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#31 Mensagem por sonolento soneca » 02 Abr 2008, 13:04

Kengo escreveu:“INDISPENSÁVEL PARA O PAÍS QUE QUEREMOS SER”

A cpi dos cartões corporativos começou com uma reportagem "denunciando" o aumento significativo do uso dos cartões na esfera federal. A reportagem apontava o uso do cartão para aluguel de carros particulares e compra de tapioca a R$ 8,00 entre outras coisas.

Foram oito Reais que ainda sustentam essa CPI.


Num segundo momento descobriu-se que embora a União tenha gasto R$ 170 mi durante o ano de 2007, no mesmo período o governo do estado de São Paulo gastou a bagatela de R$ 108 mi, sendo R$ 48 mi em saques em dinheiro vivo em caixas eletrônicos.

Obviamente o tratamento dado pela mídia de São Paulo foi diferenciado.
Não posso dizer sobre toda a imprensa de São Paulo. No começo das denúncias sobre cartão corporativo a Folha fez uma reportagem sobre cartões corporativos e fez comparações entre os federais e estaduais, dizendo que os estaduais são cartões de débito e os federais de crédito; que em SP, que o governo paulista alega que todos os gastos estão no SIAFEM (acho que era este o nome), inclusive a comprovação dos gastos feitos através de saque em dinheiro. Mesmo o governo alegando transparência, a reportagem alegava que em alguns itens com nome de Despesas gerais ou nome parecido poderia haver desvio de verbas. Junto da reportagem havia uma carta do governo paulista rebatendo as críticas. Não vi nesta reportagem parcialidade.

Os cartões corporativos foram feitos para se dar mais transparência nas compras do governo. Quando há abusos, como no caso da Ministra que caiu, fica mais fácil de pegar. O principal é saber o que se compra com os cartões e com que finalidade.
Não acredito que não tenha havido irregularidades aqui em SP, como mostrou a reportagem, há gastos em que a prestação de contas não era das melhores.

Agora vc falar que oito reais sustentam uma CPI, é uma ‘forçação’ de barra.

Kengo escreveu: A última "denúncia" da Veja é o dossiê que teria sido montado dentro do palácio do planalto contra o ex-presidente FHC e sua esposa, Dona Ruth. Pobre destes dois.

Cravou-se a alcunha de chantagem em algo que tem a obrigação de ser de conhecimento público: o uso do dinheiro público por um ex-presidente da república.

Na própria Veja não se fala em gastos com o contra-cheque do ex-presidente da república tampouco do contra-cheque da ex-primeira dama.

Para a imprensa não importa o conteúdo deste "dossiê".

Não importa se gastava-se fortunas para abastecer a adega do ex-presidente de vinhos e champagnes.

...

Justo FHC que é um sovina notório, do tipo que espera alguém se oferecer para pagar o jantar.

...
Acho que aqui as pessoas analisam os presidentes como se fizessem uma caricatura. O FHC é burguês, esnobe, arrogante, estudou fora, não se mistura com o povo e fez tudo errado. O Lula é um bebum com sorte que não estudou, fala um português errado, e apesar de tudo, deu um jeito no Brasil. Acho que é uma análise muito superficial.

Ao contrário de vc, acho que os gastos dos presidentes devem ser confidenciais. Tanto do Lula, como do FHC, como do próximo presidente. Acho que a presidência é uma instituição que deve ser preservada. Se não, dá brecha pra pegar no pé do FHC se ele compra vinhos assim como daria se o Lula comprasse um whisky ou uma cachaça. Prestação dos gastos, acho que já fazem. Por que tornar público? Acho desnecessário.

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Kengo
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#32 Mensagem por Kengo » 02 Abr 2008, 16:22

O grupo Folha da Manhã controla os jornais Folha de São Paulo e Agora.

O grupo Estado controla os jornais Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, OESP Mídia, as rádios Eldorado AM e FM e a Agência Estado, a maior agência de notícias do Brasil.

O grupo Abril, bem, o grupo Abril É o grupo Abril.

Ao ler os respectivos editoriais percebe-se que há uma hegemonia de opiniões.

Embora estes três grupos não sejam sozinhos os “donos” da mídia paulistana, é ingênuo crer que eles não influenciam o restante das mídias... e que as que não são influenciadas por essa hegemonia levam o rótulo de “vendidos do PT” e as que apóiam o governo por terem ideologia esquerdistas são defenestrados pela hegemonia.

Tal qual o grupinho de crianças que não deixam o menino estranho participar de seu grupo.

Três grupos são donos de quase toda a mídia de São Paulo, logo não é muito dificil saber o que pensa quase toda a mídia de São Paulo.

Como você bem expôs, para a mídia, o problema dos cartões não é o fato do governo federal gastar R$ 170 mi e tampouco é o fato do governo de São Paulo gastar outros R$ 108 mi, sendo R$ 48 mi sacados em dinheiro vivo em caixas eletrônicos. O imoral para a mídia é o fato do governo federal usar cartão de crédito. Não importa a quantia gasta pela administração José Serra, afinal de contas ele usa cartão de débito, então há nada a se publicar dele, apenas do governo federal que usa cartão de crédito, isso sim é imoral.

Há parcialidade nisso?

Vou lhe dizer com que fatos analiso o ex-presidente Fernando Henrique:

* Assinou a nota do Real sem ser ministro da fazenda com objetivos claramente eleitorais, função que deveria ter sido exercida por Rubens Ricupero, aquele do “o ruim a gente esconde”.
* Aceitou meio milhão de Reais da Sabesp para o seu IFHC enquanto era presidente da república.
* Foi à Corte Peruana defender Alberto Fujimori.
* É ex-presidente da república, mas dá declarações como presidente da república.

Outros fatos:

O que o FHC tem de diferente de Sarney, Collor e Itamar Franco?
Por que não se compara Lula com estes outros?
Eles são ruins demais e estão no mesmo patamar que o Lula?
O FHC foi pego pra Cristo?
Creio que a resposta seja: Não vemos nenhum desses outros ex-presidentes da república dando palpites sobre o que o atual presidente deveria fazer ou deixar de fazer. A mídia não os procura.
Por que será?
Será que eles ligam diretamente ao presidente?
Será que FHC é tímido e fica mandando "recadinhos" pela mídia de São Paulo?
Será que FHC tem esse mesmo espaço fora de São Paulo?
Por que será que é só FHC que aparece dando opiniões –sempre negativas – sobre o governo Lula?

Quanto ao Lula, ele é tudo o que você disse. E ainda assim com todos esses defeitos ele não fez do Brasil um país pior do que outros ex-presidentes engenheiros, advogados e médicos .

Quanto a transparência dos gastos eu discordo de você

Se há gastos de “operações secretas”, elas não devem ser pagas com o mesmo cartão que se usa no dia-a-dia para pagar vinhos, whisky, cachaça, porta-retratos, presentes... é de uma burrice sem tamanho e serve de pretexto para que não se invetigue nada, aliás esse é o argumento do Lula. É o mesmo que dizer que nós não podemos saber o que é gasto com atividades secretas, mas que a administradora do cartão pode... rsrsrsrsrs

Quanto aos oito Reais que sustentam a CPI, não é forçação de barra não, sonolento. É o que sempre se fala quando se comenta a CPI dos cartões corporativos. É isso que ficou na cabeça da população, a tapioca. É isso que a mídia de São paulo queria, assim como ficou na cabeça do povo a cueca recheada de dólares, o milhão de dólares sobre a mesa atr´buídos a senadora Roseana Sarney... e por aí vai.

Você não é o único sonolento, soneca.

