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#76 Mensagem por Kengo » 15 Jul 2008, 14:53

"INDISPENSÁVEL PARA O PAIS QUE QUEREMOS SER."

"Imagina que eu vou sentar no domingo para ver Fantástico. Espero que a Patrícia (Poeta) faça bem (o programa) a vida toda. Ela é competente. Eu é que não gostava mais de fazer aquilo. Minha vida estava triste"
Glória Maria ex-apresentadora do Fantástico.

Sem comentários.

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#77 Mensagem por Carnage » 19 Jul 2008, 00:41

Já ouvi várias histórias sobre a Glória Maria.

Que é arrogante, prepotente, que humilha a equipe e dá uma de estrelinha.

Tem uma história muito boa sobre ela, não encontrei a matéria original, mas tem uma reprodução neste blog:
http://blogdovenceslau.blogspot.com/200 ... maria.html

Agora a Patrícia Poeta é uma delícia...

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Kengo
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#78 Mensagem por Kengo » 12 Ago 2008, 19:07

Eduardo Guimarães fez uma observação instigante sobre as colunas de Clóvis Rossi e de Elio Gasparí.
Quem tiver paciência, leia, vale a pena.
Crítica à mídia

Folha distorce estudos do Ipea e da FGV


Na Folha de São Paulo deste domingo, as colunas de Clóvis Rossi e de Elio Gaspari pareceram querer "responder" à notinha do ombudsman em sua última coluna no jornal, sobre ele ter dado manchete principal para notícia velha sobre violência em detrimento de estudos científicos do Ipea e da FGV sobre mobilidade social e distribuição de renda.



Vejam, abaixo, o que o Carlos Eduardo Lins da Silva escreveu sobre o assunto:

A Folha voltou a errar em escolha de manchete. Na quarta, deu o título principal para reportagem sobre criminalidade em São Paulo, que não revelava nada de novo: há mais assassinatos em bairros pobres e mais roubos em bairros ricos. E deixou como chamada estudos, segundo os quais a classe média virou maioria no Brasil, a porcentagem de miseráveis caiu de 35% para 25% em seis anos, e o ganho de renda dos pobres é mais sólido que antes.

Eu já tinha tratado do assunto aqui no blog naquele dia, como vocês bem se lembram.



Mas sobre as colunas que mencionei, Clóvis Rossi distorceu uma frase do economista Marcelo Neri, da FGV, de maneira que insinuou que um dos autores de estudo que deu conta de importantes mudanças sociais no país teria afirmado que a desigualdade, em vez de cair, aumentou.



A frase atribuída a Neri, foi a seguinte: "Fizemos um experimento no Censo e vimos que quem tem três carros (...) tem quatro vezes mais chances de omitir a resposta de renda de quem [sic] não tem carro (...) Neste sentido, a desigualdade brasileira, que já era muito alta, tende a ser mais alta ainda".



A tese de Rossi, já amplamente difundida sem que a Folha tenha permitido o contraditório numa questão dessa importância, é a de que a desigualdade é maior do que parece porque os ricos escondem o total de seus ganhos e, assim, eles são ainda mais ricos do que aparece.



Nesse contexto, vale comparar a frase atribuida por Rossi a Neri com a que o pesquisador teve publicada na Folha na quarta-feira: "A queda na desigualdade que estamos presenciando agora é espetacular, com uma intensidade comparável à do crescimento da concentração da renda na década de 1960"



Rossi despreza o fato de que se a desigualdade é maior do que parece hoje, ela também era maior há cinco ou há dez anos. Porém, ele limita o suposto fenômeno dos ganhos dos ricos no mercado financeiro a "anos", quando esse fenômeno, se é que existe, vige há décadas no país, se não há séculos.



O fundamento das ciências estatísticas decorre de comparações ao longo do tempo, ou seja, se os ricos escondem renda hoje, escondiam há dez anos. Assim, se a renda dos pobres aparece maior hoje do que ontem, a desigualdade diminuiu, obviamente.



Já no caso de Elio Gaspari, ele desqualifica o estudo do Ipea mas não faz o mesmo em relação ao da FGV, que diz praticamente a mesma coisa.



A ausência de contraditório e de debate sobre um tema dessa importância revela intenção da Folha de minimizar êxito internacionalmente reconhecido das políticas sociais deste governo e se choca com o que diz a imprensa internacional e o próprio senso comum sobre estar havendo melhora da vida dos mais pobres no Brasil.



Leiam, abaixo, os textos dos colunistas da Folha supra mencionados.



Desigualdade, lenda e fatos


Clóvis Rossi

SÃO PAULO - Ressurgiu na semana que acaba a lenda da queda da desigualdade no Brasil, em conseqüência de leitura superficial de um belo trabalho do economista Marcelo Neri (Fundação Getúlio Vargas), talvez o maior especialista brasileiro no assunto.

Neri mediu apenas a desigualdade na renda do trabalho. Não mediu a desigualdade entre o rendimento do trabalho e o rendimento do capital (ou financeiro), que talvez seja mais importante.

Explica o pesquisador: "As pesquisas não captam bem a renda dos ricos e do capital em geral. Por isso não acredito em estimativas de ricos no Brasil a partir de pesquisas domiciliares" (alô, alô, IBGE, não é o caso de fazer idêntica ressalva na Pnad, pesquisa domiciliar?).

Neri conta um dado definitivo a respeito: "Fizemos um experimento no Censo e vimos que quem tem três carros ou mais no domicílio (sinal de riqueza aparente) tem quatro vezes mais chances de omitir a resposta de renda de quem não tem carro no domicílio, situação que corresponde a boa parte da população brasileira".

Conclusão inescapável: "Neste sentido, a desigualdade brasileira, que já era muito alta, tende a ser mais alta ainda".

Neri, de todo modo, diz que a redução da desigualdade (entre salários) "não deve ser menosprezada".

De acordo, mas é óbvio que é importante não menosprezar eventual aumento na desigualdade entre renda do trabalho e do capital.

Só pode ter aumentado. Numa ponta, porque o governo tem remunerado o capital há anos com no mínimo 5% do PIB, via juros sobre papéis da dívida, e doado à baixa renda (ou renda zero) nunca mais que 0,7% do PIB (Bolsa Família).

Na outra ponta, é só perguntar a um bancário se seu salário aumentou mais que o lucro da instituição em que trabalha. Surgirá da resposta, com nitidez, o tamanho da lenda e o tamanho dos fatos.

O comissariado do Ipea volta a atacar

Elio Gaspari

O COMISSARIADO do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, continua dilapidando o patrimônio da instituição. Divulgou um trabalho intitulado "Pobreza e Riqueza no Brasil Metropolitano", sem autor e sem rigor acadêmico. É um texto tosco, do estilo "elevador". Revelou o que se sabe: "A" desceu (o número de pobres nas regiões metropolitanas) e o “B” (os ricos) subiu um tiquinho.

