Conversando sobre fetiche por pés (discussão, opiniões e tudo que quiseres falar sobre este fetiche)

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#16 Mensagem por Maestro Alex » 22 Jul 2007, 21:14

Nos Passos do Desejo

Porto Alegre, 05 de junho de 2005. Edição nº 14531

Comportamento

A Internet deu visibilidade à paixão de alguns homens: os pés femininos
PATRÍCIA ROCHA

Virar o pescoço para apreciar uma mulher bonita que passa é quase um reflexo masculino. Mal dá as costas ao sujeito, a mulher já pode adivinhar exatamente para onde ele vai olhar. Será? E se ele desviasse os olhos para os calcanhares redondinhos que escapam da sandália?

Há bem mais homens dispostos a se jogar aos pés de uma mulher do que elas imaginam. Para os admiradores de pés, os podólatras, a beleza feminina começa de baixo para cima.

- A primeira coisa que olho em uma mulher são os pés - afirma o universitário Jairo, 23 anos. - Se estiverem bem cuidados, com unhas feitas, chamam mais atenção ainda.

Há até bem pouco tempo, Jairo achava que era um dos únicos a ver graça no que a maioria nem repara. Mas hoje a Internet revela que a podolatria é muito mais comum do que os próprios podólatras podiam imaginar. No Orkut (portal para fazer novos amigos e formar grupos de discussão), há pelo menos 400 comunidades sobre pés e seus encantos - mais da metade das que falam de seios, por exemplo. A moda também chegou aos fotologs (álbuns virtuais): há fotos de pés nus, com sandálias, meias e até ensaios fotográficos de namoradas de podólatra - mostrando apenas do tornozelo para baixo.

- Antes da Internet, me sentia sozinho na multidão. Agora, vejo que os podólatras são uma multidão - conta Jairo.

Dos simples admiradores aos mais aficionados, há diferentes graus de adoração aos pés. Para os podólatras, beijar, massagear e tocar os pés é apenas uma pimenta a mais no sexo. Já os chamados podófilos, de acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, Jaqueline Brendler, só conseguem se excitar literalmente pegando no pé da parceira - mesmo que na fantasia. Em ambos os casos, dois traços em comum: idolatrar pés alheios não implica gostar ou ter um cuidado especial com os próprios pés (até acham graça da idéia) nem mesmo assumir publicamente essa preferência.

Com exceções como o poeta paulista Glauco Mattoso, autor de Manual do podólatra amador, e o curitibano Giuliano Moretti, que lançou Tesão por pés, a maioria dos apreciadores de pés prefere o anonimato. Não é difícil entender por quê. As pessoas só têm coragem de admitir, diz Jaqueline Brendler, o que é culturalmente aceito: gostar de bumbum no Brasil ou de seios nos Estados Unidos, tudo bem. Pernas, cintura, até vai. Mas nem todo mundo está disposto a entender que erotismo pode ter um pé - ou mesmo dois.

Basta uma espiada na Internet para se ter idéia do que é que um pé tem - ao menos para quem os aprecia. A lista é longa: a simetria dos dedos, o formato do calcanhar, a curvatura de um pezinho (eles preferem chamá-lo no diminutivo) e até mesmo o chulé podem levar um podólatra à loucura. Há até quem goste de um pé feio, malcuidado, mas parece minoria.

Para pegar um homem pelo pé, melhor não dispensar hidratante e pedicure. Muito menos salto alto. Salvo exceções, os sapatos confortáveis não agradam muito.

- Não há nada mais assexuado para uma mulher do que um tênis - diz o técnico em processamento de dados Eduardo, 40 anos, fã dos pés de Xuxa e Luiza Brunet. - Até namoraria os pezinhos da Gisele Bündchen, mas eles não são muito legais, não.

Há cinco anos, Eduardo descobriu o melhor ponto de vista para sua paixão por pés debaixo da escada de uma danceteria da Capital. Pelo menos uma vez por semana, das 23h30min às 5h da madrugada, ele assume seu posto sob os degraus vazados em formato caracol, por onde vê passar seu objeto de desejo e, às vezes, até estende a mão para ser pisada por um salto alto. Mas basta se aproximar uma mulher de saia ou acompanhada para Eduardo abandonar momentaneamente o posto: melhor do que ser mal interpretado. Lá, na penumbra da boate, ele assume a seu jeito o gosto por pés de que a família e os amigos mal desconfiam - mas que já é folclórico na noite porto-alegrense.

- Já aconteceu de alguma menina vir falar comigo. Aí, tento explicar que era um sapatinho lindo e não deu para controlar - conta Eduardo. - Há os que me rotulam de o "louco do pé" ou o "tarado do pé". É um jeito de as pessoas lidarem com o que não entendem, mas vivo bem com isso.

Depois de experiências malsucedidas, Eduardo desistiu de idolatrar o pé das namoradas. Quando está comprometido, limita-se a apreciar "um calcanhar que passa ou um dedinho mais atrevido". Mas nem todos abrem mão de pegar no pé da mulher amada. Bastou criar um pouco de intimidade, o universitário Marcelo, 30 anos, já revela para a garota qual é seu objeto de desejo. Na escolha entre manter sua paixão por pés ou um relacionamento com uma mulher que não goste muito da idéia, é mais fácil ele ficar com a primeira opção. No entanto, até hoje, o saldo foi positivo: vencido o estranhamento inicial, a maioria gostou de tê-lo a seus pés.

- Ao final, elas percebiam que o prazer não é só do podólatra - conta Marcelo.

Mais difícil é relevar um pé feio. Apesar de esta ser apenas a terceira parte do corpo em que Marcelo repara (primeiro vêm rosto e silhueta), a proporção dos dedos e a sola do pé também pesam na hora da escolha - nada mais coerente para o criador de um fotolog (www.fotolog. net/vorage) dedicado à beleza das solas. Atualmente solteiro, Marcelo satisfaz seu desejo em encontros de fetichistas e adeptos de práticas sexuais não-convencionais que reúnem cerca de 30 pessoas, um terço em busca de podolatria.

- Até posso ter um relacionamento com uma menina de quem eu não goste dos pés, mas não acredito dure muito.

É raro encontrar uma podólatra - a imensa maioria é masculina. A fantasia feminina é mais romântica, como explica a sexóloga Jaqueline Brendler, não fragmenta o homem em partes - peito, bumbum, coxas ou mesmo pés. Mas há muitas mulheres descobrindo o prazer de ter seus pés idolatrados. Ganharam até apelido: são as "deusas" nas festas e casas que reúnem adeptos de podolatria e outras práticas sexuais não convencionais. Há duas semanas, o Clube Dominna, de São Paulo, escolheu a deusa entre as deusas - Alessandra Ferreira, 29 anos, pé tamanho 37, foi eleita a primeira Miss Feet Brasil. Noelle, como é conhecida no meio, não quer saber dos pés de homem, só dos seus. Pena o namorado não pensar o mesmo:

- Ele não é podólatra, infelizmente. Mas não tem ciúme dos meus pés.

A funcionária pública Caroline, 31 anos, também tem um namorado compreensivo. Desde que seus pés começaram a figurar em sites e fotologs de podolatria (inclusive o de Marcelo), não faltam admiradores para propor sessões de adoração. Com a escolta do namorado (que também não é chegado em pés), Caroline descalça as sandálias de salto - e nada mais - para satisfazer o desejo alheio.

- Ter alguém a teus pés é muito bom, assim como saber que se está proporcionando prazer - diz Caroline, que também é adepta do sadomasoquismo. - É muito difícil achar um podólatra que não seja submisso, mesmo que eles ainda não saibam disso. Depois que se abre para esse mundo, normalmente acaba se abrindo para outros também.