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#33 Mensagem por sonolento soneca » 03 Abr 2008, 12:02

Kengo escreveu: Como você bem expôs, para a mídia, o problema dos cartões não é o fato do governo federal gastar R$ 170 mi e tampouco é o fato do governo de São Paulo gastar outros R$ 108 mi, sendo R$ 48 mi sacados em dinheiro vivo em caixas eletrônicos. O imoral para a mídia é o fato do governo federal usar cartão de crédito. Não importa a quantia gasta pela administração José Serra, afinal de contas ele usa cartão de débito, então há nada a se publicar dele, apenas do governo federal que usa cartão de crédito, isso sim é imoral.

Há parcialidade nisso?
Vc começa este trecho assim: “Como você bem expôs, para a mídia...”. Não falei sobre a mídia toda, falei apenas sobre a Folha, que eu li e sobre a qual posso falar. Releia o que escrevi.

E só pra rebater outra crítica que você fez neste parágrafo, repito, falo sobre a reportagem da Folha, não estava escrito que o imoral estava no fato de o governo federal usar cartão de crédito e que pelo fato do governo paulista usar cartão de débito, não merecia críticas. Na matéria, o imoral estava no uso abusivo do cartão, ou em gastos em que não poderiam ser pagos com cartão. No caso da administração Serra, o que estava na matéria, era que o problema não era a quantia gasta e nem na quantia sacada e sim a prestação de contas que não era das melhores e que poderia acobertar alguns desvios.

Acho que a Folha, não toda a mídia paulista, foi bem imparcial na matéria. Só rebati uma crítica que achei injusta, de um jornal que leio e que por isso, posso comentar.
Kengo escreveu: Vou lhe dizer com que fatos analiso o ex-presidente Fernando Henrique:
...
* Aceitou meio milhão de Reais da Sabesp para o seu IFHC enquanto era presidente da república.
Se não me engano as doações foram feitas depois que saiu da presidência e não sei as cifras, nem se houve irregularidades nas doações. Não posso afirmar nada.
Kengo escreveu: * Foi à Corte Peruana defender Alberto Fujimori.
Não me consta que tenha defendido o Fujimori, não lembro de ter lido ou visto nada a respeito, então não posso opinar. Mas pra tirar uma conclusão ISENTA, teria que ler o discurso dele e não o que dizem que ele disse.
Kengo escreveu: * É ex-presidente da república, mas dá declarações como presidente da república.
Acho que ele fala como ex-presidente e acho que depois que o Lula sair, ele vai falar tanto quanto o FHC, principalmente porque vai ter peso político e sempre falará como ex-presidente.

Kengo escreveu: Outros fatos:

O que o FHC tem de diferente de Sarney, Collor e Itamar Franco?
Acho que os 4 são um diferente do outro, se vc incluir o Lula aí, são 5 presidentes, um diferente do outro. Se vc responder que os 4 são iguais e que o governo dos 4 são iguais porque ruins, acho que será uma simplificação das coisas.
Kengo escreveu: Por que não se compara Lula com estes outros?
Eles são ruins demais e estão no mesmo patamar que o Lula?
O FHC foi pego pra Cristo?
Creio que a resposta seja: Não vemos nenhum desses outros ex-presidentes da república dando palpites sobre o que o atual presidente deveria fazer ou deixar de fazer. A mídia não os procura.
Por que será?
Será que eles ligam diretamente ao presidente?
Será que FHC é tímido e fica mandando "recadinhos" pela mídia de São Paulo?
Será que FHC tem esse mesmo espaço fora de São Paulo?
Por que será que é só FHC que aparece dando opiniões –sempre negativas – sobre o governo Lula?
O Sarney não critica porque apóia. O Collor não critica mais o Lula porque prefere criticar os tucanos e sinceramente, ninguém está muito interessado em ouvi-lo. E o Itamar, posso estar errado, mas acho que nem em seu estado, falam dele ou querem ouvi-lo.
E acho ainda que ouvem mais o FHC porque o Brasil está polarizado entre o PSDB e o PT.
Kengo escreveu: Quanto ao Lula, ele é tudo o que você disse. E ainda assim com todos esses defeitos ele não fez do Brasil um país pior do que outros ex-presidentes engenheiros, advogados e médicos .
O que não significa que presidentes que sejam engenheiros, médicos ou advogados não podem ser melhores que o Lula. Acho que quanto mais estudado, melhor pode ser o presidente, O QUE NÃO SIGNIFICA QUE SÓ O ESTUDO IMPORTA. O próximo presidente receberá o Brasil muito melhor que os outros ex-presidentes receberam e que o Lula recebeu e se o ambiente externo continuar favorável como no período do governo Lula, acho que o próximo presidente, MESMO QUE NÃO SEJA MELHOR QUE OS OUTROS EX-PRESIDENTES, PODERÁ FAZER UM GOVERNO COM RESULTADOS MELHORES PORQUE AS CIRCUNSTÂNCIAS ASSIM O PERMITIRÃO.
Kengo escreveu: Quanto a transparência dos gastos eu discordo de você

Se há gastos de “operações secretas”, elas não devem ser pagas com o mesmo cartão que se usa no dia-a-dia para pagar vinhos, whisky, cachaça, porta-retratos, presentes... é de uma burrice sem tamanho e serve de pretexto para que não se invetigue nada, aliás esse é o argumento do Lula. É o mesmo que dizer que nós não podemos saber o que é gasto com atividades secretas, mas que a administradora do cartão pode... rsrsrsrsrs
E em relação aos gastos, se não são fortes os indícios de irregularidades, continuo achando que não devem ser divulgados.
Kengo escreveu: Quanto aos oito Reais que sustentam a CPI, não é forçação de barra não, sonolento. É o que sempre se fala quando se comenta a CPI dos cartões corporativos. É isso que ficou na cabeça da população, a tapioca. É isso que a mídia de São paulo queria, assim como ficou na cabeça do povo a cueca recheada de dólares, o milhão de dólares sobre a mesa atr´buídos a senadora Roseana Sarney... e por aí vai.

Você não é o único sonolento, soneca.
Mas o cara não foi pego com um monte de dólares escondido? No escritório do marido da Roseana não tinha mesmo um monte de dólares? Lógico que no caso da Roseana, o PSDB estava interessadíssimo no episódio, mas você preferiria que não fosse divulgado nada?

Continuo achando que é forçação de barra. O governo tá fazendo uma força danada pra que não se investigue nada, inclusive tentando ele próprio dar o rumo da CPI. Dizer que 8 reais de compra de tapioca sustentam uma CPI é o que eles querem que vc acredite.
Eu sou o soneca, mas é vc que precisa acordar... devolvi a provocação :D .

Vou tentar não responder todos os posts que discordo porque se eu continuar respondendo todos, acho que não vou conseguir trabalhar e criarei inimizades que eu não gostaria.


É isso.

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#34 Mensagem por NUMABOA » 04 Abr 2008, 19:16

ACHO ENGRAÇADO FORISTAS SE LAMURIANDO DA FOLHA E DA VEJA POR SEREM COMPROMETIDOS COM A "ELITE" E CITAREM COMO REFERENCIA JORNALISTAS CHAPA-BRANCA COMO LUIS NASSIF E PAULO HENRIQUE AMORIM.

NO BRASIL TEMOS O GRUPO DE JORNALISTAS LIGADOS AO LOBBY DAS GRANDES CORPORAÇÕES(QUE PODEM ESTAR A DIREITA OU A ESQUERDA,CONFORME O INTERESSE),DOS QUE SÃO IDEOLOGICAMENTE DE ESQUERDA E DOS QUE SÃO GOVERNISTAS(NÃO IMPORTANDO A IDEOLOGIA OU QUAL GOVERNO).
OS "ISENTOS" DEVEM EXISTIR,SÓ NUNCA VI.

CABE A NÓS RECEBER QQ NOTICIA COM ELEVADA DOSE DE CRITICISMO.