O dados apresentados baseiam-se num cruzamento de dois conjuntos de estatísticas: a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios de 2006 e a Pesquisa Mensal de Emprego, ambas do IBGE. Esses números só podem ser misturados com ajuda de uma metodologia de "imputação" de renda. Os doutores explicaram que ela está descrita em "Ribas e Machado (2008)", mas se esqueceram de mencionar o título do trabalho.

Divulgar um trabalho que lida com séries estatísticas de 2002 a 2008, quando ainda faltam quatro meses para o ano acabar, é uma ofensa ao calendário gregoriano. O trabalho mostra 27 curvas. Dezoito estão agrupadas em três conjuntos, ilustrando variações ocorridas em cada uma das seis regiões metropolitanas. Verdadeira salada, na qual se misturam escalas diferentes. O curioso vê curvas quase idênticas no percentual de pobres em Salvador e no Rio. Uma foi de 49,9% para 37%, mas a outra oscilou de 28,4% para 22%. Pode ter sido uma trapaça do Excel, capaz de acomodar automaticamente as escalas, mas não é esse o padrão do Ipea.

A certa altura, os doutores falam em "extrato superior da distribuição da renda" (queriam dizer estrato, pois extrato é o de tomate). É um erro bobo, mas revela a falta de atenção de quem o leu. (Este texto, por exemplo, passou por duas piedosas verificações.)

O Ipea tem em casa, encostados, alguns dos melhores estudiosos das questões relacionadas com a distribuição da renda no Brasil. Nenhum deles produziu coisa parecida. Pela tradição, o instituto divulga "Textos para Discussão" que, além de serem debatidos internamente, têm rigor e autoria. A pesquisa tosca posta no ar pertence a uma série denominada "Comunicados da Presidência". Valeria a pena organizar um seminário para explicar o que isso significa, senão um exercício neo-stalinista de atribuição de poderes de comunicação excelsa ao presidente do Ipea.

O doutor Marcio Pochmann precisa sentar com Eduardo Nunes, presidente do IBGE, para saber como se valoriza o trabalho dos pesquisadores sem chamar os holofotes para si. Seu gosto pelas luzes já virou piada. No prédio onde trabalha, conta-se que Pochmann acelera seu carro sempre que vê um pardal. Assim, sai na foto.


Escrito por Eduardo Guimarães às 12h37
[(34) Opiniões - clique aqui para opinar] [envie esta mensagem]
Segue o link do blog do Eduardo Guimarães: http://edu.guim.blog.uol.com.br/

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#79 Mensagem por Chuck Schuldiner » 15 Ago 2008, 19:10

Muito bom tópico.
A imprensa é um dos canceres desse país.

Recomendo á vocês a leitura desde blog: www.viomundo.com.br
blog do ex-reporter da Globo Luiz Carlos Azenha, conta tudo o que a TV e os jornais não te contam. E suas maracutaias.

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#80 Mensagem por Carnage » 21 Out 2008, 09:26

http://www.viomundo.com.br/opiniao/as-f ... -aglutinam
AS FORÇAS REACIONÁRIAS SE AGLUTINAM

Atualizado em 18 de outubro de 2008 às 18:33 | Publicado em 18 de outubro de 2008 às 17:57

Eu hoje tive uma longa conversa com um professor universitário petista.

Ele me falava dos defeitos do partido, dentre os quais a dificuldade de lidar com o inchaço causado pela ascensão ao poder. Atribuiu a isso a desmobilização da militância partidária.

Tenho um milhão de reparos a fazer ao governo Lula. A política de "acomodação" do presidente com as forças mais conservadoras do Brasil pode ter servido taticamente, mas foi um desastre a longo prazo. Lula deu tantos passos em direção ao centro que fica difícil classificá-lo até mesmo de "trabalhista".

O presidente da República abandonou aliados importantes em momentos decisivos, dentre os quais destaco a ministra Marina Silva e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Paulo Lacerda. Aquele que "frita" gente próxima como Lula fez acaba perdendo apoio quando mais precisa.

O governo pouco fez para atacar algumas questões essenciais para o aprofundamento da democracia brasileira. Inexiste uma política para lidar com o fato de que um grupo de comunicação controla mais da metade de todas as verbas publicitárias. Isso seria considerado absurdo em qualquer país do mundo, mas no Brasil o governo Lula não só se "acomodou" com a situação, como contribuiu com o status quo.

As agências encarregadas de fiscalizar a telefonia e o transporte aéreo, por exemplo, são ineptas: o governo Lula joga ao lado dos monopólios e contra o interesse dos consumidores. A tibieza do presidente, mesmo com altas taxas de popularidade, me levou a considerar que ele só pensa em uma coisa, 2014. Lança aos leões um candidato em 2010 e volta nos ombros do povo, em 2014.

O professor com o qual conversei notou, no entanto, algo que não parece tão óbvio: a nova roupagem com que as forças mais reacionárias do Brasil estão se apresentando ao eleitorado.

Ele fez considerações específicas a respeito da escandalosa manipulação midiática a que temos assistido desde que Lula assumiu o poder. Argumentou que o discurso midiático está engajado no "seqüestro" da plataforma política tradicional dos partidos de esquerda.

"Veja o Kassab. Quem é ele? Um clone do José Serra. O discurso lembra Jânio Quadros e o apelo à 'ordem', contra a 'desordem', é eminentemente autoritário. O que ele não diz é que a 'desordem', em São Paulo, é resultado da política de exclusão social patrocinada pelo próprio partido dele, o PFL-DEM. Ou seja, eles promovem a política da 'desordem social' e se apresentam ao eleitorado como salvadores da pátria. Fazem concessões cosméticas ao povão, mas querem resolver com a polícia o que numa sociedade democrática se resolve pelo diálogo", disse meu entrevistado.

"A direita está unida", afirmou.

Há quem argumente -- como é o caso do ex-governador Cláudio Lembo -- que essa conversa de direita e esquerda já era. Ou seja, que é preciso encontrar um novo discurso para o embate político. Lembo definiu a nova geração de lideranças como "pós-1988", ou seja, assumiria como dela os avanços da Constituição cidadã. Seria o patamar básico. A partir desse raciocínio, seria impensável promover no Brasil uma volta ao passado, com a repressão aos movimentos sociais, o corte dos programas sociais e o uso do estado para promover a socialização dos prejuízos e a privatização dos lucros.

Mas os recentes acontecimentos em São Paulo, especialmente na crise entre as polícias, colocam isso em dúvida. Não foi a primeira vez que o governo paulista usou a polícia quando deveria usar o bom senso. Não foi a primeira vez que usou cassetetes quando deveria ter usado a razão.