O poeta paulista Glauco Mattoso transita em todos esses universos. Homossexual, sadomasoquista e apreciador de pés assumido, ele considera os podólatras um grupo seleto - deixados de lado até pela pornografia (a maioria dos vídeos eróticos mal mostram os pés). Para Glauco, antes assim. Preferível a aura de tabu ao culto generalizado do bumbum, por exemplo, presente desde o refrão do funk aos closes de programas de auditório. E, diz ele, já completamente sem graça:

- O encanto está no desejo secreto.

Como o próprio Glauco encerra o soneto Fabuloso, dedicado ao culto aos pés: "cada um sabe onde lhe aperta...". Não só o sapato, também a fantasia.

Os nomes dos entrevistados foram omitidos ou trocados a pedido deles.



Podolatria pelo mundo

* Na Rússia dos czares, eunucos disputavam um emprego curioso: em grandes salões, eles formavam fila para, um a um, acariciar e beijar os pés de grandes cortesãs e mulheres da corte. Elas despiam apenas os sapatos e participavam destas sessões coletivas de podolatria. Os eunucos não tinham permissão para falar com as mulheres: o objetivo era apenas deixá-las no clima para seus respectivos maridos e senhores.

* Na China, antes da revolução de Mao-Tsé-Tung, o gosto nacional por pés pequenos chegou a ser tão exagerado que promoveu atrocidades. Os pés das meninas eram enfaixados com ataduras cada vez mais apertadas para impedir seu crescimento. Algumas chinesas chegaram à idade adulta mancas ou com pés atrofiados.
Fonte: livro Escuridão ao meio-dia, de Geraldo Mayrink

Marcelo diz:
"Até posso ter um relacionamento com uma menina de quem não goste dos pés, mas não acredito que dure muito"

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#17 Mensagem por AlinneBrandão » 07 Out 2007, 16:50

Disponível apenas para administradores
Oculto para usuários:
Huuum..adoro calçar sandálias de salto fino...tenho os pezinhos inxadinhos...uso uma tornozeleira no pé direito e um anel no dedo do pé esquedo....Tenho alguns caras que marcam pra ver se eu tenho um´pé bonito...e saem...hj tenho mais de 7 clientes fixo que curtem pés...Axo legal...adoro meu é...e gosto de quam curte tb!!..alem disso curto sadomasoquismo e inversão de pepéis..chuva dourada..estas coisasss... :D


editado
leia as regras do fórum
antes de fazer seu mkt.
Maestro Alex
Cooredenação GPGUIA

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#18 Mensagem por Maestro Alex » 13 Fev 2008, 09:36

O EROTISMO, A SIMBOLOGIA E A PSICOLOGIA NA PODOLATRIA






Os pés, como as mãos, são táteis. Tão sensíveis quanto elas, podem testar o frio, o calor, o mole, o duro, o molhado, o seco, o áspero, o liso podem diferenciar sensações agradáveis de sensações desagradáveis. Esta informação põe todo o corpo em alerta.
Os pés podem tatear protuberâncias, fendas, degraus e previnir-nos sobre eventuais perigos para que possamos recuar ou avançar diante dele.

Do ponto de vista da sexualidade, a preparação para o ato sexual, ou seja, desnudamento começa pelos pés: tirar os sapatos é o primeiro gesto de intimidade. Talvez venha daí a sensualidade dos pés?!?! Na sequência, passam por eles as calças, depois tiram-se as meias e então chega a hora da última peça.
Ninguém pode dizer, antes da hora apropriada, de que habilidade é capaz o pé de um homem. Nu, seduz. Calçado, intriga. Na cama, descansado das atividades principais, como andar, correr, galgar, multiplica-se em usos, surpreende em utilidades. Quando por exemplo roçam-se demorados, gostosos, sensuais, em algo peludo como um púbis ou o pênis do parceiro, acariciando- o ou masturbando- o.

Há pés brincalhões, que se divertem em amassos de glúteos, treinam beliscões, ensaiam acrobacias sensuais, ameaçam penetrações, fazem pose, etc... São pés de homens sexualmente bem resolvidos, pés que na hora do recreio só se retesam quando seus donos urram de prazer. Maleáveis ou flexíveis, esguios ou gordinhos, másculos como seus donos, que sabem extrair o maior prazer da parte mais extrema de seus corpos, e por isso mesmo, mais esquecida.
Qualquer que seja a intenção, do dono deste pé, que a cada intervalo destes dedos, a cada gargalhada nervosa arrancada pelo passear da língua em sua tenra geografia sentirá um prazer diferente e intenso que facilmente poderá levá-lo ao orgasmo e consequentemente a um "estado de graça" mal sabe o quão diferente irá sentir-se depois de uma "transa podossexual" .

Porque os sapatos dos homens, na maioria das vezes, são fechados e os das mulheres são abertos, devassados? Por que alguns, em tiras, enroscam-se nos pés, enleiam-se nas pernas como serpentes? Porque algumas botas femininas vestem pés e pernas como camisinhas vestem glande e haste? É que são homens que desenham os sapatos, são eles que querem vê-las repetir simbolicamente o gesto das alcovas, ou querem desnudá-las ou escalar suas pernas. Essa mesma simbologia, está presente nas botas de bico fino dos cowboys(que sugere um pênis mais longo), ou nos sapatos sociais mais atuais, de bico mais grosso(que sugere um desenho peniano igualmente mais grosso). E por falar em simbologias, podemos citar como maior exemplo disso um certo príncipe que queria de uma certa Cinderela não só a mão, mas também os pezinhos. Procurou-os, sôfrego, de posse de um de seus sapatinhos. Sem eles, caiu em depressão. Queria o outro pé do sapatinho, queria aqueles pezinhos, divinos pezinhos! Mandou vasculhar o reino até encontrar a dona daquele sapatinho, cujo pé nenhum outro substituiria. Interpretado assim, este conto de fadas revela uma das mais antigas elaborações simbólicas do desejo podofetichista.

Algumas correntes mais atuais da psicologia Yunguiana acreditam que esse tipo específico de fetichismo é algo latente no ser humano desde a mais tenra infância, haja visto as crianças beijam o próprio pé, chupam o dedão, em contorcionismo prazeroso. Os pais, por sua vez, também estimulam esse tipo de comportamento quando por exemplo, esfregam os pezinhos do bebê no rosto ou no nariz, riem, fazem festinhas, estimulando assim, não apenas a podolatria em um nível subconsciente do bebê, mas também saciando seus próprios desejos podolatras e por que não dizer pedofilos. Todavia, isso não quer dizer que esse tipo de brincadeira seja perniciosa ou que levará fatalmente o indivíduo a ser podolatra. É claro que não!!! Muito antes pelo contrário, esse tipo de brincadeiras e carícias são próprias do comportamento humano, e são fundamentais para o estabelecimento de uma psique sadia e uma rede erógena ampla. "Acariciar os pés de uma outra pessoa, sobretudo se são bem-feitos, pode tornar-se uma paixão para certas crianças; e muitos adultos admitem conservar um resquício do mesmo impulso. O interesse de certas mães pelos dedos dos pés de seus filhos, que elas exprimem com uma violência apaixonada e quase inacreditável e frequente; aí está um fator de ordem sexual de grande importância." (Havelock Ellis, em Erotic Simbolism, 1906).
Algumas pessoas conservam pela vida afora essas sensações de delícia quando alguém manipula seus pés e, excetuando a inocência, revivem aquele prazer da infância, entregando-se, dóceis, à antiga carícia. Mas, é sempre bom lembrar que tudo isso deve ocorrer num clima agradável, alegre e inocente.
O pé do homem brasileiro está crescendo. Revelou um levantamento feito no ano passado pelo Departamento e Traumatologia da Faculdadede medicina da Universidade de São Paulo (USP). Há vinte anos, o brasileiro calçava entre 38 e 40. Atualmente a média varia entre 40 e 42. Esse fato é decorrente, de uma melhoria na alimentação, que levou a um crescimento da altura média da população e consequentemente num aumento no tamanho dos pés, pois, eles são a base de sustentação do corpo. Uma empresa fabricante de calçados, a Beira Rio, que produz 120 000 pares por dia, realizou uma pesquisa para conhecer melhor o formato do pé do homem brasileiro. E chegou a conclusão de que ele é mais curto e mais cheinho que o pé dos europeus e americanos.