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#35 Mensagem por Carnage » 06 Abr 2008, 17:41

sonolento soneca escreveu:Acho que a Folha, não toda a mídia paulista, foi bem imparcial na matéria. Só rebati uma crítica que achei injusta, de um jornal que leio e que por isso, posso comentar.
Pois eu discordo totalmente. Houveram abusos maiores no governo estadual de SP do que no governo federal. Só que o governo estadual foi tratado com bastante parcimônia e luvas de pelica.
Só pra citar a imparcialidade da folha, outro dia ela noticiou "Mínimo tem aumento e vai para tantos reais", ao falar do aumento feito pelo governo federal, no outro dia noticia "Serra anuncia para São Paulo mínimo maior que o de Lula". Se isso é imparcialidade, então eu não sei o que essa palavra significa...
Kengo escreveu: * Foi à Corte Peruana defender Alberto Fujimori.
sonolento soneca escreveu:Não me consta que tenha defendido o Fujimori, não lembro de ter lido ou visto nada a respeito, então não posso opinar. Mas pra tirar uma conclusão ISENTA, teria que ler o discurso dele e não o que dizem que ele disse.
Não foi num discurso, sonolento. FHC foi testemunha de defesa do Fujimori no seu julgamento contra vários crimes. E ele o escolheu como testemunha porque FHC foi um dos avalistas internacinonais quanto Fujimori pleiteava um terceiro mandato no Peru, eles eram "amigões". Ou seja, defendia o hoje considerm um golpe se o Lula fizer. Engraçado que não se comenta, mas parte do PSDB estava articulando um terceiro mandato para FHC, mas desistiram depois de ver que este não teria chance de ganhar e só conseguiriam desgastar o partido com essa manobra.
Muito difícil encontrar as notícias na net depois de tanto tempo, mas tem links comentando o caso:
http://www.midiaindependente.org/pt/blu ... 3659.shtml
. Na edição que está nas bancas (clique aqui para ler), a revista Carta Capital, numa reportagem de Leandro Fortes (?Eterno factóide?), diz: ?O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de ter sido beneficiado com a manobra da reeleição, colocada em prática via mudança da Constituição, foi um dos avalistas internacionais do terceiro mandato de Alberto Fujimori, do Peru. Tanto, e de tal forma, que Fujimori, atualmente às vésperas de ser julgado por crime de corrupção, tráfico de armas e genocídio pela Justiça peruana, arrolou FHC como testemunha. ? (!) (*2)
Portanto FHC foi testemunha de defesa de um criminoso. Se isso não diz algo sobre o caráter dele, não sei o que pode dizer.
Kengo escreveu:No escritório do marido da Roseana não tinha mesmo um monte de dólares? Lógico que no caso da Roseana, o PSDB estava interessadíssimo no episódio, mas você preferiria que não fosse divulgado nada?
Tá bom, me refresque a memória, no final das contas a Roseana e seu marido foram condenados por que crime mesmo? E foram condenados por algum? Teve algum outro resultado nesta história além da candidatura dela ter morrido?

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#36 Mensagem por Carnage » 07 Abr 2008, 21:28

Mais uma

Agora a Folha de São Paulo decaptou, metaforicamente, o seu Ombudsman, isso logo após uma dura crítica dele ao jornal. Sob o pretexto de estratégia comercial, o obrigou a fazer o serviço longe dos olhos do público. O jornalista Mário Magalhães, decidiu então abandonar a função.

Matéira no Observatório de imprensa

http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... blog=3&id={2446BA0E-8D1F-4383-B3DA-8FDFDCEC3D87}
A Folha delubiou
Postado por Luiz Weis em 6/4/2008 às 10:40:21 AM

Durante anos, o bordão publicitário da Folha de S.Paulo foi “Um jornal de rabo preso com o leitor”.

A partir deste domingo, depois de percorrer a derradeira coluna do seu ombudsman, Mário Magalhães, o leitor terá todo o direito de abreviar o slogan para “Um jornal de rabo preso”.

Ou poderá propôr um adendo ao mote, copiando a célebre reação do então tesoureiro petista Delúbio Soares, em abril de 2005, à idéia de os partidos divulgarem periodicamente na internet as doações recebidas ao longo das campanhas eleitorais:

“Transparência assim já é burrice”.

Para que se entenda por que, seguem trechos do artigo de Magalhães, intitulado “Despedida”:

“Assumi em 5 de abril de 2007, e o meu mandato se encerrou anteontem. Embora o estatuto autorize a renovação por mais dois períodos, não houve acordo com a direção do jornal para a continuidade.

A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. A reivindicação me foi apresentada há meses. Não concordei.

A partir de agora, os comentários produzidos pelo ombudsman durante a semana só poderão ser conhecidos por audiência restrita, de funcionários do jornal e da empresa, que os recebe por correio eletrônico. Os leitores perdem o direito.

O comando da Folha esgrimiu um argumento para a decisão: no ambiente de concorrência exacerbada do mercado jornalístico, idéias e sugestões do ombudsman são implementadas por outros diários.

De fato, isso ocorre.

E continuará a ocorrer.

Eventuais interessados, se bem articulados, terão como lê-las.

Já os leitores ditos comuns, os que fazem a fortuna de toda empreitada jornalística de sucesso, serão barrados. A medida não resolve o problema a cuja solução se propõe, mas prejudica quem é alheio a ele.

Não é praxe dos jornais impressos do mundo inteiro compartilhar na rede o que muitos deles chamam de memorando interno do ouvidor.

A Folha deu um passo ousado na imprensa brasileira ao nomear um ombudsman. Radicalizou e tornou públicas as críticas antes limitadas à Redação.

Mesmo com as críticas vetadas aos leitores, a Folha não perderá a primazia em transparência no jornalismo nacional. As colunas de domingo persistirão, e a publicação de um artigo como este expressa tolerância com o pensamento divergente. Quantos jornais o imprimiriam, se o objeto de análise fossem eles?

A despeito desse cenário, a restrição imposta configura regressão na transparência.

O ombudsman deve ser um instrumento dos leitores. Se 80% dos pronunciamentos semanais ficam inacessíveis, reduz-se a fiscalização dos leitores sobre aquele cuja atribuição é batalhar em nome deles.

O ombudsman incapaz de zelar pela manutenção da transparência do seu ofício carece de autoridade para combater pela transparência do jornal. Como cobrar o que se topou diminuir?

A tendência mundial é de expansão da transparência das organizações jornalísticas. A novidade da Folha aparece na contramão.”




P.S. Da série “O papel aceita tudo”

Colunas, artigos e entrevistas nos diários de hoje desvendam a estratégia secreta do presidente Lula para ser ele mesmo a única alternativa da coalisão governista para 2010 – o tal do terceiro mandato.

É assim: um a um, ele derruba os possíveis candidatos do PT à sua cadeira. Primeiro, foi José Dirceu. Depois, Antonio Palocci. Muito em breve, enfim, será a vez de Dilma Rousseff.

Esse Lula é mesmo um gênio.

Fez com que cassassem o mandato do seu “capitão do time”, no escândalo do mensalão.

Fez com que o seu ministro da Fazenda e fiador do seu governo junto aos mercados mandasse devassar e divulgar a conta bancária de um caseiro, com o que ficou docemente constrangido a demiti-lo.

E se prepara para fazer o mesmo com a mãe do PAC por causa do dossiê.

E o incauto leitor que não tinha pensado nisso?
E a matéria que teria sido o pivô da história:
Um dossiê e muitas incertezas
MÁRIO MAGALHÃES
ombudsman@uol.com.br
31/03/2008

Um dossiê (ou relatório ou "fragmentos da base de dados", como prefere a Casa Civil) sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher, Ruth, e antigos ministros foi produzido no Palácio do Planalto e vazado de forma ilegal.