Tenho a impressão de que as forças mais reacionárias do Brasil "afrikaner" estão se aglutinando em torno de um projeto político -- qualquer projeto político -- para retomar o controle do estado e colocá-lo a serviço de interesses econômicos estreitos.

Nunca ninguém perdeu dinheiro apostando contra a estupidez da elite brasileira. Está claríssimo para quem acompanha atentamente o noticiário através da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Organizações Globo e Editora Abril que esses grupos se tornaram divisões de infantaria a serviço daquele projeto político.

Está claro qual o futuro dos movimentos sociais quando e se esse projeto político vingar: cassetete e bala de borracha. Arrocho salarial. E a "paz social" fabricada pelos "soldados" da mídia.

O cinismo do noticiário recente é inacreditável: a mídia que futrica a vida de Marta Suplicy se apressa em defender a "privacidade" do prefeito Gilberto Kassab; a mídia que cria uma "epidemia de febre amarela" não fala em "apagão policial" no Estado de São Paulo; a mídia que simula uma crise institucional em torno de um grampo telefônico para o qual não existe gravação aceita, sem crítica, que se atribua a uma adolescente de 15 anos, baleada, a responsabilidade por se colocar "em risco" em um seqüestro.

Nos Estados Unidos um grupo político "assaltou" o Estado pela via eleitoral usando para isso todos os métodos lícitos e ilícitos, inclusive a fraude e a supressão de votos na Flórida (2000) e Ohio (2004), os dois casos amplamente documentados. O uso fraudulento de pesquisas eleitorais foi documentado em várias partes do mundo, inclusive mas não somente na Venezuela, quando um instituto de pesquisa dos Estados Unidos divulgou que Hugo Chávez seria derrotado no referendo de 2004, burlando a legislação local ao divulgar em Nova York o resultado quando as urnas ainda estavam abertas. A "pesquisa" dava derrota de Hugo Chávez com 59% de "Não". Ele venceu com 58% dos votos.

[url=AS FORÇAS REACIONÁRIAS SE AGLUTINAM

Atualizado em 18 de outubro de 2008 às 18:33 | Publicado em 18 de outubro de 2008 às 17:57

Eu hoje tive uma longa conversa com um professor universitário petista.

Ele me falava dos defeitos do partido, dentre os quais a dificuldade de lidar com o inchaço causado pela ascensão ao poder. Atribuiu a isso a desmobilização da militância partidária.

Tenho um milhão de reparos a fazer ao governo Lula. A política de "acomodação" do presidente com as forças mais conservadoras do Brasil pode ter servido taticamente, mas foi um desastre a longo prazo. Lula deu tantos passos em direção ao centro que fica difícil classificá-lo até mesmo de "trabalhista".

O presidente da República abandonou aliados importantes em momentos decisivos, dentre os quais destaco a ministra Marina Silva e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Paulo Lacerda. Aquele que "frita" gente próxima como Lula fez acaba perdendo apoio quando mais precisa.

O governo pouco fez para atacar algumas questões essenciais para o aprofundamento da democracia brasileira. Inexiste uma política para lidar com o fato de que um grupo de comunicação controla mais da metade de todas as verbas publicitárias. Isso seria considerado absurdo em qualquer país do mundo, mas no Brasil o governo Lula não só se "acomodou" com a situação, como contribuiu com o status quo.

As agências encarregadas de fiscalizar a telefonia e o transporte aéreo, por exemplo, são ineptas: o governo Lula joga ao lado dos monopólios e contra o interesse dos consumidores. A tibieza do presidente, mesmo com altas taxas de popularidade, me levou a considerar que ele só pensa em uma coisa, 2014. Lança aos leões um candidato em 2010 e volta nos ombros do povo, em 2014.

O professor com o qual conversei notou, no entanto, algo que não parece tão óbvio: a nova roupagem com que as forças mais reacionárias do Brasil estão se apresentando ao eleitorado.

Ele fez considerações específicas a respeito da escandalosa manipulação midiática a que temos assistido desde que Lula assumiu o poder. Argumentou que o discurso midiático está engajado no "seqüestro" da plataforma política tradicional dos partidos de esquerda.

"Veja o Kassab. Quem é ele? Um clone do José Serra. O discurso lembra Jânio Quadros e o apelo à 'ordem', contra a 'desordem', é eminentemente autoritário. O que ele não diz é que a 'desordem', em São Paulo, é resultado da política de exclusão social patrocinada pelo próprio partido dele, o PFL-DEM. Ou seja, eles promovem a política da 'desordem social' e se apresentam ao eleitorado como salvadores da pátria. Fazem concessões cosméticas ao povão, mas querem resolver com a polícia o que numa sociedade democrática se resolve pelo diálogo", disse meu entrevistado.

"A direita está unida", afirmou.

Há quem argumente -- como é o caso do ex-governador Cláudio Lembo -- que essa conversa de direita e esquerda já era. Ou seja, que é preciso encontrar um novo discurso para o embate político. Lembo definiu a nova geração de lideranças como "pós-1988", ou seja, assumiria como dela os avanços da Constituição cidadã. Seria o patamar básico. A partir desse raciocínio, seria impensável promover no Brasil uma volta ao passado, com a repressão aos movimentos sociais, o corte dos programas sociais e o uso do estado para promover a socialização dos prejuízos e a privatização dos lucros.

Mas os recentes acontecimentos em São Paulo, especialmente na crise entre as polícias, colocam isso em dúvida. Não foi a primeira vez que o governo paulista usou a polícia quando deveria usar o bom senso. Não foi a primeira vez que usou cassetetes quando deveria ter usado a razão.

Tenho a impressão de que as forças mais reacionárias do Brasil "afrikaner" estão se aglutinando em torno de um projeto político -- qualquer projeto político -- para retomar o controle do estado e colocá-lo a serviço de interesses econômicos estreitos.

Nunca ninguém perdeu dinheiro apostando contra a estupidez da elite brasileira. Está claríssimo para quem acompanha atentamente o noticiário através da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Organizações Globo e Editora Abril que esses grupos se tornaram divisões de infantaria a serviço daquele projeto político.

Está claro qual o futuro dos movimentos sociais quando e se esse projeto político vingar: cassetete e bala de borracha. Arrocho salarial. E a "paz social" fabricada pelos "soldados" da mídia.

O cinismo do noticiário recente é inacreditável: a mídia que futrica a vida de Marta Suplicy se apressa em defender a "privacidade" do prefeito Gilberto Kassab; a mídia que cria uma "epidemia de febre amarela" não fala em "apagão policial" no Estado de São Paulo; a mídia que simula uma crise institucional em torno de um grampo telefônico para o qual não existe gravação aceita, sem crítica, que se atribua a uma adolescente de 15 anos, baleada, a responsabilidade por se colocar "em risco" em um seqüestro.