Apenas a título de curiosidade: Em algumas religiões, o cerimonial de lavar os pés significa purificação, do corpo e do espírito. Em outras, como no cristianismo, é um ato de humildade e resignação. No amor, desde a antiguidade, significa a preparação também do corpo e do espírito para o ato sexual que se seguirá.


Morrigan O´Connor

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bullitt
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#19 Mensagem por bullitt » 07 Mar 2008, 11:13

Embora não seja um podolatra, sempre achei pés pequenos, macios e bem cuidados de mulheres bastante sexy, da mesma forma que outros detalhes do corpo podem chamar minha atenção, como um ventre com umbigo bonito, ou um pequeno piercing.

Entretanto eu acho muito difícil encontrar mulheres com pés verdadeiramente bonitos. A grande maioria das mulheres (NGPs) com quem já saí despreza um cuidado maior com os pés. Algumas possuíam pés horríveis, para dizer a verdade. Muitas até passam esmalte nas unhas (o que dispenso, até prefiro a coloração natural) mas ficam com a sola ressecada e cheia de calosidades. Algumas moças jovens, de 18, 20 anos, já possuem as solas dos pés totalmente estragadas por falta de cuidado.

Fico me perguntando, quando as mulheres vão aprender a cuidar melhor de seus pés? Passar creme hidratante, etc. da mesma forma que cuidam do resto do corpo...

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Maestro Alex
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#20 Mensagem por Maestro Alex » 19 Mar 2008, 09:38

Oração ao pé feminino

Vem com pés de lã passear pelo meu peito
Vem de manso ou de repente, pé de anjo,
Vem de qualquer jeito
domar o meu espanto de ser subjugado
sob os pilotis das coxas do objeto amado.
Vem com uma pulseira de cobre nos artelhos
exorcizar os mil demônios que se enroscam entre os meus pentelhos
Vem ser lambido lambuzado entre os dedos,
vem girar os calcanhares no meu rosto,
torturador sádico querendo extorquir segredos.
Vem me submeter à tua tirania sem idade
vem violentar e ser violentado
cair de pé, em pé de igualdade.
Vem com teu exército de dedos sobre mim perplexo.
Vem, pedestal. Vem, ó sereníssimo
esmagar a cabeça de serpente do meu sexo.

Henfil

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#21 Mensagem por BOB CUSPE » 31 Mar 2008, 22:11

ADORO PÉS FEMININOS!!!
JA CURTI VARIOS PEZINHOS DE NAMORADAS E ATE DE GP'S...ADORO ME MASTURBAR COM O AUXILIO DESSES E EJACULAR NOS MEIOS DOS DEDINHOS DOS MESMOS
TRABALHO NA REGIÃO DA PAULISTA....E NESSE VERÃO FICO Q NEM DOIDO......C TANTOS PÉS FEMININOS TAO BELOS...
ABRAÇOS A TODOS

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Maestro Alex
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#22 Mensagem por Maestro Alex » 25 Abr 2008, 15:22

SAPATOS
IMAGEM FETICHE NA ARTE
CONTEMPORÂNEA

Renato da Silva Ruiz



Esta proposta de trabalho está ligada à minha experiência profissional como design de calçados, na qual sou especialista, trabalhei dez anos na indústria calçadista, criando sapatos para o público, quase que exclusivamente feminino, tendo a oportunidade de fazer sapatos bastante elaborados onde na maior parte das vezes o fetiche foi ordem do dia para as coleções. No design de calçados prioriza-se muito mais o ornamento do que a ergonometria, haja vista os problemas ligados à postura, a coluna, alux valgus (nota 1), e vários problemas ortopédicos.

Desde esta época, as questões relacionadas aos sapatos-ornamentos instigaram minha curiosidade e me levaram a buscar suas razões. Poderia traçar uma história das fantasias culturais através do designer dos sapatos, mas o objeto deste estudo, neste momento, é mostrar algumas das fantasias que mais despertaram minha atenção.

Lendo o romance Com os Pés Atados, da romancista Kathryn Harrison, fui surpreendido com o relato que Kathryn, na voz das lembranças de May, faz sobre o processo de atar os pés das jovens da classe alta chinesa. Ainda que ciente das deformações do pé da mulher chinesa, anterior à Revolução de Mao Tse Tung, o referido relato realmente me chocou. Aproprio-me deste relato para contextualizar o meu objeto, sapato-fetiche, num primeiro instante.

A seguir, indo da China à Grécia encontro Homero, que em sua Odisséia também descreve mais um significativo texto passando pela história a respeito deste invólucro do pé, o sapato. Na Grécia também meu objeto de pesquisa era envolto de surpresas fetichistas. Mas não só na Antigüidade histórica, no nosso cotidiano ocidental Ferragamo, Dior, Roger Vivier e muitos outros se ocuparam do design de sapatos contemporâneos buscando muita inspiração nas culturas antigas acima citadas. Estes designers salientaram que tanto na ergonometria de forma pontuda do sapato chinês quanto nos ornamentos de cetins e bordados daquela cultura suas inspirações. Mas não esqueceram das pedrarias incrustadas nas sandálias gregas e romanas e toda a sedução atribuída para estes adereços.

Logo a seguir, apresento, à guisa de informação histórica contemporânea, o sapato Stiletto, concepção antecipada de Dior para os sapatos que completaram moda do New Look proposta por ele mesmo e que se tornaram os grandes protagonistas dos pés das mulheres ocidentais a partir dos anos 50.

No último capítulo, apresento algumas apropriações deste objeto, sapato-fetiche, na arte contemporânea. Descrevo o trabalho de Andy Warhol (1928-1987), artista americano símbolo da Arte Pop e da artista espanhola Victória Civera (1955), residente em Nova York, que transformam o sapato de peça do vestiário cotidiano em obra de arte. Mas antes deles, encontramos em muitas outras pinturas, e até nos frisos egípcios, sapatos figurante de histórias sedutoras. Percebo que estes, nos trabalhos de Warhol e Civita são, mais que um figurante, protagonistas da obra de arte. Ele mesmo obra-produto, obra-fetiche.

Quanto à palavra fetiche, busco as definições do sexólogo do século XIX Von Krafft-Ebing, do psicanalista Freud, por suas teorias sobre o fetiche em O Mal Estar da Civilização e do semioticista Sebeok, para entendimento da minha hipótese, de que o sapato muito mais que para abrigar os pés, esteve a serviço da sexualidade, sempre foi uma coroa dos pés.
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1 LÓTUS DOURADO: No romance Com os Pés Atados, de Kathryn HARRISON (2001, p.30), lemos:


"Então Yu-ying levou May para seu quarto, onde a sentaram numa cadeira vermelha decorada com caracteres de obediência, prosperidade e longevidade. Pegou os sapatos de May e atirou-os no fogo, e quando eles arderam até as cinzas ela trouxe uma tigela de água morna perfumada com jasmim e colocou-a sob os pés de May (...). A água deixou May sonolenta e ela fechou os olhos. Quando os abriu, sua avó estava em pé diante dela com um par de chinelos de seda com borboletas bordados na altura dos artelhos (...)".





O relato de uma tradição herdeira da China Imperial de enfaixar os pés das meninas ricas a partir dos dois a três anos de idade, para que ficassem pequenos, é uma parte do cenário da vida da mulher chinesa anterior a revolução comunista. Uma fetichização social de apelo altamente sexual. O tesão era um diminuto pé coberto com o mais belo sapato, uma verdadeira langerie-sapato, escondendo, pelo menos para os nossos olhos ocidentais, uma monstruosa atrocidade, disfarçado de belo através de inúmeros sapatos usados durante o resto da vida da chinesa, até para dormir. Muitos sapatos, também, como veremos em algumas imagens, eram para que a mulher ficasse sempre sentada ou deitada, pois as decorações descem para as solas cuidadosamente elaboradas, em pelicas macias e das mais finas, ou até mesmo, em solas de papel de arroz finamente desenhadas, dois passos eram o suficiente para rasgá-las.

