http://www.sistemas.aids.gov.br/imprens ... TCod=64776
E tem mais coisas:
http://www.redeprostitutas.org.br/novid ... hp?album=4
Se preferir leia tudo aqui (texto longo...)
Rede Brasileira de Prostitutas lança site no dia internacional da categoria - 1/6/2005
Programa Nacional de DST e Aids
Organizações de profissionais do sexo do Brasil e do exterior comemoram, na próxima quinta-feira, 2 de junho, o Dia Internacional da Prostituta. A data marca o início do movimento organizado. Há exatos 30 anos, 150 prostitutas francesas ocuparam uma igreja na cidade de Lyon, dando início a manifestações contra assassinatos de colegas, repressão policial e pelo direito de exercer a profissão (leia mais abaixo). No Brasil, o principal evento será no Rio de Janeiro, com o lançamento da página de internet da Rede Brasileira de Prostitutas, ligada à organização não-governamental Davida.
Em um lugar da cidade ainda mantido em sigilo, um telão vai deixar o público à vontade para apreciar a novidade. A coordenadora da Rede, Gabriela Leite, enviará uma mensagem online, direto de Nova Iorque. Ela estará na Organização das Nações Unidas (ONU), representando a América Latina no Conselho de Coordenação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
O endereço da Rede Brasileira de Prostitutas na internet é www.redeprostitutas.org.br. Já o grupo Davida está no sítio www.davida.org.br. Ambos têm apoio do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O site da Rede Brasileira de Prostitutas apresentará a missão, a filosofia e os valores centrais da Rede, e contará a história, as principais conquistas e as ações atuais do movimento de profissionais do sexo. Contará, ainda, com outras ferramentas. Uma delas será uma galeria que permitirá às entidades filiadas e aos internautas escrever mensagens e enviar imagens. Também haverá links para outros grupos que têm páginas na web, como a Associação de Prostitutas da Bahia (Aprosba).
Para comemora o Dia Internacional da Prostituta, também haverá eventos promovidos por associações do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Pará. Em Minas Gerais, o Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa), parceiro da Rede Brasileira de Prostitutas, deve organizar manifestação na zona boêmia da capital, Belo Horizonte.
Em 1975, a primeira batalha contra a discriminação
No dia 2 de junho de 1975, prostitutas ocuparam a igreja de Saint-Nizier, em Lyon, na França. Elas eram 150 e protestavam contra multas, prisões e até assassinatos de colegas que nem sequer eram investigados. Tudo isso fazia parte da chamada “guerra contra o rufianismo”, que costumava processar maridos e filhos de prostitutas, por se beneficiarem dos rendimentos das mulheres e mães. Por conta da repressão, tabernas deixaram de alugar quartos para as trabalhadoras do sexo, com medo da repressão policial.
A diretoria da igreja e a população de Lyon apoiaram a manifestação e deram proteção às prostitutas. A ocupação da igreja foi transmitida por todos os meios de comunicação, no país e no exterior, inclusive no Brasil. As mulheres exigiam que o seu trabalho fosse considerado “tão útil à França como outro qualquer”. Outras 200 prostitutas percorreram as ruas em carros, distribuindo filipetas com denúncias de que eram vítimas de perseguição policial, o que as impedia de trabalhar. Uma carta foi enviada ao então presidente da França, Giscard d’Estaing.
O movimento se ampliou para outras cidades francesas, como Marselha, Montpellier, Grenoble e Paris, onde profissionais do sexo entraram em greve. Dez dias após a tomada da igreja, às 5 horas da manhã de 10 de junho de 1975, as mulheres foram expulsas da igreja de Saint-Nizier pela polícia. A coragem de denunciar o preconceito, a discriminação e as arbitrariedades fez com que as prostitutas de Lyon entraram para a história.
Beijo da Rua: jornal para prostitutas na internet
Em dezembro de 2004, entrou no ar a versão online do Beijo da Rua (www.beijodarua.com.br), único jornal do Brasil voltado para prostitutas. Com periodicidade mensal, a publicação traz reportagens sobre o dia-a-dia das profissionais do sexo e sobre aspectos gerais de saúde, principalmente a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e HIV/aids. O jornal recebe apoio do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.
Publicado em versão impressa desde 1988, o Beijo da rua foi criado pelo grupo Davida, uma organização de prostitutas com sede no Rio de Janeiro. Da mesma forma que o tablóide, a versão da internet terá artigos e matérias que tratam de direitos humanos, legislação e outros temas de interesse da categoria. Cerca de 70 entidades da sociedade civil que desenvolvem ações com a prostituição distribuem o jornal gratuitamente, em 17 estados. O periódico é entregue em intervenções feitas em casas fechadas e lugares abertos.
Quem lê o Beijo da rua não são apenas as profissionais do sexo, mas também os que contratam seus serviços. Comerciantes, membros de outros movimentos sociais e gestores de diversas áreas (como saúde, justiça e direitos humanos) completam o público leitor do jornal. Com uma média de 12 páginas coloridas por edição, a publicação também é apoiada pela Unesco e pela Fundação Luterana de Diaconia (instituição do Rio Grande do Sul). O jornal, cuja versão impressa tem tiragem média de 7 mil exemplares, conta também com a ajuda da Rede Brasileira de Prostitutas, que reúne 25 organizações não-governamentais.
Grupo Davida
Rua Santo Amaro, 129/1º andar, Glória – Rio de Janeiro (RJ)
Telefones: (21) 2224-3532 / 2242-3713
Assessor de Imprensa: Flávio Lenz – (21) 9767-7812
Programa Nacional de DST e Aids
Assessoria de Imprensa
Telefones: (61) 448-8100 / 8088
Fax: (61) 448-8090
E-mail: imprensa@aids.gov.br