Nos Estados Unidos um grupo político "assaltou" o Estado pela via eleitoral usando para isso todos os métodos lícitos e ilícitos, inclusive a fraude e a supressão de votos na Flórida (2000) e Ohio (2004), os dois casos amplamente documentados. O uso fraudulento de pesquisas eleitorais foi documentado em várias partes do mundo, inclusive mas não somente na Venezuela, quando um instituto de pesquisa dos Estados Unidos divulgou que Hugo Chávez seria derrotado no referendo de 2004, burlando a legislação local ao divulgar em Nova York o resultado quando as urnas ainda estavam abertas. A "pesquisa" dava derrota de Hugo Chávez com 59% de "Não". Ele venceu com 58% dos votos.

Leia mais sobre o incrível caso da Venezuela aqui.

Pelo andar da carruagem, não devemos descartar a utilização desses métodos no Brasil.

]Leia mais sobre o incrível caso da Venezuela aqui.

Pelo andar da carruagem, não devemos descartar a utilização desses métodos no Brasil.

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#81 Mensagem por Carnage » 21 Out 2008, 09:26

CABE AO ESTADO ZELAR POR REFÉNS

Atualizado em 19 de outubro de 2008 às 11:24 | Publicado em 19 de outubro de 2008 às 11:22

É papel do Estado zelar pela segurança pública. É papel do Estado zelar pela vida de reféns.

Se a mídia ultrapassou os limites do aceitável no caso do seqüestro de Santo André foi pela ausência de um comando firme nas negociações.

Num mercado competitivo é natural que as empresas de mídia disputem leitores, ouvintes e telespectadores. Por mais que se condene este ou aquele comportamento de jornalistas e emissoras o fato inescapável é que cabe ao Estado lidar com situações de risco.

Nos Estados Unidos em qualquer situação similar à de Santo André a mídia é mantida à distância, muitas vezes suficientemente longe para não ter condições de filmar ou fotografar o local de um crime em andamento. O sobrevôo de helicópteros é proibido. É impensável fazer uma ligação telefônica para um sequestrador, pelo simples fato de que pode atrapalhar o andamento das negociações e uma ação desse tipo resultaria em processo na Justiça.

Repito: cabe ao Estado regulamentar o comportamento da mídia. Da mesma forma que autoridades públicas não ficam abertamente acessíveis à mídia, porque deveria ser diferente com um seqüestrador e as vítimas?

O que assistimos em São Paulo, tanto no confronto entre policiais civis e militares quanto no seqüestro de Santo André é o fracasso das autoridades estaduais de cumprir o seu papel, que é acima de tudo o de garantir a segurança pública. A isso se somaram erros gravíssimos, como o de permitir que uma vítima se "reapresentasse" como refém, o que é um absurdo em qualquer circunstância, especialmente quando se trata de uma adolescente de 15 anos de idade.

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#82 Mensagem por Carnage » 22 Out 2008, 15:58

Tem gente que acha que a mídia TODA não puxa o saco do Serra.
Alegam que o PT também tem quem lhe puxe a sardinha. Mas estes seriam alguns poucos, que tem apenas blogs pela net. Enquanto que o dublê do senhor Burns conta com a Globo, a Veja, o Estadão, a Folha, etc.

Vejam comentário na Agência Carta Maior a respeito do relatório do Observatório Brasileiro de Mídia sobre a cobertura da campanha para a prefeitura de São Paulo:

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=15316
ELEIÇÕES 2008

A mídia e o primeiro turno das eleições em São Paulo

Com o início do horário eleitoral no rádio e na televisão, na campanha do primeiro turno, noticiário dos principais jornais paulistanos privilegiou a polarização entre as candidaturas do DEM e PSDB e esvaziou o noticiário da candidata petista Marta Suplicy.

Observatório Brasileiro de Mídia

O Observatório Brasileiro de Mídia publicou segunda-feira (20) o balanço da cobertura das eleições para prefeito de São Paulo feita pelos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Agora São Paulo e Diário de S. Paulo. De acordo com a instituição, a cobertura das eleições paulistanas feita pelos jornais observados durante o primeiro turno pode ser dividida em dois períodos.

Na primeira metade da campanha, entre os dias 06/07 e 18/08 a cobertura das principais candidaturas teve equilíbrio tanto no que diz respeito à quantidade de reportagens publicadas para cada um dos candidatos, quanto a qualificação dos textos em relação à disputa eleitoral.

Depois do início do horário eleitoral, houve aumento significativo na quantidade de reportagens sobre Gilberto Kassab e diminuição do percentual de reportagens sobre Marta Suplicy. Geraldo Alckmin teve percentual intermediário de reportagens em relação aos dois candidatos.

A observação constatou que com o início do horário eleitoral gratuito, os jornais passaram a dar mais destaque às candidaturas do DEM e do PSDB com viés favorável a Gilberto Kassab e desfavorável a Geraldo Alckmin. A cobertura apresentou as campanhas de Kassab e Alckmin de maneira contrárias. Enquanto o atual prefeito foi apresentado como o candidato que tinha mais e melhor estrutura, apoio de lideranças do PSDB, maior tempo de TV e melhor programa; a candidatura do tucano foi noticiada em ambiente contínuo de crise, falta de recursos e falta de apoio interno no partido.

A candidatura da ex-prefeita Marta Suplicy foi noticiada em menor volume do que a dos seus dois principais oponentes. A candidata do PT, embora tivesse o apoio do presidente Lula e melhor posição nas pesquisas de intenção de voto, teve essas situações secundarizadas no noticiário que privilegiou a polarização entre as candidaturas do DEM e PSDB e esvaziou o noticiário da petista. Enquanto o candidato do DEM teve 65 reportagens que noticiaram o apoio de lideranças tucanas, a petista teve 21 reportagens sobre o apoio do presidente, de ministros e lideranças políticas importantes como a deputada Luíza Erundina.

A publicação das pesquisas de intenção de voto privilegiaram destacar o crescimento de Kassab e queda de Alckmin.

O noticiário sobre a candidata do PT teve grau de criticidade diferente do dispensado aos seus dois principais adversários que não tiveram nenhuma de suas propostas analisadas em tom crítico enquanto duas das principais propostas da candidata: a ampliação do metrô e a universalização da banda larga de acesso à internet, foram discutidas sob o viés da viabilidade.

No decorrer das seis últimas semanas, quando ficou caracterizado o desequilíbrio em favor da candidatura de Gilberto Kassab em detrimento da candidatura de Geraldo Alckmin, o jornal O Estado de S. Paulo foi o jornal que mais corroborou com o desequilíbrio, seguido pelo Jornal da Tarde.