"Numa arca especial no quarto de vestir, na qual havia pares e pares de sapatos de seda vermelha: os preferidos de todo os anos de casamento da avó, cuidadosamente guardados. Sapatos decorados com pássaros e flores, com símbolos da vida, saúde e fecundidade. Sapatos bordados com fio de ouro e pérolas. Sapatos que Yu-ying usara quando o pai de May e seus irmãos haviam sido concebidos. Sapatos em que Yu-ying chutara e se encolhera e se aninhara no úmido muro da luxúria do marido. Sapatos que haviam sido esmagados, mordidos e chupados, com forros molhados de lágrimas, vinho e sêmem (...)".

Usando-os como uma sucessão de peles informativas, são simbologias para cada instante da vida das chinesas. Os sapatos transformam- se em heróis e bandidos no decorrer de suas vidas. Prometem transformações para a vida das meninas e tornam-nas mulheres. Como de uma forma mágica, as chinesas teciam sua própria sorte. Os sapatos chineses são cuidadosamente elaborados e verdadeiros rituais lhes são prestados. Cada um dos sapatos Lótus tinha um significado, codificado nas cores e figuras bordadas que o decoravam.

"O sofrimento não era o destino das mulheres? Afinal da contas, ele próprio usufruía o casamento com uma mulher esperta e delicada - uma mulher cujo pé, inteiro, ele podia receber no reto, mesmo quando a mão esquerda dela segurava seus testículos, a direita apertava o eixo do seu pênis e a boca molhava-lhe a glande".


As palavras de Stelle (1997, p.101) são significativas: "A atrofia dos pés por amarração era um procedimento delimitador e doloroso que limitava severamente a mobilidade física de uma mulher". O sapato chinês no ato sexual é preenchido de mitologias que estimula as fantasias do esposo mantendo o interessa pela esposa. Estes sapatos chineses, principalmente, são altamente fálicos e como falos são feminino e masculino. Assim é tanto deposito de sêmen, é boca por suas aberturas, é vagina por seu interior macio de pelica, como também é intercurso anal e vaginal para o homem e para a mulher pelo seu exterior, seu bico ou salto. Uma cúmplice dualidade.


"A cada três dias, os pés de May eram lavados e enfaixados novamente. Cada mês ela usava um sapato menor. Enquanto May progredia através de medidas de enfeitiçamento, os ossos em seus artelhos eram lentamente, inexoravelmente, quebrados. A pele dos seus pés apodreceu e se regenerou. Os músculos de suas panturrilhas, anteriormente fortes, encolheram-se; a carne de suas coxas afrouxou e se espalhou. (...) Foi necessário uma dúzia de pares de sapatos sucessivamente menores para May conseguir caber nos chinelos de cetim com borboletas (...)" (p.34).

A mutação do corpo, o flagelo transformado em objeto de desejo, fez do sapato um fetiche para cobrir e esconder e, mais que isso, divinizar o pé, tão desejado por vários povos e principalmente pelos chineses. Entretanto para Linda O'Keeffe. "Apesar de sua aparência disforme, os pés de Lotús eram considerados a parte mais erótica do corpo de uma mulher e os delicados sapatos ou botinas que os cobriam não eram menos deleitáveis aos olhos" (p.406).


Fonte: FAUX, Dorothy Schefer et al. Beleza do século, 2000, p.225.

2 LÓTUS DOURADO - O SAPATO FETICHE ORIENTAL: BREVE HISTÓRIA


Stelle e outros historiadores da moda e dos sapatos da cultura chinesa nos relatam que os belos e terrivelmente deformadores sapatos chineses vêm do século X, pelas bailarinas da corte imperial, que usavam meias apertadas, pés atados mutilações precoces que impediam o desenvolvimento normal do crescimento a fim de que as mulheres conservassem pés pequenos. O costume virou moda pela classe alta como marca de status, na Dinastia Sung, até virar um rito de passagem com dolorosos métodos de enfaixamento. Esperava-se que as chinesas ficassem com raros Lotus Dourada, um suposto pé que medisse 7,5 cm. Por volta do século XIV, os pés enfaixados tinham entrado até nas zonas campesinas (p.101). Quando o sistema comunista que foi implantado com e Mao Tse Tung em 1949 a China viu o fim dos pés, cânone da beleza imperial e símbolo de sua alienação. A Revolução Cultural de 67 baniu tudo o que era burguês. A cor foi amaldiçoada e a maquiagem e o penteado virou tabu. Enquanto no Ocidente se delirava em pleno psicodelismo, os chineses estavam proibidos dos prazeres da sedução. A partir da metade da década de 80, a ditadura cede à abertura: a moda e os salões de cabeleireiros aparecem timidamente (...). "A queda do muro de Berlim acelera a corrida chinesa para a ocidentalizaçã o (beleza do século 256)".
início



3 DAS SANDÁLIAS GREGAS AO STILETTO - O SAPATO FETICHE OCIDENTAL

"Mal raiou a filha da manha, Aurora de róseos dedos, o dileto filho de Odisseu saltou da cama, vestiu a roupa, pendurou ao ombro o gládio acerado, atou nos delicados pés bonitas sandálias e passou para fora da alcova; seu semblante era de um deus" (p.19, Odisséia).

Já nos primeiros cantos da Odisséia de Homero, nossa tradição literária Ocidental de construção de nossa mitologia, a admiração pelos sapatos é presente. E no caso da Odisséia, as sandálias são as protagonistas dessa história, com um toque bastante fetichista E a arte, testemunha ocular, registra em seus estatuários e relevos, todo o esplendor das sandálias coadjuvantes das dionisíacas festas às batalhas mais sangrentas.

"Afrodite, a deusa grega do amor, era freqüentemente representada nua, apenas com um par de sandálias nos pés" (O'Keeffe, 1996, p.43).

Os gregos tiveram variedades em suas relações com seus calçados, usando-os em várias finalidades - sacras, heróicas e profanas. A admiração pela beleza e tamanhos dos pés envoltos de delicadas e belas sandálias, valorizava o ócio e a idealização da beleza. Bastante similar com a admiração do pé de Lótus Chinês.

São as sandálias que foram os principais calçados do início das civilizações históricas. Por todos os continentes elas foram usadas e feitas nos mais diversos materiais e amplamente exploradas nas mais diversas situações. São os sapatos mais antigos depois das peles enroladas e amarradas com tentos de couro, achados até agora registrados pela história. Cada civilização desenvolve seu estilo, mas basicamente todas com uma sola rija presa por correias.


Linda O'Keeffe (p.230) nos relata que a 3.500 a.C., os egípcios deixavam suas pegadas nas areias molhadas do Nilo, para moldarem seus pés com tiras de papiro entrelaçado formando uma sola, presas com tiras de couro cru, deixando o pé quase nu. Serviram para proteger contra as areias do deserto escaldante do Egito, mas principalmente foram usadas para prender pedras preciosas sobre os pés nus das imperatrizes egípcias.

Segundo nos relata Laver, dentro de casa os gregos não usavam sapatos e os mais pobres descalços e andavam nus. Os mais ricos usavam sandálias e as das cortesãs eram muitas vezes folheadas a ouro. As cortesãs gregas também usavam embaixo de suas sandálias, incrustadas na sola, tachas pressas que escreviam imprimindo a palavra "siga-me" no chão das ruas por onde passavam.

