Penso que questões sobre o que ocorre pós-morte é tema de física também. A física se ocupa, entre outras coisas, do estudo do tempo e em decorrência disso de um aspecto do tempo: a eternidade. Nada mais prudente do que um físico, sob a ótica dos atuais modelos de ciência, emitir opinião sobre a razoabilidade da vida pós-morte.
Eu mesmo vejo o tempo como a coexistência de passado, presente e futuro, à luz do pensamento de Bergson. Pensando desta forma hoje coexistem o leteseu que nem nasceu, o que está vivo e o que já morreu. A não linearidade do tempo-espaco, as curvas e dobras no tempo-espaco, todos os novos paradigmas da física nos levam a pensar para além do óbvio. Considerando que neste exato momento vários tempos coexistem simultaneamente eu ainda poderia dizer que não sou apenas o leteseu, mas "somos" leteseu. Dúvida é como se dá esta relacão entre os diversos tempos na vida de uma pessoa.
Gosto da idéia do livre arbítrio, tal qual foi dito acima. É a forma razoável que encontro para não pensar no criador como um sádico. É engracado como buscamos características humanas ao criador: sádico, amoroso, etc. Isso até é explicável pelo fato de que na condicão de humanos somos limitados ao pensamento diferente.
O cientista mote deste tópico supera o que é ordinário na vida humana. Conseguiu pensar modelos, muitos deles já provados pela via empírica, de coisas inimagináveis há 100 anos.
Não podemos, tal qual foi bem esclarecido pelo princípio hermético trazido pelo Jckeep, deixar de pensar no poder do contraditório. Claro que eu creio na existência de Deus mas é bem razoável pensar que ele não existe ou ainda, que ele existe e não existe ao mesmo tempo.... coisa de maluco? Diria que não, basta pensarmos no princípio da incerteza. Não é pelo fato de que chove em determinada época há séculos que teremos sempre chuva. O próprio métido científico hipotético dedutivo com suas inferências já não cabe dentro nos novos paradigmas de ciência onde a aleatoriedade de eventos corrompe o classicismo da repetibilidade. Causa->consequência não é mais uma equacão linear senhores.
A dicotomia vida-morte é muito linear e simplista para os tempos atuais. Como eu disse, podemos estar vivos, mortos e nem ter nascido neste exato momento. Parece loucura pensar no tempo em termos de coexistência? Pensemos no agora, ao pensarmos o agora já virou passado e quando estamos pensando no agora avancamos no futuro. Os limites destas temporalidades são construcões mentais e sociais, como tudo afinal.
Discutir a razoabilidade da opinião do cientista é tão infantil quanto discutir o sexo dos anjos.