Tão escancaradamente ilegal que foi constituída pelo governo uma "comissão de sindicância para apurar o episódio". Oficialmente, busca-se culpado(s).

A origem das informações, processadas na Casa Civil, é inequívoca, reconhecida inclusive pelo governo.

A essa altura, mais ninguém questiona a autenticidade das informações sobre gastos contidas nas 13 páginas. No domingo, a Folha demonstrou que "o relatório mostra a seleção de informações bastante diferentes do padrão de dados lançados no Suprim ['sistema de controle de suprimento de fundos da Presidência'] e estranhas a um trabalho definido como um 'instrumento de gestão', sem viés político".
Hoje os jornais reafirmam que, ao contrário do que afirma Dilma, não houve pedido do TCU para produzir o levantamento sobre FHC ou algo que desse base à investigação.

A existência do dossiê/relatório de 13 páginas foi revelada pela revista Veja no fim de semana retrasado.

Na sexta passada, a Folha manchetou "Braço direito de Dilma montou dossiê".

O jornal não apresentou provas contra Erenice Alves Guerra, principal assessora da ministra Dilma Rousseff.

Não que a informação, necessariamente, esteja errada. Quem leu a reportagem, contudo, não teve acesso a evidência de que esteja correta a versão do jornal.

A Folha descreveu uma reunião com membros da administração para criar "uma força-tarefa encarregada de desarquivar documentos referentes aos gastos do governo anterior a partir da rubrica suprimento de fundos, que incluiu cartões corporativos e contas 'tipo B'".

Nota oficial da Casa Civil afirma que tal reunião, "para organizar uma força-tarefa para produzir o chamado dossiê", nunca ocorreu.

A Folha também não comprovou a realização da reunião.

O jornal não afirmou que o dossiê foi utilizado para chantagear membros da oposição na CPI dos Cartões Corporativos. Fez bem. Um dos aspectos intrigantes do caso é que o dossiê é incapaz de constranger FHC. Chefe de um governo em que se acumularam escândalos de grande monta, em especial nas privatizações, o ex-presidente não se sai mal das 13 páginas. Se tudo o que os governistas têm contra ele for aquilo...

Ou seja: como fazer chantagem contra alguém e seus aliados com informações que não causam dano ao chantageado?

Alguém foi vítima de chantagem? Quem? Se foi, é informação que o jornalismo deve.

Seria diferente, por exemplo, em uma nação fictícia, situação e oposição promoverem chantagem pesada com informações sobre filhos do atual e do ex-presidente, se os rebentos tivessem amealhado riqueza durante ou em seguida aos mandatos dos pais. Aí, sim: ameaças capazes de fragilizar o mais valente dos investigadores de comissão de inquérito do país da imaginação.

Quem tinha muito a perder, por rigorosamente nada em troca, seria a ministra da Casa Civil. Mais por eventual dolo, menos por incapacidade de gerir com segurança um sistema de dados ou manter aloprados em sua equipe, mas sempre perdendo.

Essa peça, decisiva, não se encaixa no quebra-cabeça. Até agora, pelo menos.

Esta segunda-feira não foi um bom dia para a Folha. O jornal não destaca a defesa de ninguém do governo. E titula na primeira página: "Dossiê é 'covardia institucional', diz ministro do STF". Só no texto se descobre que Gilmar Mendes se refere a dossiês em geral, e não ao dossiê agora revelado.

O "Estado" deu entrevista com o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. O "Globo" saiu com declarações do ministro José Múcio. Não sei se o que eles dizem é verdadeiro ou falso, mas é direito dos leitores conhecer pontos de vista divergentes.

Hoje a coluna "Perguntar não ofende" (pág. A2) se refere ao "documento de 13 páginas que vazou para a imprensa, cuja autoria o próprio Palácio do Planalto assumiu".

Talvez, em meio a tantas informações, tenha me passado despercebido. Não me lembro, contudo, de ter lido que o Planalto assumiu a confecção das 13 páginas.

Na edição de sábado, a Folha divulgou declaração de Dilma: "Não acho que a Folha e a Veja montaram isso [dossiê]. Outros fizeram este trabalho e vocês [da imprensa] estão divulgando".

Ou seja, a ministra negou a produção das 13 páginas.

Minha impressão é que a Folha produz uma cobertura em tom unilateral que menospreza as incertezas que cercam o caso.

É possível que as coisas tenham ocorrido como o jornal sugere?

Sim. Poder tudo pode.

Mas é possível que haja outros elementos.

Ao contrário do dossiê Cayman/Caribe, as informações são verdadeiras. Ao contrário de outros dossiês, entretanto, elas não intimidam ninguém (a não ser que sugiram o conhecimento de outras despesas, cabeludas).

O vazamento das 13 páginas pode ter sido obra de petistas, aloprados ou não? Pode. Em 2006, com a reeleição de Lula nas mãos, a ambição de ganhar também o pleito paulista produziu o escândalo que contribuiu para empurrar a eleição presidencial ao segundo turno.

As 13 páginas também podem ter sido obra de quem queria desgastar o governo e reanimar a CPI dos Cartões. Ou, mais especificamente, ferir a ministra Dilma, que está longe de ser a candidata preferida do PT e de setores do Planalto para 2010.

Um incômodo da cobertura é que, evidentemente, a Folha sabe mais do que conta aos leitores. Uma coisa é o jornal ter recebido o relatório de alguma fonte do PT. Outra, do PSDB. Outra, ainda, de um funcionário, mais que petista, fiel à ministra.

O jornal deveria pisar no freio e ser mais cético. Um dossiê incapaz de constranger alguém não teria eficiência como instrumento de chantagem. A impressão é que, ao contrário do que a Folha e o jornalismo em geral dão a entender, a verdade sobre o episódio ainda está distante, seja ela qual for.

Por último: o episódio em curso ressalta a tragédia à democracia que é a ausência de transparência sobre o poder público no Brasil. Gastos dessa natureza, seja no governo FHC ou no de Lula, não deveriam estar protegidos por sigilo, e sim ser de conhecimento dos cidadãos.
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ElPatrio
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#37 Mensagem por ElPatrio » 07 Abr 2008, 21:41

O filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol, está em apuros. Notem que em nenhum momento da matéria é citado que Cassol é um ex-tucano e que seu último partido foi o PPS, da base de oposição. Preferem citar Cassol como sendo "sem partido" sem entrar no mérito de suas origens políticas vinculadas ao PSDB.

http://br.noticias.yahoo.com/s/07042008 ... arios.html

O mesmo portal do Yahoo faz questão de citar em outro matéria que um deputado do PT, e não apenas um deputado, defende cinco anos de mandato para LUla.

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/ ... andato_pol


Ou seja, quando os políticos que fazem oposição ao governo sem metem em embrólios os órgão de imprensa fazem questão de omitir seu partido e quando são do PT a sigla é citada amplamente, junto ao nome do miliante.