Roma impõe seu modo de vestir, os adornos dos calçados são mais simples a princípio: as sandálias eram feitas de uma só peça de couro, tingido a mão, envolvendo o pé e presa por tiras de couro. Eram conhecidas por Carbatinas, usadas por cidadãos romanos e nunca por escravos. Dentro das casas romanas, as mulheres usavam chinelos chamados soccus, que podiam ser de várias cores, com figuras pintadas e guarnecidas de jóias, como os calceus patricius do Imperador Nero (Laver, p.44).

A partir da Idade Média, os pés se escondem por pudor judaico cristão e os sapatos também, só que agora fechados envolvendo os pés uma segunda pele, como tatuagens. Principalmente no século XVIII, com os sapatos pequenos e apertados das cortesãs francesas, muito similares aos chineses no que diz respeito às elaboradas decorações e constrições. Há indícios, através da literatura erótica ocidental, principalmente nos contos de Marquês de Sade, que se bebia em verdadeiras orgias, muita champanhe nesses belos e delicados sapatos franceses, como também fizeram os chineses em suas beberranças. A partir do século XVI que a França passa a comandar as novidades respectivas as roupas, no século XVII é da França que saem as botinhas de abotoaduras tão apreciadas pelas mulheres da época e pelos fetichistas de plantão. Os saltos surgem com Luís XV e está ligado ao poder de superioridade no início, mas logo percebido como uma inspiração fetichista, também.

O século XVIII, foi rico nas fantasias com sapatos delicados. Gustave Flaubert usou referências de sapatos como no seu romance Madame Bovari, onde a mule de cetim cor-de-rosa de Ema seu personagem protagonista foi uma metáfora para falar de sedução (O'Keeffe, p.151).

"O meu olhar se prenderá aos teus sapatos. Amo-os como te amo a ti (...). Aspiro o seu perfume, o seu aroma de verbera" (Gustave Flaubert).

As mules rococós usadas por coquetes francesas, onde os dedos terão sido cruelmente apertados por uma biqueira pontiaguda, dando uma impressão de pés pequenos.




4 STILETTO, UM SAPATO ETERNO

A invenção de uma estrutura de aço que fica dentro de qualquer sapato de salto propiciou fazer sapatos e saltos muito delicados e altos. Antes a base superior ou bandeja dos saltos se estendiam até quase o meio da abóbada do pé, deixando-o cair direto. Eram muito incômodos, os saltos tinham de ser mais grossos, mais largos, além dos sapatos serem muito apertados. Surgem os sapatos de salto altos modernos. Uma mudança de postura passa a acontecer novamente, com quem os calçava, e para a sedução o sapato de salto alto era uma arma poderosíssima. Assim, como o sapato chinês parecia como uma langerie, os sapatos de salto ocidentais estão mais para uma arma branca. "No século XVII, os sapateiros europeus modificaram as plataformas para criar os sapatos de salto alto. Usado por homens e mulheres no começo, e mais tarde usado somente pelas mulheres" (Steelle, 1997, p.105).


Segundo Linda O'Keeffe (1996), a história dos saltos é pouco conhecida, mas parece que açougueiros egípcios usavam-nos para manter-se longe das carnes. Os mongóis tinham saltos nas botas para prenderem-se nos estribos e a partir de Catarina de Médicas, em 1533, a corte francesa passa a usar os sapatos de salto vindos de Florença, herdeiros das plataformas (Chapins) medievais. Com Luís XV, os saltos adquiriram status soberano, era coberto de vermelho, mais um maneirismo da nobreza francesa. Mais tarde, um pouco, as francesas chegavam a se equilibrar em saltos de 13cm que precisavam de bengalas para não cair, também bastante similar ao andar cambaleante das chinesas, quando andavam com seu Lótus. Com a queda da bastilha, o fim da monarquia, o salto desaparece por um bom tempo, como um símbolo de nobreza, no século seguinte, dando espaço para as sapatilhas mais rasteiras, mas não menos luxuosas e carregadas de simbologias elitistas. O fim do século XIX os saltos estavam singelamente nas botinhas ricamente bordadas das senhoras, ou no submundo do fetichismo. Somente nos anos 20, do século XX que os saltos altos e a nudez dos pés com as sandálias voltam.

As guerras do século XX mantiveram um certo controle sobre a moda. Durante a Segunda Guerra, os sapatos se fecharam novamente e tornaram-se pesados e brutos. Em 1947, em plena recessão pós-guerra, Dior lança sua coleção New Look, onde o sapato de salto alto fino e bico fino, de decote simples antecipavam o que mais tarde chamou-se Stiletto, lançado simultaneamente por designer famosos como Ferragamo, ViVier entre outros em 1952. Este estilo de sapato compunha o traje, seguindo as linhas propostas por Dior, para o New Look reúne uma série de imagens do passado para uma nova proposta de postura agressiva da mulher, sem perda de sua feminilidade.

Em 1952, provavelmente por Ferragamo, o sapato Stilleto, como foi nomeado, o sapato de salto alto dos anos 50, definitivamente entra no mundo da moda. O salto alto de 10cm lembra um designer gótico, excessivamente pontudo, agrega o sentido de superioridade por sua inclinação, pela altura, pois os saltos mudam a postura de quem os usa, verticalizando- o.

"Toda a idéia de uma mulher usando saltos altos é enfatizar sua personalidade naturalmente dominante e agressiva" (Steelle, 1997, p.108).

Foi provavelmente esta intenção que Dior tinha quando criou o seu New Look, uma nova mulher para um novo mundo. As mulheres passaram a apertar seus pés em estreitos sapatos finos de couro liso, torções e joanetes terríveis marcaram toda uma geração. Estes sapatos a moda chinesa ganharam um status, como de uma amarração fetichista. Foi legado aos sapatos Stilleto o mais alto grau de fetichização, indispensável na hora de alongar uma perna, ressaltar a panturrilha para a hora da sedução. Permanente no mercado desde sua criação pouco foi modificado em sua estrutura básica.

De imagem forte, de linhas fáceis, de ângulos fortes, obtusos se expande como uma estrela. O bico para frente faz um ângulo com o retropé que se projeta para cima onde fica o salto que contrariamente se direciona para baixo. São três linhas muitas bem distribuídas, que são capazes de reposicionar quem o usa em uma nova postura, pois muda radicalmente nosso centro de gravidade, alterando nossa postura, obrigando nosso corpo a se reposicionar, distribuindo- se em "S" e sensual, sexual, sedutor, sublimes, curvas acentuadas, para nos equilibrarmos de novo em uma nova postura perante o mundo. Mais fálica agressiva, horizontalizada a mulher tem um novo mundo a desvendar. Um mundo ainda de homens. Da competitividade, o mundo do poder da imagem, a emancipação feminina é ajudada pela nova imagem da mulher e os saltos colaboraram muito para isso. Foram eficientes em deixar a marca de competência (nota 2) e feminilidade.




5 O FETICHE

No século XIX Richard von Krafft-Ebing, apud Steelle (1997, p.19) definiu fetichismo como "A associação de desejo ardente com a idéia de certas partes da pessoa feminina, ou certos artigos do vestuário feminino". Mais recentemente, o semioticista Sebeok, em seu artigo para a Revista Face de Semiótica, faz uma viagem pelas denominações do fetiche através de uma breve revisão etimológica: (...) Fetiche do substantivo português, feitiço como charm, hechizo em castelhano, do latim 'facticius', ou em inglês 'factitious' como artificial (...). Denominado para qualquer objeto usado pelos indígenas da costa guineense, o termo é disseminado e usado pelos marinheiros portugueses do século XV. Já a citação mais antiga de fetiche inglesa é na obra de Purchas, O Pilgrimage em 1613 (SEBEOK, 1988).