Em ambos os veículos Kassab teve altos percentuais de reportagens favoráveis e Geraldo Alckmin de desfavoráveis.

A Folha de São Paulo super expôs de maneira favorável a candidatura Kassab. Em relação as reportagens desfavoráveis, alternou entre as candidaturas de Marta Suplicy e de Geraldo Alckmin, comportamento editorial seguido pelo Agora.

O Diário de S. Paulo teve maior oscilação do que os demais veículos em relação as candidaturas com maior percentual de reportagens favoráveis, que oscilou entre Kassab e Marta Suplicy. Já em relação às reportagens desfavoráveis, o jornal, a exemplo de O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde noticiou a candidatura tucana com altos percentuais de reportagens desfavoráveis nas últimas semanas da campanha do primeiro turno.
Notem um verdadeiro processo para fritar o Alckmin e empurrar o Kassab para o segundo turno.

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#83 Mensagem por Carnage » 22 Out 2008, 16:24

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... toria_id=4
2010 DÁ A LARGADA EM SP

Mídia dá tratamento negativo a Alckmin e reduz exposição de Marta

Observatório Brasileiro de Mídia

SÃO PAULO - As principais características da cobertura das eleições paulistanas pelos cinco principais jornais da capital entre os dias 20/09 e 26/09 foram a diminuição do número de reportagens dedicadas à campanha da petista Marta Suplicy e o predomínio de reportagens negativas na cobertura da campanha de Geraldo Alckmin, informa o quinto relatório do Observatório Brasileiro de Mídia.

Desde o início da campanha este foi o período em que a candidata do PT teve a menor exposição em relação aos seus dois principais adversários. Foram 40 reportagens sobre a candidatura Marta, contra 62 dedicadas a Kassab e 58 a Alckmin.

Enquanto predominaram por ligeira margem as reportagens favoráveis, tanto em relação a Marta quanto a Kassab, a candidatura Alckmin foi noticiada com viés francamente desfavorável, com apenas 3,4% de reportagens classificadas como favoráveis pelos critérios do OBM contra 48,3% de desfavoráveis.

A vinda do presidente Lula para participar de comício na zona norte, foi o acontecimento em torno da candidatura Marta que influenciou o tom da cobertura, embora os jornais tenham repercutido menos a vinda do presidente agora do que no final de agosto quando Lula e Marta desfilaram em carro aberto na zona leste.

O jornal Folha de São Paulo não publicou nenhuma reportagem sobre a candidata que lidera as pesquisas de intenção de voto na edição do dia 22/09 e o diário Agora São Paulo, nos dias 22/09 e 24/09. O Diário de São Paulo não publicou nenhuma reportagem sobre a petista nas edições dos dias 20/09, 22/09, 23/09 e 25/09.

O candidato Gilberto Kassab continuou a ter a candidatura mais noticiada, 62 reportagens ou 30,7% do total das reportagens sobre a eleição municipal, trataram da candidatura do DEM. Destas, 33,9% foram favoráveis e 27,3% desfavoráveis.

O candidato tucano Geraldo Alckmin continuou a ter sua campanha noticiada em ambiente de crise, o que fez aumentar o percentual de reportagens desfavoráveis, 48,3% e ambíguas, 20,7% e cair o percentual de favoráveis, 3,4%. Estes percentuais foram respectivamente de 47,8%, 13,4% e 13,4% na semana passada.

A defesa pública de lideranças do PSDB à candidatura Kassab desgastou ainda mais o candidato tucano nos jornais, pois as investidas de Alckmin contra Kassab sempre foram noticiadas com a reação do prefeito, lideranças do DEM e lideranças tucanas inclusive o governador José Serra e pessoas a ele ligadas. Esse cenário só aprofundou a percepção de crise na candidatura do PSDB.

Alckmin teve a cobertura com viés desfavorável pela 7ª semana consecutiva. O fato presente em todo esse período e que tem provocado desgaste na cobertura da campanha tucana é o apoio de tucanos à candidatura Kassab que vem se explicitando em tom crescente no período.

Segundo matéria publicada nesta sexta-feira, no jornal O Globo, já está marcada para segunda-feira uma reunião pró-Kassab sob a liderança do governador José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da cúpula do DEM, com o ex-senador Jorge Bornhausen à frente. A cúpula tucuna, definitivamente, está deixando Alckmin a ver navios.


Metodologia da pesquisa
Observação metodológica: as reportagens costumam tratar as candidaturas separadamente ou em conjunto. Classificamos o foco com o qual os candidatos são tratados nos textos jornalísticos em principal, secundário ou citação. Os textos são qualificados em favorável, desfavorável, ambíguo e equilibrado, de acordo com a capacidade que os mesmos têm de influenciar o voto nos candidatos aos quais se relacionam.

O relatório analisa reportagens dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário de S. Paulo, Agora São Paulo e Jornal da Tarde sobre a cobertura dos candidatos Marta Suplicy, Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab, Paulo Maluf, Soninha Francine e Ivan Valente.

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Tiozinho50
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grande imprensa X democracia

#84 Mensagem por Tiozinho50 » 23 Out 2008, 02:02

A grande imprensa brasileira, que acusa o Chávez de ditador, foi talvez a maior responsável pela instauração da ditadura nesse país, os grandes meios de comunicação tiveram papel de destaque na criação do clima de histeria golpista, na preparação da opinião pública para a quebra da legalidade democrática. Para ilustrar, basta reproduzir os editoriais do JB e de O Globo, repercutindo o golpe militar. No caso, os textos falam pelo contexto.
O editorial do JB, deixa tudo bem claro:
“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem. (…) A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas.(…)“Golpe? ─ crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada.” [JB, 01/04/1964]

O editorial de O Globo não fica para trás em seu empenho na derrocada da ordem democrática:
“Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas (…) para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas (…) o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. (…) Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente (…) Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. (…) Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.(…) A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo.(…) Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos(…).” [O Globo, 02/04/1964]

Textos golpistas, que proclamam em alto e bom som o compromisso antidemocrático da grande imprensa brasileira. Pois é essa mesma imprensa que não soube respeitar a legalidade democrática e a liberdade dos brasileiros que hoje se arvora em defensora da liberdade de imprensa e da democracia.