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Kengo
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#38 Mensagem por Kengo » 07 Abr 2008, 22:20


“A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. A reivindicação me foi apresentada há meses. Não concordei. Diante do impasse, deixo o posto”

São Paulo, 06 de abril de 2008.
Mário Magalhães - Ombudsman do Jornal Folha de São Paulo

Vc começa este trecho assim: “Como você bem expôs, para a mídia...”. Não falei sobre a mídia toda, falei apenas sobre a Folha, que eu li e sobre a qual posso falar. Releia o que escrevi
Embora seja a Folha de São Paulo uma mídia (impressa e virtual), ao me referir a ela como tal você concluiu que eu manipulei um texto para colocar palavras em sua boca ao ponto de me mandar reler o que você havia escrito. Para comprovar minha tese de manipulação da informação por parte da Folha de São Paulo eu iria enumerar algumas manchetes da própria Folha de São paulo, ao invés disso vou reproduzir o texto deste domingo do próprio ombudsman da Folha de São Paulo:

“A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. A reivindicação me foi apresentada há meses. Não concordei. Diante do impasse, deixo o posto”


“INDISPENSÁVEL PARA O PAÍS QUE QUEREMOS SER”


Sabemos, a partir de agora, que o próximo ombudsman da Folha de São Paulo virá com cabresto.
falo sobre a reportagem da Folha de São Paulo, não estava escrito que o imoral estava no fato de o governo federal usar cartão de crédito e que pelo fato do governo paulista usar cartão de débito, não merecia críticas. Na matéria, o imoral estava no uso abusivo do cartão, ou em gastos em que não poderiam ser pagos com cartão. No caso da administração Serra, o que estava na matéria, era que o problema não era a quantia gasta e nem na quantia sacada e sim a prestação de contas que não era das melhores e que poderia acobertar alguns desvios....
Eu concordo com o texto que você reproduz, sonolento soneca. Mas novamente passa-se a idéia de que quem abusou nos gastos foi o governo federal e que o governo estadual cumpre bem a lição de casa e isso não é verdade e eu não sou gado, talvez chifrudo, mas não gado! rsrsrs
Vamos ver apenas dois gastos do governo estadual.
A Casa Civil do governo do Estado de São Paulo, que fica no bairro do morumbi, gastou em 23/01/2007 R$ 1.159,94 (pagos com cartão de débito) no Empório Tatuapé. O que vende um empório? Tatuapé é próximo ao morumbi? Um singelo detalhe: O Empório Tatuapé NUNCA abriu as portas, é fechado até hoje, mas você não deve saber disso por que a Folha de São Paulo não noticia fatos desfavoráveis a José Serra, FHC ou PSDB.
Em 22/01/2007 a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo efetivou um saque com cartão de débito no valor de R$ 97.000,00 e justificou-o como “Operações Policiais”. Alguém se recorda de alguma operação policial no fim de janeiro ou começo de fevereiro do ano passado que justifique um saque de R$ 97.000,00?

Os dados acima estão disponíveis para qualquer cidadão no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São e não em sites de “vendidos do PT”, mas o fato de estarem lá devidamente planilhados e declarados tira-lhes a carapuça de imorais.
Se não me engano as doações foram feitas depois que saiu da presidência e não sei as cifras, nem se houve irregularidades nas doações. Não posso afirmar nada
Além de não saber está enganado. As doações foram recebidas pelo ex-presidente enquanto ainda sentava-se em seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto. Mas isso não sai em jornais do tipo Folha de São Paulo, apenas em mídias de "vendidos do PT" e adeptos.
Não me consta que tenha defendido o Fujimori, não lembro de ter lido ou visto nada a respeito, então não posso opinar. Mas pra tirar uma conclusão ISENTA, teria que ler o discurso dele e não o que dizem que ele disse
Não sabe ou não lembra por que as mídias das quais falo mal e da qual você tira suas informações não noticiam este tipo de notícia e quando noticiam é em notas de rodapé, mas o carnage respondeu.
Acho que ele fala como ex-presidente e acho que depois que o Lula sair, ele vai falar tanto quanto o FHC, principalmente porque vai ter peso político e sempre falará como ex-presidente
Eu concordo que ex-presidentes tenham o direito de dar suas opiniões.
Assim como também concordo que o cartunista Ziraldo tenha o direito de aceitar receber R$ 1 milhão de indenização dos cofres públicos por ter sido preso uma vez em 1975 e por ter feito charges durante a época da ditadura contra a ditadura.
É digno um ex-presidente vir a público denunciar, embasado por provas irrefutáveis, o atual governante por falcatruas e desmandos ou planos insustentáveis.
É digno um ex-presidente dar sua opinião a um órgão de imprensa quando convidado e não quando ele procura o orgão para plantar notícias.
Assim como é imoral, para mim, um ex-presidente vir a público fazer criticas embasado apenas em seu ponto de vista, que não é necessariamente o correto, a cada programa social lançado pelo atual governante, é imoral um ex-presidente dar entrevistas no exterior ridicularizando o seu governante como fez ano passado ao jornal “Corriere de la Sierra” o ex-presidente FHC.
Assim como é imoral o Ziraldo receber R$ 1 milhão de indenização dos cofres públicos enquanto o Sr. Orlando Lovecchio, que perdeu uma perna em uma explosão planejada por um movimento revolucionário, recebe uma pensão vitalícia de R$ 571,00 enquanto o autor do atentado recebeu R$ 400 mil de indenização e recebe mensalmente mais R$ 1.600,00 de pensão.
Acho que os 4 são um diferente do outro, se vc incluir o Lula aí, são 5 presidentes,
Brilhante.:lol: :lol: :lol:

O Sarney não critica porque apóia. O Collor não critica mais o Lula porque prefere criticar os tucanos e sinceramente, ninguém está muito interessado em ouvi-lo. E o Itamar, posso estar errado, mas acho que nem em seu estado, falam dele ou querem ouvi-lo
O Sarney apóia por que o PSDB fodeu a candidatura da filha dele, que não é flor que se cheire. Através de espionagem, grampos e arapongas (especialidades de José Serra) armou-se de mãos dadas com a PF e a imprensa o flagrante do R$ 1 milhão em dinheiro vivo sobre a mesa, você que curte discursos, leia o de José Sarney sobre isso.
O fato é que temos quatro ex-presidentes.
O fato é que de quatro, três não falam publicamente do atual.
O fato é que apenas FHC critica. Uma coisa é um político, seja ele vereador, deputado, senador, prefeito ou governador criticar o atual governante pelo mero jogo político, todos fazem parte do jogo político, da dinâmica da política. Outra coisa é um ex-presidente, fora do jogo político, que só tira seu pijama ora para dar palestras ao custo de R$ 60.000,00 ora para dar aulas em universidades do exterior, fazer criticas com o mero objetivo de ganho político
O que não significa que presidentes que sejam engenheiros, médicos ou advogados não podem ser melhores que o Lula
Agora quem coloca palavras em minha boca é você. Eu não quis enaltecer o analfabetismo, tampouco dizer que o estudo não importa, muito menos dizer que os diplomados não tem condições de fazerem um governo melhor do que o de Lula.
Mas de duas uma, ou o Lula é um cara que está de conluio com a sorte a 06 anos sem parar ou ele é realmente astuto e sabe ao menos nomear pessoas que sabem fazer o serviço com o mínimo de competência. O Brasil está melhor hoje. Isso é fato.
E em relação aos gastos, se não são fortes os indícios de irregularidades, continuo achando que não devem ser divulgados
Continuo discordando de você. O que é secreto deve ser secreto e o que é público deve ser do conhecimento de todos. Acredito que deva ser consiiderado secreto aquilo que interfere na ordem pública e na segurança do Estado. Não vi nem o Ministro-da-Defesa nem o Almirante-de-Esquadra, nem o General-de-Exército e nem o Tenente-Brigadeiro serem questionados quanto a classificação desses dados, portanto, todos estes dados devem se tornar públicas sim e o governo também deve comparecer a CPI se não tem nada ou tudo a esconder.
Mas o cara não foi pego com um monte de dólares escondido?
Sim e está preso desde 2005 e o processo continua a correr.
“No escritório do marido da Roseana não tinha mesmo um monte de dólares?
O carnage respondeu.
Lógico que no caso da Roseana, o PSDB estava interessadíssimo no episódio, mas você preferiria que não fosse divulgado nada
Agora quem manipula a informação é você quando diz que “o PSDB estava interessadíssimo”, dizer que o PSDB arquitetou o episódio é mais honesto. Ah, mas não podemos afirmar isto tendo em vista não possuirmos nenhuma prova concreta. Mas o Sarney fez um discurso fodido acusando o PSDB e dando nomes aos bois na época. Ah, mas o Sarney deve ser da "turma dos vendidos do PT". Ah bom...
Eu sou o soneca, mas é vc que precisa acordar... devolvi a provocação
Apenas coloquei uma vírgula para lhe provocar e você percebeu, e vem me dizer que a Folha de São Paulo lhe parece imparcial? Isso sim é provocador e engraçado. :lol:

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#39 Mensagem por ElPatrio » 08 Abr 2008, 00:41

O Jornal da Globo acaba de mencionar, em tom ameaçador, que a Ministra e potencial candidata a sucessão de Lula deverá sofrer investigação por parte da PF sim, ao contrário do que dizem as lideranças do governo.

