Manequim... que nem dá bola pra mim!

[Mr. Blonde]

Sabe, doutor, tudo começou quando li um conto do Bukowski, "Amor por $17,50", que começa assim:

O primeiro desejo de Robert - quando começou a pensar nessas coisas - foi esgueirar-se, em uma noite qualquer, para dentro do museu de cera, e fazer amor com as mulheres de cera. Isso pareceu, entretanto, muito perigoso. Limitou-se a fazer amor com estátuas e manequins em suas fantasias sexuais e viver em seu mundo de fantasia.

A história, de um cara que tem tesão por manequins e estátuas, me pareceu, na época, pitoresca e um tanto patética, mas ficou nisso.

O problema foi que, depois de ter lido, nunca mais consegui ficar indiferente a uma vitrine, sempre dava uma secada básica nas manequins. Por mera curiosidade, nada mais.

Até o dia em que meu mundo caiu. Passando por acaso em um shopping de descontos, daqueles que vendem roupa barata pra empregadinhas e putinhas de baixo clero, vi algo até então inédito pra mim. Ao contrário das lojas de shopping de rico, cujas manequins têm a magreza anoréxica que as consumidoras desejariam pra elas, nessa loja as manequins ERAM BOAS, bundudas, quartudas, peitudas! Me chamou especialmente a atenção uma "loira" com calça de funqueira e blusinha D&G falsificada... Linda, gostosa, impassível, fitando o vazio tal qual uma esfinge...

Todo dia, ao sair do trabalho, tenho ido pra frente dessa loja, fico olhando pra ela e recitando mentalmente "eu vou tirar você desse lugar/ eu vou levar você pra morar comigo/ e não me interessa o que os outros vão falar".

O que devo fazer, doutor e amigos? Tomo coragem, suborno o gerente da loja pra me vender minha amada e encaro o romance? A sociedade iria aceitar?

Peço resposta urgente, pois o carinha com uma visível ereção fitando o manequim todo dia já está sendo considerado estranho pela segurança do shopping.

[Hot Sereno]

Meu caro e demente Blonde,

O Clinton está ocupado, com vários casos de zoofilia pra resolver (o Chacal está sob tratamento intensivo), quando viu qual era o teu problema, balançou a cabeça negativamente, deu um grito tipo "mas vai pra puta que te pariu!", jogou o notibuque no chão e pediu quase aos prantos que eu respondesse essa.

Teu caso não é raro, em clínicas psiquiátricas de segurança máxima encontram-se alguns indivíduos que sofrem do mesmo mal, amor não correspondido, tentativa de estupro de bonecas infláveis (que restaram cheias de rasgões horríveis), tentativa de cópula com estátuas em parques, sexo oral com anões de jardim, e outros casos bem documentados na literatura.

Mas pra tudo tem tratamento. Vá ao Gruta Azul, pegue uma mulher linda e com as formas semelhantes a da tua musa-manequim, e que seja fria e cheia de não-me-toques, não beije na boca, não chupe e não dê o cu, e que só abra a boca pra bocejar. Coma-a vorazmente, mesmo que ela nem se mexa, ignore os seus 38 tds negativos, pague R$300,00 e vá pra casa com a certeza de que uma punheta teria sido melhor.
Garanto que a próxima vez que olhares pra manequim, aqueles olhos sem vida, aquela bunda dura maravilhosa, aquela buceta lisa sem nenhuma umidade, vais lembrar da puta do Gruta e vais desistir da idéia desse amor insólito. O pior que pode acontecer é se apaixonares pela puta do Gruta e esquecer a manequim, porque vai dar quase na mesma, só que com muito mais gastos. Nesse caso, poste lá na área "Puto dinheirinho" e pare de vir aqui com essas insanidades.

Outra opção terapêutica, antes da internação num manicômio, é casar. Sim, casar. Nos primeiros anos não vais entender bem o porquê dessa recomendação, mas após algum tempo, quando chegares em casa louco pelo cu da patroa e ela começar a ter dores de cabeça, ou ficar lendo um livro enquanto é chupada, ou ainda quando ela nem se mexer quando, de ladinho, ser comida com ferocidade, aí tu terás encontrado a felicidade, satisfeito esse desejo mórbido e sem sentido por mulheres de olhar congelado, pernas que não se abrem e bucetas secas como folhas de outono. A única diferença que vais notar da tua mulher para a manequim, é que as tetas e a bunda da manequim jamais caem, mas ainda assim vale a pena, pelo menos não será taxado de louco e internado numa solitária, e ainda terás alguém pra esquentar a tua janta.