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Re: grande imprensa X democracia

#85 Mensagem por Peter_North » 23 Out 2008, 08:43

Tiozinho50 escreveu:A grande imprensa brasileira, que acusa o Chávez de ditador, foi talvez a maior responsável pela instauração da ditadura nesse país, os grandes meios de comunicação tiveram papel de destaque na criação do clima de histeria golpista, na preparação da opinião pública para a quebra da legalidade democrática. Para ilustrar, basta reproduzir os editoriais do JB e de O Globo, repercutindo o golpe militar. No caso, os textos falam pelo contexto.
O editorial do JB, deixa tudo bem claro:
“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem. (…) A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas.(…)“Golpe? ─ crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada.” [JB, 01/04/1964]

O editorial de O Globo não fica para trás em seu empenho na derrocada da ordem democrática:
“Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas (…) para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas (…) o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. (…) Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente (…) Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. (…) Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.(…) A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo.(…) Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos(…).” [O Globo, 02/04/1964]

Textos golpistas, que proclamam em alto e bom som o compromisso antidemocrático da grande imprensa brasileira. Pois é essa mesma imprensa que não soube respeitar a legalidade democrática e a liberdade dos brasileiros que hoje se arvora em defensora da liberdade de imprensa e da democracia.
Interessantíssimo. Eu nunca tinha lido esses textos. É mais uma prova e evidência da podridão da imprensa brasileira.

P.S.: Isso não muda o fato de que o Chavez É sim um ditador. :wink:

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#86 Mensagem por Tiozinho50 » 23 Out 2008, 10:19

Caro Peter, não me interprete mal, não sou fâ do Chaves, tampouco do Morales, muito menos do Bush.

Só que os três foram eleitos pela vontade de seus povos, o que me impede de dizer que são ditadores.

'Não se deve confundir ditadura, o oposto de democracia, com totalitarismo, o oposto de liberalismo.

Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário.

Diz-se que um governo é totalitário quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados e liberal, caso contrário." (wikipedia)

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#87 Mensagem por Carnage » 23 Out 2008, 15:29

Tiozinho50 escreveu:Caro Peter, não me interprete mal, não sou fâ do Chaves, tampouco do Morales, muito menos do Bush.

Só que os três foram eleitos pela vontade de seus povos, o que me impede de dizer que são ditadores.

'Não se deve confundir ditadura, o oposto de democracia, com totalitarismo, o oposto de liberalismo.

Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário.

Diz-se que um governo é totalitário quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados e liberal, caso contrário." (wikipedia)
Igualmente sem querer defender o caráter ou a competência do Chavez, mas endosso e recordo que em nenhum momento houve qualquer pressão, ou melhor, coação por parte de ninguém, nas citadas eleições que levaram estes indivíduos ao poder, para que estes fossem votados.
Eleições estas que foram observadas por organismos internacionais em certas ocasiões.

O que configura o Chavez como ditador então? O fato de que uma MINORIA da população do país dele (por coincidência a mais rica) acha que ele age contra os interesses dela?

Chavez recentemente tentou consquistar o direito de disputar um terceiro mandato. Eu pessoalmente sou contra esse tipo de coisa pois acho que a mudança de poder é salutar e dois mandatos são uma boa combinação de tempo para se fazer algo e esta mudança. Mas independentemente disso, ele queria o direito de DISPUTAR, apenas isso. E já foi novamente taxado de ditador, de querer ficar no poder indefinidademente, etc. A mídia do Brazil o massacrou. A dos EEUU também.
Agora o presidente Álvaro Uribe também está trabalhando para conseguir o direito de disputar um terceiro mandato. Mas como ele é amiguinho dos EEUU, ninguém diz uma palavra...

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#88 Mensagem por Carnage » 23 Out 2008, 15:30

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... os-pobres/
COMO O PARTIDO DOS RICOS VENCE ELEIÇÃO DIZENDO DEFENDER OS POBRES

Atualizado em 21 de outubro de 2008 às 16:27 | Publicado em 21 de outubro de 2008 às 16:08

Quem é leitor deste site há muito tempo sabe que um dos assuntos de meu interesse é o crescente uso da mídia corporativa tanto em campanhas políticas quanto em guerras comerciais. Às vezes as duas coisas se combinam.

Desde que George W. Bush se elegeu em 2000, graças a uma fraude eleitoral e à supressão de votos na Flórida, me interesso especialmente pelo uso da informação em campanhas eleitorais. Li sobre a fraude na mais recente campanha presidencial do México e sobre a campanha internacional que tem o objetivo de apear Hugo Chávez do poder, que usou todo tipo de artifício para tentar derrotar o venezuelano, inclusive naquele referendo em que Chávez foi confirmado no cargo, em 2004.

Sempre que existe uma forte polarização política, como a que vivemos atualmente no Brasil, aumenta a possibilidade de golpes de toda ordem. É preciso ficar de olho não só no uso do noticiário como no das pesquisas e na possibilidade de fraude eletrônica. Como repórter, testemunhei "por dentro" o comportamento de uma emissora de televisão na campanha presidencial de 2006. Houve uso do noticiário para dar ênfase a determinados assuntos e esconder outros e o engajamento até mesmo de programas de entretenimento na "venda" de uma candidatura.

As técnicas de marketing político precisam ser reveladas e estudadas. E nada melhor do que estudar o que acontece nos Estados Unidos para entender o que pode vir a acontecer no Brasil. Os marqueteiros americanos, afinal, já vieram vender suas próprias bruxarias a candidatos brasileiros. James Carville, que ajudou Bill Clinton a se eleger, assessorou Fernando Henrique Cardoso.

Tomem como exemplo a transmutação de Gilberto Kassab em "administrador eficiente", quase apolítico, apoiado (pelo menos no horário eleitoral) por gente simples da periferia.

É com esse espírito que traduzo o seguinte artigo, publicado pelo New York Times com o título de "Os verdadeiros encanadores" e assinado por Paul Krugman:

Quarenta anos atrás Richard Nixon fez uma descoberta de marketing. Ao explorar as divisões dos Estados Unidos -- sobre o Vietnã, sobre mudanças culturais e, sobretudo, sobre divisões raciais -- ele foi capaz de reinventar a marca republicana. O partido dos plutocratas foi reempacotado como o partido da "maioria silenciosa", do homem comum -- dos brancos, nem é preciso dizer -- que não gostavam das mudanças sociais que estavam acontecendo.

Era uma fórmula ganhadora. E a grande coisa é que a nova embalagem não exigiu mudanças no conteúdo do pacote -- na verdade, o Partido Republicano conseguiu vencer eleições ainda que suas políticas tenham se tornado mais pró-plutocratas e favorecendo cada vez menos os trabalhadores americanos.

A estratégia final de John McCain, na reta decisiva, é baseada na crença de que a velha fórmula ainda funciona.

E assim vemos Sarah Palin expressando seu prazer em visitar as partes "pró-americanas" do país -- sim, somos todos traidores aqui na área central de Nova Jersey. Enquanto isso temos John McCain fazendo de Samuel J. Wurzelbacher, o João encanador -- que confrontou Barack Obama durante a campanha, alegando que o candidato democrata iria aumentar os impostos dele -- a peça central de seu ataque contra as propostas econômicas de Obama.