Mais uma vez invertem-se as bolas.



É descarado o rancor e má vontade da imprensa com relação ao atual governo e, principalmente, o pavor em pensar na hipótese de que Lula possa fazer seu sucessor. Tentarão de toda forma cortar o "mal" pela raiz minando desde já a imagem da ministra. Sorte que ultimamente a imprensa não tem sido feliz pra não dizer competente nos seus propósitos obscuros.

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#40 Mensagem por srmadruga » 08 Abr 2008, 08:50

nossa....Carnage é o homem dos links...


nao deu tempo de ler tudo...mas de uma coisa eu tenho certeza..
liberdade de imprensa no Brasil não existe :!: tem outra,
cada dia que passa surge uma fumaça para abafar outra fogueira..Brasillllllllllllllllllllllll silllllllllllllllllllllllllllllllll

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sonolento soneca
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#41 Mensagem por sonolento soneca » 08 Abr 2008, 15:57

Kengo escreveu:
Se não me engano as doações foram feitas depois que saiu da presidência e não sei as cifras, nem se houve irregularidades nas doações. Não posso afirmar nada
Além de não saber está enganado. As doações foram recebidas pelo ex-presidente enquanto ainda sentava-se em seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto. Mas isso não sai em jornais do tipo Folha de São Paulo, apenas em mídias de "vendidos do PT" e adeptos.
Comecei com "se não em engano..." , porque não tinha certeza. Mas fui checar agora a informação, pesquisei no google e achei o site do iFHC e liguei no contato e perguntei quando foi fundado o instituto iFHC e me disseram que a data de fundação é 23/05/2004.

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#42 Mensagem por sonolento soneca » 08 Abr 2008, 16:04

Carnage escreveu:
sonolento soneca escreveu:Acho que a Folha, não toda a mídia paulista, foi bem imparcial na matéria. Só rebati uma crítica que achei injusta, de um jornal que leio e que por isso, posso comentar.
Pois eu discordo totalmente. Houveram abusos maiores no governo estadual de SP do que no governo federal. Só que o governo estadual foi tratado com bastante parcimônia e luvas de pelica.
Só pra citar a imparcialidade da folha, outro dia ela noticiou "Mínimo tem aumento e vai para tantos reais", ao falar do aumento feito pelo governo federal, no outro dia noticia "Serra anuncia para São Paulo mínimo maior que o de Lula". Se isso é imparcialidade, então eu não sei o que essa palavra significa...

Só citei a reportagem dos cartões porque achei que foi imparcial. E continuo achando que foi.

Carnage, não afirmaria com tanta convicção isto que vc escreveu: "Houveram abusos maiores no governo estadual de SP do que no governo federal." A não ser que vc tenha dados dos dois governos para fazer a comparação. Não duvido que haja irregularidades em SP, mas acho que ninguém pode afirmar isto que vc afirmou.

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#43 Mensagem por Kengo » 08 Abr 2008, 20:49

Kengo escreveu:



Citação:
Se não me engano as doações foram feitas depois que saiu da presidência e não sei as cifras, nem se houve irregularidades nas doações. Não posso afirmar nada

Além de não saber está enganado. As doações foram recebidas pelo ex-presidente enquanto ainda sentava-se em seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto. Mas isso não sai em jornais do tipo Folha de São Paulo, apenas em mídias de "vendidos do PT" e adeptos.




Comecei com "se não em engano..." , porque não tinha certeza. Mas fui checar agora a informação, pesquisei no google e achei o site do iFHC e liguei no contato e perguntei quando foi fundado o instituto iFHC e me disseram que a data de fundação é 23/05/2004.
O sonolento soneca tem razão.

Embora em 2002 FHC tenha usado o Palácio da Alvorada para oferecer um jantar, com o objetivo de falar e angariar fundos para a sua futura ong aos empresários Emílio Odebrecht (grupo Odebrecht), Lázaro Brandão (Bradesco), Olavo Setubal (Itaú), Benjamin Steinbruch (CSN), Pedro Piva (Klabin) e David Feffer (Suzano), embora na época Élio Gaspari tenha criticado a coleta de fundos patrocinada por FHC no Palácio da Alvorada para a sua futura ong junto a empresários financiados pelo BNDES ou contemplados pelos programas de privatização, FHC não recebeu a doação de R$ 500.000,00 da Sabesp enquanto presidente da República.

A doação da Sabesp ao IFHC no valor de R$ 500.000,00 ocorreu em 2006.

Em 2006, quando a Sabesp doou R$ 500.000,00 a FHC, o ex-presidente já era ex-presidente.

Em 2006, quando a Sabesp doou R$ 500.000,00 a FHC, o estado de São Paulo era governado por um tucano e antes de 2006 também era governado por um tucano e na década passada também era governada por outro tucano.

Em 2006, quando a Sabesp doou R$ 500.000,00 a FHC, a Sabesp era presidida pelo advogado Sr. Dalmo Nogueira Filho, provavelmente uma indicação do PCdoB.

Pesquise no google o Sr. Dalmo Nogueira.

A doação da Sabesp no valor de R$ 500.000,00 tem como destino a digitalização do acervo de 150.000 mil itens de fotos, livros e obras artes do ex-presidente e da ex-primeira dama.

150.000 mil itens.

Mas os R$ 500.000,00 doados pela Sabesp é pouco.

O orçamento da digitalização de pouco mais de 150.000 mil itens do acervo de FHC e Ruth Cardoso está orçada em R$ 8 milhões.

O iFHC já arrecadou R$ 2.095.000,00 até o final do ano passado. Agora faltam "apenas" R$ 5.905.000,00.

A Biblioteca Mário de Andrade, a maior do estado de São Paulo, com mais de 3.200.000 milhões de itens tem um orçamento anual de R$ 1.600.000,00, cinco vezes inferior ao orçamento da digitalização do acervo do iFHC.

Com um orçamento anual cinco vezes menor que o orçamento do iFHC para a digitalização de acervo, a Biblioteca Mário de Andrade (a maior do estado de São Paulo) cuida de um acervo 214 vezes maior que o do iFHc.

DUZENTOS E CATORZE VEZES MAIOR.

No site do IFHC, na aba MIDIA e SOCIEDADE aparece como colaborador no topo do site Caio Túlio Costa. http://www.ifhc.org.br/Participantes.as ... 1003&mn2=0

Caio Túlio Costa demitiu Paulo Henrique Amorim do IG.
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/e ... imento.asp

Incrível como o Brasíl é um país de coincidências.

Pois é sonolento soneca, você embasa suas opiniões nos textos de um jornal cujo ombudsman saí escrevendo isto:
“Embora o Estatuto autorize a renovação por mais dois períodos, não houve acordo com a direção do jornal para a continuidade. A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. A reivindicação me foi apresentada há meses. Não concordei. Diante do impasse, deixo o posto ... Sou o primeiro (dos oito ombudsman da Folha) a ter como exigência, para renovar, o retrocesso na transparência do seu trabalho.”

