Alguns casos que me lembro...
No caso Cicinho, o Atlético Mineiro, se a memória não me falhe, na época, não estava pagando os salários e o pior, não recolhia o FGTS, o Cicinho entrou com uma ação trabalhista e ganhou a causa. Qualquer trabalhador teria o mesmo direito, fosse ele um lixeiro, pizzaiolo ou diretor de empresa. Entrar na justiça e pedir desligamento da empresa. E ainda se o concorrente lhe oferecesse um contrato, teria todo o direito de trocar de empresa, uma vez que ela não cumpria itens básicos do contrato.
Há uns anos atrás, o Corinthians, sim o Corinthians, tirou um jogador do São Paulo, o lateral André Luiz, o mesmo que foi campeão mundial pelo São Paulo. Na época o jogador alegava que queria sair, que ganharia um salário melhor e etc. A diretoria preferia vender pro exterior, mas acabou vendendo pro Corinthians. Não lembro de na época o São Paulo reclamar de aliciamento.
Outro exemplo, vocês se lembram de como o Cafu foi parar no Palmeiras via Parmalat. O São Paulo fez de tudo pra evitar mas não teve jeito.
Em relação ao Reffis, o São Paulo recuperou o Zé Roberto e claro ele fechou contrato com o ... SANTOS!!!
No caso do Aloísio, lembro de entrevista do Jesus Lopes à rádio CBN, dizendo que o São Paulo procurou o Atlético pra fechar a compra dos direitos federativos, mas descobriu que os direitos federativos pertenciam ao Rubin Kazan. Só que o Atlético queria US$ 2 mi pra liberar o Aloísio sendo que os direitos pertenciam ao clube russo. Esta é a versão que ouvi aqui em SP. Parecia que eles queriam ganhar dinheiro sobre uma coisa sobre a qual não tinham direito.
Se o Jancarlos tivesse fechado com o Corinthians, os atleticanos teriam reclamado de aliciamento também?
O Kaká foi vendido por US$ 8.5 mi, segundo o Silvio Berlusconi, comprado a preço de banana, sendo que na época a multa rescisória era de mais ou menos de US$ 16mi. Por que vendeu por menos? Por burrice? Não, porque depois de alguns meses ele poderia sair de graça, graças à lei Pelé.
No ano passado o São Paulo perdeu o Mineiro, o Danilo e o Fabão e nem por isso reclamou que sofreu aliciamento. Vendeu o Josué por US$ 2 mi, outro que levaram a preço de banana. Aliciamento?
Com a lei Pelé, os clubes têm que se adaptar porque assédio sobre jogador bom, sempre vai ter, seja de clube daqui ou de fora, e os clubes ficaram menos protegidos com a lei. Acho que está havendo uma confusão entre assédio e aliciamento. Se o clube não cumpre o contrato ou o jogador tiver em fim de contrato e o empresário não quiser renovar, não adianta, enquanto esta lei não for mudada, o jogador não fica no clube. Seja no São Paulo, no Atlético ou no Ibiz. A lei é igual pra todos.
Meus caros, os casos que escrevi fiquei sabendo pela imprensa. Jornalismo esportivo, aqui, vocês sabem como funciona. No meio de muita verdade, sempre tem um pouco de mentira. Só acho que está havendo uma confusão entre aliciamento e assédio.
Em relação ao clube de coração de cada um, acho que NINGUÉM é 100% isento na análise. Nem acho que o meu clube seja 100% correto em tudo que faz, mas acho que há um certo exagero, em ALGUMAS críticas
É isso aí. Aguardo opiniões contrárias.
Saudações cordiais.