Agora, só por curiosidade e pra embasamento de estudos sobre o teu caso, mande-me o endereço dessa loja e a localização exata dessa manequim, caso um dia eu passe lá por perto...

Não precisa agradecer.


Sereno, terapeuta do SUSI- Sistema Único Somente Insanidades-

[Chacal2]

O Clinton está ocupado, com vários casos de zoofilia pra resolver (o Chacal está sob tratamento intensivo),

Credo...

Mas o "causo" dele é bem mais pior que o meu.

Chacal- "quagecurado"

[Mr. Blonde]

Meu caro e demente Blonde,

O Clinton está ocupado, com vários casos de zoofilia pra resolver (o Chacal está sob tratamento intensivo), quando viu qual era o teu problema, balançou a cabeça negativamente, deu um grito tipo "mas vai pra puta que te pariu!", jogou o notibuque no chão e pediu quase aos prantos que eu respondesse essa.

Tá vendo?! Tá vendo?! É esse tipo de incompreensão que nos aguarda, eu e minha amada! Se o Dr. Clinton, que é regiamente pago pelo GPG pra analisar nossos, hã, pequenos desvios de conduta, reage assim, que dirá a Liga das Senhoras Católicas do IAPI...

Outra opção terapêutica, antes da internação num manicômio, é casar. Sim, casar. (...) mulheres de olhar congelado, pernas que não se abrem e bucetas secas como folhas de outono.

Por Deus, é mesmo!! Fui casado, passei por isso, como pude esquecer o horror??

Isso foi cruel, doutor. Mas necessário, concordo. Terapia de choque, não é assim que se chama?

Amanhã vou lá e termino tudo com aquela vaca frígida.



Agora com licença que o Gruta deve estar abrindo

[MALEVO]

Leiam e chorem de inveja: morei com uma mulher que parece que serviu como modelo para aqueles menequins gostosos que estamos habituados a ver nas vitrines por aí. Sabem aquela bunda perfeitamente bem formatada, rígida e empinadinha? Isso aí. O problema é que a mulher atraía uma legião de machos e frequentemente sucumbia as tentações da carne. Ou seja, era uma baita puta. Ainda é, sempre foi e sempre será.

[Mr.Caos]

Leiam e chorem de inveja: morei com uma mulher que parece que serviu como modelo para aqueles menequins gostosos que estamos habituados a ver nas vitrines por aí. Sabem aquela bunda perfeitamente bem formatada, rígida e empinadinha? Isso aí. O problema é que a mulher atraía uma legião de machos e frequentemente sucumbia as tentações da carne. Ou seja, era uma baita puta. Ainda é, sempre foi e sempre será.

Sinto que o Malevo quer descarregar coisas do passado. Vai lá, põe pra fora... Todo mundo já foi chifrado algum dia. Pior o que acha que não foi, esse além de corno é ingênuo e mal-informado.

Ser casado com mulher gostosa ou namorar uma tem esses problemas, atrai todo e qualquer macho.
Mas quando a mulher é feia e é dada a essas coisas o chifre vem do mesmo jeito.

A vantagem das manequins de verdade, digo, as de vitrine, é que elas não são atiradas. São até bem difíceis. Bem complicado conseguir fazer elas darem uma voltinha ou pegar um cineminha.

[General]

Eu acho elas muito frias e mecânicas...
Mas o ppp é zero!

[jeguinho]

as de vitrine, é que elas não são atiradas. São até bem difíceis. Bem complicado conseguir fazer elas darem uma voltinha ou pegar um cineminha.

EU TB SEMPE TIVE UMA CERTA TARA POR AQUELAS MENEQUINS. UM DIA CHEGUEI AO PONTO DE DESPIR UMA NUMA LOJA, JÁ Q PUXAVA PAPO COM ELA E NUNCA RESPONDIA, A PROCURA DO BURACO DELA. VÍ Q ERA TUDO SELADO, DE PONTA-A-PONTA.

TRISTE DECEPÇÃO!!!

CONTINUEI COM MINHA BONECA INFLÁVEL. É MUITA MAIS MACIA E POSSUI UM FURO!!

[Fortimbrás]

Esse Blonde, que pândego!

Confesso, porém, que já tive um caso com uma manequim, nos fundos da loja de um amigo meu.