A partir de 1760, a antropologia começa a usar o termo num sentido mais amplo do objeto inanimado dotado de magia ou reverenciada ao extremo. Passa pelo totemismo com McLennan (1869), Levi-Strauss (1962), e Van Wing (1938). O interesse era por causa do emprego no contexto de oposição metáfora/metoní mia, mas Augusto Conte e Charles de Brosse interpretam como sendo, especificamente, uma base para suas teorias a respeito da religião - sacramental, profético e mítico. "Nas formas primitivas da religião sacramental, quando próprio objeto, talvez dotado de existência animada em si e de si, é reverenciado como sendo divino, e tem sido designado de fetiche". Há noções em contextos psicológicos conseqüentemente sexuais. Conforme o Sebeok, é com o Livro Psychopathia Sexualis, de Von Krafft-Ebing que se fez pela primeira vez, menção ao fetiche como uma "perversão", como algo que seja vergonhoso e exija sanções sociais para o seu controle. Uma análise em semiótica mostra que o fetiche também é um poderoso signo (SEBEOK, 1988).

Para Freud, o fetiche é um substituto para o pênis da mulher (mãe). Segundo ele, o fetiche, é a última imagem antes do trauma, sendo este a descoberta da mãe castrada e uma possível castração de si mesmo.

Segundo Steele (1997, p.23), de acordo com Freud, a única maneira pela qual o fetichista adulto pode superar sua "aversão aos verdadeiros genitais femininos" é "dotando mulheres de características que fazem delas objetos sexuais toleráveis". O objeto de fetiche realmente funciona como "uma prova de triunfo sobre a ameaça da castração e uma proteção contra ela".

"A amarração para atrofia dos pés tem sido interpretada como uma terrível forma de opressão feminina e/ou como um tipo de sexo bizarro" (Steelle, 1997, p.100). No romance de Kathryn Harrison, o qual descreve a atrofia por amarração, podemos deduzir como Steele, também, que a simbologia sexual desses atos são bastante perceptivas e a literatura erótica fornecem os detalhes como o uso do dedão (Steele, 1997, p.101), ou a ponta do sapato no jogo sexual do casal como um substituto fálico, ou a fenda do pé ou o decote do sapato usado como uma pseudovagina. Os sapatos chineses eram incorporados em vários rituais, como jogos onde os homens se embebedavam se servindo no próprio sapato.

No Ocidente como no Oriente, os pés pequenos são para a beleza feminina e os pés grandes à virilidade masculina. Por isso, "que saltos altos, em particular, tem sido explicitamente comparados aos pés atrofiados por amarração" Chines (Steele, 1997, p.97).

Os sapatos fetichistas ocidentais têm a mesma tradição de amarração e constrição, tão características dos fetichistas e do Lótus chinês.

Os apertados e finos sapatos franceses dizem que, para serem calçados era preciso colocar os pés no gelo. Os "Stilettos" dos anos 50, que ficaram estigmatizados como um sapato fetichista do Ocidente. Com seu bico comprido obtuso e fino, seus ângulos agressivamente radicais, o salto faz contraponto com a frente, jogando uma vertical eleva o corpo de quem o usa (para o fetichista não existe sexo para usar os sapatos, e sim uma certa condição, ser passivo, escravo ou ativo, dominador). A verdade é que os sapatos-fetichistas transitam por essas duas condições (ativo/passivo) de uma maneira absolutamente tranqüila. Podendo ser usados até pelos dois parceiros no mesmo evento.



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6 IMAGENS DOS SAPATOS NA ARTE CONTEMPORÂNEA

A arte contemporânea aproximou-se da cultura da roupa apoderando-se de suas potencialidades formais e metafóricas e o aparecimento das imagens de sapatos, nas inserções da visualidade na cultura através da arte não é nova, e se apresenta há muito tempo. Estes registros foram e são importantes pois colaboram para a compreensão das narrativas que constroem a história e deflagraram para o futuro os hábitos e costumes dessas culturas.

Este objeto (o sapato) foi transformando- se em objeto de especulação da própria arte, de figurante à protagonista. Os sapatos aparecem registrados na arte egípcia, nos auto-relevos, cerca de 1350 a.C., em forma de sandálias de dedo, como elementos de sedução e riqueza, nos pés do Faraó Tutankhamon e de sua esposa. Nesta época eram realmente as sandálias que dominavam os pés egípcios.


Avançando pela Antigüidade entramos no Renascimento onde Tamancas de madeira, muito usadas no final da Idade Média, rompe de forma obtusa o enquadramento no quarto do casal Arnolfino de Van Eyck, na pintura a óleo no ano de 1434. Nestas épocas, os sapatos adquiriram um grande destaque na produção de objetos de demonstração de ascensão social, e por isso, chegaram e extremos góticos, como na arquitetura da época. Na verdade os bicos finos são herdeiros de uma tradição mongol de andarem a cavalo e copiada para as armaduras européias.


Avançamos mais ainda na história da arte e chegamos aos vaporosos e românticos quadros de Fragonard, O "balanço" é um exemplo, na cena de sedução, o sapato da cortesã era lançado como um convite para o cavalheiro.



Também a nudez, a sutileza e a delicadeza das chinelas vermelhas forradas de branco nos pés da Banhista de Ingres, ano 1808, nos chamam a atenção. Da era napoleônica, de ideais neoclássicos.



Também, René Magritte, já contemporâneo apresenta uma grande colaboração para a visão dos sapatos na arte, quando explora em óbvias metáforas "roupa-corpo" . Poe os pés na mesa pelos seus "sapatos-pés" , explicitando a sexualidade pulsante das indumentárias apresentadas.



Assim, chegamos à contemporaneidade, com os mercadológicos objetos-fetiche, nas obras de Andy Warhol. Andy Warhol que homenageia, através dos desenhos e colagens de sapatos as figuras da mídia, em suas obras de arte. O artista ao receber uma encomenda para uma publicidade sobre calçados, da Revista de Moda Glamour, entusiasmou- se com a proposta e elaborou cinco dezenas de desenhos, transformou- os em a Série dos Golden Shoes, destinados às suas estrelas cinematográficas preferidas, Elvis Presley, Judy Garlandy, Mae West, Zsa Zsa Gabor, Julie Andrews, James Dean, entre outros. Priorizando a folha de ouro como ornamento em seus sapatos, Andy coroava os pés a quem cada sapato era destinado, super valorizava o sapato como peça de valor aquisicional capitalista e, também, valorizava seu próprio trabalho, sapato obra de arte. Seus desenhos de sapatos levantaram uma discussão sobre a cultura de massa, que sempre no intuito da venda, enfoca os objetos fetiches.


A este respeito, Andy Warhol não esta só. A artista espanhola Victória Civera, apresenta uma exposição de Esculturas-Instalaçã o, denominado Las Hermanas Españolas. Nesta obra, enormes sapatos altamente fálicos - num discurso muito particular sobre suas próprias subjetividades, da condição feminina - explicitam a sexualidade, criam um novo corpo, um corpo extenso entre a mulher e o fetiche sapato. Estas esculturas têm uma ligação forte com as teorias freudianas sobre a sexualidade e esta está implícita na aura da obra de arte.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

É do cotidiano, das mentalidades, de um olhar avesso, de baixo, que os homens potencializaram na história, a partir dos sapatos, as mais diferentes situações.

Elevação do corpo, como as plataformas venezianas medievais (Chapins), que propiciaram uma elevação da estatura das mulheres de 20, 40cm, às vezes até 60cm. Distintivo social, símbolo de riqueza, forte objeto de desejo, torturador. Objetos da indumentária presentes desde muito cedo.

Segundo Linda O'Keeffe (p.294), "Cavernas descobertas na Espanha que datam de 13.000 anos a.C., onde homens e mulheres aparecem com um tipo de botas feitas de peles de animais". E, sobretudo, fetiche. Os sapatos não são meros invólucros dos pés, nem tão pouco, serviu somente para proteger, mas sim foram eficientes como sinalizadores sociais, e mais eficientes ainda como objetos de sedução. A cada cultura lhes coube uma forma de representar esse sapato-fetiche. Vimos, basicamente, três deles, quais sejam, o Lótus dourado chinês e o Stiletto Ocidental, que apesar de serem tão antagônicos culturalmente, mantêm peculiaridades bem próximas, e as sandálias gregas. Os sapatos-fetiches são sapatos que na China virou objeto de museu e vergonha e que no Ocidente, ao contrário, virou cada vez mais objeto do desejo e está cada vez mais incorporado no cotidiano. Por estas razões, os sapatos podem estar presentes em qualquer ação do homem, e no caso do artista, como objeto de especulação para sua arte.