E quando ficou claro que havia alguns problemas com o novo ícone da direita, como o fato de que não tem licença de encanador ou a comparação que Joe fez de Obama com Sammy Davis Jr., os conservadores se fizeram de vítimas: viram só como essas elites odeiam o homem comum?

Mas o que está acontecendo de verdade com os encanadores de Ohio e com os americanos em geral?

Em primeiro lugar, não estão ganhando um monte de dinheiro. Talvez você se lembre que em um dos debates entre candidatos democratas o Charles Gibson, da rede ABC, sugeriu que o salário da classe média era de 200 mil dólares por ano. Mas diga isso a um encanador de Ohio: de acordo com estatística de maio de 2007 do Bureau de Trabalho, a renda média anual de "encanadores" em Ohio foi de 47.930 dólares.

Segundo, a renda real dos encanadores estagnou ou caiu, mesmo nos anos supostamente bons. O governo Bush nos garantiu que a economia estava bombando em 2007 -- mas a renda do encanador de Ohio em 2007 foi apenas 15,5% maior que em 2000, não suficiente para cobrir o aumento de 17,7% nos preços do Meio Oeste. E assim como a renda dos encanadores de Ohio caiu, a dos americanos em geral também: a renda média por domicílio, ajustada para considerar a inflação, era menor em 2007 do que em 2000.

Terceiro, encanadores de Ohio têm dificuldades para conseguir seguro de saúde, especialmente se eles trabalharem para firmas pequenas. De acordo com a Fundação Kaiser Family, em 2007 apenas 45% das companhias com menos de 10 empregados ofereceram benefícios de saúde, menos que os 57% de 2000.

E considerem que esses dados são de 2007 -- um dos melhores. Agora que o "boom do Bush" acabou, podemos ver que obteve um feito: pela primeira vez uma expansão econômica não conseguiu elevar a renda da maioria dos americanos acima do pico anterior.

Desde então, naturalmente, as coisas foram ladeira abaixo, com milhões de americanos perdendo seus empregos e suas casas. E todos os dados sugerem que as coisas vão ficar muito piores nos próximos anos.

O que isso diz sobre os candidatos? Quem realmente defende os encanadores de Ohio?

McCain diz que a política de Obama levaria a um desastre econômico. Mas as políticas do presidente Bush já levaram a um desastre -- e ainda que ele diga que não as políticas de McCain seriam essencialmente a continuidade das de Bush, além do fato de que ele tem as mesmas posições de Bush contra o governo e contra a regulamentação do mercado.

E quanto à acusação de João, o encanador, de que os americanos comuns teriam impostos mais altos em um governo de Obama? O fato é que Obama propõe aumentar impostos apenas para as duas faixas de renda mais altas -- com renda superior a 184.400 dólares por ano, já com deducões.

Talvez haja alguns encanadores em algum lugar que ganhem tanto e que perderiam com a modesta taxação de Obama sobre dividendos e ganhos de capital -- os Estados Unidos são um grande país e é possível que haja um encanador de alta renda que tenha ações na bolsa. Mas o encanador típico pagará menos, não mais, impostos em um governo de Obama, e teria muito mais chance de conseguir seguro de saúde [Obama tem um plano nacional nesse sentido].

Não pretendo dizer que todos ficariam melhor com o plano econômico de Obama. João, o encanador, com certeza sim; mas Richie, o gerente de um fundo de ações, vai perder.

Mas esse é exatamente o ponto. O Partido Republicano pode ser qualquer coisa hoje em dia, mas não é o partido dos trabalhadores americanos.

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#89 Mensagem por Carnage » 23 Out 2008, 15:40

Kassab, preconceito e cinismo da mídia
Atualizado e Publicado em 21 de outubro de 2008 às 22:57

por ALTAMIRO BORGES, em seu blog

“O povo brasileiro não está acostumado a ver desnudar-se a seus olhos a vida particular dos homens públicos... A prática da democracia recomenda que o povo saiba tudo o que for possível saber sobre seus homens públicos, para poder julgar melhor na hora de elegê-los”.


O trecho acima faz parte do editorial do jornal O Globo de 14 de dezembro de 1989, intitulado “O direito de saber”, publicado na véspera do segundo turno da eleição presidencial. Dias antes, Collor de Mello, o “caçador de marajás” forjado nos sinistros laboratórios da famíglia Marinho, havia levado à TV a ex-mulher de Lula, Mirian Cordeiro, que acusou o candidato das esquerdas de tê-la induzido a abortar uma filha, “oferecendo-lhe dinheiro”. Na ocasião, a mídia venal não vociferou contra esta “baixaria”. Pelo contrário, difundiu a versão e exigiu “o direito de saber”.

Bem diferente da postura adotada agora, quando o programa de TV da postulante à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, pergunta se o seu opositor, Gilberto Kassab, é casado e tem filhos. A gritaria dos serviçais da Rede Globo, como Ricardo Noblat, Cristiana Lobo e André Trigueiros, é ensurdecedora. Parece que o mundo desabou. Para eles, a candidata insinuou que seu adversário é homossexual, o que é um repugnante preconceito. Outros colunistas “imparciais”, como Clóvis Rossi e o fascistóide tucano Reinaldo Azevedo, também ficaram indignados. Pura hipocrisia.

Cruzada sórdida contra Marta

De fato, o comercial da candidata é errado por atiçar a homofobia. Ele também é questionável, já que pode representar um tiro no pé, uma ação desesperada de quem ficou em segundo lugar no primeiro turno e está atrás em todas as sondagens do segundo turno. Somente as novas pesquisas e, principalmente, a votação de 26 de outubro, dirão se a peça publicitária teve o efeito desejado. Outra coisa, porém, é a reação cínica do grosso da mídia. Contra Lula, Marta ou outro candidato de esquerda, “o direito de saber”. Contra os candidatos de direita, é “invasão da vida particular”.

No triste episódio de Mirian Cordeiro, a mídia sequer averiguou a veracidade dos fatos. Somente após a eleição, que deu a vitória à criatura da TV Globo, é que se soube que ela havia embolsado uma “ajuda” para encenar no horário eleitoral gratuito. Pouco depois, ela até tentou ser vereadora pelo ex-PFL, atual demo de Kassab. A mídia também nunca criticou a sórdida campanha contra Marta Suplicy, satanizada por defender a livre opção sexual e por ter se separado do ex-marido. Muitas “autoridades”, que até hoje mantêm suas relações clandestinas, repudiaram sua atitude.