Você ligou para o iFHC e lhe disseram que a fundação foi em 23/05/2004.
Embora a questão da data seja relevante o fato é que ele recebeu uma doação de uma empresa pública de um estado governado por um correligionário dele, cujo presidente da estatal vem de alguma indicação de alguém do próprio partido.

Mas veja você.

Meu erro é perdoável (errei a data do recebimento da doação de R$ 500.000,00 da Sabesp), haja vista que em questão de datas nem o iFHC se acerta. Lhe disseram uma coisa ao telefone e em nota publicaram outra. Confira você mesmo:
http://terramagazine.terra.com.br/inter ... 78,00.html

"Criada em 2003" é o mesmo que "fundada em 25/05/04"?

diferença entre criação e fundação tanto quanto há diferença entre gasto com cartão de crédito e gasto com cartão de débito? Se há, alguém pode me esclarecer?

Quero ressaltar aos afoitos e aos incautos que não possuo mais o desbunde da juventude, tampouco as ilusões que a mesma proporciona.

Sou ciente de que PC do B, PSDB, PT, DEMO e o caralho a quatro são todos iguais quando assentam o rabo naquela cadeira do terceiro andar do Palacio dos Despachos.

Sim, Palácio dos Despachos é o nome oficial do Palácio do Planalto.

Também sou ciente de que Carta Capital (detesto o Mino Carta, um burguês para mim), Época, Veja, IstoÉ, Caros Amigos são todas iguais. Todas defendem apenas seu interesse.

Também sou ciente de que Willian Bonner, Paulo Henrique Amorim, Carlos Chagas, Élio Gaspari, Boris Casoy, Joelmir Betting, Eliane Cantanhede, Luis Nassif... porra a lista é mesmo longa, só para ficar entre os conhecidos do povão, são todos iguais, defendem apenas seu interesse.

Mas, também sou ciente de que apesar de poder, eventualmente, carregar chifres, não sou boi, tampouco gado.

É da natureza humana tentar domesticar cavalos selvagens, mas eles relincham e se debatem, diferente de burros que via de regra estão fadados a cabresto e seguir em frente sem olhar para os lados. Quando muito os burros dão coices.

Mas até os burros se cansam. Espero, com fé, que um dia os burros de carga deste país (operários e trabalhadores assalariados) se cansem de tudo e passem, além de dar coices, a relinchar, debater e pular como fazem os cavalos.

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#44 Mensagem por Carnage » 08 Abr 2008, 21:53

srmadruga escreveu:nossa....Carnage é o homem dos links...
Apenas não tenho a desenvoltura para encadear os fatos como o Kengo. Aliás, parabéns pelo texto, assino embaixo.

sonolento, falo sobre haverem mais abusos no governo estadual do que no federal do ponto de vista do que foi revelado, já que no ambito estadual grande parte dos gastos está acessível. E lá constam valores enormes, como um saque de 97 mil reais (se não me engano, era um valor altíssimo) com a indentificação de "despesas para serviços policiais" e não tinha nenhuma grande ação policial perto da data do saque! E como o caso do tal empório Tatuapé, citado pelo Kengo. E segundo que lembro de ter lido que os gastos em saques em dinheiro vivo no governo estadual eram maiores do que os gastos do governo federal.
Na hora de falar de uma tapioca, a mídia cai matando no Lula. Mas ninguém pareceu ter a menor curiosidade de checar os gastos do governo estadual e noticiar estas coisas!!

Mais sobre história do ombudsman da Folha:
A estranha despedida do ombudsman
Por Luiz Antonio Magalhães em 8/4/2008

(...)

De acordo com o agora ex-ombudsman, a direção da Folha chegou lhe propor a renovação do mandato, mas com a condição de que deixasse de publicar na internet as críticas internas, que ele escrevia de segunda a quinta-feira comentando a edição do jornal. Magalhães conta que não concordou com a imposição e, considerando o fato como uma mudança na regra com o jogo em andamento, decidiu deixar o posto.

Ainda segundo o que escreveu Mário Magalhães, a direção da Folha alega que a tal crítica interna estava sendo aproveitada por jornais concorrentes, prejudicando assim o diário da Alameda Barão de Limeira. Ora, se isto é verdade, o prejuízo ocorria desde 2000, quando a crítica passou a ser publicada na internet. Ademais, Magalhães argumenta que é impossível manter o sigilo de um documento distribuído por e-mail a uma centena de pessoas (os jornalistas e a cúpula da Folha).

(...)

Mário Magalhães, em seu artigo de despedida, destrói a argumentação da direção da Folha de que o fato de outros jornais eventualmente utilizarem o trabalho do ombudsman para aprimorar seus próprios produtos seja empecilho relevante para a não publicação dos memorandos internos. Pelo que escreveu o ex-ouvidor, a não publicação dos memorandos é que poderá provocar ruídos de informação sobre o que de fato o titular do cargo tenha escrito na crítica interna, abrindo a possibilidade para a manipulação do teor dos comentários. E os jornais que quiserem ter acesso à crítica com certeza não terão maiores dificuldades de obter uma cópia, pois dificilmente o jornal conseguirá manter segredo do material.

(...)

O segundo aspecto relevante no debate da saída de Mário Magalhães do posto de ouvidor é um pouco mais delicado. A fragilidade dos argumentos da direção da Folha abre espaço para uma outra forma de ver a questão, que obviamente jamais será admitida oficialmente na redação ou pela cúpula do jornal.

Mário Magalhães foi talvez o ombudsman que melhor encarnou a idéia de defensor dos leitores. A crítica do jornalista, especialmente a interna, vinha expondo o jornal muitas vezes ao ridículo, como ocorria com a cobrança pela correção dos erros cometidos, apontados à exaustão, dia sim, outro também. Este, porém, nem é o aspecto mais relevante. Importante mesmo é que Magalhães abordou com pertinência e uma certa insistência algo que poucos ouvidores tiveram a coragem de abordar: a relação do jornal com certos políticos e a editorialização da cobertura política.

Trocando em miúdos, especialmente na crítica interna o ombudsman vinha questionando se a Folha não estava demasiadamente "serrista" e volta e meia lembrava que o governador José Serra (PSDB) foi colunista do jornal. Mário Magalhães criticou, por exemplo, a cobertura do acidente no metrô de São Paulo, que abriu uma cratera junto à Marginal Pinheiros. Serra, de acordo com o que o ex-ouvidor escreveu à época, foi preservado de críticas mais duras na Folha.

Os exemplos abaixo, retirados da crítica interna, ilustram bem a firmeza de Mário Magalhães:

Bem na foto (12/07/07)

Mais uma vez, a Folha publica foto de divulgação em cobertura de evento com a presença do governador José Serra ("Manobra tucana `enterra´ CPIs em São Paulo", pág. A7).
Ou seja: o jornal só recebeu fotografias em que Serra aparece bem.
A Folha deveria escalar fotógrafo próprio, pautado com critérios jornalísticos, e não promocionais, para cobrir as atividades do governador de São Paulo.

Derrota ocultada (14/2/08)

Título do alto da pág. A8: "Vitória de Aníbal fortalece Alckmin".
Título do "Estado": "Candidato de Alckmin bate o de Serra na Câmara".
Do "Globo": "Aníbal vence no PSDB e derrota grupo de Serra".
José Serra é o governador de São Paulo.
O grande defensor, no PSDB, do apoio à candidatura de Kassab (DEM) a prefeito de São Paulo.
É presidenciável.
Mais que a vitória de Alckmin, o que ocorreu ontem foi uma derrota de Serra.
Mesmo que se divirja dessa avaliação, o título deveria incorporar a constatação inescapável: Serra perdeu.
A propósito, a reportagem informa até o placar da votação na bancada tucana de Minas. Mas não na de São Paulo.