É que , para chegar ao banheiro da loja dele, tínhamos que passar pelo estoque.

Um belo dia, indo esvaziar o joelho, eis que me deparo com Gláucia, de bobeira, por ali.

Conversamos um pouco, trocamos telefone,msn e os carai, mas não rolou nada naquele dia.

Alguns dias depois, voltei , com um pouco mais de tempo para visitá-la. Trouxe uns bombons pra ela, rolou um clima de novo, rolaram uns beijos e , quando nos demos conta, estávamos atracados em cima de uma mesa de corte.

Nos encontrávamos furtivamente, uma vez por semana.

Um belo dia, não encontrei mais Gláucia por ali.

Conversei com o meu amigo, na verdade, o meu primo e perguntei pela manequim.

Ouvindo a minha pergunta, o libertino sorriu e contou , então, o que acontecera com ela.

Gláucia fora vendida por ele, como se fosse uma escrava. Por menos de cem reais. Dizia ele isso se gabando, cem reais por uma peça imprestável como aquela.

Disse eu então, nauseado, que teria pago o dobro pela chance de auforrear a pobre pequena.E continou a ler o jornal e deixou de responder as minhas perguntas.

Tratante!

Comecei a fazer de conta, então , que Gláucia era uma puta.

E que purpurinara.

[Cap.Klutz]

Mundo pequeno...

Conheço o dono de uma loja de confecções para adolescentes. Onde nove em cada dez peças é do tipo colante ao corpo.
Certa vez ele arrematou alguns manequins para instalar um novo setor na vitrine.
Comprou e fez, tal como planejara. Mas uma manequim não foi usada, por ordem dele mesmo.
Essa ficou num canto, logo atrás do escritório tipo aquário, num canto arejado e claro, mas inacessível aos
empregados ou clientes.
Entretanto, da mesa dele, através do reflexo de um porta-retrato estrategicamente acomodado, ele podia ver
o rosto da manequim, reclusa no seu canto.
Um dia perguntei por que aquela manequim estava guardada ali. Por que não a tinha usado na vitrine como
as outras.

Era fim de expediente. Tarde de sexta-feira.
Esse amigo fechou a porta do escritório, puxou duas doses de uísque pra cima da mesa e me contou:

Ela (a manequim) se chamava Gláucia.
Ela tinha vindo junto com o pacote de outras cinco manequins de segunda mão.
Mas no dia que as recebeu, assim que desempacotou todas, percebeu em Gláucia uma aura encantadora.
Ela tinha um brilho próprio, diferente. Era sensual, provocativa. Parecia estar olhando sempre pra
ele, não importasse em que ângulo ele estivesse posicionado.
Apaixonou-se instantâneamente.
Mas sentiu-se culpado e confuso como nosso amigo Blonde.
Naquela noite foi para o bar de costume e bebeu. Bebeu muito, tentando tirar Gláucia da cabeça.
Foi pior.
Na bebedeira teve um arroubo de paixão e luxúria.
Voltou ao escritório, arrancou o plástico-bolha que ainda envolvia parte das penas de Gláucia e
atirou-se sobre ela. Colocou-lhe de volta um dos braços (que lhe fora arrancado no transporte).
Passou-lhe um pouco de batom nos lábios e a tomou, selvagemente.
Fantasiou tudo que podia. Mas não podia muito já que Gláucia não tinha orifícios penetráveis.
Na hora chegou a pensar em usar como 'entrada' um dos orifícios de encaixe das pernas nos quadris,
mas a idéia era tão absurda (como se o resto não fosse) que ele rolou no chão às gargalhadas.
E o riso o trouxe à tona e à razão.
Percebeu que Gláucia era uma parceira impossível, a não ser que ele virasse um pica-pau.

Resignou-se e desde então passou a nutrir um amor platônico por Gláucia, que agora é sua colega e
confidente extraordinária, que o aconselha nas decisões importantes, através do reflexo no
porta-retrato, de lá do cantinho do escritório.
De vez em quando, nos find-de-tarde, quando todos já foram embora ele a beija e deseja boa-noite.


Pois...
Então tome muito cuidado amigo Blonde.
Fuja dessa gostosa sintética mesmo que ela esteja fantasiada de Deryl Hanna em Blade Hanner.

Existem manequins fatais.

[Mr.Caos]

Essa Gláucia é mais bopante que a Fuliana!!!