Estudo foi realizado com 8.200 pessoas, em dez capitais. Medo de não agradar é maior do que o de contrair doenças ou engravidar
Quanto vale o sexo para as mulheres? Menos que a carreira profissional, que o tempo para a família e que os cuidados com a saúde. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o sexo é só a oitava prioridade na vida das mulheres. Para os homens, é a terceira.
A pesquisa foi feita em dez capitais brasileiras, com 8.200 pessoas com mais de 18 anos, e mostrou que as brasileiras estão mais exigentes para escolher o parceiro: preferem aqueles com boa aparência física, que se cuidam. Também entre as mulheres, 43% fariam sexo com alguém sem envolvimento afetivo.
A coordenadora do estudo, Carmita Abdo, diz que o papel do sexo é diferente entre eles e elas. “Eu diria que os homens fazem sexo para se sentirem bem, e as mulheres precisam se sentir bem para fazer sexo”, acredita.
As mulheres se tornaram mais independentes em relação ao sexo, mas não perderam o romantismo. A pesquisa mostra que elas, normalmente, iniciam a vida sexual com um namorado. Mesmo se elas já fazem sexo sem amor, por outro lado, acham que o amor melhora o sexo.
Além do romantismo, ainda sobrevive uma certa submissão da mulher às vontades do homem. A maior preocupação delas na hora do sexo é não decepcionar o parceiro. Tanto elas quanto os homens têm mais medo de não agradar do que de contrair doenças ou engravidar sem querer.
Além disso, só 32% das mulheres dizem que usam preservativo. “As mulheres abrem mão do uso se o homem não de dispor a vestir a camisinha. Elas próprias também não tomam a iniciativa de ter consigo uma camisinha feminina, para o caso do seu parceiro se negar a usar a masculina”, diz a coordenadora do estudo.
E não é só as brasileiras
Sexo é penúltima prioridade da mulher russa, revela pesquisa
Moscou (EFE).- Uma pesquisa feita na Rússia às vésperas do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, revelou que para a imensa maioria da população o que mais importa para a mulher é sua família, e o menos importante é o sexo e a religião.
A enquete foi elaborada pelo centro Romir Monitoring entre 1.500 homens e mulheres em 111 cidades e localidades rurais da Rússia, que deveriam listar as prioridades na vida das mulheres russas.
"A família", segundo a pesquisa, é o principal valor da mulher russa para 78 por cento dos entrevistados, seguida dos "filhos", com 63 por cento.
Em terceiro lugar, com 44 por cento, figura "o amor", e muito abaixo "o dinheiro" (17 por cento), "o sucesso profissional" vem depois com 12 por cento, seguido da "beleza" (11) e da "inteligência" (9 por cento).
Só 7 por cento acham que para a mulher é importante "a igualdade de direitos com os homens", e "o sexo" mereceu o penúltimo lugar na lista de prioridades, com 4 por cento, só na frente da "religião", com apenas 2 por cento.
Como era de se esperar, a enquete revelou que para as mulheres o sucesso profissional, a inteligência e o dinheiro são muito mais importantes do que pensam os homens, enquanto que a beleza e o sexo, curiosamente, lhes preocupam menos.
Perguntados sobre quem deve ceder na família, 67 por cento dos indagados assinalou que "ambos", mas entre os homens só opinou assim 60 por cento, frente a 73 por cento entre as mulheres.
Além disso, 22 por cento dos entrevistados acham que quem deve ceder é a mulher, outros 9 por cento opinam que o homem, e 2 por cento não souberam responder a uma pergunta tão capciosa.