Vimos também que apesar de diferentes as propostas dos artistas Andy Warhol e Victória Civera, trabalharam o fetiche em suas obras, explorando a imagem dos sapatos com sucesso.

Os sapatos são invólucros que se apoderam das especificidades dos pés do homem e re-simbolizam- os, com maestria, adaptando-os de grupo para grupo em significativas ações comportamentais. Mas fundamentalmente, glorificam e coroam os pés. Mesmo que através de torturas e privações.

Assim, como as pinturas corporais ou as escarificações, os sapatos parecem ter sido muito mais utilizados como símbolos de passagens, fetiches e poder. Podemos, também, notar que as subjetividades com que as culturas trataram muitas vezes seus objetos cotidianos, como os sapatos ultrapassaram qualquer uso "prático e objetivo". Contudo, perdidos na caminhada do homem, e não somos capazes de saber quais foram os primeiros sapatos, mas podemos saber em algumas passagens - desenhos, fragmentos culturais, textos históricos, impressões semióticas -, que os sapatos construíram uma intrincada rede de significações, rituais e valores. Os sapatos adquiriram um cabedal de singularidades no tempo e no espaço e podemos vê-los agora na contemporaneidade como protagonistas também na Arte Contemporânea.
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NOTAS

nota 1) Alux Valgus joanetes, apesar de serem bastante comuns para quem tem propensão a eles, apareceram com grande incidência com os sapatos dos anos 50, os Stilettos e seus derivados com seus bicos muito finos, causaram enormes deformidades nos pés das mulheres.

nota 2) Refiro-me a competência, pois os sapatos de salto ou scarpins são muito usados e até exigidos nas empresas pelas mulheres executivas, em geral, pelas mulheres que trabalham fora. Virou um padrão como as gravatas para os executivos homens.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

BAUDOT, François. Moda do século. Trad. Maria Thereza de Rezende Costa. São Paulo: Ed. Cosac & Naify Edições, 2000.

Bizarre: 30 postcards. S/l.: Taschen,1996.

FAUX, Dorothy Schefer et al. Beleza do século. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2000.

GOMBRICH, E. H. A história da arte. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

HARRISON, Kathryn. Com os pés atados. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001. História geral da arte- Pintura I. Espanha: Ediciones del Prado1995.

HOLLANDER, Anne. O sexo e as roupas: a evolução do traje moderno. Trad. Alexandre Tort. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. Tradução de Sex and suits: the evolution of modern dress.

HONNEF, Klaus. And warhol - 1928/1987: a comercializaçã o da arte. Köln, Alemanha: Ed. Taschen, 2000.

HOMERO. Odisséia. Trad. Jaime Bruna (USP). São Paulo: Cultrix, s/a.

LAVER, James. A roupa e a moda: uma história concisa. Trad. Glória Maria de Mello Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

LURIE, Alison A. A linguagem das roupas. Trad. Ana Luiza Dantas Borges. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. Tradução de The language of clothes.

Mestres da pintura - Ingres 1780-1867. 1.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

MÜLLER, Florence. Arte e moda. São Paulo: Ed. Cosac & Naify Edições, 2000.

Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Trad. José Octávio de Aguiar Abreu. Rio de Janeiro: Imago Ed. Ltda., 1969.

O'KEEFFE, Linda. Sapatos. Alemanha: Könemann, 1996.

PASSERON, René. The concise encyclopedia of surrealism. Paris: Omega Books, 1984.

PISCHEL, Gina. História universal da arte: arquitetura, escultura, pintura e outras artes. 3.ed. Trad. Raul de Polillo. São Paulo: Melhoramentos, 1966.

POCHNA, Marie-France. Universe of fashion Dior. Paris: Universe Vendome, 1996.

RAMOS, Célia Maria Antonacci. Teorias da tatuagem: corpo tatuado: uma análise da loja Stoppa Tatoo da Pedra / Célia Maria Antonacci. Florianópolis: Ed. da UDESC, 2001.

SEBEOK, Thomas A. Fetiche. Revista Face, São Paulo, 1(2):11-25, jul./dez., 1988.

STELLE, Valerie. Fetiche: moda, sexo & poder. Trad. Alexandre Abranches Jordão. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

www.mairie-quimper-fr/lequartier/france/nonono.html

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Homealone
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Fetichismo

#23 Mensagem por Homealone » 30 Mai 2008, 08:04

:twisted: Fetichistas de plantão, a podolatria é a maior expressão de liberdade sexual aliada ao prazer... Quem numca ficou de pau duro so de ver uma mulher lindamente vestida sobre um par de salto alto andando na rua? Quem numca sentiu tezão de ver e foder um pezinho feminino, bem cuidado, liso, bem vestido (sandálias, botas, saltos...)? Quem numca se deleitou com carícias ou uma massagem podal? No fundo somos todos iguais... Adoradores do sexo, hedonistas, dionísicos, fetichistas... :twisted: LUST FOR LIFE

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Maestro Alex
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#24 Mensagem por Maestro Alex » 23 Out 2008, 18:06

Aos amigos podo:

um texto interessante...

Tesão é algo inexplicável. Pode ser despertado nos mínimos gestos, com roupas, pensamentos, atitudes comuns ou simplesmente ser focado nas partes mais remotas da anatomia humana como, por exemplo, um dedinho! Sim, sim, sim! Todos já ouvimos falar nos adoradores de pés!

As mulheres se preocupam em estar sempre com a barriga durinha, os cabelos sedosos e o bumbum empinado, mas não podem esquecer que existem homens que são doidos pelos seus pés. Uma unha bem feita e a pele bem cuidada não fazem mal a ninguém!

Imaginar que uma pessoa é capaz de ficar excitada observando, mordendo, lambendo, chupando, beijando ou até mesmo sendo pisada por pezinhos, pode parecer estranho. Mas acredite, há quem morra de tesão por essa prática, que possui um enorme fã clube, capaz de deixar qualquer astro do pop com inveja!

E existe uma boa justificativa para isso: os pés têm conexões com o resto do corpo e, quando estimulados, não só produzem sensações agradáveis como também transmitem estímulos para o corpo todo, pois possuem glândulas que liberam hormônios que atraem o sexo oposto, o feromônio.

Para quem recebe as carícias, aí vai: essa região possui inúmeras terminações nervosas e é considerada uma das partes mais sensíveis do corpo humano. Empolgante, não?!

Por mais obscuro e estranho que possa parecer tal fetiche, o estímulo dos pés é pura sinestesia, pois através da mistura de todos os nossos sentidos obtemos o prazer desejado em torno deles! Quer saber como?

Para começar, o estímulo visual é importantíssimo: É aí que a vontade de ir além é despertada. Unhas feitas e pintadas com cores fortes já dão idéia do que está por vir, acessórios como tornozeleiras e anéis de pé são muito atraentes e sexy, sem contar os sapatos... Hum, não há homem que resista a um pé bem cuidado em cima de um belo par de saltos!

Esse pode ser o primeiro estímulo que seus belos pezinhos podem causar em um homem! Mas quem acha que a coisa para por aqui, se enganou! Escutar... Sim, não basta apenas estar com um salto alto! Os sons dos passos fazem a imaginação de quem os escuta ficar a mil!

Agora chegou a hora de cair de boca, nos pés claro! Existem homens que adoram e chegam a ter orgasmos apenas beijando e lambendo todas as partes do pé! Chupar cada dedo, lamber todos os espaços entre eles, não excitará apenas quem está com a mão na massa – ou com a boca cheia de dedos – mas a pessoa que estiver recebendo essa carícia com certeza agradecerá pelas novas descobertas de deliciosas sensações!