Serviçais dos “barões da mídia”

A mídia não é neutra ou imparcial, como se mistifica nas faculdades de jornalismo. Ela tem lado, posições de classe e interesses comerciais. Editores e colunistas, com honrosas e raras exceções, nunca desafiam os “barões da mídia”; servem servilmente e regiamente pagos. Da mesma forma que fazem escarcéu contra a relação extraconjugal do ex-presidente do Senado, que resultou num filho “bastardo” com uma jornalista, eles escondem outro caso extraconjugal, também com uma jornalista, da TV Globo, e que também resultou num filho “bastardo”, que hoje reside na Europa. Este caso, que somente a revista Caros Amigos ousou divulgar, envolveu o ex-presidente FHC.

Hoje, a mídia faz alarde contra as insinuações homofóbicas da campanha de Marta Suplicy. Mas em 2004, na véspera de outra eleição municipal, ela não usou da mesma virulência para condenar um panfleto do candidato José Serra intitulado “Dona Marta e seus dois maridos”. Como observa Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, a mídia “tem dois pesos e duas medidas... Quando se bisbilhotou a vida da Marta, nunca vi a indignação que ocorre hoje... Eu trabalho ao lado de uma pessoa cuja vida é devassada diariamente, que é o presidente Lula... Contra nós, vale tudo”.

Massa de manobra das elites

A mídia venal critica a “propaganda preconceituosa” contra Gilberto Kassab somente por razões eleitoreiras. Como desabafou Luiz Favre, atual marido de Marta Suplicy, a candidata sempre foi alvo do mais rasteiro preconceito das forças conservadoras, amplificado pela mídia. Ele enumera vários artigos publicados pelo jornal Folha de S.Paulo contra a sua honra e da então prefeita da capital paulista. “Eu poderia continuar até amanhã de manhã linkando matérias em que a vida de Marta foi enxovalhada e ridicularizada, numa mescla perversa de sexismo e xenofobia... Quando será que os mesmos arautos da falsa indignação reconhecerão o seu telhado de vidro?”.

A chamada “classe média”, que se julga tão iluminada, deveria ficar mais esperta diante de tanta manipulação. Do contrário, continuará sendo uma eterna otária, massa de manobra e joguete nas mãos das forças conservadoras, seja das que patrocinaram o sangrento golpe militar de 64 ou dos que hoje organizam o movimento “Cansei” e apóiam Kassab. No mínimo, ela deveria consultar outras fontes, evitando reproduzir acriticamente as verdades dos colunistas da mídia hegemônica ou votar em candidatos fabricados pelas classes dominantes.

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#90 Mensagem por Carnage » 23 Out 2008, 15:46

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... no-brasil/
VACINA CONTRA FEBRE AMARELA MATOU OITO NO BRASIL

Atualizado em 22 de outubro de 2008 às 16:52 | Publicado em 22 de outubro de 2008 às 16:43

[ external image ]

COLUNISTA DA "FOLHA" ACUSA PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR "HOMICÍDIO"

[ external image ]

FOLHA DE S. PAULO ANUNCIA "MALETA DE GRAMPO" QUE NUNCA EXISTIU: DESMENTIDO NÃO TEVE O MESMO DESTAQUE

A atuação partidarizada da mídia corporativa brasileira é evidente. Às vezes, enojante. Organizações Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Editora Abril estão a serviço de um projeto político e econômico. Descaradamente.

Os três primeiros poderão se dar muito mal com o exército de Brancaleone capitaneado por Eduardo Guimarães. Digo isso sem qualquer intenção de ofender o presidente ou os associados do Movimento dos Sem Mídia. É que o MSM é pobre, mas é limpinho. E acredita no poder das palavras. E age quando muita gente fica só reclamando.

E, por ação do MSM, a mídia nativa poderá ter um prejuízo considerável se vingar a ação civil pública que o MSM moveu logo depois da "epidemia de febre amarela", aquela em que uma colunista da Folha pediu que todos corressem aos postos de saúde para se vacinar. O MSM quer que a mídia devolva os prejuízos causados pelo alarmismo. Em dinheiro.

O Eduardo Guimarães acaba de ser informado pelo Ministério Público Federal de que OITO PESSOAS morreram por ter tomado a vacina. Resta saber quantas não precisavam ter tomado a vacina e se os que morreram se vacinaram movidos pelo crime de "alarma social". O MSM tenta responsabilizar a mídia.

Segue o texto postado por Eduardo Guimarães em seu blog. Vá ao Cidadania.com e deixe sua mensagem.

O Eduardo vai fazer uma petição on-line para quem quiser pedir ao Ministério Público a apuração completa dos fatos:

Recebi correspondência do Ministério Público Federal informando-me, na condição de presidente do Movimento dos Sem Mídia, do andamento da representação que fizemos naquela instituição denunciando possível crime de alarma social cometido pelas Organizações Globo, pelo Grupo Folha, pelo Grupo Estado, pela Revista Veja, pelo Jornal do Brasil, pela Revista IstoÉ e pelo Jornal Correio Brasiliense em janeiro deste ano.

A carta de rosto do MPF veio acompanhada dos dados pedidos por aquele Ministério em julho deste ano ao Ministério da Saúde. Segundo informações do MS – e para meu espanto –, a situação é muito mais grave do que se suspeitava.

Vale ressaltar que a mídia, que tanto noticiou o surto previsível e sazonal de febre amarela ocorrido no início deste ano, agora esconde dados que mostram que a campanha midiática denunciando suposta epidemia de febre amarela em janeiro deste ano causou quase tantas mortes e adoecimentos quanto a doença em si, pois aquela campanha estimulou a sociedade a se vacinar indiscriminadamente e disso decorreu que:

1 – O Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós Vacina contra Febre Amarela registrou 53 ocorrências de casos suspeitos (de adoecimento devido à vacina)

2 – Destes, 23 pacientes foram hospitalizados por conta da vacina contra a febre amarela

3 – Dentre os 23 hospitalizados por causa da vacina, 8 (oito!!) pessoas morreram.

4 – Três dessas pessoas morreram por choque anafilático.

5 – Dentre os 15 eventos adversos não confirmados, 5 foram descartados e 10 outros estão sob investigação

6 – Houve surtos de febre amarela nos anos de 1984, 1993, 1999/2000, 2003, 2007/2008

7 – O surto de 2007/2008 foi inferior a todos os outros, apesar de a vacinação ter explodido neste último surto.

O material do MS prova cabalmente quanto foi atípico o comportamento da mídia neste ano apesar de que em todos os surtos anteriores houve muito mais casos de morte por febre amarela e muito menos casos de reação adversa à vacina.

O Ministério Público federal deu 20 dias úteis para o Movimento dos Sem Mídia se manifestar nos autos.

Pretendo começar a trabalhar já na resposta às defesas dos meios de comunicação que se manifestaram no processo e nas considerações que o Ministério Público nos facultou fazer sobre tudo que já se tem disponível em termos de evidências para a instalação de um Inquérito Civil contra os meios de comunicação supra mencionados.

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