanha ostentação, mergulhou no assunto.
Vejamos. O comensal de Gushiken não é diretor de empresa de comunicação, e foi ele quem levou o vinho, um Ducru-Beaucaillou comprado em Nova York por 54 dólares. O charuto era nacional e a conta, paga com cartão de crédito, foi 360 reais.
Presente no restaurante e, dizem os garçons, sentado nas proximidades da mesa do secretário, o advogado Modesto Carvalhosa. Certamente não hesitaria em confirmar a verdade factual. Certa também, em espírito, a participação de Daniel Dantas.
Tuesday, August 22, 2006
Gushiken desmente Veja
A revista Veja (edição 1970, desta semana - seção "Radar") publica nota recheada de erros de informação e graves equívocos, ao noticiar um inexistente jantar nababesco do qual eu - "ex-presidente do Sindicato de Bancários" - teria participado.
Encaminho, anexo*, as informações do restaurante, enviadas, hoje, para a revista Veja.
Lamento a publicação da nota pelas inverdades divulgadas e pelos prejuízos causados à minha imagem.
Infelizmente, a revista não adotou a boa prática jomalistica de confirmar previamente as informações recebidas. Assim, deu crédito a fonte mal intencionada.
Para o restabelecimento da verdade, vou buscar, junto à revista, as devidas correções, ainda que retratações a posteriori não possam eliminar os efeitos deletérios já produzidos.
Luiz Gushiken
Brasília 21 de Agosto de 2006.
*ESCLARECIMENTOS DO RESTAURANTE MAGARI
São Paulo, 20 de agosto de 2006.
Em relação à nota publicada na seção "Radar" ( Veja edição 1070, 23 de agosto de 2006) que cita jantar do chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos, Sr. Luiz Gushiken, no restaurante Magari, cabe esclarecer:
-A nota de despesas totalizou R$ 362,89 pagos em cartão de crédito, e não R$ 3.500,00 em dinheiro, como erroneamente informado.
- O vinho consumido foi oferecido e levado por um cliente habitual da casa que o acompanhava, e não vendido pelo restaurante. A marca não era um Chateau Latour 1994, mas um Ducru-Beaucaillou 1999. O cliente nos informou que pagou pelo vinho cerca de R$ 130,00.
- Da mesma forma, os charutos fumados não foram vendidos pelo restaurante. Foram trazidos pelo próprio cliente, e eram charutos nacionais, e não cubanos.
- Por fim, lembramos que, conforme a própria revista já publicou ("Vejinha São Paulo, 22/06/05), "levar a própria garrafa é uma prática comum entre enófilos e tem ganho mais adeptos nos últimos anos com o crescimento do mercado de vinhos na capital" . Aliás, como a própria matéria informa, tal prática é permitida em nosso estabelecimento.
Lamentamos os erros da matéria e, sobretudo, eventuais prejuízos causados à imagem de nossos clientes.
Em anexo, segue a nota fiscal da referida conta.
Ramiro Lopes
Maitre do Restaurante
Magari R.G.26.545.303
Fone: 11-3073-0234
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http://conversa-afiada.ig.com.br/materi ... 007_1.html
21/10/2006 09:41h
A POLÍCIA FEDERAL NÃO É A DE FHC
Dantas jantou com FHC em 2002 e o delegado da PF que investigava a privatização foi afastado
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Paulo Henrique Amorim
A leitura do relatório do Dr. Diógenes Curado Filho, delegado da Policia Federal em Cuiabá, Mato Grosso (clique aqui), é uma rara peça de profissionalismo.
Torna desnecessário o empenho dos senadores Tasso Jereissati e Jorge Bornhausen (senador até 31/XII/2006) em fazer com que a OAB e o Ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, apurem o que aconteceu com a máfia dos sanguessugas – no que concerne ao papel do indiciado Gedimar Pereira Passos.
A parte referente ao papel de José Serra e Barjas Negri, na companhia do empresário Abel Pereira, deve ficar para investigação posterior.
O que é animador é a forma implacável com que um policial de uma instituição republicana investiga membros do Partido do Presidente da Republica.
Todo brasileiro deveria se orgulhar de ter uma Policia Federal que não parece se intimidar com a possibilidade de subir a rampa do Palácio do Planalto.
É muito diferente do que acontecia no Governo Fernando Henrique Cardoso.
O herói da privatização tucana, Daniel Dantas, jantou no Palácio do Alvorada com o Presidente Fernando Henrique Cardoso, num domingo, no inicio de 2002.
O resultado desse ágape é que o delegado da Policia Federal do Rio que investigava a privatização foi afastado e removido para a Ilha do Diabo, na companhia do Capitão Dreyfus.
Pouco depois, Luis Leonardo Cantidiano foi indicado para a Presidência da CVM, ele que era advogado de Dantas e um dos arquitetos do modelo de privatização.
E houve a “Noite de São Bartolomeu”, em que morreram decepados os diretores da Previ que se opunham a Dantas.
E ainda dizem que “nada mudou”.
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