Ah, claro que não podemos esquecer que o pé é uma excelente opção na hora de escolher como começar a esquentar o clima! Uma boa massagem serve tanto para relaxar quanto para abrir espaço para o melhor da festa!

Há quem diga que os pés são preferência de praticantes de sadomasoquismo, o que é uma opinião equivocada, pois não necessariamente precisa existir um dominador e um dominado. Existem pessoas que gostam de ser pisadas e outras que gostam de pisar, mas isso não implica em uma prática exclusivamente SM, pois o fetiche por pés abrange uma série de escolhas e preferências – tudo tem que ser conversado e aceito e, assim, bem aproveitado!

Quem tem tal fetiche consegue se excitar por pés "ao natural" e a outra pessoa não precisa estar necessariamente fazendo malabarismos sexuais com eles. Ver um pé que o agrade é o suficiente para que o nosso amigo fique bem animadinho, ainda mais se ele puder tocar, lamber, cheirar, beijar ou massagear aquele pé! E se ganhar um footjob (palavra em inglês para masturbação com os pés – sim isso é possível e pode ser muito, mas muito excitante), maravilhoso!

Existem muitos e muitos tipos de fetiche e de zonas erógenas, e esta prática é apenas uma dessas tantas! Independentemente da complexidade do assunto, uma coisa é certa: o desejo é sadio e faz parte da natureza humana. O que não pode atrapalhar o jogo sexual são as frustrações e castrações impostas. Portanto, não hesite em pisar firme no mundo das fantasias e desfrutar de momentos gostosos.

Sabendo disso, mulherada, não se esqueçam que, além de estarem em forma, bem vestidas e maquiadas, cuidem de seus pés, pois vocês podem ser surpreendidas por alguém que estará mais de olho neles do que em seus cabelos e farão com que descubram uma infinidade de sensações prazerosas que vocês nunca imaginaram que seus pés poderiam proporcionar!

Se um dia você estiver com aquele cara que sempre repara quando você trocou de sapato, quando fez o pé, quando comprou meia nova e que quando fala com você olha mais para os seus pés do que para qualquer outra parte sexual mais óbvia, incluindo o seu rosto… Essa pessoa pode estar prestes a cair aos seus pés. Literalmente!

Os pés são só o começo, depois vem as pernas, as coxas...

Fonte:
http://pernasabertas.wordpress.com
http://www.bolsademulhe.com

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SuperPaulista
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#25 Mensagem por SuperPaulista » 26 Mar 2009, 16:25

Bem antes de tudo gostaria de saber se...

eu realizar um test-drive com uma GP , executar algum tipo de fetiche e principalmente PODOLATRIA , eu , jurinter poderia postar o td nesta área


http://www.gp-guia.net/phpbb/phpbb2/view ... b2e26bedeb


POIS BEM EMBORA TENHA LIDO AS REGRAS É SEMPRE BOM TIRAR DÚVIDAS..............

em segundo lugar :

quero dizer a voces o quanto estou sofrendo por nao realizar esta adoração ....
desde pekeno eu me ashava louco por gostar de pés... o único no mundo ,aliás todos falavam em seios ,bumbum e coxas,pescoços e por aí vai ....
com o tempo fui vendo que era natural e existia vários loucos IDO-PODÓLATRAS (IDOLATRIA E PODOLATRIA) COMO EU .............


pois eu vou sair com uma GP e pedir que ela q realize todos os tipos de DOMINAÇÃO que ela fizer, desde PODOLATRIA até sado ou chicotadas e até mesmo HUMILHAÇÕES PARA QUE EU POSSA ME SENTIR OBJETO LAMBENDO SEUS PÉS ENQUANTO ELA ME CONDENA À SUBMISSÃO ETERNA.......... chuparia seus pés até QUE MINHAS FORÇAS TODAS SE EXAURISSEM............LENTAMENTE ATÉ QUE SEUS PÉS ESTEJAM banhados e enxarcados pela minha saliva um td que durará 2h, porém, 1:30h soh de pura dominação ................

é estranho ????,pois gostaria de postar este test-drive na área de acompanhantes.........

valeu

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Gringo Aposentado
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#26 Mensagem por Gringo Aposentado » 26 Mar 2009, 16:27

Nada impede.

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PRS
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#27 Mensagem por PRS » 26 Mar 2009, 20:40

Havendo ,pelo menos, o mínimo o que se convencionou compreender por relação sexual nesse forum , nada impede um TD de viés fetichista.

[s]

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Adam West
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#28 Mensagem por Adam West » 26 Mar 2009, 21:19

Sobre pés:

- Não resisto a dedicar uma massagem, e não precisa nem ser mulher de quem estou a fim, já dispensei um tempo a amigas ou até estranhas em roda de amigos. Sentada na grama, estirada no sofá ou cama... eu vejo um pé desnudo já dá vontade de agarrar e acariciar. Sério, parece uma compulsão.

O irônico é que eu NÃO lembro de fazer isso com GP's, por mais perfeitos e bem cuidados que seus pés sejam... me parece muito mais excitante arriscar esse gesto de intimidade partindo de uma civil!

- Eu fico LOUCO com sandálias de salto com amarras envolvendo até a panturrilha. Pra mim, dependendo da garota, fica até mais sensual do que a lingerie.

- Eu fico mais louco ainda com tatuagens bem feitas que envolvem parte do pé.

- Se a garota é levinha, adoro massagem nas costas sendo pisado.

- Ainda quero reproduzir esta cena... Salma Hayek x Q. Tarantino:
http://www.youtube.com/watch?v=Z0mLuQ4i91s

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JCKeep
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#29 Mensagem por JCKeep » 07 Mai 2009, 17:07

Galera, sinto falta de ver pés nas fotos das GPs de sites e agências. Dão pouco valor, são raras as que mostram, e muitas escondem.

Mas tenho uma teoria, os pés normalmente seguem o padrão das mãos. Nem sempre é regra, mas na maioria das vezes, mulheres com mãos bonitas tem os pés bonitos e conseguimos ver uma continuidade genética nas formas.

Uso essa técnica, principalmente pq os caras evitam "photoshopar" mãos por que dá um trabalhão.

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bullitt
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#30 Mensagem por bullitt » 31 Mai 2009, 11:37

Muita mulher tem os pés feios por descuido, perde horas cuidando do cabelo mas deixa os pés em último plano, se limitando a fazer as unhas. Acho que é porque a mulher se cuida mais para impressionar as outras mulheres, naquele esquema de competição que elas têm, e acho que os pés não é um item levado muito em consideração.

Um exemplo de mulher linda de corpo porém com pé muito zuado? Ellen Roche. Já havia reparado em um comercial de TV, o pé destoa bastante do resto do corpo.

Embora não tenha o desejo de ficar lambendo e acariciando pés de garotas (a não ser que sejam excepcionalmente bonitos), sempre dou uma reparada da cabeça aos pés, e se estes estiverem feios corta um pouco o tesão em relação ao pacote completo. Tem até uma garota que conheço que um dos dedos é entortado e fica por cima de outro dedo do pé, fica horrível de se ver, acho que de tanto usar calçados apertados.

Aliás muitas garotas de tanto usar salto acabam ficando com os pés deformados, acho que também entra na questão das GPs que muitas vezes escodem os pés nas fotos. Em filmes eróticos também já reparei que muitas vezes se escondem os pés.




JCKeep escreveu:Galera, sinto falta de ver pés nas fotos das GPs de sites e agências. Dão pouco valor, são raras as que mostram, e muitas escondem.

Mas tenho uma teoria, os pés normalmente seguem o padrão das mãos. Nem sempre é regra, mas na maioria das vezes, mulheres com mãos bonitas tem os pés bonitos e conseguimos ver uma continuidade genética nas formas.

Uso essa técnica, principalmente pq os caras evitam "photoshopar" mãos por que dá um trabalhão.

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