A pergunta que faltou (21/08/07)

A Folha faz bem em publicar as opiniões de Fernando Henrique Cardoso sobre assuntos relevantes, como hoje, tratando do mensalão ("Só julgamento põe fim ao caso, diz FHC", pág. A10).
Mas faz mal quando não é crítica ao abordar o ex-presidente. Ele "lamentou que tenha demorado tanto (dois anos) para que o caso chegasse ao STF". E acrescentou: "No Brasil, a Justiça é morosa".
Por que o jornal não indagou o que o líder do PSDB pensa do desempenho do atual procurador-geral da República em comparação com o de um antecessor, indicado por FHC, que se notabilizou como "engavetador-geral da República"?


A insistência de Mário Magalhães em abordar este assunto deve ter provocado algum desconforto na cúpula da Folha. Já há na blogosfera gente defendendo a tese de que a história de não publicar a crítica interna na internet foi uma espécie de "bode na sala" do ouvidor para que ele tomasse a decisão de pedir o boné mais cedo do que o combinado,

(...)

Desde a segunda posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, é possível perceber uma mudança, ainda sutil neste momento, em vários aspectos no jornal: aumentou o grau de hostilidade ao governo federal e ao presidente, ao mesmo tempo em que começaram a aparecer matérias espantosamente acríticas sobre o governo Serra. Nos bastidores, comenta-se que a direção da Folha estaria sondando jornalistas com opiniões mais "firmes" contra o governo do PT para fazer parte da equipe.

(...)
Texto na íntegra:
http://www.gp-guia.net/phpbb/phpbb2/post ... e&p=793600

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#45 Mensagem por Carnage » 08 Abr 2008, 22:11

E mais sobre a "imparcialidade" da Folha.

Ah, é lógico que o que o Nassif diz não tem valor nenhum...

http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =479JDB006
O factóide da Folha
Por Luis Nassif em 1/4/2008
Reproduzido do blog do autor, 28/3/2008

(...)

Tome-se a matéria de sexta-feira (28/3) na Folha de S.Paulo sobre o tal dossiê com os gastos da família de FHC – divulgado na última edição da Veja.

Há um levantamento de dados sobre as despesas do Palácio no governo Fernando Henrique Cardoso. Não há compra de drogas, pagamento de prostitutas, desvio de recursos. Há uma ou outra conta mais elevada em restaurantes, aluguel de automóveis, como deve haver nas despesas pessoais da família Lula. Nada que denigra FHC. E são prerrogativas do cargo.

Por outro lado, há um sistema de cartões corporativos que permitiram alguns abusos. Nada que não pudesse ser consertado com uma definição clara do que pode ou não ser gasto com ele.

Cria-se uma crise política em torno da tapioca. Ameaça-se com uma CPI, com uma crise institucional e se chegar aos gastos pessoais do presidente e sua família. Cria-se um clima de escândalo antes mesmo de se conhecer os dados. O que saísse geraria escândalo, fossem pagamentos a cabeleireiros ou compras de tapiocas.

A Casa Civil entra no clima e se prepara para enfrentar a crise da tapioca na CPI. Procede a um levantamento de todas as despesas presidenciais englobando o período FHC. Até aí tudo normal.

Parte dos dados vaza para a imprensa. Para quem? Para a revista Veja. Nem o mais improvável dos "aloprados" buscaria a Veja para atacar o ex-presidente FHC. Logo, o vazamento dos dados partiu de alguém que não atuava em sintonia com a Casa Civil.

(...)

O governo diz que estava organizando os dados para poder fornecer à CPI quando solicitado.

Veja conclui, com a facilidade que lhe é peculiar, que o levantamento visava chantagear a oposição. Quais as evidências? Nenhuma.

É essa a questão central que a reportagem da Veja não esclarece. Mostrou tudo menos o essencial. Quem foi chantageado com esse relatório? Qual a prova de que se destinava a chantagear? Qual a testemunha que ouviu, alguma vez, que a intenção era a chantagem para evitar a CPI?

Agora vem a matéria da Folha. Os jornalistas informam ter recebido o relatório na quinta-feira (27/3). Ora, havia um relatório circulando na praça, o que a Veja recebeu. Ou é crível imaginar que, depois do carnaval do final de semana, relatórios continuaram jorrando da Casa Civil? A não ser que o jornal apresente outras evidências, ele recebeu cópia do relatório que a Veja tinha.

Então, o relatório não era novidade. Não era novidade o fato de que a Casa Civil estava alimentando o sistema com os dados. A própria Dilma Rousseff já tinha admitido. Qual o furo da Folha então: a de que o trabalho foi pedido pelo "braço direito" da Dilma, a secretária executiva da Casa Civil. Em qualquer ministério, é o secretário executivo quem comanda o dia-a-dia. "Furo" seria se o pedido tivesse sido por alguém de fora da Casa Civil.

Contas ao largo

Depois, para "esquentar" a matéria, os procedimentos de sempre, afirmações colhidas uma fonte chamada Planalto.

"A cúpula do governo avalia que a situação política da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se agravou e que ela precisa dar uma resposta rápida. Do contrário, corre risco de cair."

Tenha-se a santa paciência! Que mané cúpula! Imaginar que a peça central do segundo governo Lula, a maior unanimidade que se tem nesse governo, "corre risco de cair" por conta dessa notícia é exagerar na autolouvação do furo. Até se aceita esse tipo de liberdade poética do senador Arthur Virgílio. Supor que a "cúpula do governo" admitiu, é demais.

E continuam os factóides:

"No segundo mandato, é a primeira vez que um membro poderoso do governo e próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ligado a um escândalo."

Dias atrás, a Folha havia "denunciado"o que chamou de mentira do ministro Tarso Genro. Ele teria declarado que os dados haviam sido solicitados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e o TCU o teria desmentido.

Como – ao contrário da Veja – a Folha se permite laivos de contraponto, deu a palavra ao ministro:

"Indagado pela Folha sobre o fato de o TCU (Tribunal de Contas da União) tê-lo desmentido, Tarso disse que quem errou foi o jornal, por ter divulgado informação `equivocada´.

`O que eu disse é que a Casa Civil estava fazendo reparos na organização dos documentos para dar maior transparência, por orientação do TCU. Trabalhando os documentos, que não eram sigilosos, colocando-os dentro do sistema, e que vão estar à disposição quando a CPI precisar. Ele [o tribunal] confirmou o que falei´."

E de factóide em factóide la nave va, enquanto as contas externas vão levando o país pouco a pouco para o centro da crise internacional.
E segue o bonde no resto da mídia;

A CPI do impossível
Por Luciano Martins Costa em 4/4/2008
http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =479JDB012

CARTÕES CORPORATIVOS
Peça de surrealismo afeita à "grande imprensa
Por Gilberto C. Marotta em 8/4/2008
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =480JDB004

PAUTAS ESQUECIDAS
A agenda da mídia e a mídia fora da agenda
Por Venício A. de Lima em 8/4/2008
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =480JDB001

E um pouco sobre a celeuma sensacionalista ridícula que a mídia está fazendo no caso da menina assassinada. Expondo o sofrimento alheio para conseguir ibope, e já julgando os suspeitos culpados quando nem a polícia sabe dizer o que aconteceu! Uma fábrica de fatos chocantes e emocionantes, como se não moresse um monte de crianças todos os dias!

MÍDIA & COMPORTAMENTO
Assimetrias culturais e o kit sofrimento
Por Ivo Lucchesi em 8/4/2008[/b]
http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =480IMQ007

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